Chéli Nunes Meira *
Anna Beatriz Ereias Ensslin**
Universidade Federal de Pelotas, Brasil
chelimeira@gmail.comResumo:
Este trabalho apresenta o Instituto Histórico e Geográfico de Pelotas – IHGPEL, como sendo uma instituição de salvaguarda da memória de Pelotas. Neste momento será feita uma abordagem referente a forma como se constituiu o IHGPEL e suas subdivisões que norteiam o pesquisador para melhor conduzir seus trabalhos. Assim como, também a importância da Instituição para a História da Educação e para os estudantes de todos os níveis de ensino. Uma das maiores dificuldades encontradas para constituir-se enquanto instituição foi a falta de um espaço físico que possibilitasse a reunião e preservação de um acervo, bem como, acomodações mínimas para seus membros e o público geral que realiza pesquisas. Durante certo período, o IHGPEL foi itinerante, mas apesar dessas dificuldades, ao fim de uma árdua luta, pode consolidar-se como uma instituição de salvaguarda da memória local.
Palavras Chaves: Instituto Histórico e Geográfico de Pelotas – História de Pelotas – História da Educação – acervos – Pelotas.
Para citar este artículo puede utilizar el siguiente formato:
Chéli Nunes Meira y Anna Beatriz Ereias Ensslin (2017): “O Instituto Histórico e geográfico de pelotas seus acervos e suas dificuldades na busca pela salvaguarda da história da Cidade”, Revista Contribuciones a las Ciencias Sociales, (octubre-diciembre 2017). En línea:
http://www.eumed.net/rev/cccss/2017/04/instituto-historico-pelotas.html
http://hdl.handle.net/20.500.11763/cccss1704instituto-historico-pelotas
Este artigo pretende apresentar o Instituto Histórico e Geográfico de Pelotas como uma instituição “guardiã” da memória da cidade de Pelotas, assim como evidenciar a sua trajetória e dificuldades ao longo de 30 anos. A cidade de Pelotas possui uma riqueza cultural e histórica muito grande e o IHGPEL tem como função principal preservar essa história.
Este trabalho é parte integrante de uma pesquisa mais ampla, e está inserido em uma análise documental. Segundo Cellard (2010) o documento escrito é uma fonte valiosa que o historiador pode aproveitar, seja no passado remoto ou no mais recente e em muitos casos é a única ferramenta a ser utilizada.
Para a construção teórica deste trabalho recorreu-se a Certeau (2013) e Prost (2008) para refletir sobre a escrita da história, de Burke (1992, 2005) e Engel (1993) para pensar sobre a história cultural e de Halbawachs (2004), Le Goff (1990) e Meneses (1999) para entender as questões relacionadas com a memória. Sobre a metodologia cabe destacar as contribuições de Cellard (2010) para utilização da análise documental.
Os vestígios que permanecem do passado devem ser indagados para que se tornem fontes. As fontes não falam sem que o historiador as interrogue. No entanto, parte do tempo temos que trabalhar com a carência de informações, o que muitas vezes forma lacunas que não poderão ser compreendidas.
O historiador utiliza o mesmo modo de narrar uma história que uma pessoa comum, mas ele precisa de comprovações e usa métodos para legitimar o que está afirmando (PROST, 2008). Os fatos devem ser avaliados com rigor crítico, pois são carregados de intencionalidade e significações. É fundamental para o profissional de história tentar se aproximar ao máximo da “verdade”, apesar de possuir a certeza que isto será apenas uma pretensão não atingida (LE GOFF, 1990).
Esta pesquisa é relevante pela carência de estudos direcionados a esta instituição e pela sua importância referente a História de Pelotas e para a História da Educação. A seguir será elaborado um pequeno histórico do IHGPEL, assim como também a apresentação de suas subdivisões que são: a biblioteca, o arquivo histórico, a hemeroteca e o arquivo de genealogia.
O Instituto Histórico e Geográfico de Pelotas (IHGPEL) foi criado em sete de julho de 1982, após a realização do Seminário de debates sobre pontos controvertidos da História da Cidade, em comemoração aos 170 anos da cidade de Pelotas, no auditório Milton de Lemos, do Conservatório de Música. Durante este evento surgiu o desejo e a necessidade para a criação de um Instituto Histórico e Geográfico na cidade de Pelotas com o intuito de aprofundar os estudos a respeito da mesma.
