Wendell Lima Bandeira *
y Mayara Viana de Lima **
Universidade Federal do Amazonas, Brasil
wendellbadeeira@gmail.comResumo
A busca por iniciativas de desenvolvimento que tragam modelos de projetos cuja sustentabilidade se põe no cerne mostra-se cada vez mais presente na atualidade. Este trabalho tem como objetivo analisar de que forma a cooperativa Coopazçu, localizada na comunidade de Nazaré, município de Parintins/AM vem desenvolvendo o projeto de turismo comunitário sustentável para o eco desenvolvimento da região. Para tanto, a estratégia metodológica da pesquisa delineou-se na natureza qualitativa com abordagem na pesquisa de campo e pesquisa exploratória com instrumentos de pesquisa a aplicação de entrevista não estruturada. As conclusões mostram que a comunidade de Nazaré viu na cooperativa de turismo Coopazçu uma oportunidade de organização sociopolítica para o melhoramento no desenvolvimento de atividades que promovam a geração de trabalho e renda por meio do turismo de base comunitária sustentável.
Palavras-chave: Turismo de base comunitária - Projetos Sustentáveis - Eco desenvolvimento, Comunidade - Coopazçu.
Resumen
La búsqueda por iniciativas de desarrollo que traen modelos de proyectos cuya sostenibilidad se pone en el centro se muestra cada vez más presente en la actualidad. Este trabajo tiene como objetivo analizar de qué forma la cooperativa Coopazçu, ubicada en la comunidad de Nazaret, municipio de Parintins / AM viene desarrollando el proyecto de turismo comunitario sostenible para el eco desarrollo de la región. Para ello, la estrategia metodológica de la investigación se delineó en la naturaleza cualitativa con abordaje en la investigación de campo e investigación exploratoria con instrumentos de investigación la aplicación de entrevista no estructurada. Las conclusiones muestran que la comunidad de Nazaret vio en la cooperativa de turismo Coopazçu una oportunidad de organización sociopolítica para el mejoramiento en el desarrollo de actividades que promuevan la generación de trabajo y renta a través del turismo de base comunitaria sostenible.
Palabras clave: Turismo de base comunitaria - Proyectos Sustentables - Eco desarrollo, Comunidad - Coopazçu.
The search for development initiatives that bring models of projects whose sustainability is at the core is increasingly present today. This work aims to analyze how the Cooperative Coopazçu, located in the community of Nazaré, municipality of Parintins / AM has been developing the project of sustainable community tourism for the eco development of the region. For this, the methodological strategy of the research was outlined in the qualitative nature with approach in the field research and exploratory research with research instruments the application of unstructured interview. The conclusions show that the community of Nazaré saw in the cooperative of tourism Coopazçu an opportunity of socio-political organization for the improvement in the development of activities that promote the generation of work and income through the tourism of sustainable community base.
Key words: Community Based Tourism - Sustainable Development - Eco-Development, Community - Coopazçu.
Para citar este artículo puede utilizar el siguiente formato:
Wendell Lima Bandeira y Mayara Viana de Lima (2018): “Eco desenvolvimento na gestão de projetos sustentáveis: o caso de TBC da COOPAZÇU na comunidade de Nazaré, PARINTINS / AM”, Revista Contribuciones a las Ciencias Sociales, (enero-marzo 2018). En línea:
http://www.eumed.net/rev/cccss/2018/01/gestao-projetos-sustentaveis.html
http://hdl.handle.net/20.500.11763/cccss1801gestao-projetos-sustentaveis
O turismo de base comunitária vem ganhando destaque nos últimos anos como um segmento do turismo capaz de transformar realidades de comunidades rurais tradicionais através da geração de trabalho e renda para as famílias envolvidas nesse processo. A promoção do consumo consciente dos recursos que a natureza oferece trazem modelos de projetos voltados para a valorização do desenvolvimento local de forma sustentável.
De acordo com Bandeira (2016) os projetos de Turismo de Base Comunitária ganham destaque na Amazônia devido as potencialidades culturais, históricas e principalmente ambientais que podem-se observar nas comunidades rurais pertencentes ao estado. A organização sociopolítica do povo amazônida mostra-se um fator importante para o desenvolvimento de projetos sustentáveis, onde eles tornam-se protagonistas da gestão territorial e do uso dos recursos e atrativos naturais presentes em suas localidades.
Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo analisar de que forma a cooperativa COOPAZÇU, localizada na comunidade de Nazaré, vem desenvolvendo o projeto de turismo comunitário sustentável para o eco desenvolvimento da região, identificando os desafios enfrentados pela organização sociopolítica da comunidade, assim como os benefícios sociais, econômicos e ambientais oferecidos para as famílias impactadas diretamente com o projeto sustentável na região.
Para a obtenção dos dados da pesquisa, utilizou-se da abordagem na pesquisa de campo e exploratória para maior contato com o objeto da pesquisa. A utilização da entrevista semiestruturada em grupo focal e a observação com registro fotográfico proporcionou a coleta de dados para uma análise qualitativa.
Portanto, a produção desse artigo está relacionado ao campo da gestão de projetos sustentáveis na comunidade de Nazaré através da organização e protagonismo dos comunitários na promoção de projetos socioambientais para o eco desenvolvimento da região.
O turismo brasileiro enquanto setor da encomia é reconhecido como importante propulsor de desenvolvimento local capaz de gerar trabalho e renda e colaborar para a diminuição de desigualdades sociais e regionais presentes no território nacional. Nesta perspectiva, o governo federal através dos órgãos responsáveis vem buscando solução de políticas públicas para o mapeamento de regiões com potenciais para o desenvolvimento de projetos turísticos afim de fortalecer o desenvolvimento local através da utilização sustentável dos recursos naturais disponíveis.
O turismo de base comunitária como segmento do turismo, vem se destacando como modo de organização capaz de transformar realidades em escala local, através do protagonismo comunitário na gestão de atividades econômicas desenvolvimentos com o objetivo de promover o bem-estar social para as famílias que estão envolvidas direta e indiretamente nas ações ambientais e turísticas (BURSZTYN; BARTHOLO, 2012).
Para Zaoual (2009) o turismo de base comunitária vai na contramão do turismo de massa, pois se trata de uma alternativa de turismo em espaço rural para uma quantidade reduzida de pessoas, baseado no contato direto do turista com a vivência comunitária e também no aproveitamento da pluralidade dos recursos locais naturais e culturais. “[...] os componentes de conservação ambiental e valorização da identidade cultural sustentam esta proposta de turismo, bem como a geração de benefícios diretos para as comunidades receptoras (SANSOLO; BURSZTYN, 2009, p. 147).
Dentro dessa perspectiva, o turismo de base comunitária caracteriza-se pela inter-relação da comunidade com os componentes turísticos – visitantes, atrativos, ambiente – de modo que a sustentabilidade esteja conexa nas atividades oferecidas para que as comunidades receptoras do turismo estejam promovendo o desenvolvimento econômico, social e ambiental de forma ecologicamente correta.
Beni (2003) aponta o desenvolvimento sustentável, também chamado de eco desenvolvimento, reunindo enfoques essenciais que caracterizam a relação da comunidade com o meio ambiente, de forma que essas dimensões interagem de forma interdependentes.
O primeiro deles é a prioridade ao alcance de finalidades sociais, redirecionando o processo de crescimento econômico, visando o alcance de objetivos sociais prioritários, traduzidos pelas suas necessidades matérias psicossociais, como autodeterminação, participação política e auto realização; o segundo é a valorização da autonomia ou self-reliance, buscando um maior grau de controle dos aspectos cruciais do processo de desenvolvimento, mediante a ação da sociedade civil organizada, no âmbito local, microrregional ou regional, canalizando e maximizando os seus recursos disponíveis num horizonte de respeito às suas tradições culturais e sem incorrer, com isso, em autossuficiência ou isolacionismo; o terceiro é a busca de uma relação de simbiose com a natureza, abandonando o padrão arrogante de relacionamento com o meio ambiente biofísico instaurado pela modernidade à luz do processo modernizador; e o quarto é a eficácia económica, situando a eficiência económica como uma alternativa à racionalidade microeconômica dominante, no sentido de uma internacionalização efetiva da problemática dos custos socioambientais do processo de desenvolvimento (BENI, 2003, p.11)
Neste sentido, a inter-relação do eco desenvolvimento com o TBC em comunidades rurais se dar através da vivencia efetiva com o meio ambiente, de forma que a localidade reproduz para os visitantes através das atividades turísticas a profunda consciência da necessidade de convivência adequada com o ecossistema ambiental, vislumbrando a interação entre o natural e o social, perfazendo a ocorrência do desenvolvimento sustentável.
