Revista: CCCSS Contribuciones a las Ciencias Sociales
ISSN: 1988-7833


DESENVOLVIMENTO REGIONAL: UM ESTUDO DA DINÂMICA DEMOGRÁFICA POR GÊNERO NO MUNICÍPIO DE PARINTINS-AM

Autores e infomación del artículo

Fernanda Pinheiro Fragata*

William de Souza Barreto**

Universidade Federal do Amazonas, Brasil

fernanda.fragata@hotmail.com

Resumo
O presente estudo incorpora a análise das variáveis demográficas de caráter macroestruturais como, por exemplo, o gênero da população, tanto urbana quanto rural, as quais auxiliaram no entendimento de questões que norteiam a situação socioeconômica por gênero e como essa variável influencia a renda no município de Parintins. Com o intuito de apresentar o desenvolvimento regional através de estudos populacionais com alguns dos elementos básicos da análise demográfica, ligado ao gênero da população, o estudo é essencial de tal modo para contribuir a uma melhor compreensão da nova dinâmica demográfica dos municípios amazonenses, visto que, são escassos trabalhos que devolvem à sociedade essa resposta. A pesquisa foi realizada quanto aos fins de forma descritiva e quanto aos meios, foi bibliográfica e documental, fundamentado em pesquisa qualitativa que considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito. Foi utilizado o método de análise descritiva, pois utiliza-se dados secundários do Sistema do IBGE de Recuperação Automática – SIDRA, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego – CAGED/MTE. Em termos regionais esta análise também lança reflexões importantes sobre a situação socioeconômica no município de Parintins. Contudo, o conjunto dessas informações reflete as diferentes realidades internas do município e possibilita identificar as carências existentes na região. O estudo contribui para a formulação e o aprimoramento de políticas públicas que visem melhorar o quadro demográfico parintinense. Desta forma, fica evidente que a dinâmica demográfica decorrente da renda junto às demais variáveis, apresenta uma retração na taxa de população economicamente ativa masculina e que esta retração é decorrente das mudanças ocorridas no país, política e econômica, o que abriu espaço para o crescimento da população feminina no mercado de trabalho, e fez com que os postos de trabalho fossem mais vezes preenchidos por mulheres, nas mais variadas áreas de atuação no mercado.

Palavras chave: Parintins-Am, Dinâmica Demográfica, Desenvolvimento Regional, Renda.

Abstract
This study incorporates the analysis of demographic variables of macro-structural character, for example, population gender to both urban and rural, which helped in understanding issues that guide the socio-economic status by gender and how this variable influences the income in the city Parintins. In order to present the regional development through population studies with some of the basic elements of demographic analysis, linked to the population's gender, the study is essential in such a way to contribute to a better understanding of the new demographic dynamics of Amazonian municipalities, as they are few studies that return to society that answer. The survey was conducted as to the purposes descriptively and as to the means, was bibliographic and documentary, based on qualitative research that considers that there is a dynamic relationship between the real world and the subject. We used the method of descriptive analysis, it uses secondary data from the IBGE Automatic Recovery System - SIDRA, the National Sample Survey of Households - PNAD and the General Register of Employed and Unemployed People of the Ministry of Labor and Employment - CAGED / MTE. Regionally this analysis also sheds important reflections on the socioeconomic situation in the city of Parintins. However, all of this information reflects the different realities of the inner city and helps identify the shortcomings in the region. The study contributes to the formulation and improvement of public policies to improve the demographic situation Parintins. Thus, it is clear that the demographic dynamics arising from the income from the other variables, shows a decrease in the economically active male population rate and that this decline is a result of changes in the country, political and economic, which opened room for growth of the female population in the labor market, and made the jobs were more often filled by women, in various areas of activity in the market.

Key words: Parintins-Am; Demographic dynamics; Regional development; Income.



