"Contribuciones a la Economía" es una revista
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de Publicaciones Seriadas
ISSN 1696-8360
Resumen:
O objetivo deste artigo é elaborar uma análise sobre a dinâmica econômica nas regiões Xingu e Tapajós, no estado do Pará. Para a construção desta análise, foi necessária a utilização dos indicadores: Quociente Locacional (QL), Índice de Concentração de Hirschman- Herfindahl (IHH) e Índice de Participação Relativa (PR), empregando em cada método todas as atividades formais existentes nos municípios de cada região, tendo como variável o número de empregos formais e também o número de estabelecimentos de cada atividade nos anos 2000, 2005 e 2010. Com os resultados do estudo obtém-se um gráfico para comparar qual o município com atividades e empregos em Expansão.
Palavras-chave: DINAMISMO ECONÔMICO; REGIÃO XINGU; REGIÃO TAPAJÓS; ESTADO DO PARÁ; ATIVIDADES FORMAIS; EMPREGOS FORMAIS; INDICADORES ESTATÍSTICOS.
ABSTRACT: The paper goal is create an analysis about the economic dynamics at Xingu and Tapajós regions from Pará state. To this analysis elaboration was necessary the use of then following indicators: Location Quotient (LQ) concentration index, of Hirschman-Herfindahl (IHH) and index of Relative Participation (RP), in each method was used all the formal activities that exist at the municipalities in each region. Considering the number variation of formal jobs and the number of establishment in each activities at the years 2000, 2005 and 2010. With the paper results it’s possible to elaborate a graphic to compare each municipalities have the activities or jobs in expansion.
Key words: ECONOMIC DYNAMICS; XINGU REGION; TAPAJÓS REGIONS; PARÁ STATE; FORMAL ACTIVITIES; FORMAL JOBS; STATISTICAL INDICATORS.
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Casseb e Silva. R, Paulina de Campos Oliveira. Y y Wagner Amanajás Pena. H.:
“APLICAÇÃO METODOLÓGICA DE DEMANDAS REGIONAIS PARA ANÁLISE DO DINAMISMO ECONÔMICO NAS REGIÕES XINGU E TAPAJÓS – AMAZÔNIA – BRASIL.”,
en Contribuciones a la Economía, noviembre 2011, en http://www.eumed.net/ce/2011b/
1. INTRODUÇÃO
Historicamente o estado do Pará teve sua economia baseada no extrativismo vegetal, sendo o maior período de desenvolvimento desta área durante o final do século XIX e início do século XX, no período que ficou conhecido como o ciclo da borracha. A Revolução Industrial foi o impulso que fez com que a borracha natural da Amazônia fosse valorizada e gerasse altos lucros e dividendos. Como conseqüência, a capital paraense, Belém, era considerada na época junto com Manaus, capital do estado do Amazonas, duas das cidades mais desenvolvidas e prosperas do mundo. Durante a II Guerra Mundial, a borracha teve seu segundo ápice (DEAN,1989).
Os dois ciclos foram muito importantes para a formação da população paraense, pois para a extração da borracha no primeiro ciclo, houve a migração de pessoas de vários estados brasileiros. Os nordestinos que estavam sofrendo com a seca na sua região se tornaram a mão de obra predominante no processo.
Atualmente o Pará é o estado mais rico e populoso da região norte, contando com uma população de 7.321.493 habitantes, e também o segundo maior estado do país com uma extensão de 1.247.689,515 km². Está situado no centro da região norte e dentro dos limites de Suriname e o Amapá a norte, o oceano Atlântico a nordeste, o Maranhão a leste, Tocantins a sudeste, Mato Grosso a sul, o Amazonas a oeste e Roraima e a Guiana a noroeste (CONEA, 2011).
Por conta da extensão do território, as diversidades são comumente visualizadas. Deste modo a tendência de desenvolvimento econômico se difere de um município para o outro, sujeitando-se ao crescente dinamismo econômico no estado do Pará. A economia se baseia no extrativismo mineral, vegetal na agricultura, pecuária e em serviços, como turismo e indústria.
A mineração é predominante na região Sudoeste com extração de manganês, ferro, ouro, bauxita, alumina e calcário. Este setor é um grande componente do PIB estadual. Por conta disso, há um forte desenvolvimento na indústria metalúrgica, como exemplo se dá a produção de alumínio em Barcarena, além de Marabá que é um pólo metalúrgico e siderúrgico.
