Tayse Pereira Gonçalves
Cleuber Pimentel Barbosa
Universidade Federal do Amazonas
tayse_goncalves@hotmail.comRESUMO
Este trabalho foi elaborado para identificar como o Governo Brasileiro contribui para o processo de melhoria dos índices de desenvolvimento das universidades, analisar as oportunidades e desafios que os acadêmicos enfrentam ao ingressar no ensino superior, os desafios da manutenção destes na universidade, assim analisar a percepção dos acadêmicos com relação à qualidade dos cursos oferecidos pelo ICSEZ/UFAM no Baixo Amazonas, apresentando as dificuldades e as perspectivas da interiorização do ensino superior.No decorrer do projeto foi verificado que dentre as ações perpetradas pelo Governo através do PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação), onde implantou programas como o PROUNI (Programa Universidade para Todos), criado para a expansão do ensino superior privado e o REUNI (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais) que busca criar condições para ampliar o acesso e a permanência dos alunos na educação superior. É importante destacar que foram grandes as conquistas alcançadas pela universidade, e juntamente com elas grandes desafios que ela enfrentou e ainda enfrenta, onde um deles ainda é a falta de docentes qualificados para ministrarem os cursos, a estrutura física do campus que tem fragilidade em seus laboratórios e a falta de livros na biblioteca. Desse modo com um mercado de trabalho cada vez mais exigente, surge assim à necessidade de cursos de graduação de qualidade, que atendam a demanda do mesmo, assim o ICSEZ/UFAM vai ao encontro desses objetivos, buscando inovações e uma melhor maneira para preparar profissionais capacitados que contribuam para um melhor desenvolvimento na região do Baixo Amazonas.
Palavras-chave: Educação Superior, Oportunidades, Dificuldades
RESUMEN
Este trabajo se realizó para identificar cómo el gobierno de Brasil contribuye al proceso de mejora de la elaboración de índices de universidades, analizar las oportunidades y los desafíos que enfrentan los académicos para ingresar a la educación superior, los desafíos de mantener ellos en la universidad, y analizar la percepción académicos con la calidad de los cursos ofrecidos por ICSEZ / UFAM Bajo Amazonas, con las dificultades y perspectivas de la educación internalización superior. En el transcurso del proyecto se encontró que entre las acciones perpetradas por el Gobierno a través del (plan de Desarrollo de la PDE educación), que implementa programas como PROUNI (Programa Universidad para Todos), creado para la expansión de la educación superior privada y la REUNIÓN (Programa de Apoyo a la Reestructuración y expansión de las Universidades federales), que busca crear las condiciones para aumentar el acceso y la permanencia de los estudiantes en la educación superior. Es importante destacar que fueron los principales logros de la universidad, y junto con ellos los grandes desafíos que enfrentó y aún enfrenta, donde uno de ellos es todavía una falta de profesores cualificados para la enseñanza de los cursos, la estructura física del campus que tiene debilidad en su laboratorios y la falta de libros en la biblioteca. Así, con un mercado laboral cada vez más exigente, por lo que surge la necesidad de la calidad de los estudiantes de posgrado que cumplan con las exigencias de la misma, por lo ICSEZ / UFAM cumple con estos objetivos, buscando innovaciones y una mejor manera de preparar a los profesionales capaces de contribuir a un mejor desarrollo en la región del Bajo Amazonas.
Palabras clave: Educación Superior. Oportunidades. Dificultades
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Tayse Pereira Gonçalves y Cleuber Pimentel Barbosa (2015): “Avaliação institucional do ICSEZ/UFAM perspectivas e desafios a partir do plano de desenvolvimento da educação”, Revista Contribuciones a las Ciencias Sociales, n. 27 (enero-marzo 2015). En línea: http://www.eumed.net/rev/cccss/2015/01/desarrollo-educacion.html
Atualmente o Brasil tem enfrentado desafios para atender à demanda da sociedade em ampliar o nível educacional e melhorar a qualificação profissional da população. E isto acaba por se traduzir em esforços para o aumento de vagas no sistema educacional superior, proporcionando condições para que todos os indivíduos tenham acesso a essas vagas, além de ter que oferecer condições para uma educação de melhor qualidade. Dentre as diversas ações perpetradas pelo Governo estão especialmente o PROUNI (Programa Universidade para Todos), criado para a expansão do ensino superior privado (MEC, 2008, p.29) e o REUNI (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais) que busca criar condições para ampliar o acesso e a permanência dos alunos na educação superior (MEC, 2007, p. 10).
As ações do Governo Federal em possibilitar aos estudantes o acesso ao ensino superior visam corrigir as distorções existentes, onde o ensino superior era uma realidade apenas para uma parcela privilegiada do país, fazendo com que a maioria da população ficasse despojada da possibilidade de crescimento pessoal e intelectual oriunda da formação superior.
O processo de expansão da Universidade Federal do Amazonas vai ao encontro das metas propostas pelo MEC, onde foram abertos 5 novos campi no interior, com a criação de 31 cursos. Surge, assim, o desafio de expandir as vagas no ensino superior, ampliando as formas de permanência e manutenção dos alunos nos cursos de graduação (UFAM, 2008, p. 4).
