Revista: CCCSS Contribuciones a las Ciencias Sociales
ISSN: 1988-7833


ANÁLISE DA ATIVIDADE TURÍSTICA A PARTIR DA TEORIA GERAL DOS SISTEMAS: A CONDIÇÃO SISTÊMICA COMO PARADIGMA

Autores e infomación del artículo

Fábio Orlando Eichenberg

Charlei Aparecido Da Silva

Universidade Federal da Grande Dourados

eichenberg10@gmail.com

Resumo: o turismo visto numa perspectiva muldisciplinar e fragmentada em nada contribui para a construção de um conhecimento científico alinhado a complexidade atingida pela atividade nas últimas décadas. Uma exigência cada vez mais discutida é a necessidade de se encontrar métodos e paradigmas que sejam estruturados numa perspectiva multi-interdisciplinar. A Teoria Geral de Sistemas (TGS) pode ser uma das possibilidades reais existentes para análise do movimento turístico. Essa proposta de artigo está pautada numa revisão bibliográfica sobre a TGS e seu uso em estudos turísticos. O método é estritamente bibliográfico e busca referenciar a TGS nas escolas mexicana, espanhola e brasileira, na tentativa de aproximar o leitor do cenário de estudos e possibilidades de uso da TGS como paradigma no turismo.
Palavras chave: Epistemologia, estudos turísticos, teoria e paradigma do turismo.



Para citar este artículo puede uitlizar el siguiente formato:

Fábio Orlando Eichenberg y Charlei Aparecido Da Silva (2015): “Análise da atividade turística a partir da Teoria Geral dos Sistemas: a condição sistêmica como paradigma”, Revista Contribuciones a las Ciencias Sociales, n. 27 (enero-marzo 2015). En línea: http://www.eumed.net/rev/cccss/2015/01/teoria-geral.html


Introdução

O Turismo é indubitavelmente uma das disciplinas que mais se revela imprecisa enquanto elemento conceitual da ciência. È uma disciplina altamente complexa e que possui aproximações com diversas outras áreas do saber, o que eleva seu nível de discussão e concomitantemente de compreensão enquanto fenômeno social. Outro fato de relevância extrema é a imensidão de definições e uma só pergunta: O que é Turismo. Certamente nesse bojo se estabelece uma crítica ao estudo do turismo e sua compreensão.
            Especialmente autores como De Arrilaga; Molina; Jafar-Jafari; Macintosh; Gunn; Fletcher e Cooper; Krippendorf, Mills e Morrison, além de Cuervo e instituições como o Observatório para o Turismo da OMT para a América Latina e o IMIT 1 tem ao longo dos anos oferecido e contribuído com e para o estudo do turismo no mundo, a partir de uma visão fenomenológica ou sistêmica do Turismo com seus conceitos e enfoques sobre o que se tem do turismo (MARTINEZ, 2005.p.109).
            No entanto explicar o Turismo e responder a questão elaborada no primeiro parágrafo desse subitem é tarefa das mais árduas, tendo em vista, que as reflexões que se propõe a estudar o turismo, por vezes o veem de maneira especializada e fragmentada e não como elemento complexo e que necessita de uma abordagem integradora de seus processos e que enfoque definitivamente os elementos da abordagem para sua compreensão.
            A transversalidade dos estudos e a falta de definições universais como aponta Martinez (2005), são um dos principais entraves a ser ultrapassados para que se possa representar de maneira adequada e com maior clareza os contornos do fenômeno e permitam abordar o objeto com maior eficácia e de modo mais integrado.
             Para: Dann; Nash; Pearce (1988, p.14), “não conhecemos até o momento sequer quais elementos combinar para fazer um dimensionamento sensível”. Os autores citados ainda apontam para os estudos do Turismo afirmando que são efetuados de maneira comparativa ajuntando diferentes aspectos das sociedades a partir de metáforas e de maneira análoga sem, contudo, explicar o que é turismo.
            Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT) os estudos sobre turismo e teorias explicativas sobre a atividade avançaram um pouco nos últimos anos entre a década de 1960 e os anos 2000, embora, teorias que utilizem de analogia como método explicativo pouco se desenvolveram. Ainda segundo a OMT (1995, 1996,1997) “em razão da natureza da atividade turística, é muito difícil a definição e categorização absoluta, motivo que explica a presente inexistência de uma descrição universalmente aceita sobre o Turismo”. Soma-se a isso a imaturidade do Turismo como área de estudo. (WTO, 1997.p.6).
Pela natureza da atividade, os especialistas em Turismo, enfrentam um paradoxo para abordar a realidade: carecem, por um lado, das ferramentas para a generalização (a conceituação integral) e buscam refugio na especialização, obtendo com isso, uma visão fragmentada e tangencial do fenômeno que, reproduzida nas escolas e universidade. Serve apenas para reciclar as dificuldades de compreensão integral do fenômeno. (MARTINEZ, 2005.p. 110).
            Isso aos poucos acaba dificultando o entendimento do todo. É uma forma de reducionismo científico o que observamos, ainda que não sejamos contrários a essa forma de explicar o mundo como vemos em Christofoletti (1999.p.4).
Torna-se inadequado que haja oposição entre as perspectivas reducionistas e holistica. Elas se complementam e se tornam necessárias aos procedimentos de analise em todas as disciplinas cientificas. O fundamental é sempre estar ciente da totalidade do sistema abrangente, da complexidade que o caracteriza e da sua estruturação hierárquica. A abordagem reducionista vai focalizando elementos componentes em cada nível hierárquico do sistema, mas em cada hierarquia também se pode individualizar as entidades e compreende-las em sua totalidade. Sob uma concepção reformulada, substitui a antiga concepção de analisar parte por parte e, depois, realizar a síntese.
            Não se pode negar, no entanto, que o reducionismo encontrado nos estudos do Turismo cada vez mais tem dificultado a interação com outros especialistas e pesquisadores de diferentes áreas da ciência, resultando em uma infinitude de incompreensões que polarizam as posturas e que em nada ajudam a compreensão integral da atividade. (MARTINEZ, 2005.p.110).
Acredita-se que a partir da Teoria Geral dos Sistemas (TGS) que tem em Ludwig Von Bertallanfy seu teórico inicial e que atualmente sofre influencia de diversos outros autores como: Newmann; Morgenstern; Wiener; Rapaport e ainda, que fizeram consideráveis contribuições como (Johansen, 2000 e De La Reza, 2001 apud Martinez 2005), possamos apontar para uma leitura da totalidade do Turismo.