Desde 1960, a agricultura se faz presente com predominância dos municípios cortados pela rodovia transamazônica. Com o passar do tempo, o Pará se tornou o maior produtor de pimenta do reino e um dos maiores de banana. Nos últimos anos, houve a expansão da cultura de soja tornando as regiões Sudeste e Sudoeste grandes áreas para esta nova atividade agrícola.
O rebanho do estado é calculado em 14 milhões de bovinos e possuindo também criações de bubalinos, suínos, eqüinos e aves, presentes predominantemente na região Sudeste do estado.
2. ECONOMIA REGIONAL
A Economia Regional compreende o estudo da diferenciação espacial, das inter-relações entre
as áreas dentro de um sistema nacional de regiões, enfrentando um universo de recursos escassos, desigualmente distribuídos no espaço e imperfeitamente móveis. Há separação espacial entre os mercados de consumo, entre as fontes de recursos e os locais de produção; os mercados, os recursos e as produções não se distribuem igualmente no espaço não só pela sua imperfeita imobilidade, mas também pela desigual dotação de recursos e estoques iniciais. Nem todas as áreas são exploradas com a mesma intensidade e ao mesmo tempo; as que são valorizadas em primeiro lugar tendem a adquirir uma vantagem adicional sobre as demais (DUBEY, 1977).
A Economia Regional compreende: a introdução do elemento espaço na análise econômica;
o estudo de problemas localizados e que envolvem separação espacial, tais como: a estrutura dos parques industriais locais e regionais; os meios de comunicação entre dois ou mais centros urbanos; o problema do emprego rural e urbano; as finanças municipais e regionais; o aproveitamento racional dos recursos naturais locais; os impactos de investimentos em determinadas indústrias sobre o emprego, as demais atividades industriais, as finanças públicas, etc.
Comparando a estrutura da economia paraense com a estrutura da economia nacional e da região Norte, é possível identificar algumas características bastante diferentes. As diferenças marcantes são a participação relativamente mais alta do setor de extração mineral e mais baixa do setor de transformação, seja na comparação em nível regional ou nacional. Considerando a estrutura do Valor Adicionado em 2006, a participação do setor de extração mineral foi de 7,5% no Pará enquanto na região Norte e no Brasil chegou a apenas 3,8% e 2,9%, respectivamente. No sentido oposto, a indústria de transformação possuía uma participação de 13,8% no Pará ao passo que representava 18,0% na região Norte e 17,4% no Brasil (AZZONI et al., 2009).
2.2. DINÂMICA ESPACIAL DO EMPREGO E RENDA NO BRASIL
A análise das rendas municipais ajudará a compreender os diferentes padrões socioeconômicos do território, sobretudo daqueles que se referem ao acesso a bens e serviços públicos e mercantis, diretamente associados à renda da população. Para avaliar as diferentes composições que surgem dessa distribuição, será ainda considerado o grau de dependência dos municípios em relação às diferentes fontes de rendimento (trabalho, aposentadorias, pensões e outras fontes), bem como sua associação à dinâmica da desigualdade no território. (ROCHA, 2002).
O Brasil nos últimos anos vem se desenvolvendo de uma maneira extraordinária. O aumento das vagas de emprego e o aumento de renda são fatores responsáveis para esta dinâmica espacial. As razões para tal fato são (FOCHEZATTO, 2004):
Juntamente com o Brasil, o estado do Pará mantém seu desenvolvimento crescente. As buscas por empregos formais têm sido efetuadas também, associadas aos fatores descritos acima, juntamente com o fato dos paraenses deixaram de migrar para outros estados já emancipados economicamente em busca de empregos. Assim fortalecendo a economia do estado. A migração de mão-de-obra tem seus benefícios e malefícios, as regiões que perdem trabalhadores têm aumento na produtividade de trabalho, assim obtendo uma elevação na renda. Já para a região que ganha os operários terá um excesso de trabalhadores e a renda média pode declinar.
3. METODOLOGIA
3.1. FONTES DE DADOS EMPREGADOS
Para analisar a dinâmica da estrutura produtiva das regiões Xingu e Tapajós do Estado do Pará, este estudo terá como base os dados do Registro Anual de Informação Social (RAIS), instituída pelo decreto nº 76900 de 23/12/1975 como gestão governamental do setor do trabalho produzido pela Secretaria de Emprego e Salário, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego Fundamentalmente, a RAIS é um Registro Administrativo, de âmbito nacional, com periodicidade anual, obrigatório para todos os estabelecimentos, inclusive aqueles sem ocorrência de vínculos empregatícios no exercício, tendo esse tipo de declaração a denominação de RAIS Negativa.