Para citar este artículo puede utilizar el siguiente formato:

Fernanda Pinheiro Fragata y William de Souza Barreto (2016): “Desenvolvimento Regional: Um estudo da dinâmica demográfica por gênero no município de Parintins-AM”, Revista Contribuciones a las Ciencias Sociales, (octubre-diciembre 2016). En línea:
http://www.eumed.net/rev/cccss/2016/04/renda.html

http://hdl.handle.net/20.500.11763/CCCSS-2016-04-renda


1 INTRODUÇÃO
De acordo com conceitos e informações a respeito de demografia, Alain Girard (1967) apud Chesnais (1992) observou igualmente que a demografia, como qualquer outra ciência, não se propõe apenas descrever os fenômenos. A estatística é um instrumento de que se serve para tentar explicá-los, quer dizer, determinar as causas e apreciar as consequências. A análise demográfica permite ter consciência de toda a espécie de fenômenos no seu aspecto numérico. Como as deslocações no espaço, o crescimento das cidades, os meios de transporte e de comunicação, o planejamento regional.
A sua participação nas outras ciências sociais, especialmente a economia pelos economistas da população, é cada vez mais frequente e de grande importância, tanto que os países desenvolvidos já dispõem de dados abundantes e de qualidade que permitem elaborar perspectivas em longo prazo, o que demonstra que a dinâmica demográfica de uma determinada população é válida e necessária para que haja um melhor planejamento no âmbito tanto nacional como local, e, os gestores municipais não podem lançar mão das informações demográficas na hora da elaboração de projetos e/ou programas governamentais.
Segundo Securato (2007, pág. 23).
Economia é o estudo de como os homens e a sociedade decidem, com ou sem a utilização do dinheiro, empregam recursos produtivos escassos, que poderiam ter aplicações alternativas, para produzir diversas mercadorias ao longo do tempo e distribuí-las para consumo, agora e no futuro, entre diversas pessoas e grupos da sociedade. Ela analisa os custos e os benefícios da melhoria das configurações de alocação de recursos.
Em tempos remotos, mas precisamente na época do poderio militar, utilizava-se o povo apenas para satisfazer as necessidades daqueles que somente preocupavam-se com suas finanças ou ainda, em aumentar o seu poder. A fome propagava-se pela população, os altos índices de mortalidade deviam-se a falta do cuidado com suas necessidades básicas, como higiene, saneamento, saúde e segurança. Somente após eventos como, a criação do estado, o renascimento e as descobertas marítimas houve a expansão das economias, bem como o Desenvolvimento Econômico.
Foram identificadas duas dimensões da demografia: a "demografia pura" (ou mais precisamente a análise demográfica) e a demografia geral. A primeira é um exercício técnico, uma aplicação da estatística às populações humanas. A segunda interessa-se pelas causas que produziram os fenômenos estudados e pelas suas consequências possíveis, onde analisa igualmente as estruturas relacionadas à renda e o nível de instrução educacional. (CHESNAIS, 1992).
Nesse sentido, o tema proposto é apresentado de forma descritiva com base em várias modificações que são vistas com o passar dos anos. Dessa forma, no presente estudo foi evidenciado desde as primeiras teorias sobre o desenvolvimento regional e todas suas variáveis, até os aspectos econômicos locais da pesquisa.
Foram utilizadas variáveis demográficas de caráter macro estruturais como o gênero da população, tanto urbana quanto rural, as quais auxiliaram no entendimento de questões acerca da situação socioeconômica tais como População Economicamente Ativa e População Não Economicamente ativa, entre gênero e como essa variável atinge a renda no município de Parintins. Os censos populacionais constituem a única fonte de informação sobre a situação de vida da população nos municípios e localidades. As realidades locais, rurais ou urbanas, dependem dos censos para serem conhecidas e atualizadas.
Dessa forma, no decorrer da pesquisa procurou-se estudos relacionados a alguns dos elementos básicos da análise demográfica vinculados ao gênero, de tal modo a contribuir para uma melhor compreensão da nova dinâmica demográfica dos municípios amazonenses, e a melhoria da qualidade de vida da região em estudo, visto que, são escassos trabalhos que devolvem à sociedade essa resposta.

2 Fundamentação Teórica
Para o desenvolvimento do tema as pesquisas teóricas foram categorizadas de forma a proporcionar maior compreensão do todo. Esta organização permitiu contextualizar conceitos de desenvolvimento econômico, regional e demográfico, bem como analisar os elementos que podem compreender a dinâmica demográfica que ocorre no local de estudo. A difusão desses conceitos e definições de autores possibilita ao leitor o entendimento da forma como se articulam para se chegar ao objetivo deste trabalho.