Por outro lado, uma das preocupações dos profissionais de educação é que o aluno se forme e tenha meios de seguir sua carreira profissional. Assim, para mensurar tal resultado, desde o início da vida acadêmica são realizados diversos estudos para avaliar os fatores que contribuem para tal objetivo. Tais fatores são importantes ao se levar em consideração as perspectivas regionais com relação à qualidade dos serviços prestados pelo ICSEZ na região, incluindo não somente aulas de graduação, mas também atividades de pesquisa e extensão.
No presente trabalho busca-se identificar os fatores que influenciam os desafios de desenvolvimento institucional do ICSEZ/UFAM à luz do Plano de Desenvolvimento da Educação, considerando as perspectivas locais com relação aos benefícios trazidos pela Instituição no Baixo Amazonas.
Analisar as perspectivas e os desafios de desenvolvimento institucional do ICSEZ/UFAM no âmbito do Plano de Desenvolvimento da Educação.
1- Analisar/identificar como o Governo Brasileiro tem contribuído para o processo de melhoria dos índices de desempenho das universidades;
2- Analisar as oportunidades e desafios à manutenção/crescimento do ICSEZ na região do Baixo Amazonas;
3- Identificar as principais características das avaliações promovidas pela CPA junto à comunidade acadêmica;
4- Analisar a percepção dos acadêmicos com relação à qualidade dos cursos oferecidos pelo ICSEZ.
Serão utilizadas, neste estudo, as abordagens quantitativa (que objetiva conferir maior precisão aos resultados, evitando distorções de análise e interpretações) e qualitativa. Esta última implica a existência de um vínculo entre o mundo objetivo e a subjetividade do pesquisador.
A consideração das duas abordagens permite ao pesquisador um maior entendimento sobre a temática pesquisada ao mesmo tempo em que permite chegar a resultados mais precisos e seguros.
Como técnicas de pesquisa serão utilizados os instrumentos a seguir:
Pesquisa Bibliográfica: é a pesquisa em textos científicos que auxiliarão na compreensão e análise da temática em estudo, que incluem, também, textos disponibilizados na internet (como periódicos da CAPES, teses e dissertações etc.).
Observação Sistemática: que consiste no levantamento de informações previamente definidas.
As informações a serem pesquisadas serão aquelas publicadas pelo Governo (através do MEC, INEP etc.) e da própria UFAM (especialmente da Comissão Própria de Avaliação) para análises relativas a este projeto. A partir da análise dessas informações serão tabulados os dados relevantes para a elaboração do relatório final.
Pretende-se desenvolver o trabalho em quatro etapas de pesquisa, cada uma das quais será dedicada ao enfrentamento de uma questão particular. Em um primeiro momento, será estudada a tendência da educação brasileira nos últimos anos, incluindo a observância do Plano de Desenvolvimento da Educação, o PROUNI, o REUNI etc.
Em seguida, serão estudados e analisados os instrumentos de avaliação utilizados pelo MEC nas avaliações institucionais e de cursos de graduação no Brasil. A terceira etapa consiste em analisar as perspectivas e os desafios do ICSEZ na região do Baixo Amazonas. Por fim, serão analisados os dados das avaliações institucionais realizadas pela Comissão Permanente de Avaliação Institucional da UFAM (COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO, 2009), tendo em vista as expectativas e anseios da população acadêmica e extra-acadêmica concernentes aos benefícios que o ICSEZ pode trazer a essa região no âmbito da política do Governo Federal para a modernização da educação superior brasileira.
A universidade tornou-se um dos principais elos entre o conhecimento e a sociedade, sendo uma das mais importantes conquistas humanas para a continuidade de seus conhecimentos. Todavia, a história do ensino superior é marcada por profundas lutas e conquistas que a comunidade acadêmica vem travando ao longo dos anos, pois muitas vezes esse conhecimento ficou estrito a uma determinada classe social, negligenciando a outra parcela da população: a classe trabalhadora.
O ensino superior brasileiro sofreu por longos anos o reflexo do processo excludente da população com baixo poder aquisitivo, poucos eram os que conseguiam ingressar no ensino superior e conseguiam concluir seus estudos.
O caráter excludente e elitista que o ensino superior brasileiro apresentava levou o Governo Federal a pensar em estratégias e adotar ações com vistas a contemplar a maioria da população brasileira que desejava ingressar em um curso superior, mas que pela sua situação socioeconômica e por uma educação básica defasada não tinha acesso ao mesmo.
Para poder promover uma educação justa e igualitária a todos os cidadãos brasileiros, o governo federal criou o PDE (Programa de desenvolvimento da Educação), como uma forma de combater as desigualdades existentes no país, no qual integrava outros diversos programas que possuíam o mesmo perfil de combate às desigualdades sociais, econômicas e educacionais. Assim:
O objetivo da política nacional de educação deve se harmonizar com os objetivos fundamentais da própria República, fixados pela Constituição Federal de 1988: construir uma sociedade livre, justa e solidária; garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Não há como construir uma sociedade livre, justa e solidária sem uma educação republicana, pautada pela construção da autonomia, pela inclusão e pelo respeito à diversidade (PDE, 2007, 43).
Neste sentido, foi criado o PROUNI (Programa Universidade para Todos), visando a expansão do ensino superior privado (MEC, 2008, p.29) e o REUNI (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais) que busca criar condições para ampliar o acesso e a permanência dos alunos na educação superior (MEC, 2007, p. 10).