Esta pesquisa se utilizará de tais informações, que se tornam então fontes secundárias para esta pesquisa, porém oficiais da escala do Governo Federal e aqui representativas da dinâmica da estrutura produtiva do estado pelo grau de abrangência assim como da característica de periodicidade anual da coleta de informações.
3.2. ÁREA DE ESTUDO
A nova proposta de regionalização para o Estado do Pará surgiu da constatação de que as regionalizações estabelecidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – Mesorregião e Microrregião – não mais refletiam a realidade estadual. A identificação das 12 Regiões de Integração levou em consideração as características de concentração populacional, acessibilidade, complementaridade e interdependência econômica. Ao todo foram utilizados doze critérios, os quais permitiram uma versão preliminar para a regionalização do Estado (SEIR, 2010).
Os indicadores utilizados no estudo foram: População (IBGE 2000); Densidade Populacional (IBGE 2000); Concentração de Localidades (GEOPARÁ 2002); Repasse de ICMS (SEFA / 2º semestre de 2002); Renda per capita (IBGE 1991); Acessibilidade física (SIGIEP 2002); Consumo de Energia Elétrica (Rede Celpa 2002); Leitos por mil habitantes (DATASUS / SEEPS); Índice de Desenvolvimento Humano – IDH (PNUD 2000); Telefonia Fixa (Telemar 2002); Índice de Alfabetização (IBGE 2000); Fatores Geopolíticos.
A partir do cruzamento dos dados anteriormente descriminados, 12 Regiões de Integração foram definidas, as quais foram dividas em 4 níveis. Essa divisão foi determinada em função do grau de acessibilidade, do dinamismo econômico, da ocupação populacional e do nível de acesso a equipamentos básicos e conectividade.
Nível 01
1. Região Metropolitana.
2. Região Guamá.
3. Região Rio Caeté.
Nível 02
4. Região Araguaia.
5. Região Carajás.
6. Região Tocantins.
7. Região Baixo Amazonas.
Nível 03
8. Região Lago de Tucuruí.
9. Região Rio Capim.
10. Região Xingu.
Nível 04
11. Região Marajó.
12. Região Tapajós.
A área de estudo da análise foi realizada na região Xingu que comporta 10 municípios, sendo delimitada na imagem a seguir:
Imagem 1 – Mapa da Região Xingu.
E na região Tapajós, são delimitados 6 municípios:
Imagem 2 – Mapa da Região Tapajós.
3.3. INDICADORES ESTATÍSTICOS
Os parâmetros estabelecidos para determinação do dinamismo na região, delimitando geograficamente a área de cada município, foram:
O indicador Quociente Locacional (QL) procura comparar duas estruturas econômicas. No numerador temos a economia em estudo, no caso a região Xingu e posteriormente Tapajós, e no denominador uma economia de referência, em que constam todos os municípios do Pará. Sua fórmula de cálculo pode ser expressa da seguinte forma:
onde,
= é o emprego da atividade ou setor no município;
= é o emprego referente a todas as atividades que constam no município;
= é o emprego da atividade ou setor no Pará;
= é o emprego de todas as atividades ou setores no Pará.
Pelo fato do QL ser uma opção de calculo muito simples em que pode ocorrer falhas, como por exemplo: identificar que um município possui determinada atividade especializada, mostrando um alto valor, no entanto se aquela atividade for a única do município dar-se-a entender uma falsa impressão de especialidade. Com isso, foi elaborado o segundo indicador com o objetivo de captar o real significado do peso do setor na estrutura produtiva local. Tal índice foi denominado Hirschman-Herfindahl modificado (IHH). Ele é definido da seguinte forma:
Um terceiro indicador identifica o real significado do peso no setor na indústria produtiva local, comparada em relação ao total do estado do Pará, por isso chama-se Participação Relativa (PR), e é expresso algebricamente desta forma:
A etapa de ajuste e tratamento dos dados para o seguinte estudo utiliza os três indicadores estatísticos citados anteriormente.
3.4. METODOLOGIA DE ANÁLISE
3.4.1. Análise Consolidada
É possível compor a Matriz Agregada da Estrutura Produtiva, que possui quatro quadrantes, de acordo com as variantes dos indicadores estatísticos já relacionados: especialização, atratividade econômica e significativa relação participativa.