Com o lema “por amor às origens” iniciou-se as atividades com a eleição da primeira diretoria, assumindo como presidente o Major Ângelo Pires Moreira, como vice-presidente Ewaldo José Lebarbenchon Poeta e como primeira secretária Heloisa Assumpção do Nascimento. O Instituto Histórico e Geográfico de Pelotas se funda como uma instituição particular de associados, sem fins lucrativos e com o objetivo de preservar a memória da cidade. Sobre a necessidade de reafirmação das identidades e de reificação da memória, Meneses (1999: 12) afirma que:
[...] a memória como suporte dos processos de identidade e reivindicações respectivas está na ordem do dia... Palavras-chaves são ‘resgate’, ‘recuperação’ e ‘preservação’ – todas pressupondo uma essência frágil que necessita de cuidados especiais para não se deteriorar ou perder uma substância preexistente. A comunicação de massa e o mercado (antiquariato, moda) reforçam esta reificação.
O IHGPEL possui um acervo importante, referente à História de Pelotas e do Rio Grande do Sul. O acervo foi consolidado ao longo de três décadas, sendo doado pelos próprios associados e pela comunidade em geral. Estes materiais estão organizados em quatro setores: a biblioteca Dr. Paulo Duval; a hemeroteca Ângelo Pires Moreira; o arquivo histórico João José Planella; e o arquivo de genealogia Alda Maria de Moraes Jaccottet.
O Instituto Histórico e Geográfico de Pelotas é uma instituição particular de associados, porém não tem fins lucrativos, ela se mantém com a mensalidade dos próprios associados, com a colaboração de empresas e parcerias com o poder público. Diariamente o IHGPEL recebe estudantes e pesquisadores que podem consultar o acervo e fotografá-lo sem custo algum.
[...] o patrimônio é pensado no âmbito das políticas culturais das instituições públicas ou privadas e suas inter-relações com os diferentes grupos sociais [...] é relevante não apenas historicizar a noção de patrimônio, mapeando sua evolução ao longo do tempo, mas também analisar o processo de construção do mesmo, buscando-se as práticas e representações a ele associadas.
A biblioteca Dr. Paulo Duval conta com um grande número de livros sobre a história e geografia de Pelotas e do Rio Grande do Sul, referente a História da Educação pode se destacar Amaral (1999); Parmagnani e Ruedell (1995) ambos fizeram um estudo sobre instituições escolares da cidade de Pelotas. Além dos livros possui também cerca de mil e quinhentos exemplares de revistas entre elas estão as Revistas do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro do período de 1914 a 1959, e as Revistas do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul dos anos de 1928 a 2012, ambas as coleções estão incompletas.
Ainda encontram-se as publicações do próprio IHGPEL e de seus associados e colaboradores, bem como uma coleção de revistas de José Vieira Etcheverry, onde se encontram assuntos referentes à cidade de Pelotas com temas variados e do próprio Instituto Histórico e Geográfico de Pelotas. Ainda entre os periódicos destacam-se os Cadernos de Educação, História em Revista, Revista da Faculdade de Direito e Cadernos do ISP todos estes aqui citados são publicações da Universidade Federal de Pelotas.
Também fazem parte da biblioteca impressos diversos como dicionários, enciclopédias, mapas e monografias. Entre as monografias pode se destacar dois trabalhos realizados com os acervos de Manoel Lourenço do Nascimento e Alexandre Cassiano do Nascimento, intitulados respectivamente “Manoel Lourenço do Nascimento Filho (1812-1893): uma trajetória de vida no Rio Grande do Sul do século XIX” (PORTO, 2013) e “Um Pelotense na política nacional: a trajetória de Alexandre Cassiano do Nascimento (1859-1912)” (DOGENSKI, 2013). Alunos de graduação têm aproveitado assuntos ainda não pesquisados dentro da instituição para elaborar suas monografias.
Entretanto, a intenção do Instituto Histórico e Geográfico de Pelotas é priorizar livros e revistas referentes a História de Pelotas e Região Sul, não se quer abarcar todos os livros de todos os assuntos como já sugeriu Borges (1989) em sua “Biblioteca de Babel” onde todos os livros caberiam e todo o conhecimento estaria preservado. A instituição tem grande apreço por todos os seguimentos bibliográficos, porém tem seu direcionamento bem específico.
