Observatorio Economía Latinoamericana. ISSN: 1696-8352
Brasil


ANÁLISE DO ASSOCIATIVISMO NO SETOR MOVELEIRO, NA PRIMEIRA DÉCADA DE 2000: ESTUDO DE CASO EM ALTAMIRA-PARÁ.

Autores e infomación del artículo

João Kelvy Silva da Silva*

Luiz Carlos Bastos Santos **

Vinicius de Campos Paraense ***

Universidade Federal do Pará, Brasil

joaokelvysilva@gmail.com

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RESUMO
A indústria de confecção de móveis no Brasil representa um papel importante na economia do país. É um setor bastante variado, com diversidade nas matérias-primas utilizadas, nos produtos finais e no nível tecnológico empregado. O objetivo deste trabalho foi o de averiguar o papel desempenhado pela Associação dos Moveleiros de Altamira durante sua existência, as vantagens e também as dificuldades enfrentadas para sua atuação efetiva, bem como analisar as mudanças ocorridas no ramo de fabricação de móveis na cidade. Para realização deste trabalho adotou-se uma abordagem qualitativa, já que ela permite a compreensão de fatores além dos quantitativos, pois, se baseia em perguntas que tangem à qualidade do objeto de estudo e não a sua quantidade. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, com perguntas abertas e fechadas com 8 moveleiros da cidade, que eram membros da Associação dos Moveleiros de Altamira. Os resultados demostraram que parte do setor moveleiro da cidade estava organizado em forma de associação, para obtenção de benefícios que surgiram na época da criação da mesma. O setor moveleiro da cidade passou por inúmeras mudanças ocasionadas pela dificuldade de obtenção da madeira após a operação “Arco de Fogo”. O esforço de parte dos moveleiros da cidade de Altamira para a criação da associação, demonstrou que a união de um grupo de pessoas, com objetivos em comum, pode proporcionar melhorias a elas, e aos demais. Mesmo com as adversidades, após a operação “Arco de Fogo”, os moveleiros buscaram novas matérias-primas, para prosseguirem suas atividades, mostrando a resistência do setor na época.

Palavras-chave: Setor Moveleiro. Associação. “Arco de Fogo”.

ABSTRACT
The furniture manufacturing industry in Brazil plays an important role in the country's economy. It is a very varied sector, with diversity in the raw materials, in the final products and in the technological level employed. The objective of this work was to ascertain the role played by the Altamira Furniture Builders Association during its existence, the advantages and also the difficulties faced for its effective performance, as well as to analyze the changes that occurred in the branch of furniture manufacture in the city.For the accomplishment of this work a qualitative approach was adopted, since it allows the understanding of factors beyond the quantitative, because, it is based on questions that affect the quality of the object of study and not its quantity. Semi structured interviews were conducted, with open and closed questions with 8 city furniture, which were members of the Altamira Furniture Builders' Association. The results showed that part of the furniture sector of the city was organized in association form, to obtain benefits that arose at the time of the creation of the same. The furniture sector of the city underwent numerous changes caused by the difficulty of obtaining the wood after the operation "Arco de Fogo". The effort on the part of the furniture makers of the city of Altamira for the creation of the association, showed that the union of a group of people, with common goals, can provide improvements to them, and to the others. Even with the adversities, after the "Arco de Fogo" operation, the furniture makers sought new raw materials to continue their activities, showing the resistance of the sector at the time.
Keywords: Furniture Industry. Association. "Arco de Fogo".


Para citar este artículo puede uitlizar el siguiente formato:

João Kelvy Silva da Silva, Luiz Carlos Bastos Santos y Vinicius de Campos Paraense (2018): “Análise do associativismo no setor moveleiro, na primeira década de 2000: estudo de caso em Altamira-Pará”, Revista Observatorio de la Economía Latinoamericana, Brasil, (enero 2018). En línea:
http://www.eumed.net/cursecon/ecolat/br/18/associativismo-setor-moveleiro.html
http://hdl.handle.net/20.500.11763/br18associativismo-setor-moveleiro