Com a análise dessa matriz, é possível avaliar conjuntamente as variações na conciliação das estruturas das atividades na combinação dessas três variáveis. O QL é a variável que relaciona a atividade com o grau de especialização, podendo admitir somente valores maiores que 0. Caso o seu valor seja superior a 1, significa que existe especialização nessa atividade, recebendo assim tratamento positivo.
Quanto ao índice de concentração de Hirschman-Herfindahl, que admite tanto valores positivos quanto negativos, ele receberá tratamento positivo quando seu valor for maior que 0, o que indica que algum tipo de concentração e atratividade econômica da atividade.
O indicador Participação Relativa tem como resultado variação de 0 a 1. Para valores maiores que 0,1, a atividade recebe tratamento positivo. Quanto mais próxima de 1, maior é a importância daquela atividade na região para o estado como um todo.
3.4.1.1. Matriz agregada da estrutura produtiva
Definido a área de estudo, que neste caso serão os 10 municípios para a região Xingu e 6 para a região Tapajós, a etapa seguinte é a produção da matriz citada no tópico anterior, o que permite uma análise agregada das informações e uma visualização de cada atividade da Região e possibilitando uma caracterização deste quanto ao seu Dinamismo Econômico com base no número de empregos e estabelecimentos formais.
A seguir é descrito em resumo como serão classificados os prováveis resultados dos indicadores a serem estimados na pesquisa.
Indicadores Estatísticos |
Resultado Esperado |
Tratamento Recebido |
Variável Resultado |
QL |
> 1 |
Positivo |
Especialização Local |
< 1 |
Negativo |
||
IHH |
< 0 |
Positivo |
Grau de Concentração/ Atratividade |
> 0 |
Negativo |
||
PR |
≤ 0,1 |
Positivo |
Importância da Atividade |
> 0,1 |
Negativo |
Tabela 1 - Metodologia de Ajuste e Critérios para Classificação Matricial
A tabela 1 já revela uma aproximação das atividades econômicas do Estado. A característica de análise da dinâmica da estrutura produtiva está em oferecer um referencial quantitativo, que seja capaz de consolidar as informações e promover sua espacialização.
Os possíveis resultados levam a um ajuste quantitativo e este por sua vez obedece a uma lógica teórica de correlação entre as variáveis que definem a dinâmica das estruturas produtivas do Estado. Na combinação entre os prováveis resultados, estabeleceram-se quatro setores ou quadrantes matriciais, que teoricamente justificam as variações nas dinâmicas econômicas dos municípios, entre eles temos (PENA & BARBOSA, 2008):
Assim os indicadores estatísticos, depois dos ajustes e tratamentos, consolidam a matriz da seguinte forma de acordo com a tabela 2:
PR ≤ 0,1 |
Setor em Declínio |
Setor Dinâmico |
PR > 0,1 |
Setor Estagnado |
Setor em Expansão |
HHm < 0 |
HHm > 0 |
|
QL < 1 |
QL > 1 |
Tabela 2- Matriz da Dinâmica da Estrutura Produtiva
Segundo Pena e Barbosa (2008), esta matriz sintetiza a análise agregada ou consolidada para os resultados e corresponde a uma possibilidade de modelagem representativa da estrutura produtiva dos municípios em diferentes momentos, podendo inclusive, ainda que em termos agregados, identificar as tendências sobre o processo de aglomeração produtiva, do nível de remuneração do setor e do numero de estabelecimentos.
As mudanças de quadrantes indicam algumas medidas de variação nas atividades produtivas. A análise horizontal revela o grau de especialização e o poder de atratividade local das atividades, o que significa que quanto mais à direita do eixo as atividades se posicionarem, mais especializadas estarão e bem mais próxima da situação desejada (setores dinâmicos).
A matriz também revela que as atividades econômicas podem transitar de um quadrante a outro, o que depende das condições de mercado, de políticas públicas a determinados setores, dos investimentos privados, entre outros. Na análise vertical, é possível relacionar a dinâmica da estrutura produtiva das atividades econômicas com a participação relativa, ou seja, o peso representativo da atividade em relação ao estado do Pará.