Na Biblioteca Dr. Paulo Duval encontram-se várias subdivisões como Rio Grande do Sul, que são obras mais gerais sobre o Estado; Biblioteca Militar, que são editados pela própria editora Militar. Assim como outras subdivisões que representam o seu conteúdo na própria intitulação: Escravidão, abolição e negros; História Militar; Imigrações; Indígenas e Missões; Literatura Sul-rio-grandense; Revoluções; Viagens e Viajantes; Cidades do Rio Grande do Sul; Pelotas.
Estes itens citados acima são considerados os grandes norteadores na Biblioteca do IHGPEL, são muito consultados, tendo entre eles obras raras possuem grande relevância para os pesquisadores. Contudo, a instituição sabendo da necessidade mais ampliada da História preserva também um espaço para História do Brasil, Biografias, Geografia e outras que são pouco consultadas devido a grande especificidade do Instituto, mas estão a disposição de interessados.
A hemeroteca Ângelo Pires Moreira possui jornais também referentes à Pelotas e região sul. Um aspecto interessante da hemeroteca foi o trabalho de um ex-funcionário da instituição, cedido pela Prefeitura Municipal de Pelotas, que por vários anos revisou os Jornais Diário da Manhã e Diário de Pelotas para arquivar as notícias que poderiam interessar o público pesquisador do IHGPEL, e com isso além de organizar aumentou significativamente o acervo.
Existe uma subdivisão de assuntos pré-estabelecidos e as notícias são anexadas a pastas já organizadas e definidas, podem ser citados alguns temas referente a História da Educação como a pasta do Colégio Pelotense, do Colégio Gonzaga, do Colégio São José, do Conservatório de Música, do Instituto Federal Sul-rio-grandense. Entre as notícias pode se encontrar diversos assuntos de variados períodos como, por exemplo: “Muitas Solenidades marcam os 90 anos do C. Gonzaga” (DP, 1985); “Irmãs de S. José: 80 anos de trabalho no R.G.Sul” (DP, 1978).
A hemeroteca possui também alguns jornais completos que são: Jornal da ABI1 do período de 2005 a 2010, o Jornal O Povo2 de 1838 a 1840, o Jornal O Mensageiro de 1835 e 1836, o Jornal O Americano de 1842 a 1843, o Jornal Estrela do Sul de março de 1843, o Diário Popular3 edição especial de 1990 em comemoração ao seu centenário, o Correio do Povo no período de 1968 a 1980 somente os Cadernos de sábado e de 1981 a 1983 o jornal inteiro, entretanto, todos os periódicos aqui citados possuem suas coleções incompletas. Há muito tempo a imprensa auxilia os profissionais da história em suas pesquisas assim como afirma Zicman (1985: 89):
De fato a Imprensa é rica em dados e elementos, e para alguns períodos é a única fonte de reconstituição histórica, permitindo um melhor conhecimento das sociedades ao nível de suas condições de vida, manifestações culturais e políticas, etc.
No arquivo histórico João José Planella encontram-se vários acervos privados, que foram doados, na maioria das vezes, por familiares. Entre eles estão os acervos: Alexandre Cassiano do Nascimento; Manuel Lourenço do Nascimento; Prof. Mario Osorio Magalhães; Alda Maria de Moraes Jaccottet; Major Ângelo Pires Moreira; Anélio Saraiva. Para além dos acervos pessoais, também estão os documentos da Câmara Municipal de Pelotas e da Liga Pelotense de Futebol.
Estes arquivos quando chegam à instituição são analisados, higienizados, catalogados, digitalizados e após estes processos os documentos são reunidos formando fundos conforme o princípio da proveniência de cada documento. Conforme Belloto (2004) os arquivos não são construídos intencionalmente, os documentos do dia-a-dia servem para construir a história, e auxiliar os pesquisadores a mapearem o cotidiano das sociedades.
Em especial no acervo do Prof. Mario Osorio Magalhães foram doados documentos importantes da família Osorio, poemas escritos ainda na adolescência do autor. Contudo, de grande relevância para a História da Educação encontra-se a dissertação de Magalhães (1993) “Opulência e Cultura na Província de São Pedro do Rio Grande do Sul” com anotações de seus professores e a versão final, que no mesmo ano se transformou em livro. Ainda podemos encontrar alguns livros do mesmo autor que foram evoluindo em vários formatos como manuscrito, datilografado, somente as imagens, somente o texto escritos, a junção dos dois, e o livro finalizado ainda em formato de boneco.
