Revista: Atlante. Cuadernos de Educación y Desarrollo
ISSN: 1989-4155


PERFIL EMPREENDEDOR: O CASO DOS ALUNOS DO CURSO DE AGRONEGÓCIO DA FACULDADE DE BALSAS (UNIBALSAS) – MARANHÃO - BRASIL

Autores e infomación del artículo

Jean Pierre Chassot

Universidade Regional do Noroeste, Brasil

jeanchassot@hotmail.com

Resumo
Empreendedores são pessoas com características especiais, são visionárias, questionam, arriscam, querem algo diferente, fazem acontecer e empreendem. São indivíduos diferenciados, que possuem motivação ímpar, apaixonadas pelo que fazem e não se contentam em ser mais um na multidão, pois querem ser reconhecidos e admirados, referenciados e até mesmo imitados. Querem deixar um legado! Os empreendedores de sucesso são indivíduos que sabem tomar decisões, sabem explorar ao máximo as oportunidades, são determinados e dinâmicos, são independentes e constroem o próprio destino, são lideres e formadores de equipes, possuem uma rede de contados profissionais bem estruturada, planejam sistematicamente, possuem conhecimento de causa, assumem riscos calculados. Nesse sentido, considerando estas características, este trabalho tem como objetivo identificar empreendedores em potencial dentre os acadêmicos do primeiro semestre do ano letivo de 2014 do curso de Agronegócio, ou seja, o estudo avaliou o perfil dos alunos da turma 1 constituída de 49 alunos, e da turma 2 com 51 alunos, devidamente matriculados, através de um formulário eletrônico na plataforma google docs que constituía afirmativas sobre o Ambiente, as Atitudes e o Know-How dos discentes, que deveriam ser respondidas na escala: 1 – Insuficiente; 2 – Fraco; 3 – Regular; 4 – Bom; e, 5 – Excelente.
Palavras-chave: Empreendedorismo. Perfil Empreendedor. Unibalsas

RESUMEN
Los empresarios son personas con características especiales, son visionarios, pregunta, riesgo, quieren algo diferente, hacer que suceda y se comprometen. Son individuos distinguidos que tienen la motivación única, apasionados por lo que hacen y no se contentan con ser uno de los chicos, porque quieren ser reconocido y admirado, referencia e incluso imitado. Quieren dejar un legado! Los empresarios de éxito son las personas que saben cómo tomar decisiones, saber cómo explotar al máximo las oportunidades se determinan y dinámica, son independientes y construir su propio destino, son líderes y constructores del equipo, tener una red de numeración profesional, plan bien estructurado de forma sistemática, Han llevará a sabiendas riesgos calculados. En este sentido, teniendo en cuenta estas características, este trabajo tiene como objetivo identificar los empresarios de potencial entre los académicos del primer semestre del curso Agronegocios año escolar 2014, es decir, el estudio evaluó el perfil de los estudiantes en la clase 1 consistió de 49 estudiantes, y el grupo 2 con 51 estudiantes debidamente matriculados, a través de un formulario de mensaje en google docs plataforma que constituyen declaraciones sobre el medio ambiente, las actitudes y los conocimientos de los estudiantes, que deben ser respondidas en la escala: 1 - Insuficiente; 2 - un poco; 3 - Regular; 4 - Bueno; y 5 - Excelente.

Palabras clave: Emprendimiento. Perfil emprendedor. Unibalsas. Agroindustria.

ABSTRACT
Entrepreneurs are people with special characteristics, are visionary, question, risk, want something different, make it happen and undertake. Are distinguished individuals who have unique motivation, passionate about what they do and are not content to be one of the boys, because they want to be recognized and admired, imitated and even referenced. Want to leave a legacy! Successful entrepreneurs are individuals who can make decisions, know how to exploit to the full the opportunities are determined and dynamic, are independent and build their own destiny, are leaders and team builders, have a well-struc'tured network of professionals counted, plan systematically, have knowingly take calculated risks. Thus, considering these characteristics, this paper aims to identify potential entrepreneurs among the first academic semester of the school year 2014 the course of Agribusiness, ie, the study evaluated the profile of students in the class 1 consisted of 49 students, and 2 class with 51 students duly enrolled through an electronic form on google docs platform which was affirmative on Environment, Attitudes and the Know-How of students, which should be answered on the scale: 1 - Insufficient; 2 - Weak; 3 - Regular; 4 - Good; and 5 - Excellent.
Key-words: Entrepreneurship. Entrepreneur Profile. Unibalsas. Agribusiness.