            Por diferentes razões recorremos a TGS como ponto de partida para compreender o fenômeno turístico, a partir do que acreditamos ser fundamental nesta análise elaboraremos um modelo de representação que auxilie numa perspectiva diferente de como sistema turístico se inter-relaciona e interage e buscaremos aplicá-lo no mundo real definindo os componentes, limites, coerência e operação.

TGS: complexidade e análise do Turismo a partir do todo.

            Segundo Leiper, (1995.p.22) apud Martinez (2005.p.115) “é provável que tenha sido o Mexicano Raymundo Cuervo, o primeiro a utilizar a TGS para interpretação do Turismo. Sua formulação não teve repercussão por ter sido aplicada a um problema de designação de rotas de convênio entre México e Estados Unidos”. Também por ter usado uma descrição matemática na elaboração do modelo a partir de uma análise operacional e da engenharia de sistemas, limitando a audiência e a compreensão na época.
            Esse modelo teria se perdido se Leiper não o tivesse utilizado para construir seu próprio modelo anos mais tarde. Mathieson e Wall vão a partir de seu modelo, identificar um sistema turístico a partir de elementos dinâmicos, estáticos e resultantes, sendo o elemento dinâmico relacionado à demanda turística de todo tipo que estão suscetíveis os turistas, no entanto, levando em consideração os elementos estáticos. Apontam para os elementos estáticos como sendo relacionado com características dos turistas (socioeconômico tipo de atividade, nível de utilização, duração da estadia, satisfação). Como com as do destino (processos ambientais, organização e estrutura social, nível de desenvolvimento turístico e estrutura econômica) culminando na construção do destino.
            A isto podemos ajuntar os índices de pressão apontados nos destinos ao longo de vários anos de estudos de impactos ambientais ocasionados pela atividade turística, o que vai se traduzir em mecanismos de redução como as técnicas de capacidade de carga. São vistos ainda como impactos provocados pelo sistema turístico e são caracterizados como físicos, sociais e econômicos. Contudo, é sabido o papel do poder público na concepção e implementação de políticas que melhorem os mecanismos de controle, planejamento e gestão.
             A Geografia se utiliza da abordagem sistêmica desde a década de 1970, o que tem contribuído para a compreensão da questão ambiental incluindo segundo Silva (2006.p.51) “a discussão e análise da sociedade e sua relação com a natureza”. A partir da utilização da TGS os trabalhos que fazem uso desse método de análise têm produzido contribuições que possibilitam a construção de um paradigma particular e muito próximo das ideias da ciência Geografia.
A Geografia é a disciplina que estuda as organizações espaciais. Com base em seu objeto de analise, podem-se esquematizar as relações com os fenômenos analisados em diferentes disciplinas. Englobando a estruturação, funcionamento e dinâmica dos elementos físico, biogeográficos, sociais e econômicos constituem os sistemas espaciais da mais alta complexidade. Sob a perspectiva sistêmica, dois componentes básicos entram em sua estruturação e funcionamento, representados pela característica do sistema ambiental físico e pelas do sistema socioeconômico. (CHRISTOFOLETTI, 1999.p.41).
            No Brasil a obra mais importante de análise da atividade turística pela concepção sistêmica é do Prof. Dr. Mario Carlo Beni e estudo o sistema turístico de maneira detalhada. È sem dúvida um dos maiores avanços da literatura do Turismo brasileira na busca de um paradigma particular de análise. Para Beni (2002) “O sistema turístico é aberto, realiza troca com o meio que o circunda, e por extensão, é interdependente, nunca autossuficiente”, o que significa que é influenciado pelo meio onde ocorre de diversas maneiras e influencia igualmente sua organização espacial.
            No caso do Turismo isso é fundamental afirma Sérgio Molina (2001) e acrescenta que é vital 2 para o entendimento do fenômeno turístico conceber em primeiro lugar que o sistema turístico não pode se expandir indefinidamente e, em segundo lugar, que o crescimento do sistema turístico é função de uma série de variáveis, uma das quais foi citada anteriormente, a capacidade de suporte dos ecossistemas naturais.
            Von Bertallanfy apud Molina (2001.p.144) estabelece que uma das características mais importantes dos sistemas abertos consiste nos intercâmbios que mantém com o meio circundante. Os intercâmbios se referem a energia, aos materiais e a informação. No turismo pode-se observar com facilidade o sistema tendo em vista os contínuos e constantes processos de intercambio do entorno: sem alguns deles nem ao menos sobreviveria.

