Observatorio de la Economía Latinoamericana

 


Revista académica de economía
con el Número Internacional Normalizado de
Publicaciones Seriadas  ISSN 1696-8352

ECONOMÍA DO BRASIL

AGRONEGÓCIO PARA EXPORTAÇÃO - ANALISE DO MERCADO ATUAL  E DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIAS DE MUDANÇAS NO DESEMPENHO

Bruna Timm Stern
Faculdade Atlântico Sul de Pelotas
 bruna@angustrading.com.br
Eduardo Mauch Palmeira
Faculdade Atlântico Sul de Pelotas
eduardopalmeira@brturbo.com.br

RESUMO

O presente trabalho discute estratégias de promoção comercial internacional que impulsionam e diferenciam o quadro do agronegócio no Brasil. Estão subjacentes a esse tema os fatores associados ao modelo de crescimento do agronegócio e seu desempenho. O trabalho parte de indicadores do quadro atual do setor e assim explora projeções para o desempenho dos próximos anos. A realização desse é motivada pela necessidade da ampliação de base e da diversificação da pauta de exportações agrícolas brasileiras. Sendo assim, a  realização deste tem como seu objetivo primordial, informar aos setores do agronegócio sobre regras e práticas do comércio internacional, demonstrar o estágio atual das negociações agrícolas internacionais e divulgar estratégias de promoção internacional.
 
Palavras chaves: Agronegócio, Agronegócio para Exportação, Desempenho, PIB, Promoção Internacional.
 
 
ABSTRACT
 
This study discusses strategies for commercial international promotion that can impulse and differentiate the status of agribusiness in Brazil. Subjacent to that theme there are factors associated to agribusiness growth model and its performance. The study bases on indexes of the sector current status so exploring projections about the performance expectation for the next years. The study was performed aiming at addressing the need for enlarging both the basis and list of the Brazilian agricultural exports list. Thus, it primarily aims at informing to agribusiness about rules and practices pertinent to International business, showing the current stage of international agricultural negotiations, and divulging strategies for commercial international promotion.
 
Key-words: Agribusiness, Agribusiness to Export, Performance, PIB, International Promotion
 
 
 

Para citar este artículo puede utilizar el siguiente formato:

Timm Stern, B. y Mauch Palmeira, E.: "Agronegócio para exportação-analise do mercado atual e desenvolvimento de estratégias de mudanças no desempenho"  en Observatorio de la Economía Latinoamericana, Número 74, 2007. Texto completo en http://www.eumed.net/cursecon/ecolat/br/


 

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Cenário do Agronegócio no Brasil

Considerado o setor mais importante da economia brasileira, o agronegócio responde por 30% do PIB nacional. Agregado a um alto percentual de postos de trabalho no território brasileiro o setor hoje apresenta índices de redução do PIB de 0,23%, desde o início deste ano e, de acordo com a análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a desaceleração da agropecuária nacional “é preocupante e muda o cenário da colheita e comercialização da safra 2004/2005”. Estudos comprovam a maior causa esta caracterizada pelas quedas na taxa de variação mensal das lavouras e o desempenho negativo do segmento pecuarista.

Com a globalização de mercados, o sucesso de uma empresa, principalmente no agronegócio, depende cada vez mais da inter-relação entre fornecedores, produtores de matéria-prima, processadores e distribuidores, tanto ao mercado interno quanto ao mercado externo. A divisão tradicional entre indústria, serviço e agricultura é inadequada. O conceito de agronegócio representa, portanto, o enfoque moderno que considera todas as empresas que produzem, processam, e distribuem produtos agropecuários.

Agronegócio para Exportação

Apesar do quadro desfavorável, o Índice de Volume de Exportação do Agronegócio teve uma queda relativamente pequena (cerca de 1%), conseqüência também refletida no Índice de Atratividade do Agronegócio (IAT-Agro/CEPEA), que teve queda de 7% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2005. O resultado menos favorável ao setor é atribuído à valorização do Real.

De fato, a valorização da moeda brasileira em relação a uma cesta de moedas dos principais parceiros do agronegócio do Brasil, medida pelo Índice de Câmbio do Agronegócio, foi expressiva, de 15,87% entre os dois períodos.

Assim, nem mesmo o aumento de preços dos produtos exportados, de 10,21% no período, segundo o Índice de Preços de Exportação do Agronegócio (IPE-Agro/CEPEA), conseguiu segurar a atratividade do setor. Vale citar que essa reação dos preços foi puxada especialmente por produtos como carnes, açúcar, álcool e fumo, principalmente no mês de junho.

Ao fazer a análise integrada desses índices, pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) destacam duas razões principais para a continuidade das exportações. Uma delas é a necessidade de exportar mesmo sem atratividade econômica (remuneração obtida no mercado interno seria maior que a gerada com exportação), tendo em vista a impossibilidade de escoar no mercado interno o total produzido por alguns setores. Já para outros segmentos do agronegócio, ainda que tenha havido diminuição da atratividade para exportar, as vendas externas ainda seriam a melhor alternativa em comparação ao mercado interno estagnado.