Para citar este artículo puede uitlizar el siguiente formato:

Jean Pierre Chassot (2016): “Perfil empreendedor: o caso dos alunos do curso de agronegócio da Faculdade de Balsas (Unibalsas) – Maranhão - Brasil” (O trabalho foi apresentado e discutido durante o III CONINTER Congresso Internacional Interdisciplinar em Sociais e Humanidades no ano de 2014.), Revista Atlante: Cuadernos de Educación y Desarrollo (enero 2016). En línea: http://www.eumed.net/rev/atlante/2016/01/agronegocio.html


INTRODUÇÃO
Buscando entender o empreendedorismo como uma área de estudo de negócios, também temos que entender como as oportunidades acontecem na criação de novos produtos ou serviços, ou seja, como surgem e são identificadas ou até mesmo criadas por pessoas portadoras de habilidades ou características especiais voltadas para a temática. Sendo assim, essas pessoas, utilizam diversos mecanismos para aproveitá-las, explorá-las ou até mesmo desenvolvê-las quando for o caso, produzindo assim um resultado satisfatório e consistente num mercado estritamente competitivo. E este resultado positivo, fez com que aumentasse o encanto pela área resultando em mais pessoas buscando formação empreendedora e escolhendo essa atividade como carreira.
Para tanto, buscando essa formação, recentemente as universidades introduziram a reflexão no ambiente acadêmico no sentido de estimular a formação de novos empreendedores, isto é, inúmeros cursos de graduação, de diferentes áreas, inserira em seus currículos o tema empreendedorismo. E na gestão do agronegócio não poderia ser diferente, pois precisamos considerar o contexto atual, onde a otimização dos resultados se faz cada vez mais necessária, não apenas para o desenvolvimento dos profissionais e organizações, mas também para a permanência e sustentação no mercado.
Neste caso, as perspectivas e o potencial do empreendedorismo justificam por si só a inserção dessa discussão no âmbito acadêmico. Se analisarmos o mercado na área do agronegócio, os dados e informações apontam um crescimento, tanto no número de empresas, como no volume de recursos financeiros envolvidos nessa área, o que demanda um profissional gestor cada vez mais preparado.
No intuito de preencher está lacuna de mercado, a Faculdade de Balsas – Unibalsas oferece à comunidade de Balsas-MA e região, o curso de Agronegócio, que tem como propósito a formação de profissionais capazes de gerenciar organizações rurais e agroindustriais, assim como de preparar e conduzir a integração de equipes para atuarem na produção, comercialização e maximização do lucro. O curso tem duração de 3 anos e possui uma carga horária de 2.600 horas, que estão distribuídas em 6 semestres e 38 componentes curriculares. No primeiro semestre, os acadêmicos têm em sua grade curricular a disciplina de empreendedorismo, com uma carga horária de 80 horas, representadas em 40h teóricas e 40h em atividades práticas.
Esta disciplina tem objetivo de possibilitar ao acadêmico conhecer e desenvolver as características do comportamento empreendedor, através da discussão do surgimento, conceitos e importância do empreendedorismo no cenário brasileiro e mundial. E ainda, através deste conhecimento proporcionado, subsidiar condições técnicas ao aluno para desenvolver o planejamento de um novo negócio, mas também, acima de tudo, para que o mesmo possa inovar dentro de um negócio já existente, através da evolução comportamental, pois os empreendedores possuem uma personificação própria e características singulares. Nesse sentido, este artigo tem como objetivo identificar empreendedores em potencial dentre os acadêmicos do primeiro semestre do ano letivo de 2014 do curso de Agronegócio.

