Anaterra Maria Machado Medeiros*
Pedro Marinho Amoedo**
Universidade Federal do Amazonas
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Resumo
Um índice é uma medida idealizada sobre variações de uma variável ou grupo de variáveis correlacionadas ao tempo. Ele mede a variação que o salário deve sofrer de modo a permitir que o indivíduo mantenha o mesmo padrão de vida em uma determinada localidade. Tais variações calculadas pelos Índices influenciam direta ou indiretamente na vida da população, seja no consumo de produtos alimentícios, no vestuário, nos alugueis, nas poupanças, na saúde e etc. Dessa forma, segundo o IBGE, o custo de vida pode ser medido através de cálculos com base nos preços de um conjunto de produtos e serviços consumidos pelas pessoas. É possível comparar a variação deste custo no tempo por intermédio de números, que são chamados de índices. Os números índices, são utilizados em diversos estudos que apontam as modificações econômicas relacionadas a determinado período de tempo, apresentam-se como ferramentas importante para demonstrar tais modificações, indicando a variação relativa ao preço, à quantidade ou ao valor entre um ponto anterior no tempo (denominado de período base) com um período posterior no tempo denominado de período atual. Para se obter os valores referentes a estes índices foram realizadas pesquisas, dentro de uma metodologia especifica de coleta de dados e informações. Este trabalho, buscou dados na cidade de Parintins/Am, o qual teve como objetivo maior criar um indicador de Custo de Vida local para o grupo de alimentos e bebidas no município de Parintins. Para tanto houve a necessidade realizar a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) a fim de obter informações sobre a composição dos orçamentos domésticos, a partir da investigação dos hábitos de consumo da cesta de compra dos parintinenses; além de analisar os resultados para identificar quais os produtos que fazem parte da cesta de compras dos mesmos para que fosse evidenciado o impacto da variação do Índice de Custo de Vida (ICV) no poder de compra dos residentes no local da pesquisa. As pesquisas teóricas estão organizadas nos pontos centrais da pesquisa, de modo a permitir ao leitor a compreensão do que está sendo descrito e explorado nos resultados. Teoricamente compreende-se a importância dos números índices, buscando dados e informações que englobam tal assunto, apresentando quantos existem e quais são mais usuais na economia atual, mostrando ainda, sua relação com a inflação, a fim de que possam ser compreendidos as variações ocorridos a partir dos resultados da pesquisa. Durante a realização da pesquisa foi identificado o aumento dos preços de diversos itens do grupo analisado. O acumulado do índice de custo de vida no município de Parintins durante o período observado (janeiro/2016 a setembro/2016) foi de 8,57%. Deste modo, constata-se que o poder de compra das famílias residentes do município de Parintins diminuiu 8,57% com relação ao grupo de alimentos e bebidas. Vale observar que este grupo possui o maior peso dentre os nove grupos de consumo. Os resultados aqui dispostos apresentam utilidade muito grande em estudos regionais, principalmente quando se trata de uma cidade no interior do estado, onde ocorreu tal estudo, posto que oferecem a possibilidade de estudar a variação dos índices de custos de vida da população. Isso proporciona uma melhor organização do bem estar da população da cidade de Parintins/Am.
Palavras-chave: Índice de custo de vida, Números índices, Orçamento familiar, Índices, Parintins/Am.
Abstract
An index is an idealized measure about variations of a variable or group of variables correlated to time. It measures the variation that the wage must undergo in order to allow the individual to maintain the same standard of life in a certain locality. Such variations calculated by the Indices directly or indirectly influence the life of the population, whether in the consumption of food products, clothing, rentals, savings, health and so on. Thus, according to the IBGE, the cost of living can be measured by calculations based on the prices of a set of products and services consumed by people. It is possible to compare the variation of this cost in time by means of numbers, which are called indexes. The index numbers are used in several studies that point out the economic changes related to a given period of time, are presented as important tools to demonstrate such changes, indicating the variation relative to the price, quantity or value between an earlier point in time (Called the base period) with a later period in the so-called current period. In order to obtain the values related to these indices, research was carried out, within a specific methodology for collecting data and information. This work sought data in the city of Parintins / Am, which had as its main goal to create a local Cost of Living indicator for the food and beverage group in the municipality of Parintins. Therefore, it was necessary to carry out the Family Budget Survey (POF) in order to obtain information on the composition of the domestic budgets, based on the investigation of consumption habits in the shopping basket of Parintinenses; In addition to analyzing the results to identify which products are part of the shopping basket of the same to be evidenced the impact of the variation of the Cost of Living Index (LCI) on the purchasing power of residents at the research site. Theoretical surveys are organized in the central points of the research, in order to allow the reader to understand what is being described and explored in the results. Theoretically, it is understood the importance of the index numbers, searching for data and information that encompasses this subject, showing how many exist and which are more usual in the current economy, showing also its relation with inflation, so that the variations can be understood From the search results. During the research the price increase of several items of the analyzed group was identified. The accumulated cost of living index in the municipality of Parintins during the period observed (January 2016 to September 2016) was 8.57%. As a result, the purchasing power of households living in the municipality of Parintins decreased by 8.57% in relation to the food and beverages group. It is worth noting that this group has the greatest weight among the nine consumption groups. The results presented here are very useful in regional studies, especially when it is a city in the interior of the state, where such a study occurred, since they offer the possibility of studying the variation of the indices of living costs of the population. This provides a better organization of the population welfare of the city of Parintins / Am.
