Observatorio Economía Latinoamericana. ISSN: 1696-8352
Brasil


APLICAÇÃO DAS TÉCNICAS DE CUSTO DE CAPITAL PARA MENSURAR A VIABILIDADE DE NEGÓCIOS

Autores e infomación del artículo

Nathalia Cavalcante Marinho Cardoso*

Heriberto Wagner Amanajás Pena**

Faci_DeVry

professorheriberto@gmail.com

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RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo analisar através de técnicas de custo de capital, alinhada de forma contemporânea no que se refere a sustentabilidade financeira de um negócio, não sendo um modelo de gestão, mas uma ferramenta de aplicação e uso para nortear processos e mensurar um capital do ponto de vista financeiro, considerando um ativo no tempo do investimento. Um estudo financeiro sempre tende a fazer análise do atual estado de saúde de uma empresa com direcionamentos em fatos passados apontando o que a levou para situação presente, porém neste estudo usaremos as mesmas técnicas para verificar a viabilidade de implantação de um negócio. Instrumentos contábeis como o Balanço Patrimonial (BP), Demonstrativo de Resultado do Exercício, Fluxo de Caixa, etc., são esteios para a manutenção da viabilidade econômica e projeção estratégica. Aplicamos uma visão processual identificando os recursos disponíveis deduzidos custos e despesas, para assim estudar as possibilidades e formas de ganhos, para que se avalie o impacto financeiro em conformidade e proporcional ao risco e ao capital desembolsado pelo acionista. Aborda-se também uma visão ordenada por métodos e analisada pela lógica financeira de como uma tomada de decisão pode influenciar na saúde financeira de uma organização. Estamos em uma era onde o lado financeiro de qualquer empreendimento é foco, e ponto que deve ser observado com toda atenção e cuidado, saber avaliar uma empresa não é uma tarefa simples, pois parte-se de vários pontos de vista e aspectos da empresa no contexto atual, contemplando o cenário que ela está inserida e todas as particularidades na observância de suas variáveis internas e externas do macro e microambientes. Os dados financeiros coletados foram hipotéticos, mas, dentro da realidade de índices contemporâneos do nosso país, levado a luz de obras bibliográficas de autores renomados, pois trata-se de uma pesquisa qualitativa de cunho acadêmico, onde através de fluxo de caixa de um projeto verifica-se a possibilidade de execução do mesmo, bem como serão seus retornos e se a expectativa do acionista será atendida, não sendo desproporcional ao mercado.

Palavras – Chaves: Financeiro, Investimento y Sustentabilidade.

RESUMEN

Este estudio tiene como objetivo analizar en busca de las técnicas de costos de capital, sobre la base de forma actual con respecto a la sostenibilidad financiera de una organización, no siendo un modelo de gestión, sino una herramienta de aplicación que señala la dirección de los procesos y la medición de un dinero y en su tiempo. Un estudio financiero siempre tiende a hacer análisis del estado actual de la salud de una empresa con instrucciones sobre hechos pasados ​​señalar lo que dio lugar a esta situación, pero en este estudio vamos a utilizar las mismas técnicas para verificar la factibilidad de implementar un negocio. Instrumentos financieros tales como el Balance (BP), la cuenta de resultados, flujo de caja, etc., son los pilares para mantener la viabilidad económica y proyección estratégico. Aplicamos una visión de proceso mediante la identificación de los recursos menos los costos y gastos disponibles, con el fin de estudiar las posibilidades y formas de beneficios, con el fin de evaluar el impacto financiero en consecuencia y tamaño de proporcionalidad al riesgo y el capital pagado por el accionista. La focalización es también una visión de métodos financieros numeradas de forma lógica, mostrando cómo una decisión puede tener influencia y cambiar la salud financiera de una organización. Estamos en una era en la que el aspecto financiero de cualquier organización es el foco, y el punto de ser observado con toda la atención y cuidado, saber cómo evaluar una empresa no es una tarea fácil, ya que es parte de varios puntos de vista y aspectos de la empresa contexto actual, viendo escenario actual donde la empresa con su particularidad con respecto a sus variables internas y externas de la macro y micro ambientes. Los datos financieros recogidos eran hipotéticas, pero dentro de la realidad de figuras contemporáneas presente en Brasil, expuesta en la visión importante autores de renombre, ya que es una investigación cualitativa de carácter académico, donde a través de flujo de caja de un proyecto existe la posibilidad de su aplicación, y cómo lo hará sus ganancias y que sirven expectativas dos accionista, no siendo más bajos la rentabilidad del mercado

Palabras - clave: Financiera; Inversión e Sustentabilidad.

ABSTRACT

This research aims to analyze through cost of capital techniques adjusted to current financial sustainability of a business, not being a management model, and tool for application processes in order to drive and measure the financial point of view capital considering an asset in the time investment. A financial study is directed to do analysis of the current health status of a company with directions on past facts pointing out what led to this situation. We will use in this study the same techniques to verify the feasibility of implementing a business. financial instruments such as the Balance Sheet (BP), the Income Statement, Cash Flow, and others. They are the basis for maintaining the economic viability economic and strategic projection. We apply a procedural sight seeing available resources reducing costs and expenses, to study the possibilities and methods of earnings to evaluate the financial impact proportional to the risk of capital paid by shareholders. It's also seen an orderly vision methods and analyzed the financial logic decision-making that influence the financial health of an organization. We are in a time that the financial side of projects is focus, and observed with all the attention and care, knowledge to evaluate a company is not easy because there several outbreaks and aspects of the company in the current scenario, contemplating the scenario that it is inserted and all private parts looking internal and external variables of the macro and microenvironments. The collected financial data were hypothetical, but, within the reality of current Brazil indexes, compared to scientific books of renowned authors, is an academic qualitative research showing through a project cash flow the possibility of this business, and what returns and verify that the expectations of the shareholder will be answered, and it is disproportionate to the market.

Keywords: Financial; Investment e Sustainability.