1 INTRODUÇÃO
A madeira possui inúmeras finalidades, uma delas é a fabricação de móveis, processo no qual ela é beneficiada e transformada em bens de consumo duráveis como mesas, cadeiras, armários. É a principal matéria-prima utilizada no setor moveleiro, segmento da indústria destinado a esse processo de beneficiamento e transformação. A indústria moveleira possui destaque no cenário nacional pela geração de empregos e por sua importância na economia do país. É constituído por pequenas e médias empresas de caráter familiar e de capital nacional, com uso intensivo de mão de obra e baixo dinamismo (CASSILHA, et al., 2004; ARGENTA, 2007; MORO et al., 2015).
O setor moveleiro é uma vertente do segmento madeireiro do setor florestal e está inserido no contexto da exploração madeireira da região, já que em seu processo é utilizada também, madeira proveniente de floresta nativa (POLZL et al., 2003; ARGENTA, 2007).
O processo de ocupação da Amazônia na década de 70, com a abertura de rodovias como a BR 010 e a BR 230, transformou a exploração florestal num importante fator econômico e, como consequência, houve intensa aglomeração de empresas madeireiras ao longo dessas rodovias, formando polos madeireiros, que são regiões onde o volume anual de madeira em tora extraído e consumido é igual ou superior a 100.000 m³ (HUMMEL et al., 2010).
As movelarias se propagaram nessas regiões em decorrência da exploração da madeira. Isso se justifica pela proximidade delas com o local de extração e pela demanda por produtos beneficiados de baixo custo e de boa qualidade. Filgueiras et al. (2008), dizem haver uma ligação de complementaridade entre as atividades florestal, madeireira e de confecção de móveis.
Segundo Ângelo e Sá (2007), nas décadas de 80 e 90 houve aumento significativo da indústria madeireira na Amazônia e alguns dos fatores que colaboraram foram: a exaustão de recursos madeireiros das florestas da região sul do Brasil, a abertura de estradas e obras de infraestrutura, bem como condutas ambientais negligentes. Ainda segundo eles, a produção de madeira na Amazônia era apontada como principal fator de desflorestamento, originada em sua maioria da exploração legal e da extração seletiva ilegal.
Visando à diminuição do desmatamento na Amazônia, o poder público deflagrou a operação "Arco de Fogo" que provocou impactos significativos nas atividades florestais, dentre elas, a de beneficiamento da madeira por movelarias. Altamira se localiza numa região classificada como polo madeireiro e foi um dos palcos daquela ação de combate à exploração não regularizada de madeira. Na cidade, parte do setor moveleiro estava organizado através de uma Associação. Esse modelo de organização coletiva demonstra que esse segmento vinha buscando formas para se manter e desenvolver no mercado.
Nesta senda, o presente estudo procura dar visibilidade cientifica para modelos de cooperação que buscam a manutenção de espaços de produções ligados ao setor florestal, assim como, para as estratégias adotadas pela Associação na tentativa de manter e desenvolver a operacionalização das atividades do setor moveleiro em Altamira, bem como demonstrar os problemas enfrentados pelos associados para continuidade de suas atividades.
O objetivo deste trabalho foi o de averiguar o papel desempenhado pela Associação dos Moveleiros de Altamira durante sua existência, as vantagens e também as dificuldades enfrentadas para sua atuação efetiva, bem como analisar as mudanças ocorridas no ramo de fabricação de móveis na cidade.

2 MATERIAL E MÉTODOS
2.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA E PERFIL DOS ENTREVISTADOS
O município de Altamira se localiza as margens da BR-230 (Rodovia Transamazônica), região Sudoeste do Pará, com extensão territorial de 159.533,255 km². A população era de 99.075 habitantes em 2010 e a densidade demográfica de 0,62 hab./km² (IBGE, 2010). A figura 1 abaixo, corresponde ao mapa de localização da área de estudo.

Os entrevistados são alguns empresários do setor moveleiro da cidade, atuantes e não mais atuantes na área, mas que foram membros da Associação dos Moveleiros de Altamira. Sendo assim, primordiais ao embasamento deste estudo.
Os entrevistados são em sua totalidade homens, acima de 40 anos, que trabalham com a fabricação de móveis há mais de 20 anos, naturais de cidade de altamira bem como provenientes de outros estados. A presença de pessoas de outros estados e municípios, evidencia a questão da migração ocorrida na região da transamazônica, isso influencia até mesmo no estilo dos móveis confeccionados, e em diversas outras questões. Os gráficos 1 e 2, abaixo, são referentes a naturalidade e ao tempo de ofício dos entrevistados.