Key-words: Cost of living index - Index numbers - Family budget - Indices – Parintins/Am.
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Anaterra Maria Machado Medeiros y Pedro Marinho Amoedo (2017): “Um índice de custo de vida local para o grupo de alimentos e bebidas na cidade de Parintins”, Revista Observatorio de la Economía Latinoamericana, Brasil, (febrero 2017). En línea:
http://www.eumed.net/cursecon/ecolat/br/17/alimentos.html
http://hdl.handle.net/20.500.11763/br17alimentos
1 INTRODUÇÃO
Um índice é uma medida idealizada sobre variações de uma variável ou grupo de variáveis correlacionadas ao tempo. Ele mede a variação que o salário deve sofrer de modo a permitir que o indivíduo mantenha o mesmo padrão de vida em uma determinada localidade. Tais variações calculadas pelos Índices influenciam direta ou indiretamente na vida da população, seja no consumo de produtos alimentícios, no vestuário, nos alugueis, nas poupanças, na saúde e etc.
Segundo LEVINE (2011), o custo de vida é o valor relativo ao conjunto de itens considerados necessários para a manutenção da vida de uma pessoa em uma determinada localidade. Para determinar o custo de vida, é necessário a princípio saber quais são os itens que serão avaliados incluindo acomodação, transporte, alimentação, vestuário, bens domésticos duráveis e entretenimento. Dessa forma, segundo o IBGE, o custo de vida pode ser medido através de cálculos com base nos preços de um conjunto de produtos e serviços consumidos pelas pessoas. É possível comparar a variação deste custo no tempo por intermédio de números, que são chamados de índices.
Segundo Stevenson (1981) um número-índice é uma razão usada para avaliar a variação entre dois períodos de tempo. São ferramentas importante para demonstrar as modificações em variáveis econômicas durante períodos de tempo, indicando a variação relativa no preço, na quantidade ou no valor entre um ponto anterior no tempo (denominado de período base) com um período posterior no tempo denominado de período atual.
Para se obter os valores referentes a estes índices foram realizadas pesquisas, dentro de uma metodologia especifica de coleta de dados e informações. Este trabalho, buscou dados na cidade de Parintins/Am, o qual teve como objetivo maior criar um indicador de Custo de Vida local para o grupo de alimentos e bebidas no município de Parintins. Para tanto houve a necessidade realizar a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) a fim de obter informações sobre a composição dos orçamentos domésticos, a partir da investigação dos hábitos de consumo da cesta de compra dos parintinenses; além de analisar os resultados para identificar quais os produtos que fazem parte da cesta de compras dos mesmos para que fosse evidenciado o impacto da variação do Índice de Custo de Vida (ICV) no poder de compra dos residentes no local da pesquisa. A metodologia utilizada para a realização da pesquisa foi a pesquisa quantitativa com níveis descritivos, com a utilização de técnicas estatísticas realizada mediante estudo de campo.
Para a determinação dos indivíduos ou grupos familiares participantes da POF, primeiro foi feito uma pesquisa junto ao IBGE para obtenção de dados acerca das quantidades de bairros da zona urbana do município de Parintins e o número de domicilio por bairro e a partir destas informações foi possível realizar tal levantamento. Como técnica de amostragem, optou-se pela amostragem aleatórias estratificada para selecionar os bairros e amostragem aleatória simples para selecionar as residências dentro de cada bairro pesquisa, ainda foi admitido que só participariam do estudo indivíduos com renda mensal entre 1 a 10 salários mínimos.