2.1 Desenvolvimento Econômico
A atividade econômica refere-se ao abastecimento de bens e serviços necessários para satisfazer às necessidades humanas, tanto individuais quanto coletivas. Schumpeter é considerado um estudioso sobre a tecnologia na sociedade, ao atribuir grande importância a essa variável para o desenvolvimento econômico. Assim como outros economistas, como Adam Smith e David Ricardo, por exemplo, procurou compreender os movimentos da economia e da forma de produção. Porém, diferentemente dos economistas chamados clássicos, Schumpeter não considerava que o crescimento da população e o aumento da produção eram fatores determinantes para o desenvolvimento econômico.
O desenvolvimento econômico, seguindo os modelos de desenvolvimento propostos nas obras dos economistas clássicos, seria alcançado com a elevação da produção interna, como resultado das substituições de importação e provocaria efeitos positivos na cadeia produtiva (VIEIRA e SANTOS, 2012). Observa-se que esse efeito de encadeamento de consumo, produção e renda explica o crescimento das atividades e a formação de polos de crescimento industrial no Brasil durante o século XX.
Em sua principal obra, a Teoria do Desenvolvimento Econômico, Schumpeter discute as causas da mudança econômica, distinguindo crescimento e desenvolvimento, sendo este uma situação de descontinuidade e ruptura. O processo de desenvolvimento não é o simples fato de crescimento da população e da riqueza, é uma perturbação do equilíbrio, que se apresenta na esfera da vida industrial e comercial, e não nos anseios dos consumidores de produtos finais (SCHUMPETER, 1982).
Segundo esse autor, o desenvolvimento surge das inovações da atividade econômica, que não são originadas a partir das necessidades dos consumidores. Apesar de serem importantes para a criação de novas combinações, os gostos dos consumidores não criam inovações na atividade econômica.
A dinâmica do desenvolvimento econômico segundo Kon (1994) fundamenta-se no processo de acumulação, centralização e concentração do capital, o que reflete em mudanças na estrutura produtiva de uma economia.
O desenvolvimento econômico para Schumpeter (1982), alia o descobrimento de novas maneiras de expansão dos negócios, descritas como estratégias empresárias desenvolvidas pelos gestores dos negócios, à redução de seus custos de produção. As empresas mais dinâmicas seriam impulsionadas por empresários mais ousados, que exploram mercados antes não atingidos. Procuram diminuir os gastos com insumos, máquinas e funcionários. As empresas através dos empresários incorporam novas tecnologias para sobreviver e adaptar-se continuamente ao meio socioeconômico principalmente em função das inovações e das tecnologias.
Polése (1998) apud Engel (2007), o desenvolvimento econômico se dá quando há uma descentralização de políticas, e deixa espaços livres. Assim, é necessário observar a base econômica, deixando que o trabalho e as tendências econômicas fluam como um suporte da região, seja, a mesma agrícola, industrial ou comercial. Salienta, ainda, que as riquezas naturais que existem em cada região aliadas ao fator humano (cultura, costumes, práticas de trabalho) devem ser adaptadas a economia aos moldes de desenvolvimento econômico nacional e mundial.
De um lado estavam os chamados pessimistas, que, seguindo a tradição malthusiana, entendiam que a população crescia muito rapidamente em relação aos recursos disponíveis. Por outro lado estavam os otimistas, que acreditavam que o crescimento populacional, ao contrário, estimularia o consumo e ofereceria a mão-de-obra necessária ao crescimento econômico.
Também teve grande repercussão e impacto nos estudos sobre desenvolvimento econômico a teoria de Lewis, que estabelecia que havia um excedente de mão-de-obra nas atividades tradicionais rurais com baixa produtividade e que o crescimento das atividades urbano-industriais com maior produtividade poderia valer-se dessa mão-de-obra.