  • Intercambio energéticos: ingresso de combustíveis fosseis ou de outra natureza, para operar as unidades produtivas.
  • Intercambio de materiais: ingresso de equipamentos para a produção de serviços. Saída de resíduos poluentes.
  • Intercambio de informações: entrada de normas e regulamentos emitidos pelo suprassistema. Saída de informação referente as experiência ocorridas na pratica do turismo, suscetíveis de serem aplicadas fora do contexto exclusivamente turístico.

            O modelo de sistema aberto – interação entre os componentes e o meio circundante pode ser empregada de maneira profícua no turismo, tendo em vista, a maioria das ciências poder empregá-lo, com exceção daquelas que se utilizam da ciência clássica. Podemos considerar sua utilização no turismo como sendo fundamental no sentido de obter um conhecimento integrado e totalizado do fenômeno, já que emprega ferramental adequado, capaz de explicar as diversas relações que nele ocorrem independentemente da origem de seus componentes e das forças que o impulsionam.
Alias, é difícil saber por que no turismo essa doutrina não é frequentemente incorporada às analises, sendo, antes, tratada de forma casual. Daí advém o escasso entendimento do sistema, qualquer que seja o nível em que se pretenda estudá-lo, compreendê-lo e explicá-lo. (MOLINA, 2001.p.145)
            A fragilidade dos estudos sobre o fenômeno turístico a partir desse breve estudo pode ser entendida a partir da escolha do método analítico. Enquanto os métodos não sistêmicos oferecem uma visão fragmentada do objeto, a concepção de analise a partir da Teoria Geral dos Sistemas pode oferecer uma visão do todo. “Ao descartar ou desdenhar o paradigma sistêmico, o turismo se dimensiona como um macrocosmo, quando, na realidade é o contrário: um microcosmo operando em uma entidade maior, afetado por ela” (MOLINA, 2001.p.145).
            Ainda que defendamos aqui sob a perspectiva sistêmica de análise, um maior grau de confiabilidade nos estudos sobre turismo entendendo que o turismo esta imbuído de alto nível de complexidade e possui ligação com outras áreas do conhecimento, é importante notar alguns requisitos fundamentais para a abordagem sistêmica no turismo. Para Faria e Carneiro (2001.p.30) apud Silva (2006. p.53) deve se atentar a alguns elementos identificáveis durante o processo de análise.

  • Determinar se a região em estudo é ou não um sistema turístico e em qual local há maior fluxo interno de energia;
  • Estabelecer os níveis de abrangência e quais são seus limites;
  • Definir os limites do sistema, o que inclui identificar a capacidade de suporte da área de estudo;
  • Conhecer a dinâmica do sistema, seus processos de interação e a temporalidade das variáveis que nele atuam;
  • Entender as conexões do sistema com outros;
  • Identificar os níveis de tolerância às atividades que se pretende realizar, o que envolve o conhecimento da capacidade de resiliência.

