Contribuciones a la Economía


"Contribuciones a la Economía" es una revista académica con el
Número Internacional Normalizado de Publicaciones Seriadas
ISSN 1696-8360

 

O USO DA INFORMAÇÃO NA GESTÃO DE CUSTOS PARA A TOMADA DE DECISÃO

 

Ezequiel Scursone
Fabricio Perez Ferreira
Fernando Luis dos Santos Hansen
Handersen Pierre Pacheco Dias (*)
Luciane da Silva Gomes (**)

eduardopalmeira@brturbo.com.br

 


Resumo

A gestão das empresas em algumas vezes não considera a gestão de custos como sendo um fator decisivo no atual mercado competitivo em que estão atuando. Este trabalho tem como principal objetivo apresentar a importância do conhecimento e boa gerência de custos utilizando a informação como auxilio na tomada de decisão. A metodologia utilizada foi ma pesquisa bibliografia em livros e artigos e a analise do que foi pesquisado com a matéria dada. Constatou-se assim que para que um sistema de custos forneça as informações necessárias e confiáveis, além de precisas sobre a composição de custos dos produtos, fornece aos gestores subsídios suficientes e de fundamental importância para a tomada de decisões, principalmente quando a organização utiliza esta informação para obter vantagem competitiva em relação a sua concorrência

Palavras-chave: estratégia, sistema de custos, vantagem competitiva.  


Scursone, Perez Ferreira, dos Santos Hansen, Pacheco Dias y da Silva Gomes: "O uso da informação na Gestão de custos para a tomada de decisão" en Contribuciones a la Economía, agosto 2009 en http://www.eumed.net/ce/2009a/



1. Introdução

Atualmente, o mercado atravessa por indecisões para os executivos devido à crise que assola todo mundo. Desta forma as exigências relacionadas ao ambiente de negócios tornam a busca constante pela melhor tomada de decisões e aprimorar os custos das empresas e diferenciar-se da concorrência.

Percebe-se que muitas empresas comercializam e produzem produtos com características semelhantes, para tornar-se competitivo, conquistando o cliente pela qualidade, utilidade e o diferencial proporcionado por este produto.

Segundo Churchill e Peter (2005):

O reconhecimento de necessidades é o processo pelo qual consumidores compram produtos e serviços a partir do reconhecimento de uma necessidade. Esse reconhecimento pode vir de uma sensação interna (como fome) ou externa (como propaganda). Quando os consumidores percebem que têm uma necessidade, o impulso interior para atendê-la é chamado de motivação.

Para atingir este objetivo as empresas estão atentas o novo comportamento do cliente, que está cada vez mais informado, é de um perfil critico nas opções existentes no mercado de produtos e serviços.

O cliente observa não apenas os itens mencionados, mas também o preço deste produto ou serviço.

Desta forma o cenário está montando, onde o consumo está mais exigente e os concorrentes mais agressivos, dando à devida importância as ferramentas de gestão que buscam informações que permitem ao gestor a tomada de decisão, de forma estratégica,de forma mais sensata e imediata após observar cada situação imposta pelo cliente ou pelo mercado.

Uma das ferramentas é o sistema de custeio que oferece informações sobre a estrutura de custos e a devida interpretação dos fatos.

Segundo Atkinson,(2000, p. 125) o calculo de custos do produto influenciam a maioria das decisões dos preços e do mix de produtos. Desta forma podemos observar que estas informações são de grande utilidade na gestão das empresas.

2. Gestão da informação

A informação tem papel importante na tomada de decisão, sendo também a sua base para o resultado direto de suas conseqüentes ações.

Segundo Batista (2004) as informações podem ser classificadas como:

• Informações operacionais: são geradas pelas operações constantes na empresa, em seu nível operacional, e adquirido por componentes de controle interno. São informações geradas na emissão de notas fiscais de saída de produtos ou serviços como exemplo.

• Informações gerenciais: são utilizadas especificamente para a tomada de decisão. As decisões inerentes ao processo de planejamento, controle, à formulação, ao acompanhamento de políticas e à interpretação de resultados querem informações adequadas. Outra característica deste tipo de informação é que diferentes níveis de gerencia necessitam de diferentes tipos de informação gerencial.

No ponto de vista de Beuren (1998, p. 77) a informação auxilia o gestor a elaboração de estratégias e de grande utilidade para controles nas diversas áreas da empresa. No entanto, esta se torna um desafio quando os gestores são habilitados para alcançar os objetivos de acordo com os recursos disponíveis.