2.2 O MÉTODO, AS TÉCNICAS E AS FERRAMENTAS
Neste trabalho foi adotada uma abordagem qualitativa. Ela permite o conhecimento de fatores além dos quantitativos, pois, se baseia em perguntas que tangem à qualidade do objeto de estudo e não a sua quantidade. Essa abordagem possibilita a ampla visão do fenômeno estudado e fornece subsídios para responder as indagações que norteiam a pesquisa (GODOY, 1995).
A pesquisa qualitativa é uma maneira de se estudar os fenômenos que envolvem o ser humano e suas relações sociais em diferentes ambientes. Apresenta a vantagem de permitir ao estudioso conduzir trabalhos com novos pontos de vista, já que esse tipo de pesquisa não se propõe de forma completamente estruturada, neste método o pesquisador é parte essencial da pesquisa e o primeiro instrumento dela (GODOY, 1995; OLIVEIRA, 2010).
Segundo Godoy (1995), a abordagem qualitativa oferece três possibilidades de pesquisa, a documental, o estudo de caso e a etnografia. Quando se busca estudar uma unidade social de forma mais intensa, como uma Associação, por exemplo, o estudo de caso se apresenta como uma alternativa. Nele, o objeto de estudo é uma unidade que se deve analisar de forma detalhada, podendo ser tanto um ambiente, um sujeito, ou uma determinada situação.
O estudo de caso é utilizado quando se procura responder perguntas do tipo “como” ou o “por quê” da ocorrência de determinados fenômenos. É preciso que estes acontecimentos sejam interpretados em todas as suas amplitudes, visto que, a realidade se apresenta de forma complexa (GODOY, 1995).
Na realização deste trabalho, foram realizadas entrevistas semiestruturadas, com perguntas abertas e fechadas. A entrevista semiestruturada apresenta características de outros dois tipos de entrevista, a estruturada e não estruturada. Nela, estão presentes perguntas já predeterminadas, bem como, perguntas mais livres, o que permite ao pesquisador manter o foco nas questões pertinentes, mas dando espaço para que novas perguntas possam surgir e, dessa forma, colaborar com a pesquisa (OLIVEIRA, 2008).
Gil (2008) conceitua entrevista como uma técnica de coleta de dados, onde o pesquisador busca responder às suas indagações através da formulação de perguntas ao investigado. É consequentemente, uma forma de interação social onde uma parte busca informação e a outra as cede. A entrevista é muito flexível, pois, existem diversos tipos dela, adequadas de acordo com o objetivo da pesquisa e o objeto de estudo.
O questionário serviu como roteiro, e guiou a entrevista semiestruturada. Nele, as perguntas foram divididas em fechadas, abertas e dependentes. O questionário é conceituado como uma técnica de investigação, onde estão presentes perguntas elaborados pelo investigador para o investigado, com objetivo de coletar informações, como crenças, valores, opiniões, etc. (GIL, 2008).
Foram realizadas 8 entrevistas com empresários do setor moveleiro, como donos de movelarias ou de lojas de móveis de madeira fabricados na cidade, que estiveram ligados à Associação, que possibilitaram o fornecimento das informações necessárias a esse estudo.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 O DESMATAMENTO NO PARÁ E A OPERAÇÃO "ARCO DE FOGO"
Cabral e Gomes (2013) relatam que o estado do Pará em 2009 apresentava um panorama diferente na produção de madeira, enquanto no resto do Brasil, a produção total de madeira foi de 56,8 milhões de m³, destes, 15,3 milhões de m³ (27%), provenientes de floresta nativa e 41,5 milhões de m³ (73%) de florestas plantadas. O estado do Pará apresentou números inversos, já que 92% de toda a madeira extraída no estado foram provenientes de floresta nativa, cerca de 5,9 milhões de m³, no mesmo ano, tendo sido o restante proveniente de florestas plantadas.
A cidade de Altamira à época da operação "Arco de Fogo" possuía um setor moveleiro que apresentava bom mercado interno, com empresas que realizavam inclusive a exportação para outros países, e a madeira era a principal matéria-prima utilizada na fabricação de móveis. Hummel et al. (2010), afirma que entre os anos de 2008 e 2009, se intensificou a fiscalização contra a extração ilegal de madeira, a "Arco de Fogo", tinha como palco principal de suas operações, 36 municípios da Amazônia que eram considerados críticos no desmatamento.
Altamira foi um, dentre os 36 munícipios abrangidos pela operação "Arco de Fogo". Segundo dados do INPE (2008), um ano antes do início da fiscalização, o município de Altamira se encontrava em 9º lugar entre os que mais desmataram em toda a Amazônia Legal, naquele mesmo ano, com 6.138,8 km² de floresta desmatada. O quadro 1 a seguir, mostra os 10 municípios que mais desmataram na Amazônia Legal no ano 2008.