            Para Martinez (2005) existem algumas características que independente da escala de abordagem devem identificar o sistema turístico e são: possuir entropia, processos de retroalimentação, homeostase, isoformismo, sinergia e recursividade. Essas condições ocorrem devido a relações mantidas entre núcleos receptores e emissores, e são determinantes em aspectos como julgamento da viagem e repercutem diretamente no sistema, além de manterem um elevado grau de inter-relação entre si.
            Isomorfismo pode ser traduzido como a existência da equivalência idêntica entre diferentes escalas. No turismo, relaciona-se com a capacidade de encadeamento e particularidades da atividade turística, esta contida em todas as escalas do sistema turístico. Sua influencias são equivalentes, embora, os processos sejam qualitativamente diferentes, já que o sistema é visto em níveis diferentes.
             A sinergia no sistema turístico é facilmente observada a partir da soma de efeitos produzida pelas interações dos diferentes atores no processo que se identificam em diferentes níveis: esta soma é geradora de impactos e novas situações que podem ser identificados como processos sinérgicos do sistema turístico. Ou seja, os efeitos negativos da turistificação marcam de maneira significativa um destino a partir do entendimento das ações de uma única atividade econômica e social.
            A recursividade pode ser entendida como aquilo que pode ser reproduzido e repetido em diversas escalas. São objetos que invariavelmente assumem a posição de objeto sinérgico, elemento independente, ou seja, pode ser aplicado a sistemas dentro de um sistema maior. Possui funções e conduta, próprias de sistemas únicos, que se assemelham aos sistemas maiores.
            Pode-se dizer que o turismo se enquadra dentro de evidencias que o apontam para, obviamente a partir de escalas definidas, um sistema sinérgico e recursivo, tendo em vista que suas características individuais apontam quase sempre para o todo, alternando-se entre subsistema e hipersistema, escalonados e proporcionalmente ligados até os setores superiores.
            Entende-se o processo de retroalimentação caracterizado pela causalidade, demandadas por características positivas e negativas. Podem ser entendidas também como as ações que dão prosseguimento ao sistema turístico, tendo em vista seu ciclo de desenvolvimento. Com respostas que resultam de estímulos anteriores, que podem ocorrer de varias maneiras e em momentos distintos. Resulta em grande parte da tipologia de turismo proposta, do trade, da comunidade e do setor público (SILVA, 2006.p.54).
            No sistema turístico o turista é um dos elementos da retroalimentação. Ou seja, a partir do momento em que ele inicia o processo de avaliação da viagem realizada e busca julga-la, seu processo de julgamento pode ser positivo ou negativo da experiência turística. A diferença entre o que foi planejado, e o que foi vivido, é o que forma esse juízo de valor e consequentemente alimenta o subsistema, ou o sistema de forma positiva ou negativa.
            Homeostase é definida como “o mecanismo dos sistemas abertos para manter o equilíbrio, a estabilidade” (JOHANSEN, 2000.p.118 apud MARTINEZ, 2005. p.131). È considerada um principio de organização, tendo em vista os sistemas permanecerem em certo equilíbrio. O equilíbrio entre as restrições do entorno e a resposta seletiva do sistema.
Todos os sistemas mantém forças de equilíbrio estruturais e dinâmicas vinculadas entre si de tal forma que a alteração de uma afeta a outra, conduzindo a algum tipo ou grau de regulação compensatória do sistema. A compensação busca manter a estrutura fundamental do sistema frente a efeitos perturbadores externos. (DE LA REZA, 2001.p. 91 – 92 apud MARTINEZ, 2005.p.131).
            O processo homeostático3 se localiza no elemento receptor e depende das particularidades desse âmbito e da escala do sistema (MARTINEZ, 2005.p.131) Interveem nesse processo os controladores do sistema formado por estados, municípios e pela união, e os atores da indústria turística que terão uma grande parcela na condução dos subsistemas que decorre da relação estabelecida com os destinos emissores e receptores4 .
            Entropia por sua vez remete dentro da Teoria Geral dos Sistemas a “mudança de estados mais ordenados e organizados, para estados menos ordenados e organizados”. Pode ser entendida dentro do turismo como a depredação advinda da turistificação de destinos receptores, que ao longo do tempo apresentam uma série de impactos negativos, tendo em vista ser o lócus de saída (output) do sistema. Os impactos podem ser encarados como sendo entrópico, o que geraria uma desorganização do sistema que a priori teve o planejamento previamente estabelecido e incorporado às ações desenvolvidas. Outra afirmação relaciona-se também a comunicação, tendo em vista, esta ser um ponto central no turismo, e também aos canais de comunicação social, que veiculam mensagens e matérias de um ponto (emissor) sobre destinos (receptor), e sabe-se que a mensagem enviada raramente chegará intacta ao próximo receptor, a entropia do processo é a tendência à desorganização da informação.
            Para que haja possibilidade do turismo acontecer em determinado território é necessário o envolvimento de todos os atores que serão beneficiados pela atividade turística. Apesar de poder ser definido como um “mar de incertezas” a aposta no turismo a partir das capilaridades hipotéticas dos destinos escolhidos para o turismo, seja em recursos naturais, culturais, históricos é apenas no nível de expectativa, que pode ser satisfatória, ou pode trazer frustração aos envolvidos.