Desde a antiguidade, gerenciam-se projetos como as grandes construções de templos, cidades e pirâmides. Na atualidade, os projetos apresentam muitas formas e tamanhos, de curta e longa duração que necessitam pouco e muito recursos. Diante disso, o gerenciamento de projetos envolve uma a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas afim de atender os requisitos do projeto, seja ele de pequeno porte ou de grande porte (KEELING, 2014)
Para Campos (2012, p. 12) a “gestão de projetos é um conjunto de princípios, práticas e técnicas aplicadas para liderar grupos de projetos e controlar programação, custos, riscos e desempenho para se alcançar as necessidades de um cliente final”. Assim, o planejamento e controle são etapas fundamentais para o bom andamento e finalização do projeto, para que seja entregue de forma satisfatória a parte interessada. Figura 01.
Nesse sentido, o projeto sendo de acordo com o PMI (2000, p. 4) “um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou resultado único” deverá ser planejado antecipadamente acertando os detalhes com as partes interessadas e controlada para o correto andamento e desempenho do produto ou serviço que será entregue.
Em tempos hodiernos, o gerenciamento de projetos atrelados ao desenvolvimento sustentável torna-se fundamental para a transformação da sociedade. Pensar e repensar em produtos e serviços que estejam inseridos nas diretrizes da sustentabilidade possibilita uma gestão de projetos eficiente nas organizações com a inserção das dimensões sociais e ambientais nos seus negócios. Dessa forma, a ampliação dessas perspectivas sustentáveis proporcionará um equilíbrio gerencial para as empresas e entidades que desenvolvem e gerenciam projetos, trabalhando os pilares econômico, social e ambiental do desenvolvimento sustentável.
De acordo com a Conferencia Internacional do Instituto Ethos (2006) as novas práticas empresariais têm passado por constates mudanças e desafios na incorporação de premissas de desenvolvimento sustentável nos seus processos organizacionais.
A Responsabilidade Social Empresarial como forma de orientar as empresas rumo a um modelo de desenvolvimento sustentável tem sido o grande (para não dizer o maior) desafio de gestão já vivenciado pelas empresas no mundo todo. Nenhuma prática inovadora de gestão no campo da qualidade, gestão de pessoas, gestão de processos e sistemas, enfim, nas diversas áreas temáticas da gestão empresarial, tem exigido tantas e profundas mudanças de paradigmas, não apenas nos negócios, mas principalmente e sobretudo nas pessoas (ETHOS, 2006, p. 5).
Nesse sentido, as organizações enfrentam paradigmas no desenvolvimento de projetos que tragam melhoria da vida de empreendimentos buscando inserir a sustentabilidade em seus processos. Ampliar a visão da gestão de projetos para além da dimensão econômica tem levado as empresas a repensar novos modelos de gerenciamento de projetos visando também o melhoramento da qualidade de vida da população através da sustentabilidade.
Roa e Barros (2013) apresentam através de levantamento realizado no PMBOK e diretrizes do desenvolvimento sustentável, a inserção de aspectos de desenvolvimento sustentável em cada processo da gestão de projeto, conforme o quadro 01.
Nesta perspectiva, a incorporação de critérios de sustentabilidade na gestão de projetos torna-se importante para o desenvolvimento e crescimento econômico das organizações e da sociedade que receberá os projetos através de produtos e serviços ecologicamente equilibrados.
Nesta pesquisa, estratégia metodológica delineou-se na natureza qualitativa com abordagem na pesquisa de campo e pesquisa exploratória. A pesquisa de campo de acordo com Lakatos e Marconi (2003) caracteriza-se pelas investigações em que, além da pesquisa bibliográfica e/ou documental, se realiza coleta de dados junto a pessoas.