Para citar este artículo puede uitlizar el siguiente formato:

Nathalia Cavalcante Marinho Cardoso y Heriberto Wagner Amanajás Pena (2017): “Aplicação das técnicas de custo de capital para mensurar a viabilidade de negócios”, Revista Observatorio de la Economía Latinoamericana, Brasil, (enero 2017). En línea:
http://www.eumed.net/cursecon/ecolat/br/17/custo.html

http://hdl.handle.net/20.500.11763/br17custo


  1. INTRODUÇÃO:

Para que uma organização seja vista em profundidade, seus ativos devem ser expostos a um método de avaliação que seus valores atualizados ao momento presente contemplem o tempo do investimento, para quando for cabível uma avaliação do empreendimento essas informações sejam de fácil entendimento e compreensão para demonstrar a sustentabilidade financeira de uma empresa, ou de um negócio a ser implantado, dentro de uma gestão baseada em valores de mercado.
Este artigo parte do pressuposto de uma empresa hipotética, porém com dados bem próximos da realidade, onde um acionista deseja empregar seu dinheiro de forma a obter lucros. O estudo econômico de um empreendimento é compreendido de forma eficiente por indicadores de liquidez, rentabilidade e estrutura de capital, cabendo ao acionista focar números em forma de percentuais, que mostrarão como estão seus resultados contábeis, percebe-se que não é uma tarefa comum, e, este estudo, será um esteio da compreensão do investimento no tempo certo, e se há sustentabilidade do negócio neste tempo.
A relevância deste estudo não é criar um modelo de gestão, e sim, um manancial de informações que venha a manter uma visão holística e categórica das atitudes financeiras mais adequadas para a tomada de decisão, bem como, um tratamento financeiro de forma a apontar a proporcionalidade e o impacto da formação do capital de uma organização para manter-se sustentável e lucrativa, mesmo que seja necessário o emprego de capital de terceiros.
Outro ponto relevante deste artigo está na sua praticidade, no sentido de direcionamento do foco financeiro de uma organização, dando destaque e atenção para o fluxo de caixa de um empreendimento, sendo que, tal foco é para espelhar como será a saúde financeira da empresa, mas desviando-se da visão de processo e voltando-se para o todo da organização a curto, médio e longo prazo, e como o capital está constituído em sua estrutura para definir a melhor estratégia no agir empresarial de maximizar lucros.
Neste sentido, analisaremos o relacionamento das entradas deste fluxo para dimensionar o custo do capital num determinado período de tempo, bem como seu retorno em relação ao desembolso no ano de implantação, sendo assim o investidor de forma segura pode decidir se aplica esses recursos para alavancar seus ativos. Não é um fato inovador e nem quebrador de paradigmas tradicionais, mas uma potencial ferramenta de análise dos recursos financeiros, que elimina a visão empresarial imobilizada, deixando os recursos do seu disponível estagnados, e muitas vezes com intenção de cobertura para possíveis emergências, fato que pode ocorrer sim, mas não maximiza lucros.
Algumas organizações vendem seus ativos realizados a médio e longo prazo, no sentido de investir em novos projetos que venham a fortalecer o fluxo de caixa a curto prazo, assim procedendo pode obter-se recursos para produzir um novo produto, ou até para inovar um já existente e gerar mais lucro. O fomento mercantil tem sido visto com bons olhos, porém para empresas economicamente sustentáveis, pois tal procedimento não é saída para um simples reforço de caixa, nem tão pouco para saldar obrigações pendentes. Pergunta-se, como proceder de forma segura um investimento para sustentabilidade financeira de uma empresa na atual conjuntura? E qual a inabilidade financeira que um gestor pode ter ao tomar decisões no momento de investir?
A inabilidade financeira pode ser o desconhecimento da capacidade de ler números e submetê-los a modais matemáticos de relação, pesando-os de forma equivalente e em ressonância com a expectativa do acionista faz a diferença entre o sucesso ou fracasso de um negócio.
Para manter uma empresa no macro ambiente financeiro pode-se usar métodos que possibilitem diversificar ou aumentar os ativos, para que o empreendimento torna-se lucrativo no momento presente e futuro; também o uso de técnicas sofisticadas é uma forma de avaliar um capital, onde o acionista poderá equiparar a sua expectativa com o mercado, possibilitando projeções e mapeamento do comportamento financeiro do capital investido; com isso no atual cenário empresarial brasileiro o investidor, dependendo do crescimento da realidade financeira em relação a sua expectativa, o mesmo poderá assegura-se ao dizer sim ou não para viabilidade de um projeto.
Toda tomada de decisão envolve uma série de variáveis, que quando interligadas a nível relacional, produzem efeitos de como a empresa encontra-se no presente, isto analisando seus fatos geradores e o que eles renderam num determinado período de tempo, pode-se aplicar a mesma técnica sofisticada de fluxo de caixa do projeto espelhando sua tendência de comportamento em relação a expectativa de retorno dos sócios, e o que o mercado oferece.
Considerando a imensidão literária, tal estudo intenciona apresentar como mais uma ferramenta da aplicabilidade de técnicas financeiras que norteiam uma tomada de decisão, pois uma avaliação inadequada ou empírica para destinar o rumo de um investimento pode ter consequências irreparáveis para os acionistas.
Considerando ainda, temos nortes contábeis que não devem ser desprezados, o que ocorre em muitos negócios, erro mais comuns na micro e pequenas empresas. Os empresários por não terem conhecimento de técnicas financeiras confundem livro caixa, que é um instrumento contábil que registra entrada e saída de numerários, com o fluxo de caixa do projeto, neste sentido este estudo mostra como aplicar esta técnica de forma a direcionar uma tomada de decisão estratégica e sustentável financeiramente.
O objetivo deste artigo é analisar os suportes financeiros das entradas de uma organização, numa visão de processo, avaliando seu capital na amplitude do seu custo, usando técnicas de avaliação ponderada para mensurar as proporcionalidades destes recursos, sejam eles próprios ou de terceiros, bem como seus impactos, para uma tomada de decisão financeira no tempo certo do investimento, conceituando os métodos de avaliação de custo de capital, explicitando sua aplicabilidade no cenário contemporâneo, mostrando através das técnicas de avaliação como mensurar o custo de capital de uma empresa de forma que este influencie na tomada de decisão de aceitar ou não o projeto.

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA

O acionista possui foco direto na maximização dos lucros, muitos dos quais desconhecem as técnicas de avaliação de um negócio através do seu espelho financeiro, pois sustentabilidade financeira depende de análise do comportamento do ativo em um determinado período de tempo.
Pressupõe-se que uma empresa mantenham-se sustentável financeiramente que seus ativos são capazes de saldar suas obrigações mesmo a longo prazo. Porém para que aconteça é necessário que o lucro seja maximizado com o foco analítico em tendências e solidificado no estudo de taxas e suas oscilações, e também na distribuição do seu capital, visando mensurar o desempenho da organização em tempo futuro.
Compreende-se custo do capital o valor que venha agregar o valor monetário exposto ao investimento que sendo favorável quando atinge a expectativa do investidor e deficitário ao não alcançar tal objetivo. É necessário entender que negativo (prejuízo) ou sem retorno, é quando o esperado se coloca abaixo da taxa de mercado.

Segundo (GROPELLI, NIKBAKHT 2010, pág.189):

Estrutura de capital é a composição do financiamento de uma empresa. Relacionada do lado direito do balanço patrimonial, ela indica as principais fontes de fundos externos obtidos por meio de financiamento. A estrutura de capital da empresa consiste em dívidas de longo prazo, em ações preferenciais e ordinárias.