A análise vertical também relaciona a evolução entre períodos das atividades econômicas do município, com os ganhos de mercado, ou seja, setores nos quais um município ou região aumenta sua participação na parcela de mercado classificam-se como competitivos. Na medida em que os dados irão sendo organizados de acordo com a matriz, é possível identificar se os setores que apresentam maior concentração de estabelecimentos são também os que mais remuneram ou admitem empregados formalmente (PENA & BARBOSA, 2008).
4. RESULTADOS
Os cálculos referentes aos indicadores estatísticos foram realizados para cada região para os anos 2000, 2005 e 2010, sendo levando em conta o número de estabelecimentos e empregos formais. Após o resultado, classificou-as em atividades Dinâmica, em Expansão, em Declínio e Estagnada. Atividades em Declínio não foram encontradas em nenhum ano em nenhuma região do presente estudo. Com base nos métodos já apresentados, foi possível construir as tabelas a seguir e gráficos que estão nos anexos, que mostram a evolução ao longo dos anos de cada região em relação a esse dinamismo econômico.
Ano |
Estagnado |
Expansão |
Dinâmico |
Total |
2000 |
1.657 |
3.654 |
645 |
5.956 |
2005 |
2.035 |
1.2062 |
308 |
14.405 |
2010 |
2.437 |
1.7504 |
898 |
20.839 |
Tabela 3 – Dinamismo dos empregos na Região Xingu.
Ano |
Estagnado |
Expansão |
Dinâmico |
Total |
2000 |
149 |
498 |
78 |
725 |
2005 |
362 |
777 |
194 |
1.333 |
2010 |
601 |
1.253 |
191 |
2.045 |
Tabela 4 – Dinamismo dos estabelecimentos na Região Xingu.
Ano |
Estagnado |
Expansão |
Dinâmico |
Total |
2000 |
413 |
4.012 |
498 |
4.923 |
2005 |
1.120 |
7.759 |
855 |
9.734 |
2010 |
1.595 |
10.990 |
1.561 |
14.146 |
Tabela 5 – Dinamismo dos empregos na Região Tapajós.
Ano |
Estagnado |
Expansão |
Dinâmico |
Total |
2000 |
104 |
289 |
31 |
424 |
2005 |
191 |
676 |
24 |
891 |
2010 |
201 |
1.003 |
60 |
1.264 |
Tabela 6 – Dinamismo dos estabelecimentos na Região Tapajós.
Com o uso dos dados dos anos de 2000, 2005 e 2010, com os cálculos para cada atividade e os valores da matriz dinâmica produtiva, foi possível identificar quais são as atividades em expansão, dinâmicas estagnadas ou em declínio nas regiões analisadas. As tabelas seguintes mostram a quantidade de atividades em expansão presentes em cada município da região Xingu e do Tapajós, desta forma é possível perceber quais atividades tem obtido maior participação na economia regional nos últimos anos.
Dinamismo em Xingu (2000) - Empregos |
Dinamismo em Xingu (2005) - Empregos |
Dinamismo em Xingu (2010) - Empregos |
|||
Cidade |
Nº de Atividades em Expansão |
Cidade |
Nº de Atividades em Expansão |
Cidade |
Nº de Atividades em Expansão |
Altamira |
71 |
Altamira |
89 |
Altamira |
111 |
Anapu |
22 |
Anapu |
9 |
Anapu |
20 |
Brasil Novo |
10 |
Brasil Novo |
10 |
Brasil Novo |
19 |
Medicilândia |
11 |
Medicilândia |
15 |
Medicilândia |
16 |
Pacajá |
7 |
Pacajá |
11 |
Pacajá |
24 |
Placas |
4 |
Placas |
8 |
Placas |
8 |
Porto de Moz |
12 |
Porto de Moz |
8 |
Porto de Moz |
8 |
Senador José Porfírio |
8 |
Senador José Porfírio |
8 |
Senador José Porfírio |
10 |
Uruará |
19 |
Uruará |
27 |
Uruará |
38 |
Vitória do Xingu |
6 |
Vitória do Xingu |
9 |
Vitória do Xingu |
11 |
Total |
170 |
Total |
194 |
Total |
265 |
Tabela 7 – Dinamismo dos empregos nos municípios de Xingu.
A tabela acima mostra que o município de Altamira tem uma grande concentração de atividades em expansão, o que indica a grande participação da cidade na economia da região do Xingu. Por outro lado o município de Placas se mostrou deficiente no número de atividades em expansão, o que neste momento ou em um futuro próximo a cidade ficará fora do padrão econômico da região.
