Roberto Carlos Amanajás Pena
Maria do L. Amanajas Pena
Heriberto Wagner Amanajás Pena
heripena@yahoo.com.br
RESUMO
O presente artigo visualiza o panorama histórico da lógica clássica filosófica, abrange tal perspectiva sobre o entendimento da verdade, que para se provar uma teoria coloca-se ao ponto de juízo sobre a realidade, Parmênides inicia sua interrogação entre questionamentos de negatividade e positividade dos episódios, assim a lógica vem para concretizar uma correção pautada em equívocos deixados pelos pré-socráticos com seguimento temporal para sua complementação analítica do mundo sensível, percebe-se que o lado lógico filtra toda evidencia com o fato, concebendo uma relação dos contrários e que o propósito é a elucidação da verdade como único alicerce racional e analítico. O segundo momento é caracterizando por um legado dialético e lógico de questionamentos das relações causais, dando uma teoria para o entendimento cognitivo, deixa-se a cosmogonia para exercer definitivamente o lado coerente e real, de fato que a lógica alcançou os limites de propriedades sobre o legitimo, e o seu estudo fragmentou uma diversificidade de propósitos em afinidade com as diversas ciências contemporâneas.
Palavras - chave: Lógica, Ser, Contradição, Tempo.
SUMMARY
This article views the historical background of the classical philosophical logic, covers such a perspective on the understanding of the truth, that to prove a theory put to the court on the point of reality, Parmenides began his interrogation of questions of negativity and positivity of the episodes , so the logic is to implement a correction guided by misconceptions left by the pre-Socratic follow-up time for complementation of the analytical world of sense, it is clear that the logical side filters all evidence to the fact, creating a relationship of opposites and the purpose is the elucidation of truth as the only rational and analytical foundation. The second stage is characterized by a legacy of dialectical and logical questions of causal relationships, giving a theory for the cognitive, left to the cosmogony to exercise consistently and definitely the real fact that logic has reached the limits of properties on the legitimate, and the study of fragmented diversified purposes in an affinity with the various contemporary sciences.
Keywords - Keywords: Logic, Being, Contradiction, Time.
A lógica tem como objeto de estudo os argumentos e inferências, quando analisamos um desses métodos estamos no campo da conexão, que dizer da lógica racional. Infere-se essas deduções em análise até chegar à argumentação, usando as técnicas como auxilio memorial de caráter sintético, infiltrar através do saber é uma das metas para se buscar a lógica nos seus conceitos válidos. Quando analisamos a História da Filosofia, nos deparamos que os antigos filósofos se preocuparam com o real, e essa importância do real destinava-se naquilo que sua interpretação resumida o colocava. Era o objetivo final dos pré-socráticos, encontrar uma resposta para o que se procurava à ocasião, só que a lógica não estava sendo aplicada de maneira evidenciada, a dedução era empregada e em cima construía uma teoria baseada nas inferências dos elementos especulativos, era um dos critérios para se chegar a um objetivo final, achar uma informações sobre o critério do extremo. O que é o real? O real é a concretização daquilo que evidenciamos na natureza ou propriamente é a natureza, e outras reflexões nasceram a partir do real. Tal como a contribuição da escola eléatica, que definiu com outros olhares, a realidade é o: ser. Com isso, a Filosofia caminhou para outros rumores sobre a realidade, se perguntaram: é possível conhecer a realidade? È possível apreender o objeto, e representá-lo identicamente pelo sujeito? Assim, a filosofia se coloca em direção da ontologia (analise do ser) e da lógica (analises do conhecer). Por se tratar de um pensamento ou raciocínio, é que a lógica teve sua fundamentação em constatar uma verdade: o óbvio. E essa realidade coloca-se a base de um estudo do qual as funções entre o homem e a natureza se distanciam de sua veracidade, ao ponto em que vão surgindo outras verdades, e para isso é que a lógica tem sua finalidade de provar os argumentos. E se a verdade transforma-se um uma única realidade, autêntica, inviolável de caráter indiscutível? Seria necessária a lógica para submissão de inferências? Colocar a lógica em contradição com ele mesma, não teria um sentido positivo, pois a verdade esta na própria constatação em construir sua direção para a qual a lógica se destina: as qualidades únicas da natureza, da linguagem e dos seres.