2.2 Desenvolvimento Regional
William Petty (1923-1687), muito antes que Adam Smith, enfatizou o papel da divisão do trabalho na geração da riqueza. Para ele, o desenvolvimento das grandes cidades bem como o seu crescimento demográfico, expande o mercado e facilita a divisão do trabalho. (SOUZA, 2009)
Segundo Bresser-Pereira (2008, p. 01), desenvolvimento regional “é o processo de acumulação de capital e incorporação de progresso técnico ao trabalho e ao capital que leva ao aumento da produtividade, dos salários, e do padrão médio de vida da população”.
Para o economista Richard Cantillon o problema consiste na articulação entre a cidade e o campo. Segundo ele, a única fonte de riqueza provém da Terra, mostrando que o trabalho é a força geradora da riqueza. O seu método para a organização do espaço é composto de hierarquias, onde, tem-se um centro maior – a metrópole regional – e suas respectivas áreas de influência – cidades com tamanho médio e pequeno. (SOUZA, 2009)
Adam Smith em sua principal obra, A riqueza das nações, apresentou o fator espaço como o ponto crucial para a divisão trabalho, ao afirmar que a extensão dos mercados proporciona maior divisão do trabalho, dessa forma aumentado a produtividade e a riqueza nacional (SMITH, 1983). Sugere que o crescimento econômico se dá a partir da localização da mão-de-obra e dos consumidores. Em Princípios (1817), David Ricardo afirma que as rendas surgem em terras melhores, já que as piores foram ocupadas, além de que terá um aumento na produtividade. (SOUZA, 2009)
Souza (2009) expõe que a atividade econômica segundo Alfred Marshall (1982), localiza-se em sítios e as civilizações se desenvolvem com a produção para a exportação. Ele apresentou o termo economias externas para benefícios que originassem em alguns centros comerciais, e diferenciou de economias internas, sendo estas decorrentes do aumento da quantidade produzida, da melhoria da eficiência produtiva, da melhor organização da produção ao nível da empresa.
O desenvolvimento econômico regional inclui fatores relacionados ao campo da cultura e esta é definida em âmbito institucional e social e caracteriza-se por contribuir para o desenvolvimento regional de forma única em cada região. (SILVA et al., 2012)
Segundo Cima e Amorim (2007), as teorias de crescimento/desenvolvimento regional fundamentam-se na tradição Keynesiana, e têm na Teoria de Base de Exportação um de seus grandes elementos, onde a região somente passa a existir para o resto do mundo a partir do momento em que comercializa seus produtos para além de suas fronteiras, e que, o seu crescimento/desenvolvimento será em decorrência do dinamismo dessa base de exportação e da difusão desse dinamismo para o resto da economia regional.
Na esfera regional as teorias de desenvolvimento econômico enfocavam os investimentos e a tecnologia como fatores de crescimento e o desenvolvimento. As políticas de desenvolvimento objetivavam promover a atração de investimentos acompanhados de inserção tecnológica, para aumentar a produtividade do trabalho e, consequentemente, a competitividade regional, o que leva a negligenciar fatores internos, culturais e sociais que contribuem para a riqueza empresarial, mas, sobretudo, para a riqueza humana em um determinado território. (VIEIRA e SANTOS, 2012)
A ideia de região para Souza (2009), leva em conta o conteúdo econômico de seus elementos, tais como: nível de renda, estrutura produtiva, estrutura urbana, modos de transporte e dotação de recursos naturais. A constituição e o desempenho de cada elemento supracitado, influencia na performance da região e relação à média nacional. As desigualdades regionais se agravam devido ao crescimento desigual de cada elemento.