Dinamismo em Tapajós (2000) - Empregos |
Dinamismo em Tapajós (2005) - Empregos |
Dinamismo em Tapajós (2010) - Empregos |
|||
Cidade |
Nº de Atividades em Expansão |
Cidade |
Nº de Atividades em Expansão |
Cidade |
Nº de Atividades em Expansão |
Aveiro |
3 |
Aveiro |
4 |
Aveiro |
6 |
Itaituba |
48 |
Itaituba |
59 |
Itaituba |
80 |
Jacareacanga |
6 |
Jacareacanga |
10 |
Jacareacanga |
14 |
Novo Progresso |
15 |
Novo Progresso |
39 |
Novo Progresso |
47 |
Rurópolis |
18 |
Rurópolis |
17 |
Rurópolis |
19 |
Trairão |
7 |
Trairão |
11 |
Trairão |
11 |
Total |
97 |
Total |
140 |
Total |
177 |
Tabela 8 – Dinamismo dos empregos nos municípios de Tapajós.
Analisando a tabela 8, é possível concluir que Tapajós possui menor número de atividades em expansão levando em consideração a região Xingu. Os municípios que se destacaram nos três anos avaliados foram Itaituba, Novo Progresso e Rurópolis.
O aumento no valor do número de empregos segue o desenvolvimento do município, o que também faz crescer a economia local. A partir disto, compara-se que entre estas duas regiões a primeira (Xingu) é mais dinâmica em relação à segunda, o que é demonstrado pelos números correspondentes ao dinamismo encontrado nas tabelas 7 e 8. Pode-se concluir que, em relação aos empregos, Xingu, durante os três anos, possuiu maior número de empregados, ou seja, obteve maior crescimento.
Em outra análise, os dados referentes ao número de estabelecimento confirmam e demonstram novas abordagens das atividades produtivas dos municípios.
Dinamismo em Xingu (2000) - Estabelecimentos |
Dinamismo em Xingu (2005) - Estabelecimentos |
Dinamismo em Xingu (2010) - Estabelecimentos |
|||
Cidade |
Nº de Atividades em Expansão |
Cidade |
Nº de Atividades em Expansão |
Cidade |
Nº de Atividades em Expansão |
Altamira |
69 |
Altamira |
81 |
Altamira |
117 |
Anapu |
2 |
Anapu |
13 |
Anapu |
26 |
Brasil Novo |
15 |
Brasil Novo |
18 |
Brasil Novo |
28 |
Medicilândia |
21 |
Medicilândia |
27 |
Medicilândia |
27 |
Pacajá |
7 |
Pacajá |
15 |
Pacajá |
32 |
Placas |
4 |
Placas |
9 |
Placas |
19 |
Porto de Moz |
14 |
Porto de Moz |
20 |
Porto de Moz |
23 |
Senador José Porfírio |
8 |
Senador José Porfírio |
16 |
Senador José Porfírio |
16 |
Uruará |
23 |
Uruará |
44 |
Uruará |
58 |
Vitória do Xingu |
5 |
Vitória do Xingu |
10 |
Vitória do Xingu |
14 |
Total |
168 |
Total |
253 |
Total |
360 |
Tabela 9 – Dinamismo dos estabelecimentos nos municípios de Xingu.
Assim como a análise a partir do número de empregos, o número de estabelecimentos na região de Xingu, tabela acima, confirma o maior dinamismo da cidade de Altamira entre os três anos verificados. Desta vez, o município que teve o menor índice de dinamismo foi Vitória do Xingu, pois Placas possuiu um aumento de 111% de 2005 para 2010, enquanto essa houve apenas 40%. Essa porcentagem pode ser levada em consideração neste caso, devido o número das atividades em expansão nos anos anteriores serem bastante semelhantes.
É possível perceber com as tabelas 7 e 9 que os municípios de Xingu tiveram um aumento significante no número total tanto em empregos quanto em estabelecimentos formais do ano de 2005 para 2010.