Segundo Pereira et al. (2010), o município de Altamira no ano de 2009, era um dos 30 polos madeireiros existentes no estado do Pará, com 31 indústrias, 108.000 m³ de madeira em tora extraída, sendo 31.000 m³ de madeira processada, 2.270 empregos gerados, e uma receita bruta de 13,1 milhões de dólares no ano.
Os entrevistados relataram que durante a operação "Arco de Fogo" foram muitos os dilemas enfrentados por eles, citaram esta operação como sendo a causa dos prejuízos econômicos vivenciados após a mesma. Essa operação foi de responsabilidade da Polícia Federal, e foi implantada com a finalidade de coibir a comercialização ilegal de madeira, e assim, frear o desmatamento. A operação resultou na apreensão de maquinários, equipamentos, prisão e autuação de inúmeras pessoas (MMA, 2009; CABRAL; GOMES, 2013).

3.2 A CRIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DOS MOVELEIROS DE ALTAMIRA: DILEMAS PARA SUA MANUTENÇÃO
A Associação dos Moveleiros de Altamira foi fundada em 1997, através do incentivo prestado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), após a necessidade de organização por parte dos moveleiros, ocasionada por um aumento na procura por serviços por parte de empresas e órgãos como a Prefeitura Municipal de Altamira, para confecção de carteiras escolares e outros móveis em madeira. O SEBRAE juntamente ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), ofereceu apoio aos marceneiros para que os mesmos pudessem realizar estes serviços de forma mais organizada.
O SEBRAE, após estímulo a criação da Associação, ofereceu suporte através de consultoria prestada aos moveleiros que participavam dela, por meio de programas de capacitação, como gerenciamento empresarial, incentivo ao crédito e a inovação. O SENAI ofereceu cursos de capacitação, voltadas para a área de confecção de móveis.
Na época da fundação, existiam aproximadamente 40 moveleiros na cidade, sendo que o número de moveleiros que se associaram foi de aproximadamente 10. A Associação manteve-se em funcionamento por aproximadamente três anos, existiam os cargos de Presidente, Vice-Presidente, Tesoureiro, entre demais associados.
É primordial que seja esclarecido que foi criada uma associação, mas que esta, por sua vez, também estava findada nas ideias de cooperativismo, já que havia objetivos econômicos por parte dos interessados. Sobre cooperativismo, Frantz (2012), afirma que ele nasce como uma reação às dificuldades técnicas, sociais ou políticas, vivenciadas pelos atores sociais, sendo, portanto, organizações sociais que nascem das relações entre os indivíduos, na busca de realizar objetivos econômicos, através de uma empresa, porém, com mais aspectos sociais, que os objetivos econômicos iniciais.
É notório a partir dos resultados obtidos através desta pesquisa o engajamento de alguns empresários do ramo de movelarias da cidade para a fundação da Associação. Eles viam nesse tipo de organização social, uma forma de se tornarem mais fortes, unidos, para então buscarem melhorar seus processos produtivos, seus produtos finais e, assim, obter renda e melhoria na qualidade de vida deles. Esse esforço de alguns moveleiros, demonstrou que havia uma iniciativa local entre os empresários do setor, para que os mesmos pudessem se beneficiar, através da cooperação entre eles.
Souza (2009), argumenta que o cooperativismo representa um viés ao desenvolvimento local, já que beneficia tanto a região, através da geração de empregos, compra de insumos, o que contribui com a economia local, quanto os atores que integram as organizações, através da melhoria em sua renda e, por conseguinte, sua qualidade de vida.
No período em que ficou ativa, a Associação propiciou aos seus membros, a possibilidade de obter o apoio oferecido pelo SEBRAE e o SENAI, isso foi uma conquista dela, já que esses benefícios eram destinados aos membros associados. Alguns entrevistados relatam ter havido maior contato entre os moveleiros que eram membros da Associação, o que demonstra a importância dela. Havia o compartilhamento de ideias, informações sobre valores de mercado, fabricação dos móveis, bem como ajuda nos dilemas enfrentados no dia a dia.