Com toda certeza fica explícito para qualquer olhar, mesmo não sendo ótica financeira, que quanto mais você está devendo, pior sua liquidez, porém fazer investimento está nas veias das empresas empreendedoras e visionárias, capital de terceiro injetado em um negócio não significa que só devemos pedir dinheiro se tivermos com dívida para saldar, saber exatamente um custo de capital no momento do investimento do mesmo, significa planejar para obter um resultado que cubra esse investimento em um tempo hábil para não perder sua finalidade que é de fomentar as receitas da empresa.
Uma empresa para basear uma decisão de investimento é observante a mesma visualizar as taxas de mercado e como elas oscilam, bem como analisar seu comportamento passado e futuro, e assim estudar a tendência das mesmas e espelhar sua provável e segura projeção.
Segundo (GROPELLI, NIKBAKHT 2010, pág.160):

Em finanças, o custo do capital é o mesmo da taxa de desconto. Alto risco significa alto custo de capital, enquanto baixo risco significa baixo custo de capital. Além do mais, um alto custo de capital (alta taxa de desconto) geralmente significa uma baixa avaliação dos títulos da empresa. Já que a venda desses títulos fornece fundos para a empresa investir, o custo do financiamento aumento quando o valor dos títulos é baixo, e diminui quando seu valor é alto. O custo de capital é o parâmetro para determinar se o retorno dos títulos de uma empresa é alto ou baixo.

Os títulos de empresa são como o espelho de sua visibilidade em face ao mercado, as empresa que oferecem riscos demasiados em suas estruturas de capital, são geralmente aquelas que erroneamente fazem investimentos que dependem inteiramente de situações determinadas pelo suas variáveis externas, o que se diz dilema. Um investimento seguro mostra-se saudável financeiramente quando sua taxa de desconto não impacta de forma negativa em suas finanças, ação tal advinda de um planejamento empírico e não sustentado a luz de ferramentas financeiras. Apesar de ser uma técnica sofisticada aplicar o valor presente líquido em um investimento, já é um parâmetro forte para uma boa ótica do cenário. Porém saber segura e realisticamente o custo dos títulos em relação ao seu risco faz com que eles sejam atrativos para investidores, ou até mesmo para se buscar capital para um investimento de reforço de caixa em processos produtivos.
2.2. O BALANÇO PATRIMONIAL

Os fatos contábeis que indicam onde estão alocados os recursos da empresa, são denominados de “ativos”. E as obrigações nos termos contábeis são chamadas de “passivo”, sendo assim, o Balanço Patrimonial (BP) de uma organização nada mais é que a estruturação dos registros contábeis, que relatam a posição do patrimônio da empresa em um determinado período de tempo.
Balanço Patrimonial segundo Iudícibus (2010, pág. 28):

Reflete a posição das contas patrimoniais em determinado momento, normalmente no fim do ano ou de um período prefixado. O Balanço Patrimonial (BP) é constituído de duas colunas: a coluna do lado direito denominada Passivo e Patrimônio Líquido. A coluna do lado esquerdo é denominada Ativo. Atribui-se o lado esquerdo ao Ativo e o direito ao Passivo e Patrimônio Líquido por mera convenção.

2.2.1. As contas do ativo

Segundo Assaf (2010, p. 48): “no ativo relaciona – se todas as aplicações de recursos efetuadas pela empresa”. A estrutura do balanço patrimonial dividisse em grandes grupos de contas, e os mesmas se dispõem em ordem decrescente, obedecendo seu grau de liquidez: ativo circulante, ativo não circulante, ativo realizável a longo prazo e ativo permanente.

2.2.2. As contas do passivo

Para Iudícibus (2010, p.29), “o Passivo é uma obrigação exigível, isto é, no momento em que a dívida vencer, será exigida (reclamada) a liquidação da mesma. Por isso, é mais adequado denominá-lo Passivo Exigível”.
Este grupo de contas destina-se para as obrigações da empresa, e no grupo Passivo Circulante registram-se fatos que geraram os recursos constantes no Ativo Permanente, inclusive financiamentos para aquisição de direitos dos mesmos.

2.3. ORIGEM E APLICAÇÃO DOS RECURSO

Para análise financeira, é preciso expor os resultados, ou seja, obteve-se lucro ou prejuízo. Baseando-se nestas informações é possível mensurar o retorno do crescimento do patrimônio líquido da empresa. É necessário um desembolso para que iniciar-se uma empresa, e tais recursos devem focar e priorizar a produção de bens seja eles tangíveis ou intangíveis, que geram lucros. Não existe ativo se não houver vendas de bens, sendo assim aplica-se o menor custo possível para a produção acompanhando graficamente se este custo de produção decresce inversamente proporcional ao aumento das vendas. Tal relação é um dos aspectos que podemos mensurar se o recurso financeiro está sendo bem aplicado, o foco é na produtividade, produzir mais; com menos custos; no menor tempo possível; com mínimo de estoque e com mesma qualidade.
É preciso mapear detalhadamente uma ferramenta contábil chamada de Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).
Conforme Matarazzo:

A Demonstração do Resultado do Exercício é uma demonstração dos aumentos e reduções causados no Patrimônio Líquido pelas operações da empresa. As receitas representam normalmente aumento do Ativo, através de ingresso de novos elementos, como duplicatas a receber ou dinheiro proveniente das transações. Aumentando o Ativo, aumenta o Patrimônio Líquido. As despesas representam redução do Patrimônio Líquido, através de um entre dois caminhos possíveis: redução do Ativo ou aumento do Passivo Exigível. (MATARAZZO, 2003, p. 45).

2.4. AS FORMAS DE APLICAÇÃO

Quando temos em nossos ativos disponibilidade temos que pensar em como fazer com que este renda, o ideal é que este seja investido na revitalização do produto carro chefe da empresa, também na inovação do mesmo, decisões que podem elevar a receita sem os custo e despesas que envolvem o lançamento de um novo produto. Aplicar recursos para impulsionar as vendas, é uma forma competitiva para se manter no mercado, pois a empresa tem nas mãos os custos, que podem ser controlados para caminharem inversamente proporcional às receitas.
Vale ressaltar que existem outras formas de aplicação de recursos como: Certificado de depósito bancário (CDB); recibo de depósito bancário (RDB); certificado de depósito interfinanceiro (CDI); títulos públicos e fundos de investimentos. Tais modais financeiros não são descartados, porém, alguns precisam ser muito bem estudados, pois envolvem taxas financeiras, incide em impostos, e na maioria das vezes possuem prazos para que venham a render, como o CDB que tem prazo mínimo de 30 dias, possui rentabilidade, mas é tributado em 20% de impostos de renda em cima do rendimento.
Aplicar ativo em certificados, recibos, depósitos e títulos são técnicas que podem sim, render para uma organização, mas envolve análise em profundidade do tempo do dinheiro, é aconselhável que quando tais aplicações foram cogitadas, que seja com uma finalidade produtiva futura, e seja inserido no planejamento estratégico o percentual do lucro que posso ser destinado a tal fim, sem afetar o crescimento produtividade.