            Todo o arranjo do território passa a ser reconhecido e lhe são atribuídos valor 5, funções, que em alguns casos eram desconhecidas de todos os atores, no entanto, por ocasião de uma notícia veiculada em programas de televisão como foi discutido anteriormente passam a povoar o imaginário daqueles que querem vir (turista), e também daqueles que querem se beneficiar economicamente desse potencial (trade governos, etc).
            A modernidade trouxe consigo os ideais da globalização. Hoje o turista e o visitado atuam quase que simultaneamente em suas funções pré-estabelecidas. O visitante consome tudo que lhe é oferecido no lugar, o exótico, aquilo que não é usual, cotidiano, no entanto que já lhe foi apresentado por revistas, sites, produções cinematográficas, entre outros veículos especializados em países como o Brasil. Já o visitado vai reestruturar seu cotidiano, esse sim da vida real, mas que desconhece as escalas geográficas onde atua. Vai criar consciente ou não espaços da globalização, que não lhe são estranhos, muito pelo contrário ele irá mais tarde ao ligar seu tablet, notebook, celular, ou ainda em tempo real acompanhar suas transações com seu interlocutor “gringo”.
            O avanço da tecnologia é com certeza um expansor do turismo na modernidade. Vemos que o turismo é um fruto das diversas épocas em que as sociedades, e seus indivíduos atravessaram em especial à sociedade industrial. É sabido que o turismo tem auxiliado o homem a enfrentar o stress, por exemplo, reconhecidamente uma doença da modernidade auxiliando o individuo a se “desligar” do mundo do trabalho e a buscar uma harmonização entre corpo e mente, através do contato com os indivíduos citados no parágrafo anterior, que podem estar na Sérvia, em instalações do regime Nazista da segunda guerra mundial, na Toscana, em Paris, ou em uma aldeia no interior da Amazônia brasileira. Segundo Wainberg (2003.p.11) apud Silva (2006.p.57) “daí a importância de se estudar o Turismo, bem como suas relações e seus processos de interdependência – fato permitido pela analise sistêmica”.
            De certa maneira o Turismo enquanto prática ocorre apoiado por diversos fatores desde o momento da escolha, onde o praticante vai observar a si mesmo, suas características, seus medos, e decidir para onde vai, até mesmo fatores externos do tipo infraestrutural, como hospedagem, meio ambiente, transporte, que invariavelmente se inserem em dimensões maiores, como sociocultural, ambiental, econômica, numa relação complexa e interdependente.
Com base nesses preceitos é possível afirmar, categoricamente, que o Turismo é um sistema não isolado e aberto, cuja complexidade atual, não pode ser explicada por análises isoladas ou lineares. O Turismo depende de inter-relações e fenômenos diretos e indiretos, muitas vezes não materializados no espaço onde ocorre graças ao emaranhado de relações existentes entre o núcleo emissor e o núcleo receptor na prática turística (SILVA, 2006.p.58).
            Para Beni (2002) o Turismo é um sistema aberto e não se caracteriza por funções estáticas, isto porque se relaciona de maneira intensa e carregada de interdependência e dialética com o entorno que o circunda. Ou seja, o Turismo influencia, e é influenciado por diversos elementos dos seus subsistemas e por outros. Vide o exemplo da crise econômica mundial desencadeada em meados de 2008, diversos destinos “perderam” turistas, em virtude de uma série de fatores econômicos que influenciaram diretamente na escolha de destinos que “ganharam” turistas, o Brasil se inseriu como ganhador.
Para Beni, o Sistema Turístico é composto por três conjuntos básicos ou subsistemas: o subsistema da organização estrutural, formado pela superestrutura e pela infraestrutura; o das ações operacionais, regulado pelo mercado, que inclui a oferta e a demanda, a produção, o consumo e a distribuição; e o subsistema das relações ambientais que agrega os aspectos ecológicos, sociais, econômicos e culturais, os quais permitem, ou não, em muitos casos, a existência da atividade turística. No subsistema das relações ambientais manifestam-se, concomitantemente, as ações operacionais e a organização estrutural necessária para o desenvolvimento do Turismo. (SILVA, 2006.p.58)
            Compreende-se que a complexidade dos processos inter-relacionais constantes na atividade turística exigem uma analise a partir da complexidade. Ou seja, a concepção sistêmica é, de fato, de suma importância no reconhecimento e no dimensionamento do Turismo enquanto um microcosmo extremamente dependente de entidades maiores para que haja uma troca de energia constante no processo entre os níveis hierárquicos que o compõe. (SILVA, 2006)
            Para Silva (2006.p.57) “O sistema turístico é um núcleo receptor e deve ser visto analisado, prioritariamente, como um conjunto de relações ambientais representado em diversos níveis, pelos subsistemas que o compõem: o sociocultural, o econônico-politico, e o geossistema”. Ou seja, onde ocorrem as relações que determinam a existência, ou não, da atividade turística, é da integração, da inter-relação, e do nível de interdependência que vai se estabelecer entre os atores que surgira a dimensão ambiental dos destinos turísticos.
            Acredita-se que a partir da analise e da compreensão dos componentes dos subsistemas do sistema ambiental, é possível estabelecer um marco sobre o estudo de potencial turístico em destinos e núcleos receptores. Em algum nível buscaremos detalhar e conceituar os conceitos de subsistemas e subsistema ambiental