EMPREENDEDORISMO

O conceito de empreendedorismo é muito variado, cada pessoa possui determinado conhecimento, ou área de atuação pode definir esta palavra de uma maneira diferente. O importante a ser ressaltado é que o processo empreendedor sofre significativa ascensão no Brasil e no mundo, daí vem a grande importância desta prática se difundir cada vez mais, consequentemente irão ajudar o país no seu crescimento gerando possibilidades de trabalho, renda e maiores investimentos. (DOLABELA, 2008).
Kirzner apud Dornelas (2014) tem uma abordagem diferente, para ele o empreendedor é aquele que cria um equilíbrio, encontrando uma posição clara e positiva em um ambiente de caos e turbulência, ou seja, identifica oportunidades na ordem presente. Porém ele também fala que o empreendedor é um exímio identificador de oportunidades, sendo um indivíduo curioso e atento a informações, pois sabe que suas chances melhoram quando seu conhecimento aumenta.
Schumpeter apud Dornelas (2014) ressalta que a essência do empreendedorismo se dá através da percepção e exploração de novas oportunidades, no âmbito dos negócios, utilizando recursos disponíveis de maneira inovadora. Drucker (2008) fala que os empreendedores precisam buscar com propósito deliberado, as fontes de inovação, as mudanças e seus sintomas que indicam oportunidades, para que estas obtenham êxito.
Dolabela (2008) destaca que o empreendedor é alguém capaz de desenvolver uma visão, mas não só. Deve saber persuadir terceiros, sócios, colaboradores, investidores e convencê-los de que sua visão poderá levar todos a uma situação confortável no futuro. Além de energia e perseverança, uma grande dose de paixão é necessária para construir algo a partir do nada e continuar em frente, apesar dos obstáculos, armadilhas e da solidão. O empreendedor é alguém que acredita que pode colocar a sorte a seu favor, por entender que ela é produto do trabalho duro.
Say (1983, p. 85) define o empreendedor como “aquele que empreende a criação, por conta própria, em seu benefício e a seus riscos, de um produto qualquer”.
Do ponto de vista de Schumpeter (1997), o empreendedor é um agente de desenvolvimento, responsável por criar novos produtos através da combinação de materiais, métodos de produção e forças que estão ao seu alcance, a fim de sobrepor estes novos métodos aos antigos, gerando a “Destruição Criativa”.
Já Drucker (2008) caracteriza o empreendedor como pessoas que criam algo novo, algo diferente, sendo responsáveis por mudar ou transformar valores. O autor ainda complementa que para os economistas, o empreendedor influencia profundamente e realmente molda a economia, sem fazer parte dela. Que os economistas não têm nenhuma explicação de por que o espírito empreendedor emerge nos indivíduos, como aconteceu no final do século XIX, e nem por que ele se limita a um determinado país, ou a uma cultura. Realmente, os eventos que explicam por que o empreendimento se torna eficaz, possivelmente não sejam eventos econômicos. As causas estariam, provavelmente, nas mudanças em valores, percepções, atitudes, nas mudanças demográficas, em instituições e, talvez, em mudanças na educação.
Para McClelland (1972), o empreendimento é um comportamento, e não um traço de personalidade. E suas bases são o conceito e a teoria, e não a intuição. Ele afirma que o empreendedor é a pessoa que fixa para si padrões de realização, em vez de confiar em incentivos externos proporcionados pela situação. Assim, procuram mais arduamente alcançar s padrões que estabeleceram para si próprias, com maior chance de êxito. Para o autor sociedade que tenha um nível elevado de necessidade de Realização produzirá um maior número de empreendedores ativos, os quais, por sua vez, darão origem a um ciclo de desenvolvimento econômico mais rápido.
Dornelas (2014, p.23) ainda ressalta, que:
o empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados. Em qualquer definição de empreendedorismo, encontram-se, pelo menos, os seguintes aspectos referentes ao empreendedor:
1. Tem iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo que faz.
2. Utiliza os recursos disponíveis de forma criativa, transformando o ambiente social e econômico no qual vive.
3. Aceita assumir os riscos calculados e a possibilidade de fracassar.
Parte-se do pressuposto de que, ser um empreendedor não significa necessariamente seguir regras, abrir empresas ou participar de cursos. Não podemos definir um perfil exato de ma pessoa empreendedora, porém, podem-se mapear algumas características comuns entre os empreendedores. Para Degen (1989) o empreendedor, por definição, tem de assumir riscos, e seu sucesso está na sua capacidade de conviver com eles e sobreviver a eles.
Dolabela (2008) acredita que um dos principais atributos do empreendedor é identificar oportunidades, agarrá-las e buscar os recursos para transformá-los em negócios lucrativos. Não é indispensável que ele possua os meios necessários à criação de sua empresa. Mas deve ser capaz de atrair tais recursos, demonstrando o valor do seu projeto e comprovando que tem condições de torná-lo realidade.
Dornelas (2014, p. 23) acredita que:
o processo empreendedor possa ser ensinado e entendido por qualquer pessoa e que o sucesso seja decorrente de uma gama de fatores internos e externos ao negócio, do perfil do empreendedor e de como ele administra as adversidades que encontra no dia a dia de seu empreendimento. (grifos nossos).
O autor ainda ressalta que o empreendedor de sucesso possui características extras, além dos atributos do administrador e, alguns atributos pessoais que, somados à características sociológicas e ambientais, permitem o nascimento de uma nova empresa. De uma ideia surge uma inovação, e desta, surge uma empresa.

