Revista académica de economía
con
el Número Internacional Normalizado de
Publicaciones Seriadas ISSN
1696-8352
Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal-SIAFI- Necessidade Criação e Evolução
Gerson Luiz Cardoso da Silva
Universidade Federal de Pelotas (UFPel)- RS – Brasil
cardoso@ufpel.edu.br
Eduardo Mauch Palmeira
Faculdade Atlântico Sul de Pelotas
eduardopalmeira@brturbo.com.br
Alexandre Costa Quintana
Fundação Universidade Federal do Rio Grande - FURG
quintana@vetorial.net
Resumo Para citar el artículo puede
utilizar el siguiente formato:
O Siafi - Sistema Integrado de Administração Financeira, foi implantado em 1987,
pela STN- Secretaria do Tesouro Nacional-MF, com a finalidade de uniformizar
todos os procedimentos de execução Orçamentária, Financeira e Patrimonial no
Setor Público da União, procedimentos estes que até então eram dissociados na
esfera Federal, tanto na Administração Direta como Indireta. Neste trabalho
pretende-se fazer uma revisão atual do método, observando a adaptação às
operações de execução orçamentária da despesa pública na esfera Federal, bem
como o atendimento das necessidades a que ele se propôs, quais sejam as de um
sistema de Contabilidade Pública, Controle e Gestão em obediência aos preceitos
legais. Será utilizado como método de pesquisa para a consecução de resultados,
a análise de documentos, a pesquisa descritiva, no sentido de avaliar o sistema,
e ter como conclusão, uma leitura muito precisa dos reais benefícios do Siafi,
suas transações e sua capacidade de atender à demanda de mudanças freqüentes,
tanto em níveis de tecnologia da informação como sua adequação às legislações
que regem e normatizam os gastos públicos.
Palavras-chave: Siafi. Administração. Pública. Financeira. Orçamento.
Cardoso da Silva, Mauch Palmeira y Costa Quintana. "Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal-SIAFI- Necessidade Criação e Evolução" en Observatorio de la Economía Latinoamericana nº 86, 2007, accesible a texto completo en www.eumed.net/cursecon/ecolat/br/07/glcs.htm
1. Introdução
Este estudo tem por objetivo fazer uma análise das transações que o
SIAFI, (Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo
Federal) utiliza para desempenhar a execução orçamentária da despesa
nos três estágios legais, quais sejam: Empenho, Liquidação e
Pagamento, verificando seus controles, funções e objetivo da sua
criação. O resultado desta análise pode indicar a necessidade de
reformulação do SIAFI como um todo, dado suas deficiências da não
atualização ao longo dos anos pelos órgãos responsáveis, STN
(Secretaria Do Tesouro Nacional) e Serpro (Serviço de Processamento
do Governo Federal), na matriz de programação.
Estas deficiências atingem todas as UOs (Unidades Orçamentárias),
distribuídas por todo país e fora dele, que executam orçamento
público federal, principalmente nas transações de consulta de dados,
uma vez que as mesmas não estão configuradas para a obtenção de
relatórios das informações que são incluídas na execução, sejam elas
financeiras, contábeis, orçamentárias ou patrimoniais, a partir de
critérios adaptados a sua necessidade.
Outro fator determinante hoje, para um reprojeto do SIAFI, além do
engessamento já citado, para emissão de relatórios gerenciais, seria
a falta de flexibilidade para interface com outros sistemas, já que
na sua criação e implantação, a aproximadamente 20 anos atrás, o
objetivo era uma configuração que não permitisse acesso a sua base
de dados e a informações que viessem a comprometer a sua
confiabilidade ou a legalidade dos processos referentes a execução
do Orçamento e do Balanço Geral da União.
2. SISTEMA INTEGRADO DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA - SIAFI
A necessidade da criação de um sistema como o SIAFI, (atualmente
referência mundial como meio para controle de contas públicas),
remonta de muito tempo. No entanto, o avanço tecnológico, o
amadurecimento do país na sua totalidade, a abertura democrática a
partir dos anos 80, foi conjunção de fatores para que se desse
início à montagem deste sistema e a estruturação dos órgãos para
mantê-lo em funcionamento e atualizado.
Os anos são respectivamente 1985 e 1986, os quais foram marcos na
redemocratização do país com a campanha das “Diretas Já”, em que a
nação clamava por reformas e transparência. O Povo queria livrar-se
de um período de burocratização e de centralização administrativa
que tinha reflexos diretos na economia, na gerência de recursos
públicos e na pobreza de controle para acompanhamento de programas e
execução do orçamento do setor público.