No PROUNI as instituições que recebem o benefício das isenções fiscais, devem conceder bolsas de estudos parciais ou integrais aos alunos que se submeteram ao ENEM e que correspondem ao perfil sócio econômico que o programa estabelece, além de possibilitar que milhares de pessoas possam ter acesso ao ensino superior no Brasil.
Nos primeiros três anos do programa foram concedidas cerca de 300 mil bolsas, sendo 40% delas a afro descendentes e indígenas. E os professores em serviço da educação básica pública têm acesso privilegiado ao programa (MEC, 2007, p. 28).
Por outro lado, as universidades federais também passaram por reformulações para atender às demandas de candidatos que desejavam ingressar no ensino superior público. Era necessário dar às universidades condições físicas e pedagógicas necessárias para atender o elevado número de estudantes que desejavam estudar no ensino superior público. Para proporcionar condições das universidades federais de cumprir com as metas do governo, o REUNI teve como objetivo Criar condições para a ampliação do acesso na educação superior e aumento da qualidade dos cursos, além do melhor aproveitamento dos recursos (físicos e humanos) existentes nas universidades federais.
A partir dos objetivos e propósitos do MEC com relação a essa nova estruturação da educação brasileira, notadamente no ensino superior, foram criados os campi da UFAM no interior do Estado do Amazonas.
O objetivo para a criação do ICSEZ foi de propiciar oportunidades para a população da região do Baixo Amazonas que anteriormente sofria com a falta de uma educação superior de qualidade no interior do Estado. Até então as pessoas que quisessem se qualificar tinham que migrar para a capital do Estado para poder ingressar em um curso superior.
No entanto outra preocupação do governo brasileiro está em possibilitar um ensino superior de qualidade a todos os estudantes, contribuindo para que estes possam desenvolver seu senso critico e todas suas potencialidades cognitivas, formando cidadãos comprometidos com o desenvolvimento do país e na busca de soluções de problemas que ele enfrenta.
Deste modo, esses programas configuram-se como um avanço para o melhoramento da educação superior brasileira, pois possibilita aos estudantes das diversas classes sociais o acesso a um ensino superior de qualidade.
A Universidade Federal do Amazonas criada em 07 de janeiro de 1909, ao longo dos anos vem contribuindo com a sociedade para a formação de novos profissionais comprometidos com o desenvolvimento do país e do Estado do Amazonas.
Ao longo dos seus 100 anos de criação, a Universidade Federal do Amazonas vem desenvolvendo trabalhos significativos com a comunidade, através de parcerias e de projetos de extensão têm levado os conhecimentos adquiridos em sala de aula para a comunidade em geral.
Além disso, a pesquisa tem sido um dos pilares para a difusão do conhecimento acadêmico, pois através dela a universidade tem colaborado com o desenvolvimento científico da sociedade acadêmica, além de estimular as potencialidades cognitivas do processo de aprendizagem dos acadêmicos.
Antes da implantação do campus do ICSEZ no município de Parintins, os cursos eram modulares, os docentes não residiam fixamente no município, dificultando a relação interpessoal entre professor a aluno. Com a abertura de cursos presenciais este quadro mudou e os docentes residem na cidade, facilitando o contato entre discente e docente.
Os desafios a serem superados referem-se às deficiências de uma infra-estrutura adequada para alunos executar suas aulas praticas em laboratórios. Além disso, há uma dificuldade de se conseguir estágios para os discentes e até mesmo vaga no mercado de trabalho.
Por outro lado, o que impede o crescimento do ICSEZ é o fato dele não ser uma unidade gestora, ou seja, um instituto que tem um orçamento anual e ele só é suficiente para manutenção predial. Para o crescimento do Instituto é necessário que existam projetos, melhor logística de transporte e superação da dificuldade de comunicação.
Assim, muitos desafios ainda precisam ser superados para que a universidade possa se desenvolver da melhor maneira possível. Varias ações podem ser elencadas, como ações pedagógicas e administrativas que garantam o acesso e a permanência dos alunos de graduação, capacitação adequada dos servidores para atender as necessidades dos cursos oferecidos; a oferta de cursos de pós-graduação Stricto Sensu à comunidade universitária; adequação das estruturas físicas e tecnológicas da universidade; elaboração de política de comunicação institucional eficiente etc.
Na literatura há ampla aceitação de que o capital humano tem papel nevrálgico para o progresso econômico. A ampliação no número de pessoas bem educadas pode trazer maiores níveis de produtividade e favorecer a absorção de tecnologia.
Em décadas recentes nota-se um crescente incentivo à elevação do nível educacional das pessoas2, com base na premissa de que quanto maior for o nível de educação maiores serão as chances de melhores oportunidades de emprego, renda e ascendência na carreira profissional. É ampla a idéia de que os postos de trabalho estão se tornando cada vez mais tecnológicos e baseados em informação, necessitando de trabalhadores altamente qualificados.
Como o crescente aumento na oferta de qualificação é um fato irrefutável, a discussão do tema se desenvolve sobre a demanda por qualificação. O incentivo à graduação em nível superior a uma taxa acima do crescimento da demanda não contribui necessariamente para a solução de desigualdades. Ao invés disso, poderá piorar a remuneração de jovens graduados e provocar a queda dos salários de todos os graduados.
