Paulo Carvalho
Universidade de Coimbra
As montanhas, pela diversidade de recursos e de atividades antrópicas, devem assumir uma importância crescente no ordenamento e gestão do território, na amplitude dos instrumentos de planeamento (mecanismos de regulação do uso do solo) às ferramentas operativas para a promoção do desenvolvimento sustentável.
No contexto geográfico da União Europeia, apesar de algumas iniciativas recentes que estão relacionadas em particular com a (nova) política de desenvolvimento rural e regional, as montanhas carecem de intervenções especializadas, integradas, articuladas e territorialmente ajustadas às dimensões dos seus principais problemas e potencialidades, ou seja, é evidente a necessidade de desenhar e implementar instrumentos adaptados às suas especificidades o que significa uma maior atenção e articulação das diferentes políticas que interferem no seu desenvolvimento.
As mudanças, os desafios e as oportunidades para as montanhas, segundo uma perspetiva de valorização de dimensões teóricas e empíricas, representam o contexto (e o pretexto) para este trabalho, que inclui um conjunto de reflexões geográficas no âmbito de comunicações e publicações em eventos científicos nacionais e internacionais (entre 2004 e 2011), com a particularidade de destacar a Cordilheira Central Portuguesa.