A Associação tinha por objetivo, o fortalecimento dos associados e, consequentemente, do setor moveleiro, através do cooperativismo, com a distribuição das demandas de serviço, na compra de matérias-primas e insumos, o que diminuiria o custo de fabricação, dentre outras coisas em conjunto. Essa relação social possui forte característica de uma ação coletiva que para Araújo (2006) é um fenômeno capaz de proporcionar mudanças às estruturas sociais no que se refere ao bem coletivo e possibilita o enfrentamento e a defesa de interesses com intuito de ampliá-los do nível individual ao coletivo.
Essa iniciativa local, demonstra a ação coletiva dos empresários do setor moveleiro de Altamira, na época da fundação da Associação. Sobre ação coletiva, Costa (2014) argumenta que as hipóteses desta teoria fazem referências justamente a cenários, onde um grupo de indivíduos, que partilham de um interesse comum entre eles, depara-se com um conflito potencial entre o interesse coletivo e o interesse individual. Segundo ele, a ação coletiva ocorre, então, quando é preciso a contribuição através do esforço de mais de uma pessoa, para que seja atingido um resultado favorável ao bem coletivo.
Porém, também foi relatado a dificuldade quando se trabalha em conjunto, já que se espera por parte dos associados a obtenção de algum tipo de benefício de forma rápida, e sem onerações, o que fez com que muitos desistissem e a Associação deixasse de funcionar três anos após ser criada. É perceptível que houve uma grande dificuldade para que a Associação se mantivesse, isso pode ter ocorrido, devido ao fato de ser uma instituição, logo, envolve pessoas, que possuem diversos interesses, às vezes discordantes, bem como dificuldades de manterem o diálogo, ou conseguirem se unir de forma efetiva.
Essas dificuldades que se têm, quando se trabalha em coletivo, como ocorreu na Associação, encontram evidências quando são associadas as ideias de Totti e Azevedo (2013), que citam em seu trabalho três dilemas enfrentados pelas pessoas quando estas se dispõem a cooperar: o “dilema olsoniano do “free rider” (“carona”), no qual o indivíduo terá um comportamento individualista de não cooperar, desde que possa se beneficiar dos bens alcançados pelos demais; o “dilema do prisioneiro”, no qual, devido à baixa confiança entre os envolvidos, estes em nível individual tendem a prioriza-se, o que resulta em soluções “subótimas”, porém, que dependem apenas de sua ação própria; e a “tragédia dos comuns”, em que ações feitas de forma individual, podem resultar em danos a nível coletivo.
Sato (1999), em seu trabalho sobre organizações cooperativas, argumenta que esses processos sociais, são movidos pelo conflito de interesses, já que interesses diferentes, inclusive contraditórios, são muitas vezes evidenciados, o que acaba gerando embates. Porém, ao mesmo tempo coexiste a harmonia entre os interessados, pois mesmo com diferenças, estes, partilham de ideias e interesses em comum.
Albuquerque e Cirino (2001), citam que um fator importante que vai definir o fracasso ou êxito no cooperativismo, é a coesão grupal, ou seja, o quanto aquele grupo está interligado, nos objetivos comum entre eles, e o comprometimento dos membros com a organização. Segundo ele a ação de cooperativismo, deve ser entendida pelos membros como uma alternativa política e ideológica, para que se alcance determinados fins, que se feitos de forma individual, gera muitos desgastes.
A Associação dos Moveleiros de Altamira desempenhou o papel de ser a base para a busca de ideias, de inovações tecnológicas, enfrentamento de dilemas diários, possibilitando assim, o fortalecimento deles, através do cooperativismo, isso pode ser caracterizado como uma forma de capital social.
Segundo Vale, Amâncio e Lima (2006), ao falar sobre capital social, o caracteriza como sendo o conjunto de valores comuns compartilhados, que é primordial para que surjam empreendimentos sociais baseados na cooperação.
Os entrevistados relatam que os motivos que levaram ao término da Associação foram: a falta de confiança entre os membros, dificuldades de diálogo e de interação. Jauhar (2008) cita que além de haver necessidade de cooperação entre os indivíduos para existência de capital social, é necessário que se considere a confiança existente entre eles, afim de que possam realizar ações em âmbito comum, para que se aumente o bem-estar dos envolvidos.   