A lógica utiliza a razão para todo e qualquer pensamento hipotético, separa sua identidade elaborado por um entendimento evidente, claro e coerente, alcança a realidade do impossível, a lógica por sua vez tem esse significado, torna tudo transparente, verdadeiro, ao passo que, representa o modo como pensamos ou imaginamos o mundo real, e é através dessa percepção que, criamos nossos questionamentos, críticas e conceitos influenciados pelo nosso saber nas opiniões sensíveis da realidade. A lógica tem essa solidez, torna pela via do fato esclarecer o que a dúvida proporciona, as propriedades de tal concretização revolve de maneira eclética, tirando as conclusões de determinado juízo a equação de um problema a resolver. Portanto, trataremos a Lógica Filosófica como engrenagem para os demais propósitos, para a ação de pensar, com esta inicial, abordará a Lógica desde Parmênides até aos princípios da Lógica indutiva de Aristóteles, pela indução, dedução, coerência, análise, juízos e silogismo. É que a lógica parte para sua concretização de entendimento do real.
Parmênides Filosofo grego que viveu no século V a.C, foi o primeiro filosofo a tomar rumos sobre a lógica e criar sua concepção pela via da essência, o filosofo conclui que o ser é perene, intrínseco e ilimitado. Em vista desse conceito, Parmênides diz: que o SER é; o não SER não é. E cria com isso, uma contradição de conhecimento racional baseado na sua explicação sobre o autêntico, colocando sua tese em questão para opor o caminho da crêndice, da opinião própria, da fantasia e aparência, tentar pautar esses pensamentos lógicos de identidade é conseqüentemente achar o próprio enigma do problema. Parmênides atrai para si a responsabilidade para o questionamento sobre o ser, frisa a importância de ir além do limitado, sanciona os pontos de aparências enganosas, e fortalece o gênero que estão sobre a realidade, se o ser condiciona para a sua própria exclusão da realidade, como poderemos julgar que o mesmo depende de outra existência para se configurar continuo a essa afirmação? Parmênides inicia uma vasta discussão, se o SER é indivisível na extensa imensidão do cosmo, o não-ser seria esse pensamento negativo sobre a refutação da humanidade a propósito do fim da nossa vivência enquanto humanos, o não-ser? Na atualidade ao passo que acreditamos na vida enquanto somos energia de existência, a experiência e sua temporalidade a colocam como sentido único para que a vida seja uma realidade de mecanização do NÃO-SER. Perante esses conceitos cria-se uma notória discordância entre o SER É e o NÃO-SER NÃO É.
“Permanece o fato de que houve senão um homem, Parmênides, tanto quanto se sabia, para passar ao limite e ousar julgar inteira a absolutamente o Absoluto, quando um pensamento se quer estável, experiência e verifica de maneira perfeitamente clara a impossibilidade de transgredir as determinações que ele se dá, conformemente a sua vontade de estabilidade. Assim é o nascimento da ontologia e ,ao mesmo tempo, sua mais alta e pura ilustração, pela qual a exigência de absoluta precisão e de rigorosa coerência de pensamentos mede e abraça exata e complexamente a revelação da realidade absoluta.”