Resultados Positivos

Ao comparar os dois primeiros trimestres de 2006, percebesse que o câmbio esteve ligeiramente melhor às exportações do agronegócio – o Real desvalorizou 3,98% em relação a um conjunto de moedas (IC-Agro/CEPEA). No mesmo período, os preços dos produtos exportados reagiram 7,66%. O resultado foi um aumento da atratividade do agronegócio de 12% . Isso permitiu um aumento de 10,3% no volume exportado. Para o segundo semestre, os preços internacionais sinalizam continuidade de alta. O comportamento do câmbio, portanto, irá novamente determinar a atratividade das exportações agropecuárias.

A figura a seguir ilustra o desempenho dos anos de 2004 e 2005 e as projeções até 2014 e 2015.

Estratégias para Desenvolvimento e Promoção Internacional

O investimento em aprendizagem permanente e a educação são fatores essenciais na busca para desenvolver competências estratégicas necessárias para sobreviver e crescer no mercado atual, pois as atividades rotineiras passam a ser cada vez menos importantes e qualificadoras, mas sem diferencial competitivo. As empresas com perfil competitivo adotam uma postura de aprendizagem intensiva, enquanto buscam a identificação de estratégias que maximizem a probabilidade de sobreviver e prosperar, procurando focar suas atividades naquelas que sejam realmente agregadoras de valor, ou seja, nas atividades mais intensivas em conhecimento.

Com a crescente integração dos mercados mundiais, novos agentes econômicos têm afetado o ambiente de negócios das organizações. A competitividade das empresas e, no sentido mais agregado, dos setores econômicos, é determinada pela sua capacidade de crescer frente aos melhores concorrentes internacionais. Isto implica a obtenção de ganhos contínuos de eficácia em termos de redução de custos, diferenciação de produtos e serviços, inovação tecnológica, entre outros. Além disso, envolve também a capacidade sistêmica de organização das cadeias produtivas, a partir das diferentes formas de coordenação estabelecidas entre os diversos agentes – públicos e privados – que as constituem.

No caso do agronegócio, as empresas ligadas ao setor são pressionadas a adotar estratégias competitivas, através de novas concepções, ações e atitudes, nas quais produtividade, custo e eficiência se impõem como regras básicas, mas não suficientes, na busca da sua sustentação duradoura no mercado.

Medidas para avaliar índices de oferta e a demanda de novas tecnologias para agropecuária e gestão das cadeias produtivas, estão sendo implantadas e consideradas um grande diferencial para garantir a certeza de bons investimentos, garantindo um sistema de inteligência estratégica para o setor, de forma descentralizada e com foco no desenvolvimento regional, apto a operar internacionalmente com maiores chances de sucesso e abrangência.

A atividade de prospecção tecnológica, nos moldes do que oferece a RIPA Rede de Inovação e Prospecção Tecnológica para o Agronegócio, é considerada fundamental para uma política agrícola inovadora. A metodologia de trabalho da rede foi desenvolvida a partir de experiências colhida pelo laboratório da Embrapa instalado nos Estados Unidos. Nos workshops, usuários e desenvolvedores de tecnologia definem os assuntos críticos da agropecuária, hierarquizam prioridades e votam a definição de plataformas de pesquisa e desenvolvimento para solucionar os gargalos do setor

Além dos trabalhos de prospecção, especialistas têm apontado como destaques nessa política a criação e consolidação de empresas de base tecnológica; acompanhamento e avaliação de programas e projetos; inserção de brasileiros em redes internacionais de pesquisa, desenvolvimento e inovação; melhoria dos indicadores de inclusão social e programas de valorização de recursos humanos qualificados para pesquisa em áreas estratégicas do agronegócio.

Ìndices Passados e Projeções de Produção e Consumo dos Principais Produtos

CONCLUSÂO

O agronegócio é hoje a maior fonte de retorno do país, por isso deve-se criar medidas de cuidados que avaliem o setor para evitar oscilações e desvalorizações de seus componentes. Percebeu-se no decorrer do trabalho que a melhor alternativa é optar pelo mercado externo, uma vez que o mercado brasileiro encontra-se estagnado. Elaborar uma política de entendimento entre produtores e a agroindústria para reduzir o déficit; potencializar o setor com investimento tecnológicos; criar medidas para evitar problemas oriundos do desiquilibrio de câmbio, afim de reduzir taxas de juros altas e mercado disputado são atitudes que certamente retornará em resultados positivos para não só para o próprio agronegócio, mas também para economia do país.

BIBLIOGRAFIA

Agência Brasil: www.agenciabrasil.gov.br

Agronegócios: www.ufpel.tche.br/faem/agronegocios/apresenta.php

CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada): www.cepea.esalq.usp.br/macro/

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística: www.ibge.com.br

Jornal da USP: www.usp.br

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: www.agricultura.gov.br

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior: www.mdic.gov.br

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão: www.ipea.gov.br

Portal do Agronegocio: www.portaldoagronegocio.com.br


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