3.3 A REATIVAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO, SUA ATUAÇÃO E TÉRMINO
Em 2002 a Associação dos Moveleiros de Altamira foi reativada, ficando em funcionamento até 2008. Os associados receberam consultorias do SEBRAE por um período de três meses, com visitas às movelarias e reuniões mensais, onde eram repassadas informações no que diz respeito a gestão de empreendimentos, qualidade do trabalho (5S), normas de segurança, prevenção de acidentes.
Em seu segundo funcionamento a associação possuía 15 associados sendo que, existiam na época, mais de 40 moveleiros na cidade. Já reativada além dos objetivos de sua primeira criação, a Associação tinha o projeto de montar uma estufa para secagem de madeira, onde todos os associados poderiam utilizá-la, para que pudessem trabalhar com uma madeira de melhor qualidade. O projeto já estava em andamento e teria o apoio do SEBRAE para conseguirem o financiamento, através de seu assessoramento, os associados, comprariam madeira em conjunto em grande quantidade e secariam na estufa. Porém o projeto não prosseguiu devido ao início das operações de fiscalização da "Arco de fogo" concomitante com fim da Associação.

3.4 O POTENCIAL PARA A CRIAÇÃO DE UM ARRANJO PRODUTIVO LOCAL NO SETOR MOVELEIRO DE ALTAMIRA, ANTES DA “OPERAÇÃO ARCO DE FOGO”
A criação da Associação através do incentivo de instituições como o SEBRAE e SENAI, bem como a união dos moveleiros da cidade, evidenciou o potencial existente na época, de um Arranjo Produtivo Local (APL), já que havia um certo grau de desenvolvimento do setor moveleiro na cidade.
Através desta pesquisa, pode-se afirmar que em meados da primeira década dos anos 2000, a cidade de Altamira possuía em torno de 40 movelarias, composto por micro e pequenas empresas, sendo que algumas realizavam exportação de seus produtos, para outros municípios, estados e até mesmo países, de diversos tipos móveis, dos mais rústicos, até os mais sofisticados.
Santos (2012), apresenta Altamira como sendo uma das 10 microrregiões especializados na indústria madeireira, do qual as movelarias fazem parte, entre os anos de 1996, 2006 e 2009. A microrregião de Altamira era composta pelos municípios de: Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilândia, Pacajá, Senador José Porfírio, Uruará e Vitória do Xingu.
Segundo Jauhar (2008), um APL pode ser caracterizado pela existência de aglomeração expressiva de empresas atuantes num mercado específico, como o de fabricação de móveis, existente antes da operação “Arco de Fogo” na cidade de Altamira, se fazendo necessário levar em conta a dinâmica territorial onde estas empresas estão inseridas, a geração de empregos, faturamento, potencial produtivo e de crescimento, entre outras características.
Porém, foi evidenciado através deste estudo, que o setor moveleiro da cidade, apesar de apresentar potencial para a criação de um APL, devido ao grande número de empresas fabricantes de móveis, não estava organizado de forma efetiva, para que o mesmo fosse possível, mesmo possuindo uma Associação que buscava formas de melhoria na atuação no mercado.  Para tal, seria necessário a integração de mais empresários do setor, para buscar investimentos junto ao governo, entre outras ações que são importantes para o surgimento de um APL.