Para Hoffmann (1984) a aplicabilidade das informações sobre o custo pode referir-se à fixação de preços para efeito de tabelamento, ao cálculo das necessidades de crédito, à orientação dos trabalhos de assistência técnica à produção e à fixação de preços mínimos dentre outros.

Embora diferentes autores venham tratando essa temática com algumas especificidades, a grande maioria tem sintetizado o gerenciamento da informação em quatro grandes processos: a determinação das necessidades de informação, a obtenção da informação, a distribuição da informação e a utilização da informação. Ao analisarmos cada uma dessas etapas, teremos melhores condições para entregar a informação certa às pessoas certas no tempo certo.

O gerenciamento da informação se inicia com a definição da demanda de informações, e o processo de atendimento a essa demanda envolve o estudo da informação e suas características, fluxos e necessidades. Desta forma devem ser observados os seguintes aspectos:

 As informações podem vir tanto de fontes internas quanto externas!

 A coleta dessas informações pode ser manual ou automática!

 O formato das informações pode ser através de: textos, números, tabelas, gráficos, voz.

 A boa informação é aquela que é precisa, confiável, completa, simples e em tempo!

 A distribuição da informação é essencial! Esta pode ser de várias formas também.

Outra característica importante para o sucesso do gerenciamento da informação é o apoio de pessoas-chave na organização antes de proceder a qualquer coleta ou provisão de informações. Isso legitima o trabalho e garante que as pessoas desejam e planejam utilizar a informação.

Neste sentido, Porter (1992) refere-se que o uso da informação e que estratégia a empresa deverá adotar dando como exemplo, a opção pela liderança em custos, ou seja, de forma que deverá um maior controle dos custos oferecendo preços menores do que da concorrência. E, contudo haverá o redirecionamento do tipo, quantidade e direção da informação.

Quando a empresa adota a estratégia de custos menores certamente as informações que esta necessitará, serão mais detalhadas e precisa a sua capacidade e a estrutura de custos.

3. Gestão de custos

A análise da gestão de custos e a informação revelam seu valor a partir do momento em que os relatórios emitidos sejam oportunos, passíveis de comparação, claros e confiáveis e acima de tudo concisos.

De acordo com a visão de Pizzolato (2000)

a sua importância deriva de uma constatação simples, a de que a massa de dados coligidos para a determinação de custos oferece uma base ampla e ao mesmo tempo sólida para justificar, basear ou estimular um largo espectro de decisões gerenciais.

Faz-se assim a importante avaliação de que todas as organizações em determinados momento optaram por uma determinada linha de ação frente à outra; e serão esses os custos que exercerão influência junto aos gestores para à escolha de caminhos a serem seguidos, ou seja, a tomada de decisão que sofre influência das previsões de resultados futuros.

Na maioria das empresas seja indústria ou serviços, a gestão de custos faz a apuração de custos para a produção para atingir vários objetivos como: cumprimento de exigências contábeis, exigências fiscais, apuração do custo dos departamentos e dos produtos, controles de produção, eliminação de desperdícios e melhoria de processos alem do auxílio na tomada de decisões gerenciais como já mencionado anteriormente e por fim a otimização dos resultados.

O setor responsável pela elaboração e estrutura de um sistema de custos é a contabilidade de custos. Segundo Marion (1996) o sistema de custos na contabilidade é a sua utilidade para a tomada de decisões pelos gestores. Desta forma a contabilidade de custos, através de um bom sistema de custos, auxilia a resolver, considerando o perfil do usuário e a utilização.

3.1 Sistema de custos

O sistema de custos é considerado como uma ferramenta útil para o âmbito interno de uma organização nos níveis: tático, estratégico e operacional. A coleta de dados ocorre nível operacional, a classificação dos dados está presente no nível tático, transformando estas para serem utilizadas no nível estratégico como: decidir qual o será o mix de produtos utilizados pela empresa, continuação ou extinção de determinado produto no mercado, bem como a redução e controle dos custos.

Conforma Martins (2001) o sistema de custos representa um fio condutor no recolhimento de dados nos mais diversos pontos, processando-os e emitindo relatórios na outra extremidade.

3.2 A instabilidade dos custos

Devido a inúmeros problemas que cada empresa em seu dia a dia os custos podem sofrer mutações alternadas ou simultâneas, e quando o gestor não percebe estas modificações, os fatores relacionados aos custos, independente a variação de preço de insumos e serviços.