A epopéia parmenideano relaciona o entendimento sobre a aquiescência dos entes, e a mesma é sobre a razão, temos que auferir sobre o aspecto enigmático a propósito da verdade de Parmênides, que os seres são ao mesmo tempo a contradição dos valores de mundo, que passa da essência enquanto ser que é para a não existência enquanto não é. Mas se a possibilidade de não-ser cria-se na mente uma adequação de existência para o não-ser e estes conhecimentos são mais tarde trabalhados com mais consistência por Platão e Aristóteles. Parmênides debruça no aspecto da realidade do SER, este mesmo SER existe, sendo que sua existência não pode ser provada, apenas imaginada, ao passo que se acredita que o NÃO-SER transpassa essa existência de negação do SER É, sendo porem a negatividade do SER É. Ocorre-se uma negação do SER, então o que seria essa negação? O NÃO SER seria a terminação de uma idéia infinita, comprovando a sua inexistência e a positividade do SER? O erro advém do caminho que não é racional, da passagem modulada pelo lado irracional, e por isso é a negação do impensável. O SER É, portanto existe, já existia uma possibilidade na ascese espiritual contida na afirmação de SER supremo ás magnitudes do cosmo, por isso Parmênides fez questão de fazer uma distinção alegórica, visualizando o ser para as coisas mutáveis e o SER para as bases imateriais, vendo que o ser continha na sua substancia equívocos que o levariam ao erro, sempre haverá uma possibilidade de não pensar no erro, por que somos seres em evolução e como os demais seres mutáveis permanecem nas falhas propositivas de um pensamento irracional. Temos no nosso intimo perturbações que o colocam as fraquezas mortais, e o SER É, é esse o caminho de Parmênides, promulgar o SER incriado, incorruptível, sendo assim, rejeita a probabilidade de existência do NÃO-SER, e o define como uma aparência e ilusão a nossa consciência. Desse modo, assevera (REALE, PG. 51-53)
“Em primeiro lugar, o ser é “incriado” e “incorruiptivel”. É incriado visto que , se fosse gerado, deveria ter derivado de um não ser, o que é igualmente absurdo, porque então ele já seria. E por essas mesmas razoes também é impossível que o ser se corrompa(o ser não pode ir para o não-ser, porque o não-ser não é, e nem pode ser, porque ir para o ser indubitavelmente significa ser e, portanto, permanecer).”
Mas como Parmênides pode ter certeza que este SER, é evidente a ele mesmo, o “incriado”? Com base na sua interpretação sobre a natureza? Parmênides absorveu toda a Filosofia Milesiana dos pré-socráticos e em cima desta teoria, concebeu na sua própria anotação, não se pode ter a certeza, mas se pode descartar a duvida! Cria-se a escola eleática e ontológica de análise do ser, sobre o fundamento que o oposto consiste em sincronismo e adequação, Parmênides nota que duas forças contrárias não poderia dar origem aos seres, se a negatividade de erros conciliava na propriedade de correção ao tempo, deveria ser facultado a permanente idéia referente a essa evidencia o NÃO-SER, ao contrário de tudo o que é negativo ao tempo, a sua própria temporalidade de existência que é a sustentação para a verdade visualizada como molde para a eternidade a sua favorável teoria, e que Parmênides crer definitivamente que a razão é a pertinênciae o conjunto das boas ações praticadas através da justiça, em o SER É. Assegura (CHAUI, pg. 77).
“Para Aristóteles, Parmênides foi o iniciador da lógica. Isto é, de um pensamento que opera segundo as exigências internas de rigor, sem se preocupar se o que pensa e diz corresponde ou não à experiência imediata que temos das coisas por meio sentidos. Lógica, porque Parmênides exigia que o pensamento obedecesse a dois princípios que, se não forem explicitamente formulados por ele, foram implicitamente postos por ele pela primeira vez no pensamento ocidental: o principio de identidade (o que é, é; o que é, é idêntico a si mesmo) e o principio da contradição (o que é, é; o que não é, não é; é impossível que o que é não seja; é impossível que o que não é seja).”
Cria-se através da nossa própria temporalidade de história as bases fundamentais da filosofia, uma pela ilusão e outra pela propulsão em construir através da razão significação sobre o real. Surge com isso, a lógica parmediana em que consiste analisar a conexão de identidade e de não-contradição, explorando suas idéias elaboradas a partir do SER. Parte da identidade de um único SER, que o ser é o único caminho para identificar o modo racional do NÃO-SER, se o não NÃO-SER não existe, por que a intensa elaboração de uma tese elucidada a seu respeito? Senão existe, então não pode ser falado, não pode ser comentado, mas precisa de oposição para existir que é o SER imanente. É em cima desses conceitos de positividade e negatividade que se constrói a lógica parmediana, o NÃO-SER e a negatividade dos tempos e o SER incriado é tudo aquilo que são as boas ações para a realidade, aquilo que estar além e não aquém dos acontecimentos do mundo. Parmênides via na lógica um mecanismo para o pensamento, um exercício para a alma, um atributo para a vida, dar sentido nas ocorrências do real, era para Parmênides um refugio para os enigmas da vida.