2.3 Dinâmica Demográfica
O tamanho e a composição são considerados aspectos estáticos de uma população. No entanto, a Demografia trata também dos aspectos dinâmicos das populações, ou seja, das mudanças e inter-relações entre as variáveis demográficas básicas – fecundidade, mortalidade e migração.
A Demografia é uma ciência que tem por finalidade o estudo de populações humanas, dá enfoque a aspectos tais como sua evolução no tempo, seu tamanho, sua distribuição espacial, sua composição e características gerais. (CERQUEIRA e Givisiez, 2004)
Para Chiavenato (2003, p. 113), “são as condições externas que impõem desafios e oportunidades à organização e são os aspectos demográficos que determinam as características do mercado atual e futuro das organizações. ”
Na área empresarial a demografia é utilizada para a pesquisa de mercado, de forma a alcançar maior eficiência na definição de produtos, atividades de promoção e outras estratégias de marketing dirigidas a diferentes públicos-alvo dentro de um mercado heterogêneo e serve de ferramenta para a seleção de localidades para serviços, prognósticos de vendas, planejamento financeiro, avaliação de mercados, perfis de consumidores, assistência jurídica corporativa e análise da força de trabalho das empresas.
O estudo da demografia proporciona ao pesquisador diversos resultados que podem ser utilizados de maneiras variadas, é muito mais que apenas conhecimento da população de um município, estado ou de um país, não começa e termina em índices. A partir dos dados coletados pelas pesquisas demográficas, a governança por exemplo, utiliza para saber como designar as verbas entre os estados, faz planos de investimentos de acordo com as necessidades de cada região, ou seja, de acordo com cada resultado populacional, são gerados incentivos a fim de aumentar a economia local, além de estabelecer metas a fim de melhorar saúde onde for preciso, a educação, entre outros. (Felix, 2014)
A demografia seria uma área de investigação quase ilimitado, mas com forte caráter quantitativo. Além de que em demografia o conceito de estrutura é entendido como a composição da população segundo alguns critérios, como idade, estado civil, sexo, etc. A evolução, vista como dinâmica, deve ser entendida como a modificação nas variáveis demográficas básicas (fecundidade, mortalidade e migração) e suas consequências sobre a magnitude e estrutura da população. Em 1959, Hauser e Duncan apresentaram no texto “Demografia como Ciência” a seguinte definição:
Demografia é o estudo do tamanho, da distribuição territorial e da composição da população, das mudanças e dos componentes de tais mudanças; estes últimos podem ser identificados como natalidade, mortalidade, movimentos territoriais e mobilidade social. (apud PATARRA, 1980, p. 10)
Com o conceito citado pelo autor Santiago (2011) sobre a Dinâmica Populacional ou Demográfica, temos as variações das populações de seres vivos. Para tanto, a fim de avaliar o desenvolvimento de uma população, é preciso conhecer as variáveis que caracterizam essa dinâmica, tais como: gênero – variável para fins de comparação; e renda – variável quantitativa, que busca a variação positiva num longo período de tempo, para formular a renda real de uma população.
3 Local de estudo: Aspectos Econômicos.
A região do baixo amazonas é um forte local econômico, por possuir riquezas que levam ao desenvolvimento da região. Dentro dela, há vários municípios, Parintins destaca-se por possuir aspecto de polo desenvolvedor e em desenvolvimento – aqueles que desenvolvem a região em que estão localizados, e que estão em processo de desenvolvimento tanto econômico, quanto estrutural.
Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD Parintins/AM 1 está localizada na Mesorregião Centro Amazonense, distante da capital 368,80 km, com uma População de 109.225 habitantes e área de 5.952,390 km², geograficamente sua densidade Demográfica é de 18,35 hab/km², e possui um IDH2 de 0,658,
Segundo IBGE – Censo 2010, no ano de 2009 Parintins obteve um PIB de R$ 460,522 milhões, o que equivale a 0,93% de todo estado, ocupando a 4ª posição no ranking dos municípios do Amazonas em relação ao PIB, já seu PIB Per Capita, no mesmo ano foi de R$ 4.293,91 mil. Ao comparar o PIB Per capita de 2004 com o de 2009, comprova-se que num intervalo de quatro anos a renda da população parintinense cresceu 62,16%.

Tabela 1. Comparação do PIB Per Capita da população residente no município de Parintins no censo de 2010.


PIB PER CAPITA R$ (1,00)

2004

2009

R$ 2.669

R$ 4.293,91

Fonte: IBGE (Censo Demográfico de 2010). Elaboração da autora.

Pela definição do PNUD/Atlas de Desenvolvimento Humano, a elaboração do IDH tem como objetivo oferecer um contraponto a outro indicador, o Produto Interno Bruto (PIB), e parte do pressuposto que para dimensionar o avanço não se deve considerar apenas a dimensão econômica, mas também outras características sociais, culturais e políticas que influenciam a qualidade da vida humana. Com base neste conceito, o IDH Municipal é de 0,696, a Educação alcança 0,855 e o IDH de Renda é 0,527, no ranking dos municípios do estado, a cidade ocupa 6ª posição em relação a seu IDH Municipal.