2.5. TAXAS DE MERCADO E SUAS CURVAS EM UM DETERMINADO PERÍODO.

Nos referimos a taxa de mercado ao um valor fixado em cima de um montante a ser aplicado, geralmente é um percentual, ou o retorno financeiro esperado por um capital aplicado, defrontando estes valores teremos a viabilidade de um projeto.
Toda instabilidade financeira tem sua origem pelo não controle e falta de mensuração comportamental do fluxo de caixa do acionista em relação ao realizado, técnicas simples como a curva “S” que é uma ferramenta de análise por acumulação, pois tem fácil visualização se fluxo previsto foi realizado correspondendo à expectativa, ou seja, compara-se o desembolso atinge satisfatoriamente o planejado e orçado.

2.5.1. Curva “S”

A curva “S” mostra o valor necessário que será em cada etapa do projeto, programa de forma planejada o desembolso mínimo e máximo dos recursos, ou seja, evita saída fora do tempo de aplicação efetiva, não descapitalizando a organização. Tal modal pode usar outra variável como faturamento, custos, produção, etc.. (Figura-1)

2.6. MEDIDA DE DESEMPENHO DOS NEGÓCIOS.

Como o próprio o nome já fala por si só, são medidas que não bastam simplesmente serem aplicadas, pois o seu acompanhamento é vital para o sucesso destas ferramentas, e seus resultados devem ser gerenciais, precisos e norteadores para tomada de decisão. O fluxo de caixa é uma ferramenta poderosa, com ela o acionista ou investidor avaliar e projetar o desempenho aplicando indicadores financeiros.

O fluxo de caixa é a espinha dorsal da empresa. Sem ele não se saberá quando haverá recursos suficientes para sustentar as operações ou quando haverá necessidade de financiamentos bancários. Empresas que necessitam continuamente de empréstimos de última hora poderão se deparar com dificuldade de encontrar bancos que as financiam. (GITMAN, 1997, p.586).

Podemos avaliar um projeto em vários setores, bastando para isto desmembrar o desembolso no centro de custo que ele foi aplicado, quanto a receita ela pode ser rateada também proporcionalmente, isto abre um leque de opções para o gestor, como também pode indicar precisamente onde aplicar os recursos para a maximização dos lucros.
Neste exemplo voltaremos nossa atenção para fluxo de caixa, assim fixamos as variáveis internas faturamento e custos operacionais no sentido de exemplificar o desembolso de R$ 255.000,00 para um investimento no período de 3 anos. Essas duas variáveis são de controle da empresa, pois a receita operacional é fixa variando apenas a quantidade produzida, sendo assim a preocupação é o equilíbrio da receita para cobrir os custos. Produzir mais com menos custo e mesma qualidade fará toda a diferença para maximização dos lucros nos anos que precedem a implantação do negócio.
A sustentabilidade de um empreendimento depende muito da visão de curto, médio e longo prazo do nível estratégico, pois medir e acompanhar são tarefas inerentes a qualquer gestor, o fluxo de caixa é um instrumento indispensável para a organização que pretende maximizar seus lucros e manter-se competitiva. Com ele você pode controlar, observar e acompanhar qualquer variável interna.
Na figura Fluxo 1 exemplificamos um fluxo projetado para 3 anos, mostrando a produção de bens necessária para este período, não ainda considerando a viabilidade do projeto, apenas um simulado da atividade de 3 anos da empresa para equacionar a ideia do acionista.

2.6.1. Cenário hipotético do fluxo de caixa da Figura-2.

Quando um investidor toma a decisão de empregar seu dinheiro em um negócio, sabemos que a maior dúvida sempre é o quanto este investimento trará de volta a ele. Ao implantarmos um negócio podemos mensurar e customizar tudo, usando uma simples ferramenta de planilha de dados eletrônicos, ou seja, o pacote de produtividade como o Excel da empresa Microsoft. O exemplo de fluxo de caixa usado neste estudo tem como premissa um desembolso de R$ 255.000,00, dos quais 35,29 % foram obtidos de terceiros a uma taxa de custo de 13,8% ao ano e mais juros de 0,5% ao mês, e dívida deve ser pago após o terceiro ano de atividade da empresa, em parcela única até o décimo dia útil do primeiro mês do ano subsequente, porém o custo e os juros sempre no final de cada exercício. As receitas são oriundas das vendas dos bens que a empresa irá produzir no período de 3 anos.
O prédio para instalações iniciais será alugado por R$ 2.500,00, e serão gastos com reformas e adaptações R$ 20.000,00. A previsão de gastos com móveis e utensílios é de R$ 15.000,00. Para adquirir os equipamentos para produção, a previsão é um desembolso de R$ 60.000,00. Outro ponto a considerar é as despesas iniciais com marketing que serão de R$ 8.000,00, onde serão colocados outdoors, panfletos, site, facebook (outras redes sociais).
A empresa deverá contratar o pessoal necessário para o funcionamento da mesma dentro dos padrões de qualidade, a folha de pagamento tem como previsão de custo total 72% em cima do montante dos proventos. Será necessária para o empreendimento a seguinte mão de obra: 1 Diretor (Proprietário) Pró- labore R$ 6.000,00; Gerente Salário de R$ 3.000,00; 4 Pessoal administrativo Salário de R$ 1.200,00; 2 Pessoal de vendas Salário de R$ 1.200,00 mais comissão; 1 Serviços gerais Salário de R$ 1.000,00; 1 Escritório de serviços contábeis R$ 1.500,00; 11 Pessoal da produção R$ 1.200,00, para o aumento da produção no segundo ano serão contratados mais 3 pessoas para o setor de produção.
O bem a ser produzi são artefatos de plásticos para cozinha, com padrão exportação, a resina para produção será adquirida fora do estado, a capacidade máxima de produção da fábrica de 4500 unidades mês, estima-se produzir 24.000 unidades no primeiro ano, no segundo 28.000 e terceiro 30.000 unidades, nos seguintes preços R$ 8,80, R$ 9,68 e R$ 10,56 nos respectivos anos.
A formação do preço de venda tomou como base as seguintes variáveis: imposto de renda a 15%; Comissão de vendas 1,5%; alíquota do IPI 5%; PIS/COFINS de 4,65% e o imposto de circulação de mercadoria e serviço 17%, taxa praticada no estado do Pará. O lucro desejado na venda de cada produto é de 15%.
Neste empreendimento a taxa de atratividade será 10% a preço de mercado, porém a expectativa do acionista é de obter um retorno de 11,5% do seu capital investido.