Parmênides observou que ao estudar o SER, que a realidade estar expressa no dia-a-dia e percebeu que seria impossível tentar mudá-la, então propôs que o meio racional interpretasse tal fato: explicar e compreender, não se deve alimentar, que a ilusão e o caminho desesperado para as certezas do mundo, e que altercamos aquilo que devemos nutrir, são as propriedades que elevam através da razão a passagem para a essência, e introduzir a maneira correta do equilíbrio do subverso para chegar a uma primazia do universo.
Foi com o poema Parmediano, que a lógica elucida o seu verdadeiro estudo, e propôs com ela o resultado da contradição de identidade, que torna em juízo as características únicas das propriedades analíticas do ser, porém, toda a evidencia parte de um propósito que as incertezas do homem são as interrogações do amanhã, e como se colocam aos subsídios do tempo, alcançar esses pensamentos exige uma problemática de choques extremos, o que levaria a uma interpretação do caminho do juízo.
O ceticismo também tem a sua proporção de interpretação para o real, mesmo impondo sua conotação antagônica a esta propriedade, Górgias Filósofo grego do século V a.c, igualmente contribuiu com ação contrária a Parmênides, conseqüentemente cria sua concepção em cima do Não-Ser, e usam argumentação para definir que o pensamento e a linguagem são as únicas formas para interpretar as condições que levam a imediata conclusão do não-ser, causando assim, a separação entre pensamento, linguagem e realidade, atribuindo as possibilidades não só, de encontrar a verdade, mas a dúvida desta verdade não estar em completa harmonia entre a opinião que diverge a realidade objetiva, das aparências subjetiva, sensorial e comunicável, sendo que pensamento e a linguagem entram no campo existencial como parcela de provação do Ser, para isto, é relevante que o comentário seja de maneira a achar possibilidade e relação que ingresse no campo teórico da lógica. Buscando propósitos para provar que a realidade é composta de incertezas, que julgam as notórias passagens de um pensar e falar.
“O que Górgias afirma é que podemos pensar o inexistente, que o pensamento pode pensar irrealidades e a linguagem pode dizer irrealidades, que não é necessário e inevitável possa ser pensada (conhecida) e comunicada (proferida)...A linguagem é um poder da alma. Pode ser um remédio ou um veneno. Esse poderio da palavra sobre a alma transforma a retórica numa psicagogia, numa condução em direção da alma segundo o desejo daquele que fala.”
Se a retórica abrange tal magnitude de persuasão, o óbvio esta camuflado sobre os dizeres do pensamento, distorcendo a lógica e burlando a verdade, é manifesto que esta evidência torne mas confusa a explicação sobre o aspecto lingüístico, do ponto de visto lógico a maneira de como se aplica através de uma aparência, tem a mesma condição de convencimento, partindo de um título onde a questão que envolve a astúcia da palavra pode seqüenciar o rumo no modo de pensamento, pelo qual o objetivo é direcionar vários caminhos oriundos de uma perspectiva de julgamentos imparciais. A possibilidade de Górgias inserir a lógica ao campo da verdade consiste em avaliar os dizeres da palavra antes de ser aplicada a qualidade do real, portanto a lógica tem o exterior comprometido pela deformidade que o homem tem em dizer a verdade. Afinal dependemos da verdade e o confinamento para comprovação de outra opinião para encontrar o evidente, então a lógica estar sujeito a este condicionamento. Não é um simples jogo de premissas e sim, um seguimento que elaboramos através dos nossos próprios dizeres, se encontramos a verdade então encontraremos a lógica. Por sua vez, a lógica tem esse fundamento, coloca sobre a incógnita e avaliação de determinados pontos que estão em questionamentos, não se pode falar e pensar, sem antes fazer uma conexão entre o sujeito e o objeto.