METODOLOGIA

Este estudo se desenvolveu através de uma pesquisa aplicada, visto que foi utilizada a matriz desenvolvida por Dornelas (2014) que avalia o desempenho do pesquisado.
 Para atingir o objetivo proposto, reportamos neste trabalho a pesquisa realizada junto aos discentes, que avaliou o perfil dos alunos da turma 1 constituída de 49 alunos e da turma 2 com 51 alunos, devidamente matriculados, através de um formulário eletrônico na plataforma google docs que constituía afirmativas sobre o Ambiente, as Atitudes e o Know-How dos acadêmicos, que deveriam ser respondidas numa escala: 1 – Insuficiente; 2 – Fraco; 3 – Regular; 4 – Bom; e, 5 – Excelente.
O formulário foi aplicado tendo como base o modelo de Dornelas (2014), conforme as características empreendedoras, divido em 6 categorias com critérios adjacentes, conforme segue: Comprometimento e determinação; Obsessão pelas oportunidades; Tolerância ao risco, ambiguidade e incertezas; Criatividade, autoconfiança e habilidade de adaptação; Motivação e superação; Liderança.
Foram analisadas as respostas dos questionários utilizando-se o software Excel para as perguntas de caráter quantitativo, inferidos através de análise de desempenho da autoavaliação, conforme segue:

  • 111 a 125 pontos - Você provavelmente já é um empreendedor, possui as características  comuns aos empreendedores e tem tudo para se diferenciar no mundo dos negócios.
  • 90 a 110 pontos - Você possui muitas características empreendedoras e às vezes se comporta como um, porém você pode melhorar ainda mais, se equilibrar os pontos ainda fracos com os pontos já fortes.
  • 60 a 89 pontos - Você ainda não é muito empreendedor e provavelmente se comporta, na maior parte do tempo como um administrador e não um “fazedor”. Para se diferenciar e começar a praticar atitudes empreendedoras procure analisar os seus principais pontos fracos e definir estratégias pessoais para eliminá-los.
  • Menos de 59 pontos - Você não é empreendedor e, se continuar a agir como age, dificilmente será um. Isto não significa que você não tem qualidades, apenas que prefere seguir a ser seguido. Se você pretende ter um negócio próprio, reavalie sua carreira e seus objetivos pessoais. (DORNELAS, 2014, p. 33-34).
O PERFIL EMPREENDEDOR – DEMOSNTRAÇÃO DOS RESULTADOS

Com base no objetivo de identificar o perfil empreendedor dos participantes da pesquisa, convém mencionar que 75 alunos preencheram e enviaram o formulário eletrônico, que representa 75% do total de alunos matriculados na disciplina. Na turma 1, foram 32 envios, e na turma 2, 43 participações. Conforme demonstra o gráfico abaixo:
O demonstrativos dos resultados é realizado separadamente através das 6 categorias estudadas: Comprometimento e determinação; Obsessão pelas oportunidades; Tolerância ao risco, ambiguidade e incertezas; Criatividade, autoconfiança e habilidade de adaptação; Motivação e superação; e liderança conforme segue.

3.1 Comprometimento e Determinação
Nesta categoria, a intenção é identificar através da auto-avaliação dos pesquisados sobre seu comprometimento e determinação como demonstra a Tabela 1. Foram considerados os critérios de proatividade na tomada de decisão, onde os alunos ficaram num patamar mediano dentro da escala, ou seja, entre Regular e Bom, com 57 alunos nessa faixa, assim como na tenacidade e obstinação para realização das tarefas, que foi onde 65,66% dos alunos se situaram. Na característica que enfatizava a disciplina e dedicação, assim como na persistência para resolver problemas, os alunos melhoram sua posição, encontrando-se entre Bom e Excelente, com 54 e 58 alunos em cada característica, respectivamente. Já na capacidade de imersão total nas atividades que desenvolve, os alunos voltaram ao patamar mediano, situando-se entre Regular e Bom na grande maioria das respostas, isto é, 64,66% das respostas dos alunos.
De maneira geral, nesta característica os alunos demonstraram possuir de Regular a Boas habilidades, ou seja, podemos considerar os mesmos comprometidos e determinados, pois 69,77% das respostas encontram-se nesta faixa.