2.7. RESULTADO OPERACIONAL

Toda empresa deve ter seu foco no resultado, isto é fato, e independe de como a mesma está sendo financiado, o que se espera é que o capital investido no custo para produzir tenha um retorno satisfatório e lucrativo. Avaliação econômica constante direciona a organização a não aplicar seus ativos no mercado financeiro duvidoso com intuito de obter resultados maiores do que resulta sua atividade principal. Observa-se na aplicação financeira especulativa o custo no qual este capital é adquirido, e como ele vai implicar no endividamento da empresa, pois o que se lucra com estas operações podem ser facilmente engolidos pelas despesas de financiamento.

O genuíno resultado operacional é aquele proveniente das decisões de ativos, formado pela atividade principal da empresa, não sendo influenciado pela forma como a empresa é financiada. Uma empresa pode apurar um lucro operacional em seus negócios e, ao investir em mercados derivativos para especulação, por exemplo, apurar um enorme prejuízo financeiro. Da mesma forma, o lucro operacional de empresas com endividamento alto pode ser totalmente absorvido pelas despesas (juros) de financiamento. Nesses dois casos ilustrativos a empresa, apesar de apurar um prejuízo líquido, se mostra capaz em apurar um resultado positivo de seu negócio e, se esse resultado superar ao custo de oportunidade do capital investido, revela viabilidade econômica. O resultado operacional registra a viabilidade do investimento (ativo), se o negócio está remunerado o custo de capital (custo das fontes de financiamento), sendo o primeiro indicador de atratividade econômica. Assaf Neto (2014, p.22)

O resultado operacional é remuneração do acionista, sua origem vem dos bens de produção, a decisão de investir os ativos de uma empresa, em atividades que não seja a principal, convém que o gestor tenha uma visão holística, para que o pagamento aos acionistas deste investimento cubram o custo da oportunidade, retornando em lucros (Figura-3).

O principal objetivo econômico de geração de lucro operacional é o de remuneração os proprietários (provedores) de capital (credores e acionistas), através de juros e lucro líquido. O resultado operacional indica criação de valor econômico sempre que se apresentar superior ao custo de oportunidade das fonte de financiamento. (ASSAF NETO, 2014, p.23)

2.8. O IMPACTO DA PROPORCIONALIDADE DO CAPITAL

Neste tópico será tratado os indicadores que revelam o cenário do capital, indicam o direcionamento do investimento, bem como sua situação de lucro ou prejuízo. O empresário precisa ter consciência que todo montante pode ser mapeado e projetado, o custo de produção não é simplesmente o valor dispensado a compra de matéria prima, que produzirá um produto, e este após sua venda ao consumidor final pode ou não render lucros.
Existem mecanismo de controle e avaliação de desempenho empresarial, não é algo extraordinário, e sim ferramentas de gestão financeira. Trataremos diretamente do Custo Médio Ponderado de Capital; Valor Econômico Agregado; Retorno Operacional; Valor Presente Líquido; Retorno do Investimento e outros, sendo assim, como será o cenário futuro do negócio, através de uma projeção do fluxo de caixa.

2.8.1. Custo médio ponderado de capital (WACC)

A viabilidade de projetos está centrada no retorno que este dará ao acionista, pois trata-se de empregar um determinado valor, e dele obter o mínimo de ganho esperado, neste sentido tratamos em percentuais de retorno, pois o lucro se for visto apenas em valor monetário deve ser corrigido no tempo de seu investimento, portanto o WACC é o mínimo que um investidor aceita para aprovar ou não um projeto de investimento, e passa a ser descrito como:


WACC=( KE x (PLP+PL))+[KI x (1-IR)x (P/(P+PL) (1)
Onde:

Ke = Custo da oportunidade do capital próprio. Taxa mínima de retorno exigida pelo acionista considerando o risco do capital investido.
PL = Capital próprio+investimento fixo - Capital próprio a valor de mercado: quantidade de ações X preço (cotação) de mercado de cada ação.
P = Capital de Terceiros -- Capital oneroso de terceiros (passivo com juros) a valor de mercado.
Ki = Custo explícito de capital de terceiros (dívidas onerosas)
IR = Alíquota de imposto de renda.

Na avaliação de desempenho econômico e controle operacional, o WACC surge como uma medida de referência, indicando a eficácia da gestão financeira no período assinalado de tempo. Sempre que o retorno de capitais investidos pertencentes a credores e acionistas, conhecido por ROI, supera ao WACC, apura-se um resultado econômico positivo, conhecido na literatura por Valor Econômico Agregado (EVA). Um resultado positivo do EVA indica que os investidores auferiram um ganho acima de seu custo de oportunidade, promovendo a criação de valor. (ASSAF NETO, 2014, p.111).

2.8.2. Valor econômico agregado (EVA)

Este indicador de desempenho empresarial nos dá a visão do acionista, ou seja o que ele vai obter de fato de retorno, depois de deduzir das receitas todos os custos incorridos para a sua realização, inclusive os custos do capital próprio. Apesar do EVA incluir o custo de capital próprio na apuração do resultado, a empresa só terá agregado valor se este lucro for superior ao custo de capital próprio. Descrito como:

EVA=NOPAT-(WACC x INVESTIMENTO) (2)

Em que:

EVA = valor econômico agregado
NOPAT = lucro líquido antes do imposto de renda
Investimento = total de recursos próprios e de terceiros

É uma medida de lucro genuíno, do resultado econômico apurado por uma empresa que excede a remuneração mínima exigida pelos proprietários de capital (credores e acionistas). Indica, em outras palavras, se a empresa está criando ou destruindo valor aos acionistas. O fundamento do conceito de EVA é o lucro residual, lucro que resta após serem deduzidos todos os custos e encargos de capital, inclusive o custo de capital próprio. É o lucro na visão dos acionistas. O lucro residual considera como genuíno somente o valor que resta após ser deduzido o custo de capital, que exprime o custo de oportunidade dos investimentos renunciados. (ASSAF, 2014, p.112)

Visto os resultados do fluxo de caixa hipotético do projeto desta pesquisa, expondo a este indicador de desempenho, é possível perceber que um investimento pode agregar valor após seu ano de implantação, neste caso a decisão cabe ao acionista decidir pela implantação do mesmo, porém o importante é verificar a rentabilidade, o valor agregado é uma visão para o investidor no tempo do investimento. Este instrumento permite tomada de decisões estratégicas para mudanças que venham a direcionar o comportamento da empresa para agregar valor em cima da expectativa do investidor.