Para coleta de dados utilizou-se como instrumento de pesquisa a aplicação de entrevista semiestruturada com a gestão da cooperativa com a não identificação dos sujeitos, foi feita ainda a observação das atividades do projeto, registro fotográfico e pesquisa bibliográfica nas temáticas relacionados a pesquisa. Optou-se por esse tipo de instrumento pelo fato de deixar os entrevistados mais livres para responder as questões que vão surgindo no decorrer da pesquisa (GERHARDT, SILVEIRA, 2009).
O objeto da pesquisa é o projeto de turismo de base comunitária sustentável desenvolvido na comunidade de Nazaré, município de Parintins/AM, que é realizado pelos comunitários através da cooperativa local.
A Cooperativa de Agroturismo e Sustentabilidade Socioeconômica e Ambiental das Comunidades do Zé Açú (COOPAZÇU) está localizada na comunidade de Nossa Senhora de Nazaré, região do Zé Açú, zona rural do município de Parintins/AM, onde está localizada a sede administrativa. Na região que abrange a região de foro da cooperativa estão dispostas 12 comunidades, a qual serve de admissão de cooperantes, conhecida como micrografia hidrográfica Zé Açú (ESTATUTO SOCIAL COOPAZCU, 2014).
Atualmente, a organização conta com 29 cooperados e tem se organizado desde seu surgimento, em 2014, para viabilizar a implantação e desenvolvimento do TBC de forma sustentável na comunidade de Nazaré/AM. Durante o decorrer dos anos são inúmeras as atividades que vem sendo organizadas e inseridas pela cooperativa, abrangendo desde a utilização dos atrativos naturais disponíveis na região, a manifestação cultural típica da localidade e a conscientização ambiental dos visitantes, onde podemos citar como atrativos: i) danças de quadrilhas, boi-bumbá, festa da padroeira; ii) paisagens naturais, árvores frutíferas, fauna típica da região; iii) vigília de lago, retirada de lixo das margens, reflorestamento, entre outras.
A princípio o meio de organização sociopolítica da comunidade de Nazaré era a Associação dos Produtores Rurais de Nazaré – ASPROZARE, que já vinha desenvolvendo atividades ambientais e de campesinato a mais de 20 anos, mas viu-se a necessidade de criação de outra organização comunitária que tivesse como foco o desenvolvimento regional através da exploração de atividades turísticas sustentáveis na localidade. Então, no dia 26 de abril de 2014 constituiu-se a COOPAZÇU, regido pela Lei do cooperativismo, princípios da autogestão e pelo estatuto próprio. Quadro 02.
Desse modo, a organização sociopolítica da região do Zé Açú, por meio da cooperativa, tornou-se o centro de busca pelo eco desenvolvimento da localidade através da geração de emprego e renda por meio de projetos sustentáveis desenvolvidos pelas famílias da região. Assim, a percepção dos comunitários através da organização social é importante para o fortalecimento das ações que são promovidas pela cooperativa, ocasionando a inclusão das famílias na gestão das atividades, conforme a fala do Entrevistado 01 e Entrevistado 02, na qual fazem parte da gestão da cooperativa e citam a criação e sua importância para as famílias da região.
Assim, passamos cinco anos, assim, foi sonhar com as chegas dos turistas em nossa comunidade, primeiro porque tem um grande fluxo de embarcações que dá final de semana, aí depois a gente pensou em se organizar, né? Aí depois veio os parceiros, a Universidade da UFAM, né? Através dos professores, aí eles deram as palestras, perguntaram para a gente, o que vocês querem mesmo? Uma Cooperativa? Vocês querem uma Associação? Aí nós falamos que queríamos uma cooperativa de turismo, porque o fluxo de pessoas aqui no Zé Açu é muito grande, é um dos potenciais que nós temos (ENTREVISTADO 01, 2016).
Então, o objetivo da cooperativa é fazer com que os comunitários vivam com igual ou mais de um salário mínimo, porque se não for para isso é melhor nem começar, se for para piorar minhas condições de vida não vale a pena, então a cooperativa, ela tem que melhorar essas condições de vida (ENTREVISTADO 02, 2017).