Adicionalmente, Reis (2012, p. 24) aponta a existência de outras questões para explicar as causas básicas das variações nas proporções de indivíduos sobre-educados e subeducados, bem como a extensão dos relacionamentos entre essas proporções e diferentes ocupações, ao longo do tempo.
Os estudos indicam que o nível de sobre-educação permaneceu alto em décadas recentes; todavia, nem todos os trabalhadores são igualmente afetados em função de aspectos como gênero e demografia, o que é importante para se compreender as probabilidades do indivíduo ser classificado como sobre-educado. Ademais, as qualificações que os empregadores exigem não se compatibilizam com aquelas possuídas pela população potencial de trabalhadores (Reis, 2012, p. 43).
Nas últimas décadas, tem sido cada vez mais destacada a interação entre a pesquisa acadêmica e a inovação industrial.
Estudos sobre experiências recentes de catching up tecnológico 1 sugerem que as pesquisas realizadas nas universidades e em institutos públicos de pesquisa podem gerar contribuições relevantes para o desenvolvimento econômico de um país, ajudando principalmente no acompanhamento e aprendizado de novas tecnologias.
Assim, as universidades e os institutos de pesquisa, possuem um papel fundamental em um sistema nacional de inovação. Estas instituições atuam como formadores de cientistas e como fontes de conhecimentos científicos e de pesquisas, favorecendo o desenvolvimento tecnológico.
Dificilmente uma empresa inova de forma isolada, sem haver contribuição de outras empresas ou instituições. O desenvolvimento de um novo produto ou processo, por parte de uma empresa, envolve muitas vezes a participação de fornecedores, informações provenientes de usuários, universidades e laboratórios de pesquisa, dentre outros.
Como postula Oliveira (2002, p. 48),
Outra característica importante para o sistema nacional de inovação é a existência de instituições que promovam “efeitos de transbordamento” (spillovers) entre as atividades de pesquisa do governo e da sociedade civil. É necessário que os avanços tecnológicos alcançados por instituições públicas possam servir como fonte de inovações para a indústria de um país.
Nota-se um fortalecimento dos laços entre a universidade e a indústria em muitos países da OCDE. Um dos fatores que impulsionaram tal fato diz respeito à atuação cada vez crescente dos governos dos países no sentido de utilizar as próprias universidades na promoção do desenvolvimento.
A partir dessa lógica, um dos canais de transmissão de conhecimentos e resultados de pesquisas da universidade para a indústria é o conhecimento assimilado pelos estudantes. A universidade moderna propicia ao aluno o contato com as atividades de pesquisa e ensino, adquirindo o conhecimento do estado-da-arte dos vários ramos da ciência. Assim, o discente se torna um elemento fundamental para a capacidade de absorção 2 das empresas.
A própria contratação de estudantes, sendo um mecanismo de transferência tecnológica, mostra que o estudante é um canal de informações importante entre a universidade e a empresa.
Deve ser destacado, todavia, que a existência de um sistema educacional maduro e sólidas instituições de pesquisa não é condição suficiente para que as firmas desenvolvam suas atividades inovativas. Deve haver, ainda, características institucionais que articulem os cientistas (universidades) e as empresas. Os departamentos de P&D agrupam cientistas e técnicos que buscam aplicar o conhecimento científico à realidade das firmas.
A capacidade que as universidades e IPP brasileiros atualmente possuem de gerar conhecimentos tecnológicos é resultado deliberado de políticas governamentais iniciadas nos anos 70. Esta capacidade foi construída como parte de planos nacionais de desenvolvimento que reconheciam a importância da ciência e da tecnologia para o avanço econômico do país. Tais políticas possuíam dois grandes objetivos: a capacitação dos pesquisadores e o desenvolvimento da ciência e da tecnologia nacional.
Atualmente, a Coordenação Administrativa do ICSEZ é composta de órgãos que existem de fato, mas não existem de direito, pois não tiveram a criação formalizada por ato oficial da Administração Pública. Sem a existência formal nem conferindo-lhe legalidade apropriada, cada uma dessas unidades organizacionais não existe oficialmente para a Universidade, o que acaba por se tornar em empecilho para a administração do Instituto.
A partir daí fica difícil alocar os meios necessários para cumprirem suas competências, como recursos materiais, humanos e tecnológicos.
Além dessas dificuldades, o caráter informal que parte da estrutura do Instituto tomou dificulta a solução dos problemas de sua alçada, prejudicando a consecução de suas atribuições e finalidades.
Aqui cabe colocar que o ICSEZ foi implantado no ano de 2007, e apesar buscar melhorias para o bom andamento de suas atividades, encontra grandes dificuldades especialmente pela limitação que se tem da UFAM/Manaus. Em muitos casos de planejamento para se propor uma melhoria no Instituto ou solução de algum problema, o Instituto precisa da aprovação da sede em Manaus, e esse trâmite é burocrático e na maioria das vezes se dá em longo prazo.
O Estado do Amazonas está dividido em 62 municípios. A população está próxima a alcançar os três milhões de pessoas (CIAT, 2008). Essa população está basicamente concentrada na área urbana com ¾ da população vivendo nas cidades, e os restantes ¼ da população vivem na área rural.