Foi identificado e selecionado por meio de amostragem aleatória simples os locais em que os moradores da cidade de Parintins realizam suas compras (feiras, mercados, supermercados). Deste modo, definiu-se três supermercados, três feiras, três açougues e três padarias para a coleta de preços dos itens de consumo do grupo de alimentos e bebidas a ser realizada mensalmente entre os dias 15 e 20 de cada mês
No Brasil existem instituições, sendo elas públicas e privadas, que são responsáveis por realizar tais pesquisas, com o intuito de gerar índices financeiros, sociais e econômicos que servem como sinalizadores ou apontadores do comportamento (individual ou integrado) das diferentes variáveis e fenômenos componentes de um sistema econômico. Estes índices são importantes tanto para propiciar uma melhor compreensão da situação presente e o delineamento das convergências de curto prazo da economia, quanto para subsidiar o processo de tomada de decisões estratégicas dos agentes públicos (governo) e privados (empresas e consumidores).
Em se tratando do Índice de Custo de Vida, a maioria das metrópoles brasileiras possuem os seus, assim também como alguns municípios menores, no entanto a maior parte dos municípios brasileiros não possuem pesquisas realizadas neste âmbito isso em decorrência da grande quantidade de municípios que atualmente existem em todo território nacional onde segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem 5.564 municípios. Para se gerar um ICV precisa-se utilizar métodos e técnicas de pesquisa especifica para o levantamento de dados em diversas etapas do procedimento, no entanto não há só um método para se calcular o ICV.
Parintins como a maioria dos municípios do Brasil não possui um ICV, sendo um município com 102.033 residentes sendo o segundo mais populoso do estado do Amazonas ficando atrás somente da capital, segundo dados do censo de 2010 do IBGE. Possuindo em 2012 um PIB a preços correntes de R$ 675.333,00 de acordo com dados do IBGE em parceria com a SUFRAMA.
Desta forma, a pesquisa buscou determinar um Índice de Custo de Vida local, contribuindo para que o município possua um indicador econômico que represente as informações sinalizadoras do comportamento de consumo, individual ou integrado da população parintinense.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
As pesquisas teóricas estão organizadas nos pontos centrais da pesquisa, de modo a permitir ao leitor a compreensão do que está sendo descrito e explorado nos resultados. Teoricamente compreende-se a importância dos números índices, buscando dados e informações que englobam tal assunto, apresentando quantos existem e quais são mais usuais na economia atual, mostrando ainda, sua relação com a inflação, a fim de que possam ser compreendidos as variações ocorridos a partir dos resultados da pesquisa.
2.1 Números Índices
Os números-índices são um importante instrumento para sintetizar modificações em variáveis econômicas durante um período de tempo, sendo que estes indicam a variação relativa no preço na quantidade ou no valor entre um ponto anterior no tempo (período base) e o período corrente. Stevenson (2001) afirma que os números índices são indispensáveis para a mensuração de variações correlatas em um período de tempo, ou seja, se determinado item da cesta básica de uma família aumentou o dobro em dois anos tem-se a utilização de determinado número-índice. Se somente um item for verificado é chamado de índice simples, se caso a verificação envolva mais de um item então é chamado de índice composto.
De uma forma simplificada, podemos dizer que o índice ou número índice é um quociente que expressa a variação relativa entre os valores de qualquer medida. Mais especificamente, vamos lidar com índices que medem variações verificadas em uma dada variável ao longo do tempo (FARIAS, 2005).
Ainda, através dos números índices podemos realizar análises e comparações entre variáveis importantes na economia, como por exemplo, com os preços e quantidades de matérias primas, preços de produtos acabados, volumes de produtos, preço por atacado e preços por varejo, valor relativo de produção, entre outras possibilidades.
Os números índices têm sido utilizados principalmente na análise teórica e em estudos empíricos em economia, apesar de também ser aplicável a outras áreas. A história da aplicação deste método de construção de variáveis à economia está estreitamente ligada à noção de índice de preços ao consumidor, como um sistema de variações no poder de compra da moeda (RIBEIRO; CELSO, 2011).
Todos os números-índices têm certas características em comum e uma delas é que são razão de quantidade no período corrente para quantidade no período base. Há três classificações de número-índice administrativos e econômicos: índices de preços, quantidades e valor (STEVENSON 2001).