Segundo Castro (2004), os gestores não tinham conhecimento dos
gastos da Administração Pública, pois se administrava com base na
posição do “caixa” do Governo Federal, controlado em contas
bancárias no Banco do Brasil. Era preciso então corrigir, com a
maior urgência, o problema da falta de informações sobre as Finanças
Públicas do país, também tendo como causa as altas taxas
inflacionárias da época, as quais transformavam os orçamentos em
simples em peças fictícias.
Além da inflação, já citada, o governo usava outros mecanismos no
desempenho de suas funções, que distorciam os dados contábeis e
financeiros, oriundos da proposta orçamentária inicial, tendo como o
principal deles o monitoramento diário do fluxo de recursos
existentes no Banco do Brasil, nas várias contas dos órgãos públicos
federais, e o montante necessário para pagamento de suas atividade.
A diferença era solicitada ao Banco Central para cobertura, quando
estes saldos eram insuficientes, usando então o sistema bancário
como fonte de informação do montante da despesa pública.
Tudo isto feria o princípio orçamentário de que nenhuma despesa
poderia existir sem constar do Orçamento, que deve ser único, anual
e universal. Não era único, pois existiam gastos fiscais incluídos
no Orçamento Monetário e não era Universal porque os convênios não
eram tratados como despesa pública.
Outras causas contribuíam para a falta de uniformidade das
informações. Destaca-se entre as principais, a de que um órgão
apenas arrecadava, mas vários faziam execução, cada qual com seu
critério sobre o mesmo assunto.
Com o SIAFI, o controle passou a ser feito através de uma conta
contábil chamada de Disponibilidade por Fonte de Recurso, e os
recursos financeiros passaram a ser geridos através da Conta Única
do Tesouro Nacional.
O primeiro passo foi a criação em 1986, da Secretaria do Tesouro
Nacional, através do Decreto 92.452/86, ligada ao Ministério da
Fazenda, com a finalidade de dar suporte à reformulação das finanças
públicas, buscando transparência e controle dos gastos públicos e
equilíbrio sustentado.
Com a criação da STN (Secretaria do Tesouro Nacional), além de órgão
responsável pelo sistema de informações SIAFI, ficou centralizada
nesta toda a Contabilidade Pública Brasileira em toda a sua extensão,
não só a elaboração dos Balanços Gerais da União como também a
orientação, através de Instruções Normativas das mudanças no sistema
na legislação vigente, para as unidades descentralizadas da
Federação que executavam orçamento público.
Sobre a implantação definitiva do sistema, Lichtnow, (2002, p 49),
coloca como marco legal:
Pela Instrução Normativa, Nº.022 de 22/12/86, da secretaria do
Tesouro foram estabelecidos procedimentos uniformes de execução
orçamentária e financeira, bem como determina a implantação do
funcionamento, por meio eletrônico de dados, do Sistema Integrado de
Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI, que atende a
toda à Administração Federal, no que se refere à execução
orçamentária, financeira e patrimonial.
Dado a mobilização do governo em relação a criação do órgão
centralizador das informações e o seu efetivo funcionamento conforme
demonstrado acima pela normatização legal do mesmo, havia forte
vontade política para que se iniciasse um novo tempo em relação a
controle de finanças públicas.
Conforme Castro (2004), o SIAFI foi então posto em operação com os
seguintes objetivos:
1- Prover os órgãos da Administração Pública de mecanismos adequados
ao controle diário da execução orçamentária financeira, patrimonial
e contábil;
2- Fornecer meios para agilizar a programação financeira, otimizando
a utilização dos recursos do Tesouro Nacional, através da unificação
dos recursos de caixa do governo, com a criação da Conta Única do
Tesouro Nacional;
3- Permitir que a Contabilidade aplicada à Administração Pública
seja fonte segura e tempestiva de informações gerenciais para todos
os níveis da Administração.
A STN criou plano de contas unificado, em obediência a lei
4.320/64,, interligando assim todos os órgãos integrantes da
Administração Publica Federal, chamados de UGs (Unidades Gestoras).,
O Siafi tem sua base de informações e gerenciamento centralizado em
Brasília, e esta ligado a todas as UG, e ao órgão central (STN), por
tele processamento.