A concentração de renda e o percentual de pessoas pobres é outro aspecto notório no Amazonas, apesar do crescimento econômico estar acima da media nacional.
Outro aspecto a se considerar é que os índices socioeconômicos indicam que a região ainda caminha no subdesenvolvimento.
A região do Baixo Amazonas, por sua vez, é compreendida pelos municípios de: Barreirinha, Boa Vista do Ramos, Maués, Nhamundá, Parintins, São Sebastião do Uatumã e Urucará.
Muitos diagnósticos tem apontado para uma educação de qualidade para os jovens nessa região. Esse tem sido um grande desafio para o governo do Amazonas que vê, a cada ano, aumentar o déficit de vagas no ensino superior.
A possibilidade de desenvolvimento da região passa pela necessidade de expansão do ensino superior nessa região e a discrepância entre egressos do Ensino Médio e o oferecimento de vagas no Nível Superior é grande, o que acaba por se tornar um ponto de estrangulamento ao desenvolvimento da região.
A avaliação da demanda por educação superior indica que as instituições superiores da região devem implementar ações para absorver a grande demanda de egressos que, quando não conseguem acesso ao nível superior, migram para outras cidades ou estagnam no nível médio, inviabilizando toda e qualquer possibilidade de se tornarem alicerce de desenvolvimento em suas regiões de origem.
Por fim, o grande desafio de todos os cursos das IES da região (UFAM, UEA e IFAM) está em capacitar novos profissionais capazes de contribuir para o desenvolvimento da região, respeitando-se as particularidades intrínsecas da região.
As particularidades da região amazônica trazem dificuldades significativas ao desenvolvimento da atividade produtiva em praticamente todos os setores, em virtude da grande extensão da área geográfica do Estado do Amazonas, clima, distâncias e estrutura educacional, dentre outras.
Todavia, em contraste com as precárias condições econômicas, sociais, educacionais e tecnológicas existentes no interior do Estado encontram-se diversas riquezas, como a floresta amazônica, com sua biodiversidade, enorme manancial de águas e demais recursos naturais próprias da região, além de estar geograficamente perto da região metropolitana de Manaus.
Ao se considerar as adversidades e as oportunidades apresentadas pela região do Baixo Amazonas tem-se a consolidação da Unidade Acadêmica da UFAM em Parintins, a qual visa constituir-se em possibilidade concreta de melhoria das condições de vida e de trabalho das populações dos municípios envolvidos. E essa melhoria não se dá apenas nas atividades de ensino, mas também nas de extensão e de pesquisa10.
Assim, as atividades de Pesquisa devem objetivar a produção de conhecimentos que possam auxiliar a formulação de políticas públicas na região, com estímulo à formação de competência técnico-científica atuando juntamente com os atores locais.
Por sua vez, as atividades de extensão tem a finalidade de desenvolver atividades sócio-educativas baseadas no intercâmbio de experiências centrado no enriquecimento de todos.
Neste sentido, diversas demandas da população local que não são atendidas pelo poder público ou mesmo pela inexistência (ou incipiência) da iniciativa privada em levar bens e serviços de melhor qualidade às pessoas, podem ser satisfeitas através das ações de extensão levadas a cabo pela comunidade acadêmica. Tais demandas se referem a orientação pedagógica, psicológica, profissionalizante, educacional e demais temas pertinentes às ações de extensão.
Além de suprir as necessidades da comunidade local, as ações de extensão poderão se tornar muito úteis ao discente no sentido de permiti-lo ter um contato direto com a comunidade-alvo, o que possibilita o desenvolvimento de suas habilidades técnicas e de seu relacionamento com as pessoas à sua volta. Isso se torna importante ao se pensar na carreira profissional do discente após seu egresso da Universidade.
A importância da exposição desses fatos reside em consolidar a atuação da Universidade Federal do Amazonas no Município de Parintins, dado o compromisso das ações transformadoras que os projetos de extensão garantem às comunidades beneficiadas.
Assim, as ações de extensão da UFAM poderão ser aproveitadas para se construir uma relação bidirecional entre a Universidade e a população em geral, trazendo oportunidade de desenvolvimento da atividade produtiva e de gestão às microempresas, cooperativas e associações dos municípios envolvidos, ao mesmo tempo em que os discentes da Universidade terão oportunidade de desenvolver seu potencial profissional.
Concomitantemente às ações de extensão podem ser realizadas atividades de pesquisa ou de pesquisa-ação, onde os dados podem ser extraídos e interpretados e, concomitantemente, as ações de extensão poderão ser dirigidas para a mudança da realidade do público-alvo. Isso ajudará as empresas contempladas pelo projeto a alcançar melhor qualidade do trabalho e uma maior produtividade.
Enfim, é preciso criar mecanismos que impliquem romper definitivamente com situações de pobreza e das formas arcaicas de gestão, pertinentes ao interior do Estado do Amazonas.
A UFAM lançou o programa “O Amazonas é o Nosso Campus” após estudos sobre as peculiaridades da Região Amazônica. Os desafios em termos de área física, clima, distâncias, estrutura educacional e distribuição populacional serviram de base para a implantação dos cinco campi da Universidade no Estado, os quais passaram a integrar o Programa de Expansão do Sistema Público Federal de Educação Superior (UFAM, 2008).
Ao todo, são cinco centros universitários, que atendem a um total de 36 dos 62 municípios do Estado.