3.2 Obsessão pelas oportunidades
Nesta categoria, os pesquisados foram perguntados sobre sua obsessão pelas oportunidades existentes ou oportunidades criadas como demonstra a Tabela 2. Nos critérios analisados conferiu-se que os alunos buscam conhecer profundamente as necessidades dos clientes, pois ficaram no nível de Bom a Excelente, pois 59 alunos estão nesse intervalo. Na característica que busca evidenciar a questão do market driven, ou seja, se eram orientados pelo mercado, os alunos encontram-se na condição mediana, ou seja, 63,66% dos acadêmicos neste patamar. Já na obsessão por criar valor e satisfação aos clientes, a faixa que os alunos encontram-se é mais elástica, pois esta entre Regular e Excelente, isto é, 35 alunos tem boas condições, mas existe uma variação entre Regular e Excelente de 18 e 19 alunos, respectivamente. De maneira geral, nesta característica os alunos demonstraram possuir Boa obsessão pelas oportunidades, pois 92 respostas apresentaram tal condição.

3.3 Tolerância ao Risco, Ambiguidade e Incertezas
Nesta categoria, os pesquisados foram indagados sobre a sua tolerância aos riscos, ambiguidade e incertezas conforme demonstra a Tabela 3. Foram considerados os critérios e verificou-se que os alunos regularmente analisam tudo antes de agir, isto é, a tabela mostra que 50 alunos estão na escala de Regular a Bom. Quarente e quatro alunos disseram que procuram minimizar os riscos, indicador importante, pois mostra atitude. Mas a tabela também mostra indicadores de intolerância às incertezas e à falta de estrutura, isto é, dois terços dos alunos responderam possuir tal atitude. O critério da tolerância ao estresse e aos conflitos, a pesquisa mostrou um equilíbrio entre os participantes. Quanto questionados sobre suas habilidades em resolver problemas e integrar soluções, as respostas mostraram que estão entre Regular a Bom, ou seja, neste quesito 64 alunos aparecem nessa faixa.
Considerando a categoria como um todo, as características que os alunos demonstraram possuir sobre os riscos, ambiguidade e incertezas, ficaram na faixa de Regular a Bom, pois 69,07 % das respostas estão neste intervalo.

3.4 Criatividade, autoconfiança e habilidade de adaptação
Este grupo buscou identificar a criatividade, autoconfiança e habilidade dos pesquisados de adaptação como demonstra a Tabela 4. Foram considerados os critérios e comprovou-se que os acadêmicos não são convencionais, ou seja, na escala percebe-se que 36 respostas apareceram na escala Boa para “cabeça aberta”, que pensam para agir; sobre o conformismo com o status quo, 40 respostas estão na faixa Regular e 20 em Boa, o que quer dizer que os mesmos não se conformam com o estado atual das coisas. Sobre a habilidade em se adaptar a novas situações, a metade dos alunos apresentaram boas condições de adaptação. Já sobre o medo de falhar, 40% disseram que regularmente sentem medo. Na habilidade em definir conceitos e detalhar ideias, dois terços das respostas ficaram na faixa de Regular a Boas condições. Nestas características, 72% dos alunos demonstraram possuir Regular a Bons aspectos criativos, autoconfiança e habilidade de adaptação.

3.5 Motivação e Superação
Nesta categoria, buscou-se mensurar a motivação e superação que os entrevistados possuem como mostra a Tabela 5. Foram considerados os critérios e constatou-se que 36 alunos possuem uma Boa orientação para metas e resultados; que 75%, estão na faixa de Bom a Excelente quando perguntados se são dirigidos pela necessidade de crescer e atingir melhores resultados; 49 respostas ficaram entre Regular e Bom quando se trata da não preocupação com status e poder; 34 alunos ou 45,33% possuem autoconfiança; 68% estão no intervalo de bom e excelente, quando indagados se possuem ciência  de suas fraquezas e forças; e 38 alunos possuem excelente senso de humor e procuram estar animados.
Esta característica mostrou que 85,33% dos alunos estão na escala de Bom a Excelente para a motivação e superação.