3.5 CARACTERIZAÇÃO DAS EMPRESAS DO SETOR MOVELEIRO DE ALTAMIRA, ANTES E DEPOIS DA OPERAÇÃO “ARCO DE FOGO”
Com base nos dados obtidos através das entrevistas, foi possível traçar o perfil das empresas e, consequentemente, de parte do setor moveleiro de Altamira, relativo aos membros participantes da associação, tanto antes das fiscalizações da operação “Arco de Fogo”, como também o panorama atual destas empresas.
Antes da operação “Arco de fogo” as movelarias da cidade, se caracterizavam por serem em sua maioria micro e pequenas empresas, com um número baixo de funcionários, que realizavam a confecção dos mais diversos móveis em madeira. Porém, também havia movelarias que se destacavam, com um número de funcionários maior, que realizavam a venda para outras cidades de dentro e fora do estado, e até mesmo exportação para outros países.
Monteiro, Macêna e Pena (2012) em seu estudo baseado em informações obtidas através de pesquisa realizada em 2008 pelo SEBRAE no Pará, com os principais municípios produtores de móveis do estado, constatou que a matéria-prima mais utilizada nessas empresas eram os pranchões e blocos de madeira, bem como os resíduos de serraria e madeira serrada, já as chapas de compensado e o Medium Density Fiberboard (MDF), eram as que apresentavam menor utilização. Eles argumentam ainda que apesar da pequena porcentagem de utilização do MDF nas empresas menores, já que este tipo de material era restrito as grandes empresas, a procura por essa matéria-prima, demonstrava uma busca a modernidade por essas empresas.
Essa característica de busca por outras opções de matéria-prima, foi vivenciado no setor moveleiro de Altamira, que sofreu mudanças neste aspecto. Isso demonstra que a indústria moveleira da cidade passou por um processo de modernização de 2008 até os dias atuais, devido o emprego de matérias-primas que exigem um nível maior de modernização da indústria para ser fabricado.  
Após a operação "Arco de fogo", os proprietários de movelarias de Altamira, entrevistados, relataram a grande dificuldade enfrentada por eles para a continuação de suas atividades, houve baixa no quadro de funcionários, falta de matéria-prima, no caso a madeira, ocasionada pelo aumento da pressão de órgãos ambientais sobre os setores de base florestal da cidade. Devido a isso, não era permitido que houvesse em seus pátios de estocagem, estoque de madeira, o que configuraria crime, isso tudo acabou acarretando uma série de problemas e, consequentemente, a dificuldade na fabricação de móveis.
Apesar destes problemas, segundo eles, o mercado na época se manteve estável, porém, não conseguindo manterem-se isentos de prejuízos econômicos como: o aumento no preço dos móveis, no tempo para a fabricação dos mesmos.
O panorama atual das empresas pesquisadas, que ainda trabalham no ramo de fabricação de móveis, é caracterizado por microempresas, com o número de até cinco funcionários, onde a mão-de-obra diferencia-se por não ser familiar, já que todos os entrevistados relataram não possuírem parentes próximos atuando nas empresas. Isso, se deve ao fato dos empregos gerados serem direcionados à fabricação de móveis em si, ou seja, os funcionários são em sua maioria os marceneiros, e por serem pequenas movelarias, não há a necessidade de outros cargos. Isso mostra o enfraquecimento da tradição de fabricação de móveis, já que por não haver parentes envolvidos no ofício, há a dificuldade da perpetuação da atividade na família.
Silva (2006), destaca que as micro e pequenas empresas compõem a maioria das indústrias de base tradicional no Brasil, com estrutura administrativa mais enxuta, e sem muitas divisões hierárquicas. Abaixo, o quadro 2 determina o tamanho das empresas de acordo com o número de empregados no setor da indústria, segundo o SEBRAE.
Dos oito entrevistados, apenas cinco ainda trabalham no ramo de confecção de móveis, apenas duas empresas fabricam móveis de madeira maciça, sendo que nestes casos, esse tipo de material apresenta-se de forma secundária, frente aos outros materiais utilizados. Os entrevistados relataram que antes da operação “Arco de Fogo”, a madeira era a principal e até mesmo, a única matéria-prima utilizada na fabricação de móveis. Argenta (2007), afirma na época de seu estudo, que a madeira era a matéria-prima predominante na fabricação de móveis no Brasil, procedente de florestas nativas ou plantadas, o que era a realidade da cidade de Altamira.
Os empresários que trabalham com móveis de madeira relatam a dificuldade de saída dos mesmos, já que possuem um preço relativamente maior para serem fabricados, por ser uma matéria-prima cara. Toda madeira utilizada nas duas movelarias que ainda trabalham este tipo de material, são compradas já serradas, de madeireiras da cidade, nenhuma deles trabalha com a madeira em tora, já que isso geraria custos e onerações, devido a burocracia para a obtenção da mesma. A seguir, o quadro 3 mostra as espécies de madeira utilizadas nas empresas pesquisadas, com seu respectivo nome científico e vulgar.