Conceituação e caracterização dos subsistemas ambientais
           
            A Geografia desde as décadas de 1960 e 1970 tem na abordagem sistêmica de analise uma proposta metodológica de analise. Deve-se a isso a perspectiva de análise sistêmica estar aliada ao estudo mais profundo das estruturas dinâmicas e de organização dos sistemas, e também na possibilidade de observação dos impactos antrópicos na organização do Turismo. Em relação ao Turismo praticado em ambientes naturais, essa preocupação precisa ser constante, tendo em vista, em muitos destinos receptores os aspectos econômicos se sobreporem as diretrizes de conservação e preservação.
            Definir os elementos que compõem os subsistemas do sistema ambiental em destinos que dispõem de recursos naturais aptos ao desenvolvimento da atividade turística segundo Silva (2006.p.60) “possibilita a compreensão de sua organização e dá subsídios para sua caracterização a partir do conhecimento das características desses elementos na perspectiva de compreender as inter-relações e os processos de interdependência existentes no Sis-Tur” corroborado pela figura abaixo. 
            Para tanto, caracterizar o subsistema sociocultural é um exercício de complexidade, tendo em vista, o mesmo ser de extrema relevância para os demais componentes do Sis–Tur e possuir um nível diminuto de controle ou monitoramento nos destinos receptores. Ou seja, suas ações segundo Silva (2006.p.61) envolvem elementos “de valores sociais, elementos tecnológicos, fluxos de capitais, desigualdades sociais, mobilidade social, aspectos psicossociais”. Alguns desses elementos é que dão ao Turismo a insígnia de ser uma atividade econômica de alto impacto negativo, tendo em vista o destino receptor receber o ônus do processo turístico em relação ao destino emissor, que no caso da prostituição, por exemplo, muito comum em destinos da América do Sul, e do Brasil mais especificamente, que é entre nós incentivada6 , enquanto o destino emissor está temporariamente livre dessa moléstia.
            De maneira positiva o Turismo se utiliza de aspectos socioculturais para se desenvolver, e tudo aquilo que representa a ação humana nos destinos receptores. A organização espacial da sociedade vai refletir suas peculiaridades no geossistema em longo prazo, sendo assim, quanto mais singular, mais representativa será sua capacidade de “recurso material ou imaterial” para o Turismo.
            Especificamente o município de Jardim na região sudoeste de Mato Grosso do Sul, dentro do contexto da dimensão sociocultural teve sua construção e organização espacial ligada as tentativas de expansão e desenvolvimento da região centro-oeste do país, e historicamente esta atrelada aos conflitos militares do século XIX entre Brasil e Paraguai. Seu território emerge sobre as marcas deixadas pelo conflito, e em território originalmente paraguaio, assim como todo o território Sulmatogrossense. Diversos costumes e características do povo Jardinense apontam para essa direção, como o consumo do tereré, os ritmos do chamamé, e a culináriafortemente representada por elementos do vizinho país sulamericano e também a fronteiriça Bolívia.
A analise e a compreensão do subsistema sociocultural das destinações turísticas deve ocorrer sob uma perspectiva temporal, histórica e espacial. Por meio da compreensão das modificações ocorridas no subsistema sociocultural torna-se possível entender como o Turismo é capaz de modificar o cotidiano de uma localidade e impor novas relações que vão, paulatinamente, proporcionando uma nova organização espacial, e novas territorialidades. (SILVA, 2006.p.62)
            Em relação ao geossistema onde estão os componentes naturais de um destino receptor e que podem servir ao Turismo destacam-se aspectos físicos representados por elementos bióticos e abióticos. Segundo Silva (2006.p.63) “o clima, a flora, a fauna, a geomorfologia, a geologia, os solos, etc...” Esse arcabouço recursal é fator resultante na construção e organização espacial do território para o Turismo. Certamente a qualidade e o estado de preservação encontrado definirão o resultado final.
            O fato de haver recursos naturais não é a priori garantia de haver Turismo. Entretanto, sua existência vai nortear a partir da função econômica, a existência de uma demanda especifica por consumir recursos naturais turistificados. Essa demanda que gera deslocamentos vai dotar o que antes era apenas recurso, de conotação turística, e tipicamente social, podendo gerar, ou não, impactos positivos ao destino receptor.
            Em Jardim, os componentes do geossistema garantem ao território a existência de um potencial dos recursos naturais voltadas ao Turismo de Natureza. A existência de recursos hídricos pouco ou quase totalmente livres de poluição como: o rio da Prata, o rio Formoso, o rio Miranda, proporcionam um conjunto de belezas cênicas turistificadas. Alguns dos atrativos turísticos que funcionam nestes rios são voltados à comunidade local como o balneário municipal, outros, servem prioritariamente ao Turismo elitizado como, por exemplo, a lagoa misteriosa.
            Segundo Troppmair apud Silva (2006) “geossistema é definido como um sistema natural com características complexas e integradas, que permitem a circulação de energia e matéria, inclusive aquelas advindas das ações humanas”. O que se entende é que o geossistema poderá ser alterado em algumas de suas características, no entanto, não poderá ser descaracterizado, nem extinto. Segundo (SILVA, 2006.p.64) “as alterações manifestadas na forma de impactos ambientais locais, atingem o funcionamento do geossistema em micro – escala o que é fundamental para a análise do impacto gerado pelo Turismo no meio natural”.
            Já para Christofoletti (1999) “existe uma clara separação entre os componentes do geossistema, e afirma que o mesmo é composto por elementos tipicamente naturais como: clima, solo, águas, relevo, vegetação, o que favorece a identificação das características iniciais e dos impactos gerados, assim como as tipologias turísticas associadas a elas”. As observações do autor auxiliam a compreensão da relação ainda que dicotômica entre Natureza e sociedade e de que maneira externalidades sociais podem influenciar o geossistema em suas estruturas de origem.
A principal conexão do geossistema é a conexão da natureza com a sociedade, pois embora os geossistemas sejam fenômenos  naturais, todos os fatores econômicos e sociais influenciando sua  estrutura e particularidades especiais são levados em consideração durante a analise (SOTCHAVA, 1977.sp. apud CHRISTOFOLETTI, 1999.p.42)