Em decorrência deste fato os custos totais nunca serão iguais para uma empresa em época diferentes quando comparados com empresas similares e na mesma época. Da mesma forma com os custos fixos que são a dimensão do que a empresa é por si só no mercado, ou seja, a localização, mão de obra especializada, disponibilidade de materiais, a definição de padrões na produção e pesquisas que constituem assim as decisões básicas para que a empresa se torne fixa na economia cada vez mais competitivo.

Para Perez Júnior (2001)

Quando se refere a custos, confirma que a maior importância é observada quanto a sua utilidade para a gestão destes custos, especialmente se esta gestão for utilizada como vantagem competitiva. Esta vantagem acontecerá nas organizações se a estratégia estiver fundamentada no custo reduzido para oferecer ao consumidor um preço de venda menor que seus concorrentes.

A empresa deve buscar alternativas como as de pesquisas continuadas de novos produtos aproveitando assim, melhor seus equipamentos ociosos em determinado horário ou disponíveis sem a totalidade de sua capacidade de produção, resultando na redução dos custos fixos sobre os produtos oferecidos.

Finalmente, a busca por novas tecnologias na área de produção, se não a substituição de máquinas em via de se tornarem ultrapassadas e obsoletas, ou o investimento em processos mais avançados de fabricação, são consideradas como algumas soluções para se manter no mercado competitivo.

E este conjunto de ações que favorecem a redução de custos para um perfeito ponto de equilíbrio em ações gerenciais, há também uma busca continuada na concentração de esforços de todos os níveis hierárquicos de gestão para atingir este propósito, proporcionando assim, a otimização os resultados projetados.

4 Conclusões

Diante da crescente competitividade em vários segmentos de mercado, aumenta de forma proporcional a pressão diária sobre os gestores, pela tomada de decisões, contudo, estas devem ser rápidas e eficazes.

Pode ser avaliado que a informação no que tange o ambiente interno e externo das empresas como uma ferramenta fundamental, pois será através dela que os dados serão analisados e canalizados para a devida finalidade, ou seja, a maior lucratividade com o menor custo, ou um custo controlado. Nota-se também que a formação de preço requer conhecimento de todos os custos que envolvem este fator.

Finalizando que foi através da revisão literária constatou-se, para que um sistema de custos forneça as informações necessárias e confiáveis, além de precisas sobre a composição de custos dos produtos, fornece aos gestores subsídios suficientes e de fundamental importância para a tomada de decisões, principalmente quando a organização utiliza esta informação para obter vantagem competitiva em relação a sua concorrência.

5 Referências:

ATKINSON, Anthony A.; BANKER, Rajiv D.; YOUNG, S. Mark.; KAPLAN, Robert S. Contabilidade gerencial. 1. Ed. São Paulo: Atlas, 2000.

BEUREN, Ilse Maria. Gerenciamento da Informação: um recurso estratégico no processamento de gestão empresarial. São Paulo: Atlas, 1998.

CARVALHO, Enéas Gonçalves de. Globalização e estratégias competitivas na indústria automobilística: uma abordagem a partir das principais montadoras instaladas no Brasil. Gest. Prod., jan./abr. 2005, vol.12, nº.1, p.121-133. ISSN 0104-530X.

CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DE SÃO PAULO. Custo como ferramenta gerencial. Vol. 8. São Paulo: Atlas, 1995.

CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade gerencial: teoria e prática. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

HENDRIKSEN, Eldon S.; BREDA, Michael F. Van. Teoria da contabilidade. São Paulo: Atlas, 1999. Tradução de: Antonio Zoratto Sanvicente.

HOFFMANN, Rodolfo; ENGLER, Joaquim de Camargo; SERRANO, Ondalva; THAMER, Antônio C. de Mendes; NUNES, Evaristo M. Administração de Empresa Agrícola. São Paulo: Pioneira, 1984.

MARION, José Carlos. Contabilidade e Controladoria em Agribusiness. São Paulo: Atlas, 1996.

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

PEREZ JÚNIOR, José Hernandez.; OLIVEIRA, Luís Martins de.; COSTA, Rogério Guedes. Gestão Estratégica de Custos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

PIZZOLATO, Nélio D. Introdução à Contabilidade Gerencial. 2.ed. São Paulo: Makron Books, 2000.

PORTER, Michael E. Vantagem competitiva: criando e sustentando um desempenho superior. 29. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1992.

WERNKE, Rodney. Gestão de Custos: uma abordagem prática. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

NOTAS

*   Pós-graduando - MBA Gestão Estratégica de negócios - Anhanguera Educacional S/A

** Professora Anhanguera Educacional S/A – Pós-graduanda MBA Gestão Estratégica de negócios - Anhanguera Educacional S/A


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