Podemos usar a memória como próprio atributo, pois condiciona uma propriedade de entendimento em relação as nossas aparências, a qualidade que nos leva ao raciocínio evidenciado por uma certeza, é a mesma que oferece a verdade explicita ao momento, os seres sofrem a transformação de temporalidade perante a realidade, quando colocados as épocas, por isso Górgias relacionava a condição existencial pela categoria lingüística. Se nós somos donos de um saber iniciado com o complemento de nossas vidas, então a lógica conduz ao acordo da linha do discurso com a linha existencial, de maneira que o cognitivo trabalho associado ao futuro, usando uma possibilidade de acontecimento prévio, baseando nessa consideração, a dedução tem caráter de uma primeira realidade, ao passo que sofre as mudanças conforme a aceitação as conclusão das opiniões que dignificam nosso saber.
Então, o que se deduz são apenas Conceitos de um discurso ao propósito de uma lógica, e esse propósito se dissolve quando alteramos as coisas, por exemplo: Ao falarmos que iremos de casa para o trabalho e do trabalho para casa, estamos planejando ou projetando esse percurso que é lógico e racional, mas quando alguma coisa intervém a essa trajetória, a lógica é alterada, e como pensar em uma lógica com as transformações ocorridas no fluxo do caminho? São alguns pontos de como a lógica por sua vez se torna irreal.
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A dialética platônica exerceu forte influencia sobre a lógica, Platão desenvolveu a teoria da idéias onde procura solucionar o problema deixado por duas convergências filosóficas, o SER imutável de Parmênides e o SER móvel e plural de Heráclito. A dialética por sua vez condiciona o pensamento a excluir da sua linguagem as contorções deixadas por propriedades do mundo sensível, suprimindo opiniões que queiram predominar sobre o aspecto moral do aforismo. Com este papel de observar a faculdade de erros causados por juízos, e que a dialética desenvolve na sua estrutura uma dualidade no pensar, a luta entre a retórica e a verdade, a retórica por argumentar suas noções de domínio na defesa da sua facúndia que consiste em burlar o fato, e a verdade em concretizar que o erro está presente em nós, causando retrocesso em nossas conclusões reais sobre o certo, e esta ascese espiritual abrange não só a alma como a própria razão em subsidiar o que as proposições alcançam a essência da amalgama estabelecida entre o que se delimita o que determina através alegoria sobre a quimera fantasia das coisas. De acordo com CHAUI (1994, p.209)
“A razão conquista a ciência examinando uma a uma e, sob a forma de pares de contrários ou opostos, as qualidades e propriedades atribuídas a alguma coisa. Separando e unindo qualidades, a dialética purifica a essência, liberando-a de toda contradição interna para apreende-la em sua identidade real.”
A dialética é o campo da palavra e dos debates, compacta em aperfeiçoar a idéia superando as diversas opiniões sobre determinados conteúdos elaborados por nossa predicação, compõem-se em subjugar uma condição de fato com propósito que se chegar, ou seja, defender uma tese com aprofundamento de discussões ou indeferimento, com os fins de purificá-la a ponto de corrigir as falhas e dúvidas. A idéia abrolha, da percepção do mundo sensível, é quando analisamos que as nossas interpretações não passam de aparências ou ilusões pertinentes a nossa consciência. A dialética nasce com uma crítica que consiste em esclarecer um liame entre o verdade que esta sendo aplicada e a argumentação que é o condicionamento para maquiar disfarçando de vez a faculdade de entendimento do contexto.
“Como Método da definição verdadeira, a dialética é o caminho para descobrir quais idéias participam de outras e quais não podem participar de outras. Participação, como vimos, significa: encontrar idéias que constituem necessariamente uma essência, sem que tais idéias constituintes percam sua própria identidade ou individualidade.”
O raciocínio elaborado por Platão envolve o mundo sensível e o mundo das idéias, nesse mundo das idéias e que perdura o conhecimento cientifico sobre a essência da realidade pura, o objetivo da dialética platônica é discernir o lado obscuro da realidade e torná-lo compreensivo ao lado da razão, se a razão explica tudo que é composto pela fábula do raciocínio, e torna tudo claro a esse lado compreensivo da razão, esse conhecimento ou raciocínio precisa ser organizado, para distinguir o que é verdadeiro e o que é falso. Segundo BAZARIAN (Pag. 133.)
"Assim, os conceitos refletem a natureza interna, a essência dos objetos ou dos fenômenos, mas como o mundo das coisas está em constante mudança e desenvolvimento, os conceitos, se querem ser válidos, devem ser flexíveis e morais, isto é, dinâmicos ou dialéticos."