Um número índice simples ou relativos fazem comparação entre duas épocas sendo elas época atual e época base para um único produto, onde se calcula como razão do preço, quantidade ou valor em dado período de tempo para o correspondente preço, quantidade ou valor num período base. Já os números-índices compostos ou agregados são usados para indicar uma variação relativa no preço, quantidade ou no valor de um grupo de itens tomadas conjuntamente, examinado assim uma combinação de itens ao invés de itens individuais, para tal se considera dois métodos para os números índices compostos que são os métodos dos agregados não ponderados e a média dos agregados ponderados.
O método dos agregados não-ponderados representa as variações dos preços ao longo do tempo, para um grupo inteiro de mercadorias sem considerar a variação na quantidade comparadas. No entanto, Levine (2011) ressalta dois pontos fracos nos índices de preços agregados não ponderados o primeiro ponto é que o índice considera igualmente importante cada uma das mercadorias no grupo, assim, as mercadorias com o preço unitário mais alto exercem uma influência maior do que deveriam. O segundo ponto fraco que Levine (2011) ressalta é que nem todas as mercadorias são consumidas na mesma proporção, sendo assim as variações nos preços das mercadorias menos consumidas exercem uma influência maior do que deveriam.
Sabendo que os índices baseados em médias simples possuem certas restrições como o fato de se dar o mesmo peso para todos os produtos. Surgem, então, os índices agregativos ponderados, onde cada produto tem um peso especifico. Uma das formas de se definir os pesos é tomar a participação de cada bem no valor total. O método de preços agregado ponderado levam em conta a diferença na proporção dos preços unitários e diferenças nos níveis de consumo dos itens que compõem a cesta básica (LEVINE 2011).
Os pesos são definidos como:
Se faz necessário especificar a base de ponderação, pois como o número-índice compara preços e quantidades em dois instantes de tempo é de suma importância a definição de que momento se referem os preços e as quantidades que aparecem na definição dos pesos (FARIAS; ANA MARIA, 2005). Três tipos de índices agregados ponderados são frequentemente utilizados no mercado e na economia que são: índice de Laspeyres, índice de Paasche e índice de Fisher.
2.2 Os Principais Índices Econômicos
Os números índices são considerados barômetros da atividade financeira e econômica, indicando supostos períodos de inflação, recessão, ciclos de negócio e estagnação (STEVENSON, 1981).
Atualmente, destacam-se os seguintes índices: Índice de preços ao consumidor (IPC), Índice do Custo de Vida (ICV), Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), Índice de Preços por Atacado (IPA), Índice Nacional da Construção Civil (INCC) e Índice Geral de Preços (IGP), entre outros. Em geral, cada um destes tem sua própria metodologia de construção: números diferentes de pessoas por faixa etária que participam da pesquisa número de itens diferentes, diferentes subgrupos de consumo, abrangência das famílias com específicos rendimentos mensais. Porém, no cenário atual há o uso habitual de alguns que medem diretamente o que se busca nessa pesquisa, detalhados abaixo.
2.2.1 Índice de Preço ao Consumidor – Ipc
O IPC é o índice que mede a variação de preços de uma cesta de mercado com determinada quantidade de itens divididas em subgrupos de consumo que são eles: alimentação, vestuário, moradia, transporte, tratamentos médicos etc. (STEVENSON, 1981).
Esse índice mensura a variação de preços para o consumidor das principais capitais brasileira tendo como base os gastos de quem ganha dos assalariados. Os grupos de despesas estão compostos de acordo com o POF (Pesquisas de Orçamentos Familiares) em constante atualização. E o período de pesquisa das variações de preços ocorre a partir do primeiro ao último dia de cada mês.
Segundo Lima (2009) o IPC é o mais tradicional indicador da evolução do custo de vida das famílias e um dos mais antigos do Brasil. Começou a ser calculado em janeiro de 1939 pela Divisão de Estatística e Documentação da Prefeitura do Município de São Paulo. No ano de 1968, a responsabilidade do cálculo foi transferida para o Instituto de Pesquisas Econômicas da USP e, posteriormente em 1973, com a criação da FIPE, passou a ser medido por esta instituição. Em 1977 o IPC passou por uma revisão na tentativa de modernizá-lo e readequá-lo para futuramente melhor refletir a realidade da população brasileira e assim passou a representar cerca de 80% da população.