As UGs, Unidades Gestoras, têm acesso ao sistema em duas
modalidades, definidas pela STN, sejam elas: on line e off line.
Na modalidade on line, todos os documentos orçamentários e
financeiros são emitidos diretamente pelo sistema, e a própria UG
atualiza os arquivos digitando por meio de terminais conectados ao
Siafi, dados relativos às suas operações.
Na modalidade off line, a UG emite seus documentos orçamentários,
financeiros, patrimoniais e contábeis, previamente à introdução dos
dados no sistema, o que é feito por meio de uma outra unidade
chamada de Pólo de Digitação.
A forma de acesso ao sistema é feita por meio de senha, em níveis
hierárquicos de pesquisa e introdução de dados e acesso a transações,
permitindo ao usuário conforme seu perfil, ter acesso a outras UGS.
A figura abaixo, demonstra o Diagrama do sistema (Árvore do Siafi)
Feijó, (2006 p 27):
SISTEMA
SIAFIAAAA
Subsistema Subsistema
Contábil Documento
Modulo Modulo Modulo Modulo
Demonstrativo Equações Consulta Entradados
Transação Transação Transação Transação
Balancete Coneqcont Conob Darf
Atualmente, o Siafi tem como gestores dentro da STN (Secretaria do
Tesouro Nacional) duas coordenadorias: a Ccont (Coordenadoria de
Contabilidade) e a Cosis (Coordenadoria de Sistemas).
Estas duas coordenadorias monitoram o sistema e enviam as
necessidades de adaptação e ou criação de subsistemas ao Serpro (Serviço
de Processamento do Governo Federal), órgão encarregado de
tecnicamente fazer as modificações que são necessárias.
No entanto, com o passar do tempo, com o ingresso de praticamente
todas as ugs que executam Orçamento Público Federal, a STN, passou a
enfrentar muitas dificuldades para atender à demanda dos usuários e
das necessidades de adaptação às realidades das Ugs.
3. Metodologia
Foi utilizado o método descritivo de pesquisa que, segundo a
concepção de Gil (1999), tem como principal objetivo relatar
características de determinada população ou fenômeno ou o
estabelecimento de relações entre as variáveis, para fazer uma
leitura das transações que o SIAFI utiliza na execução e controle do
orçamento publico, utilizando como base a execução da despesa, nos
estágios de Empenho, Liquidação e Pagamento.
A analise documental, terá como fonte o próprio sistema e os
documentos eletrônicos emitidos por eles quando da inserção de dados
e na geração de relatórios de consulta.
Nesta pesquisa, os documentos utilizados, são classificados,
conforme Gil (1999), como fontes de primeira mão, ou seja documentos
que não receberam qualquer tratamento analítico anteriormente, pois
tratam-se de documentos básicos de um sistema oficial de
teleprocessamento.
A abordagem do tema tem como foco a analise qualitativa do SIAFI,
visando destacar características, ate então, não observadas por
qualquer outro meio de estudo, principalmente quantitativo, e esta
fundamentado no que diz Richardson (1999, p.80) “[...],os estudos
que empregam uma metodologia qualitativa podem descrever a
complexidade de determinado problema, analisar a interação de certas
variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por
grupos sociais”.
A técnica utilizada na coleta de dados foi o acesso ao SIAFI para a
observação nas transações e documentos eletrônicos selecionados e a
partir deste universo, o processamento e tabulação da analise de
suas criações, utilizações, deficiências e necessidades de mudanças.
4. Análise dos Dados
Tendo como primeiro estagio da Despesa o Empenho, conforme determina
o art. 58 da 4.320/64, este documento eletrônico integra uma das
transações do Subsistema: Documentos do Siafi, Modulo: Entradados
Transação: NE(Nota de Empenho) e tem a seguinte configuração:
Figura 1: Tela Transação Nota de Empenho
Figura 2: Tela Transação Nota de Empenho
Pode-se observar que a Nota de Empenho traz todas as informações
orçamentárias, contábeis e cadastrais para a execução da despesa,
apartir dos seguintes conceitos:
Ug/Gestão Emitente: A unidade orçamentária que está realizando a
compra.
Numero da Lista: Lista eletrônica com os itens por natureza de
despesa emitida antecipadamente, e adicionada automaticamente ao
documento a partir da informação de seu numero.
Favorecido: Fornecedor vencedor do certame licitatório.