A fábula esta no conhecimento dialético, ao imaginar o mito presente a pensamentos irreais, fictícios e ilusórios, constrói-se a base de uma organização perante aforismos criada em cima de argumentos, para dar vida e esse mito Platão utiliza da realidade subjetiva para aplicar sobre a lógica contraditória de suas aparências e reais aos desejos do mundo, Platão descobre que pontos contrários se atraem, logo idealiza, por exemplo: o mito da caverna. Cria-se uma conduta de libertação, e ao mesmo tempo, idealiza uma realidade advinda das aparências, onde os homens estão ao fundo da caverna, presos, acorrentados, e oprimidos a esse confuso lugar esquecido por todos irrealizado como homem, para esses homens a única realidade que eles conhecem é a própria caverna, os reflexos oriundos a uma luz que parte da extremidade da caverna, são respingos de um conhecimento para aqueles que permanecem a densa escuridão da caverna, a lógica por sua vez, é a fonte ideológica, e a única libertação, a contradição que esta presente no mundo das aparências e no mundo das idéias, a via da ilusão do dia-a-dia, das perturbações terrenas são as únicas realizações que contribui para o lado da compreensão de uma palavra cuja extensão é razoavelmente clara e trata-se de conferir uma certa finalidade teórica com essa dificuldade de interpretação advinda dos próprios indivíduos que estão na caverna.
A alternância de idéias se limita ao campo da dialética, visto que os recursos nas vias matemáticas e geométricas se turvam para alcançar a completa simetria do conhecimento puro, a dialética ascendente e descendente coloca as supostas dúvidas das idéias em conflito analítico, pois parte de um juízo para se completar na concretização sua próprias definições indutivas relacionadas as teses em questionamentos, Patão antes de se aprofundar ao problema do espírito humano, foi doutrinado e atraído pelos pitagóricos, então se refletiu através de conceitos elaborados de filosofia natural para uma filosofia ulterior, se a realidade sensível existe para Platão deve existir também uma realidade Inteligível, perene e igual a si mesma, a idéia que parte para a averiguação é encontrada em fragmentos, e estes tem a relação final para suposição de idéias.
A lógica teve sua maior expressão com Aristóteles, filosofo grego que viveu no século III a.C, que propôs a divisão dos conhecimentos empíricos nas seguintes maneiras: conhecimentos analíticos ou teóricos ou meditativos; conhecimentos experimentais, onde se coloca o trabalho sensível; conhecimentos produtivos ou econômicos, relativo as técnica de produção para convivência dos agrupamentos. Como a lógica não se enquadra como ciência, não poderia ser objeto de estudo para as demais, a lógica estuda especificamente como fundamento primeiro a PROPOSIÇAO, que envolve o conhecimento que construirmos através de todo o raciocínio, e que exprimimos juízos de verdade e de clareza. De acordo com CHAUI pg. 255.
Na verdade, Aristóteles nunca usou a palavra “lógica” para referir-se a este estudo das formas do pensamento. Quem usou com este sentido, pela primeira vez, foram os estóicos e Alexandre de Afrodísia. O termo empregado por Aristóteles é “analítica”.
Torna-se ciência todo objeto estudado separadamente, perante as especificações que nela contem através das demonstrações de caráter investigativo a comprovar sua evidência e as prováveis refutações que possam apresentar. A lógica possui a limitação do pensamento que corresponde ao predicado e ao sujeito, tem-se a combinação das ciências somente no campo em que ela reside, quando, porém ultrapassa a barreira que compete a cada ciência provoca o erro que advêm de outras ciências que não tratam da sua especificidade; não podemos pegar as premissas criadas na ordem da física e inserir no campo da literatura, por isso a característica da lógica é auxiliar as demais ciências que buscam suas resoluções evidenciadas nas suas premissas.