2.2.2 Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Inpc
O INPC foi criado inicialmente com o objetivo de orientar os reajustes de salários dos trabalhadores. O índice mensura a variação dos custos com alimentação, transporte, comunicação, despesas pessoais, vestuário, habitação, saúde e artigos de residência no período do primeiro ao último dia de cada mês de referência.
Segundo a definição de Farias (2005, p.47) “o INPC é calculado a partir dos Índices de Preços ao Consumidor Metropolitanos e um de seus principais objetivos é fornecer subsídios para as políticas de reajuste de salários”. Ele é divulgado mensalmente pelo IBGE, basicamente em forma de taxa de variação mensal, que reflete a variação dos preços entre um mês qualquer e o mês imediatamente anterior.
Há muitas aplicações para tal índice pode-se citar a avaliação comum e a avaliação do poder aquisitivo da unidade monetária, vale ressaltar que também pode ser usado para avaliar a “renda real, que basicamente é a renda ajustada em relação a variação dos preços (inflação).
A população-alvo do INPC abrange as famílias com rendimentos mensais compreendidos entre 1 e 8 salários-mínimos, cujo chefe é assalariado em sua ocupação principal e residente nas áreas urbanas das regiões pesquisadas, levando em consideração qualquer que seja a fonte de rendimentos.
2.2.3 Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo – IPCA
O IPCA foi constituído inicialmente com o objetivo de corrigir as demonstrações financeiras das companhias abertas. Sendo calculado desde 1980. A principal motivação para sua criação foi oferecer, para todos os fins práticos, a medida do movimento geral dos preços no mercado varejista. Trata-se, portanto, do indicador da inflação ao nível do consumo pessoal (CAVARARO, 2005)
Lima (2009) destaca que este índice mede a variação dos gastos com alimentação, transporte, comunicação, despesas pessoais, vestuário, habitação, saúde e artigos de residência no período do primeiro ao último dia de cada mês de referência. E no período compreendido entre o dia oito e doze do mês seguinte o IBGE divulga as variações.
2.3 INFLAÇÃO
A inflação pode ser definida como um aumento no nível geral de preços da economia.
Segundo a Ribeiro (2011, pág. 30),
É um fenômeno macroeconômico que pode ser conceituado como um aumento contínuo e generalizado de preços durante um certo período de tempo, e não meramente uma elevação esporádica dos preços. Pode acontecer movimento contrário dos preços, diminuição contínua e generalizada, designando-o de deflação.
Em destarte, se torna cada vez mais necessário um dispêndio maior de dinheiro para manter o mesmo padrão de consumo, pois o aumento generalizado dos preços faz com que o poder aquisitivo da moeda diminua.
As causas desse aumento generalizado de preços podem ser interpretadas por diversos fatores, como destaca Paula (2011), pelo o aumento do preço de determinada matéria prima básica da cadeia produtiva de diversos bens de consumo os preços de todos os seus derivados sobem. Outro fator que pode causar a inflação é o aumento de consumo em um curto prazo sendo desproporcional a capacidade de produção das empresas, esta situação geralmente acontece quando a economia está aquecida. O autor afirma ainda que a inflação pode também ser causada pela excessiva emissão de moedas pelo governo sem a contrapartida de um crescimento na riqueza do país, desta forma o dinheiro é desvalorizado gerando queda no poder aquisitivo.
Para se medir a variação dos preços entre dois períodos de tempo podemos através de indicador chamado taxa de inflação, não sendo possível prever a extensão e os motivos da variação deve-se destacar as causas e consequências da mesma no cenário (RIBEIRO, 2011).
3 ASPECTOS METODOLÓGICOS
A metodologia utilizada para a realização da pesquisa foi a pesquisa quantitativa com níveis descritivos, com a utilização de técnicas estatísticas realizada mediante estudo de campo. O delineamento foi do tipo formulário.
As coletas de dados foram realizadas em campo, organizadas em duas fases. A primeira foi a pesquisa de orçamentos familiares (POF), para esta foi realizado a coleta de dados com a utilização do método de comunicação estruturado não disfarçado através de formulários auto preenchidos e recolhidos pessoalmente ao termino do preenchimento. Estes continham perguntas fechadas acerca dos itens e quantidades de produtos alimentícios e bebidas consumidos no período de um mês pelas famílias selecionadas. Esta fase foi necessária para poder ser definido uma cesta de compras de produtos do grupo de alimentos e bebidas e também para determinar o peso de cada item na cesta de alimentos a ser utilizado no cálculo do indicador (índice).