3.6 Liderança
Para finalizar, nesta categoria, buscou-se identificar aspectos ligados à liderança dos alunos como demonstra a Tabela 6  a seguir. Foram considerados os critérios e constatou-se que 52 discentes possuem entre Regular e Boa iniciativa; 64% tem entre Regular e Bom poder de autocontrole; 36 alunos transmitem Boa integridade e confiabilidade; 64% estão entre Bom e Excelente sobre a questão da paciência e se sabem ouvir; e 38 alunos são Bons em construir times e trabalhar em equipe. De maneira geral, nesta característica a pesquisa mostrou que 42,66% dos acadêmicos são bons lideres.

CONCLUSÃO
Após analisar as respostas e realizar os devidos tratamentos estatísticos, constatou-se, segundo a autoavaliação dos 32 acadêmicos da turma 1 e 43 da turma 2, pela escala (1-5), que em relação à Liderança, os alunos possuem uma média de 3,86 pontos; já em relação à Motivação e superação, atingiram a média de 3,93 pontos; em Criatividade, autoconfiança e habilidade de adaptação, a média foi de 3,46 pontos; sobre a Tolerância ao risco, ambiguidade, e incertezas, os pontos atingiram 3,43 pontos; em Obsessão oportunidades, as respostas dos alunos chegaram a 3,71 pontos; e no quesito Comprometimento e determinação, a média dos pontos foi de 3,81, conforme demonstra o gráfico a seguir.
A análise da auto-avaliação, após o tratamento dos dados recebidos, percebeu-se que o somatório geral das respostas enviadas pelos alunos chegou ao montante de 8.346 pontos dos 10.800 possíveis, isto é, levando-se em consideração os 75 questionários enviados, a média de pontuação foi de 111,29.
Sendo assim, o estudo conclui que os alunos do primeiro semestre de 2014 do curso de Agronegócio possuem, dentro da escala observada, um Bom nível de características voltadas para a criatividade, autoconfiança e habilidades de adaptação; capacidade de tolerar o risco, ambiguidade e incertezas; comprometimento e determinação, obsessão pelas oportunidades; e características voltadas à liderança, e acima de tudo, possuem uma elevada nota referente à motivação e senso de superação.
Portanto, os acadêmicos estudados possuem as características empreendedoras detalhadas, e, às vezes, até se comportam como empreendedores, porém têm alguns aspectos relacionados que podem ser melhorados ainda mais, ou seja, buscar equilibrar os pontos ainda fracos com os pontos já fortes mencionados, para que possam desempenhar, futuramente, com competência e talento suas atividades profissionais de maneira eficiente para influenciar, diretamente e positivamente, no desenvolvimento econômico da região, o que vem ao encontro da proposta da disciplina e da visão da Unibalsas: “Ser a ponte para o conhecimento e desenvolvimento regional”.

REFERÊNCIAS
BARON, Robert A.; SHANE Scott A., Empreendedorismo: Uma visão do Processo. Tradução All Tasks. São Paulo: Cengage Learning, 2011.

DEGEN, Ronald. O empreendedor: Empreender como opção de carreira. São Paulo: Pearson, 2009

DOLABELA, Fernando. Oficina do empreendedor: A metodologia de ensino que ajuda a transformar conhecimento em riqueza. São Paulo: Sextante, 2008.

Dornelas. José Carlos. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 5. ed. – Rio de Janeiro: Empreende/LTC, 2014.

DRUCKER, Peter. Inovação e espírito empreendedor: Prática, e princípios. São Paulo:
Cengage Learning, 2008.

MCCLELLAND, David Clarence. A sociedade competitiva: realização e progresso social.
Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1972.

SAY, Jean-Baptiste. Tratado de Economia Política. São Paulo: Abril Cultural, 1983.

SCHUMPETER, Joseph Alois. Teoria do Desenvolvimento Econômico: Uma investigação
sobre Lucros, Capital, Crédito, Juro e o Ciclo Econômico. São Paulo: Nova Cultural, 1997.


Recibido: 30/12/2015 Aceptado: 07/01/2016 Publicado: enero de 2016

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