            E acrescenta que: “os geossistemas são sistemas dinâmicos, flexíveis, abertos e hierarquicamente organizados, com estágios de evolução temporal, numa mobilidade cada vez maior sob a influência do homem” principalmente quando olhamos para a tipologia do Turismo na Natureza, percebemos a importância das características do geossistema na definição do que será designado ao desenvolvimento do Turismo em ambientes naturais. Ou seja, para Silva (2006) “a caracterização do geossistema é fundamental para a determinação da potencialidade turística de um destino receptor, assim como necessária para a mensuração, acompanhamento, e implementação de medidas para favorecer o controle dos impactos negativos ocasionados pela implementação do Turismo”.
            Sobre o subsistema politicoeconomico é fundamental apresentar algumas reflexões que necessariamente vão nos guiar a ideia de que o Turismo enquanto indústria se desenvolve pelo viés econômico, e para tanto, deve ser organizado pelas diversas esferas de governança. Segundo (SILVA, 2006.65) “sua analise envolve a compreensão dos processos produtivos, políticos e legais, que favorecem, ou não, o seu desenvolvimento, e que podem se desenvolver em diversos níveis escalares: local, regional, nacional e global”.
            A condição econômica do Turismo é regulada pelas leis de mercado validas para qualquer atividade industrial. Gera dependência da economia nas suas diversas escalas de atuação, é gerador de renda e se manifesta de maneira continua e produtiva, enfim, a condição econômica é fundamental é condicionante para sua analise.
            Em ultima analise a condução política da atividade turística a partir da elaboração de programas, planos e projetos de implementação do Turismo em destinos receptores no Brasil, vem de encontro ao estabelecimento do sistema político democrático com a elaboração e aprovação da nova constituição do Brasil em 19887 . O Estado tem a função principal de fomentar a atividade turística, e indicadores como aumento da renda, empregos, qualidade de vida, permeiam esse subsistema.
A Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1999) instaura elementos democráticos na gestão das políticas públicas, que sugerem um novo desenho das políticas sociais no Brasil, fundamentados nos princípios da descentralização, municipalização e participação da sociedade civil em todo o processo. Estabelece que as políticas sociais sejam desenvolvidas de modo democrático, em que a sociedade, via órgãos representativos, participe dos espaços de deliberações das diretrizes das políticas, do planejamento, da execução, do controle e da supervisão dos planos, programas e projetos. (BRASIL, 1999. CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 1988)
            Pode-se frisar a partir da leitura do fragmento acima três diretrizes que são fundamentais ao subsistema politicoeconomico, a descentralização, a municipalização e a participação. Brevemente faremos alguns apontamentos acerca do modelo de política comumente adotada pelos governos das esferas políticas no Brasil
            A diretriz da descentralização se desdobra em alguns pressupostos democráticos de concepção e implementação das políticas para o Turismo no Brasil, e se divide segundo Tulia Faletti em: administrativa, fiscal e política.
            Descentralização administrativa pode acarretar a transferência da autoridade na tomada de decisões sobre essas políticas, mas esta não é uma condição necessária. Se receitas são transferidas do centro para cobrir os custos de administração e provisão de serviços sociais, a descentralização administrativa é financiada e coincide com a medida de descentralização fiscal. Se os governos subnacionais financiam esses custos com receitas próprias preexistentes, a descentralização administrativa não é financiada.
            Políticas descentralizadoras fiscais podem assumir diferentes formas institucionais, tais como o aumento de transferências do governo central, a criação de novos impostos subnacionais ou a delegação da autoridade para cobrar impostos anteriormente cobrados pela esfera federal.
.           Descentralização política transfere autoridade política ou capacidades eleitorais para atores subnacionais. Exemplos deste tipo de reforma é a eleição por voto popular para prefeitos e governadores que, em períodos constitucionais anteriores, eram indicados; a criação de assembleias legislativas subnacionais, e reformas constitucionais que fortaleçam a autonomia política dos governos subnacionais.
            A participação é essencial para o estabelecimento de uma sociedade autônoma na perspectiva decisória coletiva. Sem a participação democrática, sem vozes e brados dos indivíduos que constituem uma sociedade o que sobra, é a manipulação e a bestialidade baseada em fatos como os episódios de eleições fragmentadoras da opinião, cada vez mais repulsiva e corroída dos preceitos da palavra democracia que sequer foram estabelecidos democraticamente.
            O processo de municipalização pode ser defendido como o reconhecimento do município como uma instancia decisiva para enfrentar o desafio de especificidades como a identificação de oportunidades de investimento no Turismo para o setor privado, a preparação de programas e projetos voltados a consolidação da oferta turística local e a participação em campanhas de promoção para o mercado nacional ou internacional, entre outras tarefas que podem ser incorporadas as preocupações da população autóctone.
Cumpre frisar que, diferentemente do que possa vir a sugerir a discussão apresentada, o desenvolvimento desses subsistemas em função do Turismo não ocorre de forma estática; ao contrário ele é conflituoso e dinâmico. Por ser um fenômeno de profundo valor simbólico, muito ativo e com diversos níveis de abrangência espacial, o sistema turístico acaba por estar em constante adaptação, criando níveis de inter-relação e dependência  a todo o momento, o que é fundamental para sua continuidade. (SILVA, 2006.p.67)
            O sistema politicoeconomico cumpre uma função regulatória como subsistema ambiental, o processo de planejamento passa invariavelmente por essa dimensão, e pode, ou não, ser decisivo para o ciclo de vida de um destino receptor. É responsável pela organização dos elementos facilitadores da atividade turística, no entanto, não deve segundo Silva (2006.p.67) “ser privilegiado em detrimento dos outros subsistemas. Caso isso ocorra haverá um descompasso entre a entropia do sistema e a homeostase, condição que pode levara a uma diminuição do ciclo de exploração turística”. Isto é encontrado em destinos que buscam privilegiar em curto prazo, questões puramente econômicas, o que compromete a sustentabilidade, em longo prazo, dos recursos que originalmente possibilitaram a existência, ou a, novidade do Turismo.