O arquivo de genealogia Alda Maria de Moraes Jaccottet possui além de aproximadamente cento e oitenta livros uma vasta documentação de pesquisas desenvolvidas principalmente por Alda Maria de Moraes Jaccottet e por Maria Coleta Dutra da Silveira de Almeida Couto. A procura por estes documentos faz com que o IHGPEL receba pesquisadores e genealogistas de várias regiões do Brasil, principalmente por serem documentos raros e dificilmente encontrados em outros lugares.
Nesta seção foi feita uma breve apresentação de como o Instituto Histórico e Geográfico de Pelotas se divide atualmente e o que pode ser encontrado em seus arquivos priorizando os assuntos sobre História da Educação. Prosseguindo pretende-se apontar as dificuldades enfrentadas pela instituição ao longo dos anos, sendo elas financeiras e principalmente problemas com mudanças de endereços.
O IHGPEL que já vinha sendo idealizado por alguns de seus sócios fundadores teve seu início realmente consolidado no Auditório Milton de Lemos do Conservatório de Música, no dia sete de julho de 1982. Neste momento foi lavrada a primeira ata e convocada uma comissão que ficou responsável para criar um estatuto e convocar a próxima reunião.
Com isso em vinte oito de outubro de 1982 aconteceu o que pode ser considerada a primeira reunião de diretoria, onde foi apresentado o estatuto da instituição e uma chapa-sugestão que foi aceita por todos. Este encontro aconteceu no Salão Nobre da Prefeitura Municipal de Pelotas, e esta seria a sede da instituição inicialmente.
No dia vinte de abril de 1983 a reunião precisou ser na casa de uma de suas sócias na Rua Butuí, nº 345, pois os funcionários da Prefeitura Municipal estavam em greve e ficou assim impossível a reunião no local. Os diretores da instituição foram a procura de um novo lugar para a realização das suas reuniões, nesta busca conseguiram junto a Biblioteca Pública Pelotense uma sala.
No dia quatro de maio de 1983 realizou-se a primeira reunião em nova sede onde permaneceu por mais de três anos. Contudo, em vinte três de julho 1985 em ata de reunião a diretoria argumentou sobre as precárias condições da Biblioteca Pública Pelotense, onde demonstraram preocupação com a reputação da mesma entidade.
Entretanto, o IHGPEL permaneceu na Biblioteca Pública Pelotense até o dia vinte e um de maio de 1986, quando ocorre sua última reunião de diretoria, somente há registros de outra reunião seis meses depois, este episódio não é detalhado nas atas. Com isso, aconteceu a próxima reunião de diretoria somente em dezenove de novembro de 1986 estando em novo endereço na Rua Andrade Neves, nº2364, conjunto 102.
Este endereço localizava-se em um prédio alugado por seu presidente Major Ângelo Pires Moreira, para que as reuniões pudessem continuar acontecendo e no intuito de salvaguardar o seu acervo que já estava sendo consolidado. A instituição possuía um número pequeno de sócios e sua renda era oriunda apenas destes poucos associados, não possuindo verba para arcar com tamanha despesa.
O aluguel do apartamento para abrigar a instituição durou três anos, em quatorze de novembro de 1989 o IHGPEL passou as suas instalações para uma sala no Museu da Baronesa. Contudo, foram apenas alguns encontros e em primeiro de agosto de 1990 a reunião de diretoria aconteceu na Biblioteca Pública Pelotense, tendo a instituição se mudado neste período para a Rua Lobo da Costa, nº 1218, no dia 05 de setembro de 1990 acontece a primeira reunião de diretoria em nova sede.
Permanecendo neste local por quase dois anos, o IHGPEL foi convidado a mudar-se novamente agora a convite da Prefeitura Municipal de Pelotas, para o Castelo Simões Lopes e com isso em três de junho de 1992 realizou-se a primeira reunião em novo prédio. Neste local o IHGPEL ficou instalado por dez anos, porém quando a Prefeitura Municipal pediu o prédio afirmou não ter nenhum outro lugar para abrigar a instituição e houve uma ação de despejo.
Apesar do tumulto a Prefeitura Municipal de Pelotas voltou atrás e alocou o IHGPEL em um prédio do município na Rua três de maio, nº 1060. Neste prédio chamado de prédio dos Conselhos a instituição ficou por treze anos, onde possuía duas salas no quarto andar. Porém, a Prefeitura novamente precisou das salas e atualmente o IHGPEL encontra-se, desde dezembro de 2016, no prédio da antiga viação férrea, na Praça Rio Branco, nº 6.
