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Conclusão Após a avaliação dos resultados das negociações para construir o acordo de Basiléia II, constatamos que os objetivos propostos de buscar um novo patamar na gestão de risco de crédito foram satisfatoriamente alcançados. Esse resultado positivo foi obtido, em grande parte, pela clara percepção do setor financeiro – por meio da introdução de novas metodologias de gestão do risco de crédito – da importância de uma maior proximidade entre o capital mínimo exigido (capital regulamentar) e o capital que resulta dos riscos de crédito assumidos (capital econômico). Essa evolução não decorreu apenas pelas visíveis lacunas das regras de adequação de fundos próprios de 1988, mas notadamente pelos benefícios que as metodologias que vem sendo desenvolvidas proporcionaram ao nível da eficiência e da rentabilidade para o acionista. É possível sustentar que o acordo de capitais de Basiléia II, em que pese às reconhecidas dificuldades na sua implementação - em termos micro e macroeconômico -, está se aproximando de sua meta de alinhamento dos riscos das atividades bancárias e sua administração com os requisitos de capital. O referido acordo delineia-se como um instrumento relevante para melhorar a segurança e a solidez do sistema financeiro mundial, na medida em que busca exigir uma maior ênfase no próprio controle interno dos bancos, em seus processos e modelos de administração de riscos, no processo de revisão do supervisor, e em especial, na disciplina do mercado. Referências Bibliográficas
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enero 2005
"Contribuciones a la Economía" es una revista
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ISSN 16968360
José Matias-Pereira
Gestão do Risco Operacional
Uma Avaliação do
Novo Acordo de Capitais- Basiléia