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1 Instituto Mexicano de Investigaciones Turísticas

2 Entende-se a partir das afirmações de Molina (2001), que o turismo em diversos destinos tem, teve e terá seu ciclo finito. No entanto, esse pensamento se deve a uma série de fatores, por exemplo, em Cuba se deve aos fatores climáticos (Ver SALINAS 1998; 2000; 2012). Em destinos de massa como Foz do Iguaçu - PR e Bonito – MS, que são destinos de Natureza, pode se dever a maneiras equivocadas de Planejamento e Gestão, mais ou menos avançadas nestes últimos dois exemplos. Cabe entender que futuro teremos para esses destinos, sem a devida intervenção.

3 Mecanismos de controle que representam a busca de equilíbrio do subsistema (sistema) especifico.

4 Segundo Martinez (2005) “Uma modificação na frequência de transporte (maior ou menor) entre determinada origem e destino (quer dizer, um subsistema específico) levará a reações dos componentes do sistema turístico (governo, empresários, intermediários, etc) para se adequarem as novas condições sejam com o estimulo a novos investimentos, se necessários, ou mesmo com a pressão para a restituição da frequência que restabeleça o equilíbrio da oferta e demanda no subsistema”.

5 O valor é uma qualidade que confere às coisas, aos feitos ou às pessoas uma estimativa, seja ela positiva ou negativa. A axiologia é o ramo da filosofia que estuda a natureza e a essência do valor.

6 Vide campanhas de divulgação de destinos como os do Nordeste e Sudeste do Brasil

7 No capitulo seguinte frisaremos a analise do subsistema politicoeconomico no desenvolvimento do Turismo brasileiro.


Recibido: 05/12/2014 Aceptado: 15/02/2015 Publicado: Febrero de 2015

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