A oferta de cursos de graduação de duração plena no interior do Estado culmina nos esforços empreendidos nos últimos anos, que promoveu a qualificação de aproximadamente 3.500 professores municipais e estaduais,resultado da oferta de mais de 160 cursos/turmas de graduação plena, presencial, incluindo os cursos de licenciatura. A maioria destes cursos foi ofertada nos centros universitários que, como pólos, atendiam aos municípios de seu entorno (UFAM, 2008, p. 4).
Concomitantemente ao desafio de implantar uma estrutura física em municípios distantes da capital, a Instituição teve que enfrentar as condições financeiras desfavoráveis ao processo de interiorização e levar adiante um processo de abertura de campi sob uma política conservadora de contratação de servidores docentes e técnico-administrativos.
Todavia, dentre as ações empreendidas, estão a expansão de acesso ao ensino superior de qualidade e a consequente elevação de nível intelectual da população do interior do Estado; os impactos sócio-econômicos relativos à renda às novas oportunidades de trabalho; melhor aproveitamento do potencial dos recursos dos municípios etc.
Portanto, a consolidação dos cinco polos em Unidades Acadêmicas Permanentes constituiu-se em possibilidade concreta de melhoria da qualidade de vida e de trabalho das populações dos municípios envolvidos.
Através da criação de mecanismos que impliquem romper com situações de pobreza a que está submetida parte considerável da população interiorana.
Assim, compete à UFAM implementar ações que permitam disseminar, pelo debate acadêmico, novos conceitos e significados atribuídos ao desenvolvimento socioeconômico e humano.
O Programa tem por objetivo o fortalecimento das ações extensionistas que deve se dar através da relação estabelecida entre o ensino, pesquisa e extensão.
Seus objetivos específicos são: Desenvolver sólida formação teórico-prática; Contribuir para a promoção da qualidade de vida e trabalho da população dos respectivos polos; Comprometer-se com o desenvolvimento técnico-científico e socioeconômico da região, respeitando a diversidade cultural das populações locais; Fortalecer as atividades de ensino, pesquisa e extensão da UFAM nos Municípios do Polo; Responder à crescente demanda social dos municípios circunvizinhos pela capacitação técnica em diferentes atividades do setor produtivo.
Em suma, os principais gargalos e obstáculos para as organizações do Baixo Amazonas são: o apoio governamental insuficiente, escassez de recursos financeiros, meio de locomoção e o apoio técnico insuficiente.
Concluindo, é sabido que a abertura de um maior diálogo entre organizações e sociedade é um pré-requisito básico para a compreensão da sua missão na contemporaneidade. Cada vez mais as organizações que investem nessa maior aproximação com seus públicos é que conseguem maior engajamento e participação em vários setores de atuação na sociedade. E é nesse cenário que as Universidades, como instituições que geram conhecimento, tem aumentado sua demanda por socializar o que é produzido dentro dos muros institucionais.
Considerando o engajamento entre Comunidade e Universidade verifica-se que a oportunidade de desenvolvimento da atividade produtiva se coloca como um elemento importante para as microempresas, as cooperativas e as associações melhorarem a gestão de seus empreendimentos. Desta forma, a expansão do acesso ao ensino superior, os impactos socioeconômicos relativos ao crescimento da renda, ao acesso a novas oportunidades de trabalho e o melhor aproveitamento do potencial de negócios dos municípios são elementos a serem considerados para o desenvolvimento da atividade produtiva da região.
A promoção do ensino superior no Brasil tem sido, nos últimos anos, um dos maiores desafios a serem vencidos pelo governo brasileiro. Diversos foram os programas e projetos que visam à promoção e inserção da população ao acesso ao ensino superior de qualidade.
Todavia, o poder público e a sociedade civil preocupam-se com a qualidade que essa educação será oferecida para a comunidade acadêmica. Portanto, não basta somente aumentar os números de vagas nas universidades: é necessário que elas possam estar estruturadas e preparadas para atender a essa demanda de alunos. A partir desse contexto criou-se então o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), que tem por finalidade a melhoria da qualidade da educação superior brasileira, juntamente com a orientação da expansão das vagas concomitantemente com a responsabilidade social das IES.
Esse sistema visa avaliar de que forma as universidades estão oferecendo o ensino aos seus acadêmicos, além de garantir que o ensino possa ser desenvolvido de forma crítica e independente.
A partir das avaliações promovidas no sistema educacional o ENADE foi desenvolvido para que se pudesse observar de que forma esse conhecimento está chegando aos alunos, consistindo numa avaliação no primeiro e no final dos períodos.
Para responder ao movimento do Governo Federal no tocante às mudanças do sistema educacional superior, a UFAM conta com a CPA (Comissão Própria de Avaliação), que tem por finalidade promover as avaliações institucionais exigidas pela legislação brasileira.
Ela conta com sistema de avaliação que conta com a participação dos discentes, dos técnico-administrativos em educação e docentes da universidade, para que os problemas possam ser detectados e solucionados.
Ela conta também com avaliações que os discentes fazem do corpo docente da Instituição respondidas diretamente no Portal do Aluno, além de avaliar a estrutura física e pedagógica que a instituição oferece para os mesmos. Além disso, a CPA também acompanha as avaliações de cada curso que a Universidade possui.