A observação de Aristóteles em relação a Parmênides é a de pura reverência, Parmênides levantou seus indícios e deduções a partir de um ponto em questão que é o SER. Mas Parmênides se concentrou somente na investigação do SER, para Aristóteles essa a via da experiência tinha como procedimento a causalidade dos seres, e o elemento para a ação prática é exatamente o modo experimental, alterou o que Parmênides construiu: a subjetividade do SER. Aristóteles por isso definiu, transportou o que Parmênides havia iniciado com sua ação particular e acrescentou mais algumas colocações, que o SER deveria ter um estudo de maneira experimental atingindo suas peculiaridades, sua identidade, e suas contradições como SER, e a variação orgânica deveria ser analisada por seguimentos lógicos, que é a única maneira de encontrar o óbvio. Parte do anunciado que essas características têm um objetivo próprio, que os subsídios têm que ser completos e definidos, não se pode pensar em um progresso se não haver um planejamento ou concretizações que absorvam uma realidade emergencial para toda questão do enunciado e aborde a dificuldade central, que a definição. A ciência não aceita inferências e contradições, oposições e probabilidade, mas sabe-se que tempos atuais a lógica vem tendo uma observação especial para determinada conclusão, não pode anunciar que lógica e o condicionamento de uma precisão aos problemas causadores de uma impotência de saberes, mostra-se aliada à razão pelos traços que conservam um liame de metodologia para que se obtenha um resultado.
Trataremos da lógica voltada para uma expressão de conceitos, pois, sabemos que a lógica não tem uma definição que a coloque como estado de ciência. Definição que parte das contemplações teóricas, iniciadas com o propósito de nutrir com sua vasta interpretação de mundo, construindo relatos que são absorvidos pelos agrupamentos sociais, na tentativa de serem aplicadas com suas devidas propriedades, tais teorias na sua prática é exatamente como são definidas, pela qual todas as preposições usam a dialética para exercer certa finalidade. Quanto ao silogismo cientifico, as suas premissas serão compatíveis as referências por ela determinada, justificadas por um método analítico de compreensão, esse silogismo tem como finalidade principal toda assimilação de destino que é a razão, que parte de um principio da causa, aquilo que se quer provar, desta inicial (a priori) para uma tese ou conclusão final, desse modo, colocamos a silogística como transição de estudo para complemento da proposição.
"o principio da razão suficiente expressa a necessidade de fundamentar os juízos que entram no conjunto de conhecimento humano e reza:todo juízo, para que se considera verdadeiro e incontestável deve ser fundamentado (demonstrado) no sentido de que devem ser trazidos razões suficientes da verdade desse juízo."
A compreensão da lógica é o escudo do racionalismo, o pensamento se protege ao compasso da razão analisar suas definições causando um conflito entre as idéias estabelecidas e a opiniões que criamos em relação ao se que construiu com base em uma tese, a lógica aristotélica é puramente objetiva, diferenciando das lógicas de Parmênides, Platão e Górgias. Em relação à combinação de juízos, a lógica se propôs a estudar princípios analíticos, princípios segundo Aristóteles que demonstram a preocupação com a verdade (silogismo científico). O que é basicamente um silogismo? É a relação entre a linguagem para se chegar à definição final do que se quer interpretar. Quer dizer: criam-se as premissas (frases), essas frases têm caráter analítico e interpretativo, que convém que as mesmas proposições tenham o sentido conclusivo da verdade, embora não seja descartada a possibilidade de uma ação negativa, as premissas usam direção afirmativa e direção negativa dos conceitos por ela estabelecidos. O exemplo clássico de silogismo:
Todo homem é mortal. Sócrates é homem. Logo, Sócrates é mortal. Premissa maior premissa menor Conclusão
Diante disso, entendemos que todo pensamento e todo juízo esta submetido a três princípios fundamentais: contraditórios, contrários e subalternos, esses fundamentos exercem sobre a análise critica do axioma noções de como qualquer juízo é evidenciado pela proposição formando com isso um silogismo. O que se quer provar com o silogismo? Que a verdade pode ser esclarecida, permitindo por meio da linguagem inclusões e exclusões, ela se origina no conceito de que cada expressão está voltada para o entendimento que ocorre um desenho lógico, a partir dos sujeitos e predicados, apresentar à análise das expressões lógicas em definição, e de tais princípios e idéias que venham gerar uma seqüência que propõem ao raciocínio a memorização das regras. A linguagem coordena todos os laços existentes direcionando a um sistema oriundo das expressões que decompõem a linguagem natural do silogismo como sentença. Para Aristóteles a lógica era uma ferramenta de auxilio para o raciocínio, essa contestação entre o que se deduz e o que se induz tende a um caráter de separação: para as ordens de investigação, que se completa pela indução; e a de demonstração que se completa pela dedução. Colocamos a lógica no pensamento formal da atualidade, e que fornece as leis e normas a serem aplicadas na pesquisa e na comprovação da verdade em princípios científicos.