2.8.3. Retorno do Investimento (ROI)

A taxa de retorno sobre investimento a qual chamamos de ROI sigla em inglês - Return On Investment consiste em mensurar o rendimento obtido com uma dada quantidade de recursos onerosos, onde serão captados recursos próprio aplicados por seus acionistas, cujo os valores são registrados em contas do Patrimônio Líquido.
De acordo com Assaf Neto (2014 p. 34) “o ROI revela quanto o negócio foi capaz de gerar de retorno aos proprietários de capital (credores e acionistas), ou seja, a eficiência da empresa em gerar lucros de seus ativos operacionais para remunerar seus financiamento.”
O ROI é um indicador de desempenho economicamente atraente para o acionista, pois possibilita a visão do acionista quanto ao investimento feito para tal projeto, se haverá ganho ou perda no que foi investido, e se esse projeto foi ou será bem sucedido dentro das expectativas do mesmo, diferentemente da situação de agregar valor a uma expectativa, sendo assim o ROI projeta o retorno gerado pelas vendas, receita, deduzidos o valor necessário para produzi-las. De acordo com a fórmula abaixo:


ROI= NOPAT (3)
INVESTIMENTO

Descrito como:
ROI = valor econômico agregado
NOPAT = lucro líquido antes do imposto de renda
Investimento = total de recursos próprios e de terceiros.

2.8.4. Valor Presente Líquido (VPL)

Para saber se seu projeto será viável ou inviável, o investidor utiliza uma ferramenta muito eficiente em sua análise a VPL – Valor Presente Líquido que consiste em calcular o valor presente de uma série de pagamentos (ou recebimentos), descontado a uma taxa, e deduzir, deste, o valor do fluxo de caixa inicial (valor do empréstimo, do financiamento ou do investimento).
Em (PENA; HOMMA; SILVA, 2011) diz que: quando um investidor depara-se com os fluxos líquidos do investimento não cobrindo o custo do capital de forma eficiente, o projeto torna-se inviável, pois o valor projetado para viabilizar um projeto num determinado período não remunera seus custos. Quando esse indicador iguala-se a zero, a viabilidade pode ser aceita, porém inconclusiva, seria concentrar esforços para trocar dinheiro no tempo.

É importante quando se quer verificar investimentos mais complexos e que tenham valores diferentes de receita e de gastos nos vários exercícios compreendidos pelo investimento.

De acordo com a seguinte Fórmula:

VPLt=ΣECt (1+i) t- SCt (4)

Em que:

VPLt = Valor presente líquido no tempo do investimento
ECt = Entrada de caixa no tempo do investimento
SCt = Saída de caixa no tempo do investimento
I = Taxa interna de retorno do investimento
T = Tempo do investimento

Segundo (GROPELLI, NIKBAKHT 2010, p.136):

Se o valor presente de um fluxo de caixa futuro de um projeto for maior que seu custo inicial, o projeto é um empreendimento válido. Por outro lado, se o valor presente for menor que seu custo inicial, o projeto deve ser rejeitado, porque o investidor perderia dinheiro se o projeto aceito . Por definição, o valor presente líquido de um projeto aceito é zero ou positivo, e o valor presente líquido de um projeto rejeitado é negativo.


A visão principal desta técnica é uma avaliação do dinheiro investido, pois mesmo que seu valor seja zero, ou seja, não houve saldo, não significa ausência de lucro, entende-se que a viabilidade de execução projeto pode ser aceita já que não tratará resultados negativos, isso confrontando as receitas com as despesas. Para sustentar esta decisão verifica-se qual é a taxa de retorno deste projeto, e compara-se com a expectativa do investidor, para que o mesmo decida quanto a executar ou não projeto.
Este método de avaliação de desempenho empresarial dá possibilidade de visualizar o cenário onde se insere a organização em diferentes tempo de avaliação, bastando alterar a taxa de desconto, no caso, dependendo da conjuntura econômica atual do país, região ou estado. (PENA; LOPES e SILVA, 2012).

2.8.5. Taxa Interna Retorno (TIR)

A taxa interna de retorno é uma técnica utilizada pelos empresários e investidores, pois demonstra a rentabilidade no retorno do projeto, quanto maior for à taxa interna de retorno, melhor para o projeto. A TIR faz com que o VPL se iguale a zero fazendo com que o valor presente das entradas seja igual ao investimento inicial.
Segundo Groppelli, Nikbakht (2010, p.139):A TIR, é uma taxa de rentabilidade, uma taxa de desconto que iguala o valor presente dos fluxos de caixa futuros ao investimento inicial. A TIR é uma taxa de desconto que torna o VPL igual a zero.
Sendo assim se a Taxa interna de Retorno for superior ao custo do capital investido para financiá-lo, este projeto se tornará ao investidor viável, porém se o custo de capital for superior ao valor da taxa de retorno, o projeto deverá ser rejeitado.

Descrito como:
Sct=ΣEct(1+i )t

Em que: (5)
TIR = Taxa interna de retorno
Ect = Entrada de caixa no tempo do investimento
Sct = Saída de caixa no tempo do investimento
I = Taxa de rentabilidade equivalente periódico ou interna de retorno 10%
T = Tempo do investimento

3. A LÓGICA DO RACIOCÍNIO FINANCEIRO PARA A TOMADA DE DECISÃO

O raciocínio financeiro tem seu foco central na maximização dos resultados, não deve nunca submeter dados aos achismo. As informações prestadas, bem como os números apresentados para serem analisados devem ser o mais reais e precisos, um gestor quando for fornece um valor, seja em número ou em percentual o mesmo deve representar 100% do real, para que não haja distorções dos resultados dos indicadores, nem direcionamento errôneo de sua decisão, acarretando diminuição do patrimônio líquido da empresa.

Segundo (PENA; JUNIOR, 2016, pág. 18):

As empresas buscam crescimento, objetivam crescer cada vez mais, e essa possibilidade está diretamente ligada a implantação de um projeto financeiro, uma vez que, o mesmo surge como uma grande oportunidade para que essas empresas possam concluir esse objetivo, portanto, aderir a um projeto verificando anteriormente que existem possibilidades de saldar com estes compromissos e alcançar o retorno pretendido em um período de tempo aceitável torna-se fator crucial em sua empregabilidade empresarial

Dentro do setor chamado financeiro todo e qualquer centavo de real é como fonte de recursos que não deve ser nunca desperdiçada. Uma organização visionária e segura dos seus passos possui um setor de custo onde o mesmo é capaz de equacionar o metro quadrado que um colaborador ocupa, e com estas informações direcionar o setor a uma redução de custos, onde antes havia passado despercebido pelos controles e planejamento, muitas vezes apenas mudando algumas rotinas e hábitos consegue-se diminuir despesas ou reduzir custos sem perda de qualidade, no mesmo ou no menor tempo que antes era praticado.
Programas de qualidade devem ser implantados, o padrão de qualidade é um ponto forte para uma alavancagem financeira, seja em qualquer setor da organização. Este artigo mostrou apenas parte do potencial que uma administração consciente e bem direcionada pode elevar o lucro de uma organização, não importa o porte da empresa a responsabilidade que ela tem com R$ 1,00 deve ser a mesma com a qual é tratado 1 milhão de Reais.