Tabela 2. Indicadores de Desenvolvimento Humano da população residente no município de Parintins no censo de 2000.


IDH – Índice de Desenvolvimento Humano

ÍNDICES                    

1991

2000

IDH - Educação

0,791

0,855

IDH - Renda

0,546

0,527

IDH - Municipal

0,658

0,696

Fonte: IBGE (Censo Demográfico de 2010). PNUD/Atlas de Desenvolvimento Urbano. Elaboração da autora.

O município de Parintins foi instalado na data de 01 de janeiro do ano de 1939. Destaca-se ainda, que ele pertence ao bioma Amazônia, possui uma área de 5.951,200 km2 e 102.033 habitantes de acordo com a última pesquisa realizada pelo IBGE.

 

4 Metodologia
O estudo foi realizado com a base de informações censitárias disponibilizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para apresentação da pesquisa, utilizou-se a técnica de classificação apresentada por Vergara (2007), que a qualifica de dois aspectos: quanto aos fins e quanto aos meios.
Quanto aos fins a pesquisa foi descritiva. Vergara (2007, p. 120) “descreve a pesquisa descritiva como a explicação das relações de causa e efeito dos fenômenos, ou seja, analisam o papel das variáveis que, de certa maneira influenciam ou causam o aparecimento do fenômeno”.
Quanto aos meios, a pesquisa foi bibliográfica e documental, que segundo Gil (2007, p. 44) “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livro e artigos científicos”.
Já a pesquisa documental, segundo Gil (2007, p.45),
[...] assemelha-se muito a pesquisa bibliográfica, a diferença essencial entre elas está na natureza das fontes; enquanto na pesquisa bibliográfica se utiliza diversas informações de diversos autores sobre determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que, ainda podem ser reelaboradas de acordo com os objetos da pesquisa.
Dada a importância da dinâmica demográfica, buscou-se tais dados a fim de demonstrar a conjuntura socioeconômica por gênero do município de Parintins-AM. Fundamentado na pesquisa qualitativa que considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. Para SILVA (2005, p. 138).
A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa [...] O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. É descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de abordagem.
Com base nas informações censitárias do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas – IBGE, disponibilizados no sistema do IBGE de Recuperação Automática – SIDRA/IBGE, foram utilizadas fontes secundárias, visto que não foi realizado estudo de campo, pois esses dados já foram coletados, tabulados, ordenados e, em sua maioria, até analisados, com outros propósitos de atender às necessidades da pesquisa em andamento. GIL (2007)
A pesquisa foi produzida a partir desses dados, acrescida de um levantamento bibliográfico, com caráter descritivo e documental.
Para coleta dos mesmos, foi realizada pesquisas no Sistema do IBGE de Recuperação Automática – SIDRA/IBGE, que apresenta dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. Diante disso, foi utilizado o método de análise descritiva dos dados, em que, segundo REIS e REIS (2002, p. 53):
A Análise Descritiva é a fase inicial deste processo de estudo dos dados coletados. Utilizamos métodos de Estatística Descritiva para organizar, resumir e descrever os aspectos importantes de um conjunto de características observadas ou comparar tais características entre dois ou mais conjuntos de dados.
Segundo o PNAD, em relação à situação domiciliar, a urbana considerada nas pesquisas dos censos, são aquelas áreas que correspondem às cidades, às vilas ou às áreas urbanas isoladas, já a situação rural abrange toda a área situada fora desses limites.
Nos dados retirados das pesquisas realizadas nos Censos de 2000 e 2010, e que foram analisados, considerou-se que as pessoas economicamente ativas, na semana de referência, são aquelas que estavam ocupadas e desocupadas no período das pesquisas. Pessoas não-economicamente ativas foram definidas como pessoas que não foram classificadas como ocupadas e nem desocupadas nesse período, e pessoas ocupadas foram classificadas como as pessoas que tinham trabalho durante todo ou parte no período da pesquisa. Incluíram-se, ainda, como ocupadas as pessoas que não exerceram o trabalho remunerado que tinham no período especificado por motivo de férias, licença, greve, etc. Pessoas Desocupadas foram classificadas como tal, aquelas sem trabalho que tomaram alguma providência efetiva de procurar trabalho no período da pesquisa.
Para a renda real, considerou-se que a mesma trata-se de um termo bastante usado ao determinar o poder de compra da população, isso ocorre porque a redução de um preço, por exemplo, aumenta a quantidade que se pode comprar daquela mercadoria. Já um aumento de renda, mantidos os preços dos bens, naturalmente implica maior capacidade de compra. Portanto, quando apenas uma dessas variáveis é alterada, fica fácil verificar se há ou não aumento da capacidade de compra. Porém, quando há mudanças simultâneas de preço e de renda, fica difícil verificar o que realmente ocorre, visto que há uma relação entre o aumento salarial versus poder de compra (SANSON, 2004). Em se tratando de distribuição de renda nacional, a média anual da renda da população ocupada do País, descontada a inflação, cresceu 33,1%, entre 2003 e 2014, segundo dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgada em 2014 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para fins de análise dos dados estudados, foi utilizada a estatística descritiva, a qual tem por objetivo a redução dos dados.