Dinamismo em Tapajós (2000) - Estabelecimentos |
Dinamismo em Tapajós (2005) - Estabelecimentos |
Dinamismo em Tapajós (2010) - Estabelecimentos |
|||
Cidade |
Nº de Atividades em Expansão |
Cidade |
Nº de Atividades em Expansão |
Cidade |
Nºde Atividades em Expansão |
Aveiro |
3 |
Aveiro |
5 |
Aveiro |
8 |
Itaituba |
82 |
Itaituba |
78 |
Itaituba |
102 |
Jacareacanga |
6 |
Jacareacanga |
11 |
Jacareacanga |
18 |
Novo Progresso |
30 |
Novo Progresso |
43 |
Novo Progresso |
55 |
Rurópolis |
23 |
Rurópolis |
25 |
Rurópolis |
34 |
Trairão |
8 |
Trairão |
15 |
Trairão |
20 |
Total |
152 |
Total |
177 |
Total |
237 |
Tabela 10 – Dinamismo dos estabelecimentos nos municípios de Tapajós.
Itaituba se manteve a líder em relação ao número de empregos em expansão em todos os anos. O município de Aveiro é o menor em expansionismo, tanto em estabelecimentos quanto em empregoss formais. É preciso focar na melhora desse município, visto que com o aumento no número de estabelecimentos, consequentemente haverá crescimento no número de empregos
5. CONCLUSÃO
O presente estudo mostrou que é possível caracterizar e enumerar os diferentes tipos de atividades e sua quantidade em determinada região utilizando a metodologia, através do Quociente Locacional (QL), Índice de Concentração de Hirschman- Herfindahl (IHH) e Índice de Participação Relativa (PR).
Foi possível concluir que nas duas regiões, os maiores índices de dinamismo são nas atividades em expansão. A região Xingu possui maiores números, mas em compensação, também possui o maior número de municípios na sua região.
Na região Xingu, a maior atividade em expansão dos empregos em 2000 foi Desdobramento de Madeira com 1.149 empregos. Administração Pública em Geral foi em 1º lugar em 2005 e em 2010 com 6.330 e 9.528 empregos respectivamente. Quanto à expansão dos estabelecimentos, em 2000 foi Comércio Varejista de Artigos do Vestuário e Complementos em 60 estabelecimentos e em 2005 e 2010 foi Criação de Bovinos com 205 e 398 empregos em cada ano.
Na região Tapajós, a atividade com maior índice de empregos em todos os anos estudados foi Administração Pública, com 2.490 em 2000, 4.367 em 2005 e 6.408 em 2010. Já em relação aos estabelecimentos, foram três atividades diferentes: em 2000 foi Comércio Varejista de Artigos do Vestuário e Complementos com 33 estabelecimentos, em 2005 foi Desdobramento de Madeira com 87 estabelecimentos e em 2010 foi a Criação de Bovinos com 153 estabelecimentos.
Observando os municípios individualmente pode-se perceber que Altamira possui o maior número de estabelecimento e empregos em atividade de expansão, na região Xingu. Já Placas é o mais deficiente entre os municípios da região com baixos índices de emprego e estabelecimentos em expansão. Na região Tapajós é possível notar que o município de Itaituba é o que contem o maior número de atividades em expansão se opondo a Aveiro que tem os menores.
O artigo mostra que a partir de dados coletados e o uso de cálculo é possível determinar a participação de uma região na economia do estado ou de um município em sua região. A obtenção destes dados pode mapear a economia da região e ajudar a diagnosticar e resolver problemas que muitas vezes só se tornarão visíveis com o passar do tempo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ANEXO 1
Gráficos da Região Xingu.
Gráfico 1 – Dinamismo dos Empregos em 2000 – Região Xingu
Gráfico 2 – Dinamismo dos Empregos em 2005 – Região Xingu
Gráfico 3 – Dinamismo dos Empregos em 2010 – Região Xingu
Gráfico 4 – Dinamismo dos Estabelecimentos em 2000 – Região Xingu
Gráfico 5 – Dinamismo dos Estabelecimentos em 2005 – Região Xingu
Gráfico 6 – Dinamismo dos Estabelecimentos em 2010 – Região Xingu
ANEXO 2
Gráficos da Região Tapajós.
Gráfico 1 – Dinamismo dos Empregos em 2000 – Região Tapajós
Gráfico 2 – Dinamismo dos Empregos em 2005 – Região Tapajós
Gráfico 3 – Dinamismo dos Empregos em 2010 – Região Tapajós
Gráfico 4 – Dinamismo dos Estabelecimentos em 2000 – Região Tapajós
Gráfico 5 – Dinamismo dos Estabelecimentos em 2005 – Região Tapajós
Gráfico 6 – Dinamismo dos Estabelecimentos em 2010 – Região Tapajós