4. METODOLOGIA
Metodologia significa estudo do método por si, tende a ser um processo de interpelação entre as variáveis sejam internas e externas e os fatos. Por característica este estudo tem procedimentos descritivo com objetivo qualitativo, sendo do tipo documental.
O universo da pesquisa trata-se de obras acadêmicas onde serão coletadas informações de cunho financeiros que formalizam um capital em relação a um hipotético cenário.
Os limites será delimitado na sustentabilidade financeira, aplicando ferramentas que mensuram o custo de um capital. O recursos do ativo da empresa será submetido à luz da pesquisa que baseia-se em obras científicas para trazê-lo no tempo do investimento.
Foi descartado qualquer coleta de dados de forma quantitativa ou modal estatístico que necessite de tais dados, por não ser relevante para exemplificar um cenário é o comportamento do recursos da empresa.

4.1 Fonte dos dados

Os dados para este estudo foram coletados de obras acadêmicas de autores renomados que serão listados abaixo. Foi necessário pesquisas na rede mundial, mas conhecida como internet para apenas alguns reforços de atualização de informações meramente financeiras, onde o caráter especulador de algumas organizações financeira podem vir a mudar rumos de taxas.
O conhecimento ao longo da nossa passagem pela academia, nos fez ver cientificamente a possibilidade de avaliar economicamente uma empresa, e com isso lançamos mãos de alguns momentos enquanto acadêmicos, pois muitas pesquisas em campo, expondo dados à luz de obras científica ajudou bastante a desenvolver este artigo.

4.2. Ajuste dos Dados

Os dados submetidos a este artigo foram extraídos de obras acadêmicas e outros tirados de situações hipotéticas para demonstrar potencialidade das ferramentas de avaliação financeira, que possam espelhar mecanismo para sua sustentabilidade. Já os dados advindo das fontes acadêmicas foram formatados em citações diretas e indiretas e aplicados como fundamentação para a base teórica deste artigo.

4.3. Método Empregado

Agrupamos valores experimentais com percentuais equivalentes aos reais praticado no mercado, compreendemos que, apesar de ser um estudo bibliográfico, não havendo necessidade de uma pesquisa em loco, até mesmo porque aplicação dos métodos diferem de ponto de vista de uma empresa para outra, as informações foram tabuladas como um cenário real. Posteriormente os dados foram imputados em planilhas a luz dos instrumentos financeiros.

4.4. Metodologia de Análise

A metodologia aplicada para análise consiste no cruzamento dos dados após uma projeção. A comparação feita entre os períodos envolve a variação que eles sofrem em determinado tempo, e também um método sofisticado de avaliação de fluxo de caixa onde o valor presente líquido, passar a ser uma das variáveis determinante para viabilidade ou não do negócio. Bem como uma visão vertical da distribuição dos recursos, para que medidas sejam tomadas para melhor maximiza o lucro e diminuir custos, fazendo com que as receitas cresçam horizontalmente e os custos e despesas tenham comportamento proporcional, mas, inverso.
5. RESULTADOS ALCANÇADOS

O princípio do investimento está na maximização do lucro, ou seja extrair o melhor e maior percentual de retorno que a aplicação do recurso pode proporcionar ao acionista, porém a visão financeira não pode ser de processo, que seria fazer o montante aplicado ser rentável e atrativo no tempo do dinheiro. É apropriado que foco financeiro seja sistêmico, a visão global com atitudes local para que se tenha sustentabilidade financeira planejada e bem dimensionada para as tomadas de decisões.
Este artigo posiciona o desembolso e suas entradas de fluxo de caixa para uma análise da possível implantação de um negócio, e para isto, um conjunto de variáveis devem ser de relacionadas entre si, para que quando submetidas a indicadores de desempenho empresarial possam estabelecer números e percentuais confiáveis e reais para um investidor.
Segundo (PENA; JUNIOR, 2016, pág. 6): “Assim, o fluxo de caixa é a ferramenta que possui múltiplas informações acerca das atividades operacionais da empresa expressa por meio de números, constituindo assim, instrumento de subsidio ao processo de tomada de decisão”.
O acionista almeja ter um retorno de no mínimo 11,5% do capital investido, a taxa média de atratividade para tal investimento é de 10%, toda análise de viabilidade deste projeto parte de um fluxo de caixa, onde o valor do desembolso será submetido a um modal matemático para trazer este valor para o tempo presente, ou seja quanto valeria o investimento projetado para 3 anos.
Durante o tempo do fluxo deduzidas custos e despesas das receitas oriundas das vendas, aplicado o VPL a taxa interna de retorno (TIR) que zera o valor presente líquido é de 13,03%, ou seja, neste o retorno deste investimento supera a taxa mínima de atratividade que é de 10% a valor de mercado, superando também a expectativa de 11,5% do investidor. Este projeto assumidos os riscos é viável e tem lucros (Figura – 3).

A utilização da TIR tenta reunir em apenas um único número o poder de decisão sobre determinado projeto. Esse número não depende da taxa de juros de mercado vigente no mercado de capitais (Daí o nome taxa interna de retorno). A TIR é um número intrínseco ao projeto e não depende de nenhum parâmetro que não os fluxos de caixa esperados desse projeto. (PENA; HOMMA, 2010, pág. 5)