Deste modo, a UFAM dispõe de condições de avaliar as condições de funcionamento dos cursos, as demandas dos alunos, dos servidores e da sociedade através das avaliações feitas à comunidade acadêmica.
Uma das preocupações recentes da política educacional no Brasil é a de garantir qualidade e eficiência. Nos últimos anos, o país alcançou algumas melhorias nos indicadores do seu quadro educacional, como o aumento da escolaridade média da população, a diminuição da evasão escolar e uma maior cobertura do ensino fundamental. No entanto, a literatura a respeito da educação indica que a formação do nosso estudante está mais baixo do que a de outros países em desenvolvimento.
Os indicadores mostram que a educação brasileira evoluiu consideravelmente após os anos 90. Muitos problemas de qualidade e eficiência na Educação Básica não haviam sido atacados pelo Governo.
Os indicadores utilizados na literatura normalmente dizem respeito à taxa de escolarização bruta e líquida, taxas de rendimento, taxas de transição, condições de oferta e qualificação de docentes.
É dentro deste contexto que a importância do trabalho da CPA emerge. A seguir são mostrados os dados do questionário feito aos discentes da UFAM, onde foram selecionadas as respostas dos alunos do ICSEZ/Parintins.
Os dados apresentados nesta seção dizem respeito ao resultado da avaliação institucional feito em fevereiro de 2013, e foram enviados pela Comissão Permanente de Avaliação da UFAM. Foram tabulados os dados básicos enviados, os quais mostraram as respostas dos alunos respondentes do ICSEZ (nos quais não constam os nomes dos respondentes), desconsiderando as demais unidades acadêmicas da Universidade.
No tocante à percepção dos alunos quanto à contribuição do curso para sua formação cerca de 80% deles consideram bom ou ótimo. Ao se considerar o aumento de seu nível cultural mais de 90% deles avalia que o curso contribuirá de forma significativa para esse aumento.
Com relação à contribuição do curso na preparação para o exercício profissional o resultado dos dados indicou que 40% dos respondentes informaram que haverá uma contribuição considerável, e 51% deles acreditam que o conteúdo do curso contribuirá apenas parcialmente. Apenas 9% deles acreditam que essa contribuição será pequena. A avaliação institucional apresenta o interesse em avaliar se o currículo do curso com relação à integração dos conteúdos das diversas disciplinas ofertadas. Neste quesito, cerca de 31% respondeu que é bem integrado, e que quase metade (49%) considera como 'relativamente integrado'. De acordo com os discentes cerca de 20% deles consideram que os conteúdos são pouco integrados. Para 18% dos alunos a qualidade é muito boa, e para 69% deles a qualidade é considerada boa. Cerca de 11% a considera regular e apenas 2% considera a qualidade fraca.
Com relação às atividades de Iniciação Científica, 11% dos alunos a considera muito boa, sendo que 62% acreditam ser boa. Apenas um a pequena parte dos respondentes consideram as atividades de iniciação cientifica como inadequada. A UFAM é conhecida por suas atividades de extensão, sendo uma das principais do país neste quesito. A avaliação dos alunos com relação às atividades de extensão, onde 57% dos respondentes a consideram boa, e 16 a avaliam como muito boa. Cerca de 16% a considera regular, e outros 5% a avaliam como fraca. Apenas 7% a avaliam como muito fraca, 39% dos alunos já participaram de programas de extensão, e que tais projetos tiveram grande contribuição para a formação do aluno. Cerca de 9% deles participaram de projetos de extensão, mas que houve pouca ou nenhuma contribuição para sua formação, enquanto outros 52% ainda não participaram de projetos de extensão. Por sua vez, a percepção da qualidade dos cursos oferecidos no ICSEZ é manifestada por 22% dos respondentes como muito boa. Cerca de 64% a consideram boa, e apenas 11% a considera regular e 2% a avaliaram como muito fraca.
Um aspecto que chama a atenção no caso dos alunos é com relação ao programa de Bolsa Permanência. Como vários estudantes vem de outros municípios, especialmente os vizinhos de Parintins, cerca de 33% dos alunos o consideram muito bom, e outros 42% o consideram bom. A tabela 29 mostra que 7% dos estudantes o consideram regular, 5% o acham fraco e outros 12% informaram que é muito fraco. Neste quesito, as bolsas de estudos oferecidas como, a Bolsa Permanência e a Bolsa Moradia, que trazem um auxílio financeiro aos discentes do instituto, em muitos casos são oriundos de outros municípios, e o restaurante universitário foram, para muitos acadêmicos, um verdadeiro avanço para a permanência deles no ensino superior, pois as dificuldades financeiras figuravam como uma das fortes razões de desistências de discentes.
Outra percepção apontada é a estrutura da universidade que ainda não contempla adequadamente as pessoas com mobilidade reduzida, a falta de livros no acervo da biblioteca e a precariedade que muitos laboratórios se encontram por falta de recursos financeiros.
Assim, a análise apontou as diversas conquistas alcançadas pelo ICSEZ, bem como os desafios já superados e aqueles que ainda se fazem presentes na Instituição, com vistas a alcançar uma educação de qualidade na região do Baixo Amazonas.