5 Resultados e Discussões
Os dados referentes ao município de Parintins serão apresentados a seguir na Tabela 3, a qual apresenta características gerais da população residente do município de Parintins, em situação domiciliar urbana e rural nos censos de 2000 e 2010.

Tabela 3. População residente no município de Parintins, em situação domiciliar Urbana e Rural nos censos de 2000 e 2010.


Urbana

Rural

Total

2000

2010

2000

2010

2000

2010

58125

69890

33993

32143

92118

102033

Fonte: IBGE (Censo Demográfico de 2000 e 2010). Elaboração da autora.

Quanto ao rendimento. Ao analisar o rendimento nominal mensal por classe salarial do município de Parintins-AM, conforme a Tabela 4 a seguir, podemos verificar um aumento de 20,50% no total de rendimentos no Censo de 2000 para o de 2010. Na classe de até 1 salário mínimo houve um aumento expressivo de 92,16% no mesmo período. Nas classes de mais de 5 a 10 salários mínimos e acima de 20 salários mínimos, 49,29% e 28,64%, respectivamente. Quanto à variável Sem rendimento, observou-se que diminuiu em 11,05%, isso denota que houve um considerável crescimento econômico nesse período.
Tabela 4. Classes de rendimento nominal mensal da população residente no município de Parintins nos censos de 2000 e 2010.

2000

2010

TOTAL

64317

77504

Até 1 salário mínimo

15914

30580

Mais de 1 a 2 salários mínimos

6485

8378

Mais de 2 a 3 salários mínimos

2141

2173

Mais de 3 a 5 salários mínimos

1607

2014

Mais de 5 a 10 salários mínimos

992

1112

Mais de 10 a 20 salários mínimos

495

251

Mais de 20 salários mínimos

199

142

Sem rendimento

36484

32854

Fonte: IBGE (Censo Demográfico de 2000 e 2010). Elaboração da autora.

Quanto à posição empregatícia da população do município de Parintins-AM, conforme a Tabela 5 abaixo, podemos perceber que houve um aumento total de 57,07% de 2000 para 2010. Na categoria Empregados a pesquisa apresentou um resultado de 71,84% a mais no mesmo período. Já os empregados sem carteira de trabalho assinada no Censo 2010, mostrou-se um aumento de 71,49% em relação ao Censo anterior. Aqueles que declararam-se não remunerados e trabalhadores na produção para próprio consumo, foi uma relação de 175,62% a menos no último Censo e 178,83% a mais no mesmo período, nessa ordem.
Tabela 5. Posição na ocupação e categoria do emprego no trabalho principal da população residente no município de Parintins nos censos de 2000 e 2010.

 

2000

2010

TOTAL

21769

34192

Empregados

10417

17901

Empregados - sem carteira de trabalho assinada

6520

11181

Não remunerados em ajuda a membro do domicílio

3448

1251

Trabalhadores na produção para o próprio consumo

1384

3859

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: IBGE (Censo Demográfico de 2000 e 2010). Elaboração da autora.

