Paulo Carvalho
Coordenação
Na contemporaneidade, o lazer materializa uma crescente amplitude e diversidade de práticas, seja na perspetiva das temporalidades, seja na dimensão das territorialidades. Nesse universo, nem sempre fácil de individualizar, destacamos as atividades que decorrem ao ar livre e, destas, em particular aquelas que interligam exercício físico, fruição, ensino/aprendizagem e experimentação.
Passeios pedestres, cicloturismo, downhill, observação de fauna e flora, geocaching, trail e ultrail, são alguns exemplos de práticas de lazer ativo ao ar livre, que em certos casos pode assumir uma dimensão desportiva e/ou turística, em contextos geográficos desenhados na amplitude do rural ao urbano, embora os ambientes rurais e as montanhas correspondam de forma mais recorrente aos quadros matriciais de génese e consolidação das referidas práticas – a que é necessário acrescentar, também, a relevância das novas escolhas geográficas dos praticantes.
O alinhamento de textos que configura a presente narrativa inclui reflexões sobre o downhill em contexto urbano (Portugal), o geocaching (Serra da Lousã, Centro de Portugal) e o pedestrianismo/turismo de passeio pedestre (Funchal, Ilha da Madeira/Portugal); analisa as atividades de lazer desenvolvidas em Portugal e no estrangeiro pelo Clube de Atividades de Ar Livre; e integra propostas de criação de uma unidade de glamping (Malanje, Angola) e de um parque cultural (Serra d’Ossa, Alentejo, Portugal), respetivamente.