Diante disso, mostra-se o papel fundamental que a cooperativa tem para o ordenamento comunitário na promoção de projetos socioambientais para o empoderamento das famílias na busca pelo desenvolvimento sustentável local.
A COOPAZÇU tem se organizado desde seu surgimento, em 2014, para viabilizar a implantação e desenvolvimento do projeto de Turismo de Base Comunitária de forma sustentável na região do Zé Açu como estratégia de geração de emprego e renda para as famílias da localidade. Durante o decorrer dos anos são inúmeras as atividades que vem sendo organizada e desenvolvidas pela cooperativa, que abrange desde a utilização dos atrativos naturais disponíveis na região, a manifestação cultural típica da localidade e a conscientização ambiental dos visitantes e comunitários, conforme a figura 02.
A comunidade Nossa Senhora de Nazaré, uma das 12 comunidades pertencentes a essa região, é o cerne do desenvolvimento turístico local, pois nela se encontra a sede da COOPAZÇU. A cooperativa é atualmente quem desenvolve as atividades turísticas e ambiental, envolvendo nas ações as 12 comunidades pertencentes à região.
Dentre as atividades ambientais desenvolvidas pelos comunitários locais, destacam-se: i) Reflorestamento da mata ciliar; ii) vigília dos lagos iii) projeto de manejo de quelônios (Pé de Pincha); iv) retirada de lixo das margens do lago e floresta (Lixo Aquático); v) criação de viveiro de reserva legal (40 mil mudas plantadas); entre outros.
Além das atividades ambientais, a região do Zé Açú também possui atrativos naturais, culturais e históricos que são utilizados para a captação de turistas e desenvolvimento do TBC na localidade, que já estão em fase de ordenamento acerca de 4 anos, como: i) trilhas culturais e aquáticas; ii) passeio de canoa regional; iii) observação de fauna e flora; iv) danças folclóricas (boi-bumbá, quadrilhas e danças típicas); v) historicidade de formação da região (contos, lendas, história); entre outros conforme foi demonstrado na figura 02.
Diante disso, o projeto de desenvolvimento do TBC na região do Zé Açú, mostra-se viável economicamente, socialmente e ambientalmente para a promoção de trabalho e renda para as famílias, além de proporcionar a sustentabilidade ecológica e eco desenvolvimento da localidade por meio da atividade turística sustentável.
O modelo de projeto de turismo de base comunitária desenvolvido pela COOPAZÇU assume importante papel para o fortalecimento de políticas públicas relacionadas à desenvolvimento rural, o que traz benefícios para as partes interessadas no projeto em âmbito nacional, estadual e regional, conforme descrito a seguir:
Neste sentido, o projeto de eco desenvolvimento regional desenvolvido pela cooperativa COOPAZÇU mostra-se importante para as famílias das comunidades da região. O Desenvolvimento sustentável local é um dos pontos mais importantes do projeto, pois o desenvolvimento das atividades ambientais e do turismo há geração de trabalho e renda para as comunidades da região, ficando eles responsáveis pelo protagonismo e gestão dessas atividades, desenvolvendo suas localidades ambientalmente, economicamente e socialmente.
No contexto amazônico o turismo de base comunitária se apresenta como uma modalidade estratégica de forma de integração da renda para as populações, que vivem essencialmente de atividades extrativistas e de agricultura de sustentação, podendo contribuir na redução de impactos sobre os recursos naturais, como instrumento de valorização e preservação do patrimônio natural e de resgaste da identidade cultural e como política de promoção de um modelo econômico coletivo e solidário apropriado à realidade das populações tradicionais da região.
O projeto de desenvolvimento do turismo de base comunitária realizado na região do Zé Açú pela cooperativa de turismo local (COOPAZÇU) caracteriza-se pela promoção da tecnologia verde, gerando serviços e atividades que tem no âmago a conservação e minimização dos impactos ambientais causados durante as atividades turísticas, promovendo o bem-estar entre o homem e a natureza. Dessa forma, a tecnologia social aplicada nos trabalhos da cooperativa redireciona o pensamento nas novas formas de agir, pensar e consumir, para que a prioridade do projeto seja de dar continuidade da responsabilidade de ações que visem a manutenção das futuras gerações.
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