Em destarte, essa busca pelo verdadeiro ultrapassa os limites da racionalidade humana. Descreve as incógnitas da consciência humana e provoca a elucidação dos conceitos científicos. Com isso, temos a percepção que observamos a realidade, e que tudo faz parte de um mundo social e sólido, porém, se a lógica explica que lado racional do ser ou objeto é determinado pela representação da sua imagem transportado a sua mente isso, nos coloca uma pergunta final. Qual será o principio das relações entre sujeito e objeto? O materialismo precede ao sujeito ou o sujeito precede ao materialismo? Tentar responder ou idealizar esses conceitos vai além do lado racional, as verdades puras e existenciais correspondem ao mundo lógico, conseqüentemente natural do homem, e ir além do racional caracteriza um degrau acima da lógica, acima do mundo dos homens, e se a consciência pode pensar nas realidades em que a lógica propõem então as verdades humanas seriam em compreender as razões pela qual a lógica se transformaria numa alógica, e que não consistiria em apresentar demonstração para se provar a verdade.
O homem busca um significado para sua existência, através dos conceitos elaborados ao longo de sua experiência, quando encontrarmos a exata resposta a esse enigma central, então será explicada de forma racional e lógica a proeminência da vida. É determinante que o homem esteja à mercê das suas verdades, a ponto de não aceitá-las como absolutas, se há uma dúvida em relação a essa verdade, deve-se então achá-la e tornar clara a sua evidência e, com isso prová-la a definição do fato, pois, através dos meios-termos das doutrinas filosóficas é que se busca concretizar sua fundamentação a respeito de sua medida. Será que lógica é a resposta para todas as perguntas que compõe os mistérios do conhecimento? Ou será apenas uma organização de idéias para melhor explicar a realidade em que vivemos? As colocações pautadas sobre a lógica são iniciações para as deduções a esta comprova, para que a lógica torne esta continuação viável às explicações para todas as interrogativas, o nosso espírito deve estar preparado para aceitar as inferências e questionamentos dos problemas causadores que colocam os nossos juízos em litígio, porém se a nossa memória é conturbada, a organização esta fora de controle, às avaliações estão em fragmentações dispersos em vários seguimentos que não pode dar um sentido para a evidência que leva ao fato que esta em juízo.
Conseqüentemente pensar em lógica, requer algumas atribuições e preparações que estão condicionadas à nossa própria estigma. A auto-reflexão é a superação para as falhas e equívocos, que estão dentro desta via do raciocínio, conscientemente: a memória. No uso de suas propriedades é a principal objetividade de transição da coerência para fins últimos da verdade, se a nossa existência é pautada com a contribuição que produzimos ao agrupamento, então esta produção é a: lógica. Toda ciência tem por objetivo acompanhar as relações sociais ao longo da história. A Filosofia em caráter especial se distância da toda matriz científica e estreita mais o conhecimento de vida, abordando a eidética da linguagem e fortalecendo a holística das afinidades construtivas.
REFERÊNCIAS
BAZARIAN, Jacob. O problema da Verdade. Circulo do Livro.
HESSEN, Johannes. Teoria do Conhecimento. Ed. Armênio Amado, Coimbra, 1968.
CHAUI, Marilena, História da Filosofia, dos pré-socráticos a Aristóteles, editora Brasiliense 1ª edição, 1994.
Coleção Os Pensadores, Os Pré-socráticos, Abril Cultural, São Paulo, 1.ª edição, vol.I, agosto 1973.
SAMON, Wesley. Lógica. 4ª Edição Editora Zahar, Rio de Janeiro 1978.
ALVIM, Décio Ferraz. Livro Lógica - Editora Vozes, São Paulo 1964.