Taxa de Câmbio: Para empenho emitido em outra moeda.
Observação/Finalidade: Dados da finalidade da compra e motivo.
Evento: Código contábil que distribui os valores em todas as contas
dos sistemas.
Esfera: Define a origem do orçamento, se fiscal ou da seguridade
social.
Ptrs: Programa de trabalho resumido, está relacionado a que ação de
governo aquela despesa está vinculada.
Fonte: Define a classificação do orçamento segundo sua destinação
legal.
Nd: Classifica a despesa segundo sua destinação, consumo, pessoal
etc.
Ugr: Unidade descentralizada dentro de um órgão.
Pi: Plano interno de planejamento de metas por ação e atividade.
Tipo: Defini se o empenho terá valor Global, estimativo ou ordinário.
Modalidade de Licitação: O Tipo de certame que o fornecedor
participou, Concurso, Convite, Tomada de preço, concorrência etc.
Amparo: A lei que rege o assunto 8.666/93.
Inciso: Classificação do amparo legal.
Processo: Numero do processo de compras da unidade que gerou a
licitação e consequentemente a emissão do Empenho.
Origem do Material: Define se o material tem origem nacional,
material estrangeiro adquirido no Brasil, ou importação direta.
Município Beneficiado: Da emissão do Empenho.
Uf Beneficiada: Da emissão do Empenho.
Num. Original cv/cr/tp: Código para controle de credito cuja origem
seja convênios cv. Contrato de repasse cr.
Pagto Contra Entrega: Tipo de empenho para despesas menor de R$
8.000,00, com garantia de pagamento em ate 72 horas após sua emissão.
Data da Liquidação: Permite informar a possível data da liquidação
da Despesa.
Data do pagamento: Permite informar a possível data do pagamento da
despesa.
Depois de emitida a Nota de Empenho está cumprido o primeiro estagio
da despesa, ficando então o ente público no aguardo do fornecedor
cumprir a entrega do material ou serviço, para que se processe então
as outras duas fases da execução da despesa, liquidação e pagamento.
Para consultar os empenhos emitidos deve-se acionar o SIAFI,
Subsistema: Contábil - Modulo: Consulta - Transação: Conne (Consulta
Nota de Empenho).
A partir deste ponto começa-se a demonstrar as deficiências ou
fragilidades do SIAFI, como sistema gerador de informações, uma vez
que esta demonstrado nas figura 3 e 4 abaixo a impossibilidade de se
obter, relatórios configurados pelo usuário.
Figura 3: Tela Transação conne (Consulta Nota de Empenho)
Figura 4: Transação Conne solicitação de Consulta
Analisando a figura acima Conne (Consulta Nota de empenho), pode ser
observado que não está contemplado no perfil para consulta alguns
dados que foram informados na tela de empenho, cuja consulta fica
prejudicada de ser feita e obtida informações importantes como por
exemplo: Consultar todos os empenhos da Unidade por PTRS (Programa
de trabalho Resumido), relacionando a despesa com uma referida ação
visto que não existe este perfil de consulta no Conne.
Outro aspecto analisado, é o fato da transação permitir consulta
apenas com combinações de dados pré estabelecidos, não permitindo ao
usuário a liberdade de fazer filtros adaptados ao tipo de informação
necessário a cada situação, fato comprovado na figura 4, uma vez que
o sistema não aceitou a emissão de relatório dos empenhos emitidos
pela Unidade Gestora, combinando fonte de recurso com natureza de
despesa, gerando a critica “Solicitação não Prevista”.
O segundo estágio da execução da despesa, ou seja, a liquidação é
executada no Subsistema CPR ( Contas a Pagar e Receber), Modulo
Entradados, Transação Atucpr(Atualiza contas a pagar e receber) e
tem a seguinte o formato demonstrado nas figuras 5.
Figura 5: Transação atucpr (Contas a Pagar e Receber)
Nesta tela são colocados os dados do credor (fornecedor) e a partir
do campo Situação, o sistema contabilizará o número do empenho
informado e distribuirá os valores nas contas sintéticas e
analíticas dos sistemas financeiro orçamentário e patrimonial.
Esta etapa será efetuada somente após o reconhecimento pela
Administração de que os materiais ou serviços forma entregues de
acordo com a Nota de Empenho, cumprindo então o estagio da
liquidação.