Por causa da burocracia enfrentada pelos moveleiros para obtenção e utilização da matéria-prima, e pelas intensas fiscalizações após a operação "Arco de fogo", a madeira foi de forma gradual, sendo substituída por outros materiais como: MDF, Compensado e Fórmica. A aceitação desses novos materiais pelo mercado consumidor em Altamira, segundo eles, foi devido a facilidade de acesso a eles, diminuição do valor final do produto, bem como uma mudança no gosto dos consumidores. Os móveis fabricados são os mais variados, feitos sob encomenda, destinados ao mercado interno, como mesas, cadeiras, guarda-roupas, armários entre outros móveis, como para escritório.
O MDF se destaca como a matéria-prima mais utilizada nas empresas pesquisadas do setor moveleiro de Altamira, ele possui algumas características parecidas com a madeira, além de boa consistência, também possui boa estabilidade dimensional e facilidade para usinagem, devido a homogeneidade na disposição de suas fibras, ele permite diversos tipos de acabamento, podendo também ser torneados, entalhados e perfurados (ROSA et al., 2007). A seguir, o gráfico 3 mostra as matérias-primas mais utilizadas pelas empresas pesquisadas, com destaque para o MDF.

Essa diminuição na utilização de madeira na fabricação de móveis em Altamira, é corroborada pelos estudos do Hummel et al. (2010), que cita que houve diminuição no consumo de madeira em tora na Amazônia legal, sendo ocasionada por três fatores, entre eles: a substituição da madeira tropical por produtos concorrentes, em especial na indústria moveleira, pelo aumento gradual no uso do MDF, proveniente de florestas plantadas; o aumento no combate ao desmatamento e extração ilegal de madeira a partir de 2005 com a implantação do plano de combate ao desmatamento, cabendo destacar a operação "Arco de Fogo" realizada entre os anos de 2008 e 2009, e também pela crise econômica mundial, ocorrida em 2009 que impactou a exportação de madeira.
Os entrevistados relataram que o mercado de móveis em Altamira à época desta pesquisa, não apresenta em sua melhor fase. Segundo eles é um ramo da indústria e do comércio que fica em segundo plano frente as demais necessidades do mercado consumidor, móveis na visão de alguns deles, não são artigos de primeira necessidade, e que devido as dificuldades econômicas enfrentadas no país, o setor acaba ficando enfraquecido. O gráfico 4, a seguir, mostra a qualificação dada pelos entrevistados, sobre o mercado consumidor de móveis na cidade de Altamira.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O esforço de parte dos moveleiros da cidade de Altamira para a criação da Associação demonstrou a necessidade deles na época, para que pudessem através da união da categoria, obterem benefícios, conseguidos mais facilmente por eles após a criação da mesma. Isso mostrou que quando um grupo de pessoas, com objetivos em comum, se deparam com dificuldades também comum, a união destas, pode proporcionar melhorias a elas, e aos demais. Porém, no caso desta Associação, como em qualquer outra, são muitas as dificuldades enfrentadas para que ocorra minimamente a efetivação dessa forma de ação coletiva, que só ocorre então, com a mitigação dos obstáculos enumerados neste trabalho.
As inúmeras transformações ocorridas no setor moveleiro em Altamira, após os impactos sofridos pela operação “Arco de Fogo”, demostrou que mesmo com as adversidades, os moveleiros da cidade buscaram novas matérias-primas para prosseguirem suas atividades, mostrando a resistência do setor na época.

REFERÊNCIAS

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*Acadêmico do curso de Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Pará, Campus Universitário de Altamira. joaokelvysilva@gmail.com.
** Mestre em Agriculturas Familiares e Desenvolvimento Sustentável pela Universidade Federal do Pará. Técnico de Laboratório Área Florestal da Universidade Federal do Pará / Campus Universitário de Altamira. luizcarlosbs@ufpa.br.
*** Mestre em Economia. Docente da Universidade Federal do Pará/ Campus Universitário de Altamira. viniciuscp@ufpa.br.

Recibido: 18/01/2018 Aceptado: 24/01/2018 Publicado: Enero de 2018

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