O momento atual no Brasil é favorável às tentativas de resolução das questões de qualidade do ensino brasileiro. As demandas de primeira necessidade levantadas há duas décadas se encontram em processo de resolução. Contudo, à medida que os problemas mais básicos são mitigados, emergem outras fraquezas de educação brasileira, onde se destaca atualmente a baixa qualidade do ensino.
A insistência no modelo educacional vigente está ligada à meta de aumentar o número de matrícula, o que tem levado a uma baixa eficiência e custos por aluno geralmente elevados, especialmente nos cursos de graduação.
O governo brasileiro, especialmente nos últimos 10 anos, tem feito esforços para melhorar a educação no país, lançando diversos programas, planos e metas para cumprir seus objetivos. Ao mesmo tempo, dada a percepção da população com relação aos níveis baixos de qualidade do ensino público, a população tem feito esforços para transferir os educandos do ensino público para o privado, visando dar melhores condições de vida ao indivíduo ao ingressar na fase adulta. O maior problema com relação à educação privada, especialmente nos ensinos fundamental e médio, é o preço que se paga para se manter numa instituição educacional de qualidade.O ingresso no ensino superior é preferido pela maior parte da população, sendo as universidades federais as mais procuradas pelos alunos.
Todavia, o brasileiro está investindo em educação e qualificação nos últimos anos em virtude da necessidade do mercado de trabalho e de maiores expectativas de remuneração melhor no futuro e ascendência na carreira profissional. O mercado remunera diferentemente os indivíduos conforme a ocupação, o que contribui para a decisão dos indivíduos de optar por um maior nível educacional.
O mercado de trabalho brasileiro tem sofrido várias transformações nos últimos anos, tanto pelo lado da oferta quanto pelo lado da demanda por trabalho, as quais têm provocado impactos significativos nas relações empregatícias, o que acaba por influenciar o cidadão com relação à decisão pela educação superior. Assim, para reduzir as desigualdades sociais e econômicas na população brasileira, o Governo Brasileiro tem implantado diversas políticas públicas educacionais visando combater os anos de exclusão que a maioria da população detinha do ensino superior. O MEC tem adotado ações com o intuito de garantir uma educação igualitária para todos, sem distinção de raça ou classe social.
Por outro lado, as conquistas que o ICSEZ tem alcançado são várias, como a criação do restaurante universitário, a bolsa de auxilio moradia e a bolsa permanência. Tais conquistas tem o intuito de permitir aos alunos um maior rendimento em seu processo de aprendizagem, o que contribuirá por aumentar a qualidade dos serviços educacionais prestados à população do Baixo Amazonas.
Os desafios para o desenvolvimento do ICSEZ, enquanto instituição educacional, são grandes, pois será necessário promover melhorias em sua infra-estrutura, aquisição de maior número de livros no acervo da biblioteca, maior autonomia administrativa, dentre outros.
Deste modo, o governo brasileiro tem tentado possibilitar à população o ingresso ao ensino superior, o que não é tarefa fácil, pois muitos desafios precisam ser superados, para que mais pessoas consigam ingressar na faculdade e, assim, contribuir para um país melhor, mais justo e com cidadãos conscientes de seu papel na sociedade.
Para recomendação de futuras pesquisas poderia ser citada uma variedade imensa de possibilidades de estudos, haja vista que uma Universidade, enquanto instituição promotora de desenvolvimento sócio-econômico e tecnológico, poderá ser aproveitada amplamente para atividades de pesquisa e qualificação dos atores sociais da região. Portanto, seria ambicioso querer listar tais possibilidades num único trabalho.
No entanto, pode-se sugerir fazer um levantamento de dados atualizados da região do Baixo Amazonas relativos à demanda por qualificação. Uma das dificuldades encontradas foi justamente a falta de dados atualizados relacionados à quantidade de alunos egressos do 2º grau e que, portanto, estariam aptos a ingressar no ensino superior. Neste estudo seria interessante efetuar o levantamento das vagas disponibilizadas pelas Instituições de Ensino Superior na região analisando, inclusive, dados como evasão escolar, repetência etc., juntamente com os causadores de tais elementos.
Outro ponto de destaque a ser orientado em futuras pesquisas diz respeito ao mercado de trabalho. Aqui merecem destaque as exigências do mercado de trabalho atualmente, juntamente com a quantidade de vagas oferecidas à população local. A partir destes dados seria interessante se pensar em ações, por parte das IES, que visem direcionar esforços para adequar as necessidades da sociedade através da oferta de cursos e serviços prestados à comunidade externa.
Por fim, seria interessante pesquisar a simbiose entre a Universidade e os atores sociais e econômicos locais, investigando os pontos fortes e fracos que essa interação pode apresentar ao se pensar nos benefícios que a interação Universidade/Comunidade pode propiciar. Como as possibilidades dessa interação são muitas, seria salutar se pensar em verificar como se dá esse intercâmbio. A partir daí poderá se potencializar os benefícios da sinergia entre a IES e a sociedade.
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1 A tecnologia é um conjunto de conhecimento, tanto pratico quanto teórico, know-how, ou procedimentos e equipamentos físicos.
2 O estudo de Póvoa (2008, p. 100) indica vários tipos de mecanismos para a transferência de tecnologia. No entanto, o principal foi o de “publicações e relatórios”, sendo que o mecanismo “troca informal de informações” e “treinamentos e consultorias” também tiveram importância relevante.
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