As informações presentes na Tabela 6 a seguir, é relacionada à População Economicamente Ativa (PEA) e à População Não Economicamente Ativa (Não PEA). Com isso, é possível verificar as estratificações realizadas nas pesquisas, visto que são categorizadas por gênero.  
Nos Censos de estudo, a análise da PEA entre Homens e Mulheres, todas apresentaram aumento no período. A população do gênero feminino aumentou mais que a PEA do gênero masculino, visto que foram apenas 15,75% contra 51,64%, o que aponta, nesse período, o crescimento da mulher no mercado de trabalho.
A Não PEA apesar de ambos os gêneros terem apresentado aumento nos dados, a população masculina teve o resultado de 29,11% e a feminina de apenas 4,65%, assim, fica eminente o que foi acima citado, o gênero feminino vem ganhando espaço no mercado.
Contudo, o conjunto dessas informações reflete as diferentes realidades internas do município e possibilita identificar as carências existentes, contribuindo, assim, para a formulação e o aprimoramento de políticas públicas que visem melhorar o quadro demográfico parintinense.

Tabela 6. População Economicamente Ativa (PEA) e População Não Economicamente Ativa (Não PEA) por gênero no município de Parintins nos censos de 2000 e 2010.


PEA

Não PEA

 

2000

2010

2000

2010

Total

30349

38823

33969

38681

Homens

20049

23206

12815

16544

Mulheres

10300

15617

21154

22137

Fonte: IBGE (Censo Demográfico de 2000 e 2010). Elaboração da autora.

6 Conclusão
Neste estudo, foi possível verificar que as taxas médias da população econômica no município de Parintins, por gênero, vieram gradativamente mudando de cenário ao longo da última década. Houveram graus de elevação e queda nos dados femininos e masculinos, tanto economicamente ativos, quanto não ativos. Inicialmente, boa parte deste estudo leva ao leitor as informações quanto à atuação da população no mercado de trabalho, além de apresentar uma margem de dados atuais a fim de que sejam utilizados para continuação em outras linhas de pesquisas, visto que o leque de informações que se têm de poucas amostras é enorme para se discutir em apenas um trabalho.
Essa margem, se por um lado mostra alguma queda na comparação entre os gêneros, por outro lado, apresenta uma população muita mais dinâmica demograficamente, visto que a população está muito mais ativa em comparação ao Censo anterior (2000) o que mantém uma população bastante confortável economicamente.
A desaceleração no nível de ativos do gênero masculino pode ser visualizada nos resultados, os quais indicam que a população do gênero feminino aumentou mais que a PEA do gênero masculino, já que foram apenas 15,75% contra 51,64%. A expansão da atividade econômica feminina a partir dos censos populacionais, apresenta um dinamismo demográfico na economia, o que mostra que o desempenho econômico feminino é suficientemente forte para se destacar no mercado.
De fato, há uma parte da população de Parintins que se apresenta estática no rendimento básico proposto pelo governo (salário mínimo), e que, a lacuna entre essa parte e a maioria da população é preenchida pelo trabalho informal – ativos economicamente, porém sem carteira de trabalho assinada. Desta forma, fica evidente que a dinâmica demográfica decorrente da renda junto às demais variáveis, apresenta uma retração na taxa de população economicamente ativa masculina e que esta retração é decorrente das mudanças ocorridas no país, política e econômica, o que abriu espaço para o crescimento da população feminina no mercado de trabalho, e fez com que os postos de trabalho fossem mais vezes preenchidos por mulheres, nas mais variadas áreas de atuação no mercado.


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* Graduanda do curso de Administração pela Universidade Federal do Amazonas - UFAM, campus Parintins-Am. Atua no projeto de Incubadora de Empreendimentos Criativos Amazonas Indígena Criativa - AmIC. Desenvolveu projetos de iniciação científica.

** Professor da Universidade Federal do Amazonas – UFAM. Mestre em Desenvolvimento Regional – UFAM. Doutorando em Desenvolvimento Regional – FURB.

1 Dados de Parintins: População Estimada em 2013 | Fonte: IBGE.

2 IDH - Índice de Desenvolvimento Humano | Fonte: Atlas Brasil 2013 PNUD.


Recibido: 05/08/2016 Aceptado: 11/11/2016 Publicado: Noviembre de 2016

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