Mesmo com tantas mudanças a instituição foi acumulando ao longo dos anos um acervo muito importante e obras raras. As dificuldades enfrentadas na busca por espaço e as disputas pelo poder não fizeram com que a instituição estagnasse, talvez as dificuldades tenham alimentado a persistência de seus associados.
O IHGPEL a partir de sua fundação em sete de julho de 1982 teve como sua principal finalidade, a salvaguarda da História de Pelotas, e desde então buscou preservar a memória da cidade, protegendo documentos, jornais, revistas e livros. Com isso, dividiu-se em arquivo de genealogia, arquivo histórico, biblioteca e hemeroteca, estes quatro setores ao longo dos anos foram se constituindo em um importante meio de investigação para estudantes e pesquisadores de diversas localidades.
Alunos do ensino fundamental e médio utilizam a instituição para realizar trabalhos de pesquisa para suas disciplinas, assim como também os estudantes de graduação e pós-graduação tem aproveitado a documentação muitas vezes inédita para realizar suas pesquisas. Com isso torna-se evidente a relevância do IHGPEL não só para a História da Educação como para a educação como um todo servindo de instrumento para pesquisadores de diversos níveis de ensino.
O IHGPEL tem em seu estatuto a preocupação com a divulgação da História da cidade de Pelotas e com isso anualmente realiza palestras nas escolas e participa de eventos com este intuito. Periodicamente acontece o lançamento da Revista do IHGPEL com o mesmo objetivo noticiar a História da cidade, assim como também organiza-se os Cadernos do IHGPEL e publica-se em uma coluna semanal, no Jornal Diário da Manhã, artigos referentes a História de Pelotas e região.
A maior dificuldade enfrentada pelo IHGPEL foram as várias mudanças de endereço, dependente da Prefeitura Municipal para manter uma cede aberta ao público, este foi o grande desafio enfrentado por suas diretorias. Estes fatores são consequência do pequeno número de associados pagantes e pela opção da gratuidade da pesquisa. Com isso a instituição se torna muito vulnerável e depende da doação de colaboradores.
Atualmente o Instituto é uma instituição privada mantida com o apoio da Prefeitura Municipal de Pelotas, da Universidade Federal de Pelotas, de empresas privadas e da mensalidade dos sócios. A prefeitura cede o espaço físico em que se localiza o IHGPEL e as empresas privadas e a Universidade Federal de Pelotas colaboram para a continuidade das atividades e com a concessão de bolsas para estagiários.
O IHGPEL está aberto ao público diariamente de segunda-feira a sexta-feira das 13:30 as 17:30 o pesquisador pode consultar o material no local e fotografá-lo. O interesse desde sua fundação é dispor o material ali preservado para que mais pesquisadores possam usufruir e assim divulgar suas pesquisas preservando a memória da cidade e região.
Referências
Fontes:
Muitas Solenidades marcam os 90 anos do C. Gonzaga. Diário Popular, Pelotas, 22 jun. 1985. Acervo do IHGPEL, pasta A/133.
Irmãs de S. José: 80 anos de trabalho no R.G.Sul. Diário Popular, Pelotas, 24/25 dez. 1978. Acervo do IHGPEL, pasta A/137.
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PARMAGNANI, Jacob José; RUEDELL, Otto. Memorial do Colégio Gonzaga – 100 Anos dedicados à educação. Pelotas: Pallotti, 1995.
PORTO, Vinícius dos Santos. Manoel Lourenço do Nascimento Filho (1812-1893): uma trajetória de vida no Rio Grande do Sul do século XIX. Monografia apresentada como Trabalho de Conclusão do Curso de Licenciatura em História na Universidade Federal de Pelotas, 2013.
PROST, A. Doze lições sobre a história. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2008.
ZICMAN, R. História através da imprensa: algumas considerações metodológicas. Projeto História, v.4, jun., p.89-102, 1985.
* Mestre em educação pela Universidade Federal de Pelotas, atua como professora de ensino fundamental na Escola Castro Alves
** Mestre em educação pela Universidade Federal de Pelotas..
1 Órgão oficial da Associação Brasileira da Imprensa.
2 Jornal Político, Literário e Ministerial da República Rio-Grandense – Fac-simili – Piratini e Caçapava do Sul
3 Fundado em 1890 na cidade de Pelotas.
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