Para consultar os compromissos apropriados a pagar devemos acionar o
SIAFI, Subsistema: Contábil - Modulo: Consulta - Transação: Concpr
(Consulta Contas a receber e a pagar), conforme abaixo:
Figura 6: Transação Concpr(Contas a receber e a pagar)
Esta transação esta configurada apenas com informações cadastrais do
fornecedor e do documento que gerou a contabilização da liquidação
dentro do SIAFI, não contendo campos que possibilite pesquisa por
fonte de recurso, natureza de despesa, ou seja, dados originais do
empenho principio básico da despesa.
O Terceiro estagio da execução da despesa, ou seja, o pagamento é
executada no Subsistema CPR ( Contas a Pagar e Receber), Modulo
Fluxo de caixa, Transação Confluxo(Consulta fluxo) e tem a seguinte
o formato demonstrado nas figuras 7.
Figura 7: Transação Confluxo (Consulta Fluxo)
Uma vez apropriado o compromisso, o mesmo poderá ser pago nesta
transação, pelo ordenador de despesa, a partir da solicitação do
mesmo pelos filtros acima descritos na figura 7. Será emitido então
uma OBP (Ordem bancaria de Pagamento) ao fornecedor, com os dados
bancários informados no momento da apropriação.
Para consultar os compromissos pagos devemos acionar o SIAFI,
Subsistema: Contábil - Modulo: Consulta - Transação: Conob (Consulta
Ordens Bancarias), conforme abaixo:
Figura 6: Transação Conob
A Transação Conob (Consulta ordem bancaria), usada para gerar
relatórios a partir dos pagamentos já feitos certamente é a mais
deficiente uma vez que não possibilita parâmetros de filtros a
partir dos dados básicos da Nota de Empenho como Fonte de Recurso,
natureza da despesa Ptrs (Programa de Trabalho Resumido), o marco
inicial da despesa.
A impossibilidade de consulta nesta transação com parâmetros
orçamentários, dificulta a conciliação e o gerenciamento diário
entre Credito (Orçamento) e recurso (financeiro), uma vez que são
momentos diferentes na execução da despesa.
5. Conclusão
Apos a pesquisa realizada pode-se concluir que, apesar de continuar
sendo uma ferramenta eficaz no controle da Execução Orçamentária,
Financeira, não comprometendo o resultado final, o SIAFI requer,
urgentemente, uma releitura para adaptação à nova realidade da
tecnologia da informação, visto que o mesmo apresenta algumas
limitações, que dificultam o gerenciamento diário dos limites
analíticos dos créditos e recursos orçamentários, tais como:
1- Sistema de pesquisa limitado por parâmetros básicos, não dando
possibilidade para gerar relatórios a partir dos dados informados
com seleção de filtros;
2- Não permite interface de relacionamento com outros sistemas que
não os gerados pelo Serpro;
Com base nas limitações citadas, dentre muitas outras existentes, é
premente a reformulação do SIAFI para atender às necessidades dos
usuários, pois o engessamento de informações do ponto de vista da
tele-informática, da tecnologia da informação, dos sistemas cada vez
mais dinâmicos e avançados, está fazendo com que os executores do
orçamento recorram a sistemas paralelos para complementar dados que
deveriam ser extraídos ou já manipulados dentro do sistema oficial,
muitas vezes trazendo às unidades situações de retrabalho.
6. REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, Claudiano Manoel de. MEDEIROS, Marcio Bastos. SILVA,
Paulo Henrique Feijó da. Gestão de Finanças Publicas. 1ª ed.
Brasília 2006.
CASTRO, Domingos Poubel de. GARCIA, Leice Maria. Contabilidade
Publica no Governo Federal: Guia para reformulação do ensino e
implantação da Lógica do Siafi. 1ª ed. São Paulo: Atlas, 2004.
FEIJÓ, Paulo Henrique. PINTO, Liane Ferreira. MOTA, Francisco
Glauber Lima. Curso de Siafi: Uma abordagem prática da execução
Orçamentária e financeira: 1ª ed. Brasília 2006.
SILVA, César Augusto Tiburcio da. Custo no Setor Publico. 1ª ed.
Brasília: unb editora, 2007.
LICHTNOW, Rolf Hilmar. Contabilidade e Administração Publica. 1ª ed.
Pelotas: Educat/UCPel, 2002.
MARCONI, Maria de Andrade. LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de
Metodologia Científica. 6ª ed. São Paulo, 2006.