Vale observar que o custo deste capital (WACC) é de 30,42%, ou seja podemos considerar um risco alto, porém tal impacto está custo do capital de terceiros, pois se o mesmo não existisse o WACC seria de 7,76% refletido em uma maior entrada de caixa, pois o investidor não precisaria pagar o serviço da dívida e nem a dívida de R$ 90.000,00, que é 35,29% mais de ⅓ do capital inicial, isto eleva os riscos. Porém quanto maior o risco, melhor o resultado (Figura – 3).
Se compararmos a uma poupança, este capital renderia no final do tempo de 36 meses R$ 68.138,83 isto se os R$ 255.000,00 fossem próprios, que no caso são apenas R$ 165.000,00, sendo o rendimento seria de 44.089,73 no final deste mesmo período, nestas situações o investidor teria o risco zero, menos retorno. Portanto a opção mais rentável para este investidor é aceitar o projeto, levando em conta que o mesmo ainda recebe R$ 6.000,00 de pró-labore referente ao seu cargo de diretor, rendimento mensal que jamais a poupança ia lhe prover. O importante ressaltar, que no regime de poupança seu rendimento é fixo, com variação a depender das políticas governamentais e economia nacional. E o empreendimento o empreendedor tem o controle nas mãos, as variáveis que geram seu faturamento são internas, podendo o mesmo diminuir custos, cortar despesas, aumentar a produção, inovar um produto já implantado, criar novos produtos, ou seja trabalhar para aumentar a lucratividade, o que não acontece com as aplicações meramente financeira (figura-4).
Ainda sustentando a viabilidade do projeto, analisando a planilha de custo operacional na figura 3, percebe que variáveis como matéria prima pode ser equacionada para vir a ser reduzida no momento de sua compra, a possibilidade do material ser adquirido a vista deve ser vista com bastante atenção pelo gestor, pois qualquer redução destes itens o ganho é inversamente proporcional. O mesmo tratativa deve ser dada a energia elétrica, frete e custo de armazenagem. O gestor deve ter sempre em mente o pensamento global, produzir mais, com responsabilidade, menos custos, sem perder o padrão de qualidade (Figura – 4).
A visão a médio e longo prazo não deve ser desprezada como apenas futuro, o custo operacional deve ter atitudes local hoje, para corrigir e evitar excesso no exercício seguinte, uma gestão participativa trabalha “com” pessoas, sendo as mesmas parte da engrenagem da máquina chamada “produtividade”, neste sentido analisando o segundo ano de exercício, temos a seguinte situação (Figura – 5).
No segundo ano de exercício da empresa haverá um aumento da produção para se obter mais receita, porém isso implica em custos, como aumento do quadro de colaboradores, sendo contratado mais 3 mão de obra, aumento de preço da matéria prima, energia elétrica, etc.., estes são pontos que o gestor deve focar, ou seja caso exista uma redução do custo operacional ainda planejada no primeiro ano, o reflexo será a maximização dos lucros nos próximos exercícios. Na figura 6, exemplifica uma redução de 13% dos custos no ano 2, já seria em visão projetada para o momento presente um retorno financeiro de quase 10% do valor atual do custo dos 3 anos acumulados, este é o reflexo a longo prazo, porém os efeitos desse ganho já seria sentido logo no ano 2, podendo até atingir outros patamares.
A longo prazo a redução de 13% dos custos operacionais como objetivo de um planejamento estratégico, se alcançado o resultado é 51,87% do serviço da dívida, que em números é R$ 23.586,22. Isto reflete no todo de um modo geral, seria mais um fato relevante para aprovação do projeto.
Este estudo tem como foco a viabilidade de um projeto, e lógica do raciocínio financeiro deve ser sempre vista em fatos, com base nisto o percentual 13% determinado e sugerido para ser o foco desta redução do custo operacional, teve o intuito de amenizar o impacto do aumento deste custo no terceiro ano de exercício da empresa que é de R$ 11.299,00 ao final do exercício. A produtividade não deve ser tratada como previlegio de empresas globalizada, pois a visão global não muda o instinto lucrativa de uma organização, apenas a incentiva a produzir com responsabilidade sem impacto ao meio ambiente, e não degradação da vida.
O ROI (Return On Investment) revela que a oportunidade é bem satisfatória pois apresenta ganhos, sendo este o retorno gerados pelas vendas da empresa, isso já deduzidos os custos necessários para produzi-las. O que prova a eficiência na geração de lucros para remunerar seus financiamentos (Figura-7).
Mesmo que a eficiência na geração de lucros seja comprovada por este indicado de desempenho, é o que justifica um planejamento de redução de custo, como uma das estratégias de maximizar o lucro, observa-se que do 2º para o 3º ano, o ROI reduziu em menos 15%, sendo assim, juntamente com a redução a gestão estratégica já deve entrar com um plano de ação para o aumento das vendas. Evita-se usar o chamado “desconto”, pois tal ação serve para esvaziar estoque de produtos que encontra-se estagnado no estoque, pois um produto que não tem saída dentro do seu ciclo, imobiliza ativo e fica gerando custo de armazenamento, a lógica do raciocínio financeiro é trabalhar com estoque em tempo real, estoque zero. O gestor ´neste planejamento trabalha junto a equipe de vendas e marketing para uma nova idéia com base no histórico de satisfação do cliente (Figura-7).
Para o ramo de atividade da empresa objeto deste estudo, o interessante é analisar a satisfação do cliente, e verificar qual o artefato para cozinha atenderia a satisfação do cliente, ou até mesmo qual inovação nos produtos atuais encantaria o cliente já satisfeito a adquirir o mesmo produto com uma versão inovadora. Quando uma empresa atinge este objetivo ela lucra duplamente, geralmente o cliente dá o produto antigo para alguém da família que normalmente não iria a adquiri-lo pois seu padrão financeiro tem outras prioridades levando em conta suas necessidades. Porém este tipo de cliente será um outdoor do chamado “boca a boca”, pois falará a mais pessoas da qualidade do produto (Figura-7).

Outro indicador de desempenho que pode pode sustentar a posição deste estudo quanto afirmar a viabilidade deste projeto, é o EVA, pois o mesmo comprova que a empresa não está destruindo valores ao investidor, pois ao final do período o negócio vai auferir valores para o acionista, que representa os ganhos sobre o custo da oportunidade. Quanto o acionista ganha genuinamente pela renúncia a outras investimentos, caso que foi relatado ao comparar com os rendimentos da poupança (Figura-8).
O valor agregado não quer dizer “este é o lucro” em absoluto, mas é notório o retorno bem acima de outros investimentos em aplicação financeira, não esquecendo o cenário hipotético que o acionista tem um pró-labore mensal de R$ 6.000,00 fruto da geração de riquezas ao capital investido.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando toda argumentação financeira baseada em números oriundos de uma fluxo de caixa de um projeto a ser implantado, analisando na lógica financeira, e ainda corroborando com com obras científicas de autores renomados, foi comprovada a viabilidade do projeto, e o investidor terá seu patrimônio líquido aumentado. Porém vale ressaltar que o fluxo de caixa não substitui o Balanço Patrimonial e nem o Demonstrativo de Resultados, pois desses instrumentos contábeis serão mensurados a rentabilidade dos fatos apurados. Os valores do fluxo de caixa apresentado estão nas contas de ativo e passivo do Balanço Patrimonial, sem contar que é uma obrigação a empresa ter um documento contábil para registrar suas atividades, pode-se exemplificar com o percentual de ICMS usado na formação de preço, pois este imposto é obrigatório sua comprovação através dos livros de apuração fiscais, sendo assim esta obra de cunho acadêmico visa alerta aos investidores a importância do planejamento estratégico através de um fluxo de caixa para verificar se realmente vale a pena correr o risco de empreender um capital em um determinado negócio.
Considerando a conjuntura atual o proceder segura para a sustentabilidade é ver o negócio como um todo no seu macro e micro ambiente, analisando e verificando variáveis internas e externas, fortificando onde a empresa possui pontos fracos, trabalhando ainda mais os fortes para que sejam diferenciais competitivos. E o acionista não deve implantar um investimento quando as suas habilidades limitam-se no empirismo, onde o mesmo não faz uso de instrumentos como o objeto deste estudo, e com isso não consegue mensurar com exatidão onde e quando vai lucrar se decidir por executar o projeto.

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Recibido: 14/01/2017 Aceptado: 20/01/2017 Publicado: Enero de 2017

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