Com base na POF, foi feito a pesquisa de preços mensal dos itens da cesta de alimentos onde foi utilizado a coleta de dados primários por meio de formulários, sendo pesquisado os alimentos selecionados com base na definição da cesta de alimentos da POF.
Para o levantamento de informações sobre despesas (o que os moradores consomem mensalmente) e receitas, foi realizado uma amostragem por domicilio nos bairros da cidade. Tal levantamento, deu-se via aplicação de formulário com perguntas sobre quantidade e tipos de produtos consumidos mensalmente pelos moradores com renda de um a dez salários mínimos POF. O procedimento possibilitou ao respondente incluir itens que por vez tenha faltado nas alternativas apresentadas. Com respeito ao intervalo de renda determinado, julgou ser a melhor forma de supor ocorrência de grupos homogêneos em relação ao consumo, haja visto que este é motivado pelo poder aquisitivo do indivíduo.
Para LAKATOS (2010) a população ou universo é o conjunto se seres animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum, sendo N o conjunto total de elementos do universo ou população. Para a determinação dos indivíduos ou grupos familiares participantes da POF, primeiro foi feito uma pesquisa junto ao IBGE para obtenção de dados acerca das quantidades de bairros da zona urbana do município de Parintins e o número de domicilio por bairro e a partir destas informações foi possível realizar tal levantamento. Como técnica de amostragem, optou-se pela amostragem aleatórias estratificada para selecionar os bairros e amostragem aleatória simples para selecionar as residências dentro de cada bairro pesquisa, ainda foi admitido que só participariam do estudo indivíduos com renda mensal entre 1 a 10 salários mínimos.
Foi identificado e selecionado por meio de amostragem aleatória simples os locais em que os moradores da cidade de Parintins realizam suas compras (feiras, mercados, supermercados). Deste modo, definiu-se três supermercados, três feiras, três açougues e três padarias para a coleta de preços dos itens de consumo do grupo de alimentos e bebidas a ser realizada mensalmente entre os dias 15 e 20 de cada mês.
A cesta de alimentos foi definida e contendo 97 itens de consumo local, com base na pesquisa de orçamento familiar (POF). O questionário o qual foi usado no estudo teve por base o modelo do IBGE com algumas modificações com vista a identificar gastos das famílias da cidade e os principais itens de consumo referente ao grupo de Alimentos e bebidas.
Para Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), foram selecionadas pelo processo de amostragem um total de 105 famílias com um nível de precisão de 7% e nível de significância de 5%. Todavia a tabulação dos dados deu-se sobre 103 famílias pois houve perda de dois questionários. A coleta de informações (levantamento) foi realizada por um grupo de 8 alunos da UFAM/ICSEZ no decorrer do mês de agosto de 2015 no município de Parintins. A aplicação do questionário permitiu a mensuração quantitativa dos itens consumidos naquele período, estando os gastos distribuídos de acordo com as características de cada item, e estes sendo agrupados em um total de nove grupos: alimentos, habitação, Artigo de residência, vestuário, transporte, saúde, despesas pessoais, educação e comunicação. Uma vez realizada a POF, foi possível obter o peso dos alimentos por grupos de produtos de cada item e a importância dos mesmos no consumo das famílias parintinenses. Ainda, foi possível identificar os itens mais relevantes de consumo no grupo de alimentos e bebidas
A pesquisa de preços consistiu no acompanhamento de 97 itens de consumo referentes ao grupo de alimentos nos meses de outubro a junho de 2016. Nos supermercados foram obteve-se o preço de três marcas de cada item, sendo possível pegar o preço nove vezes para o mesmo item, desses valores tirou-se a média mensal de preço do item, levando em consideração as mesmas marcas para o levantamento dos preços deste item nos meses posteriores para se evitar disparidades em relação ao valor pelas marcas dos produtos. Já nas feiras não é possível fazer o levantamento dos preços levando em consideração as marcas de produtos, pode-se então acompanhar o preço de cada item somente pelas suas categorias, por exemplo a banana pegou-se o preço da banana do tipo banana-prata nos três estabelecimentos selecionadas.
Após a pesquisa de preços foi realizado a tabulação dos tirando-se as medias dos preços de cada item e posteriormente se calcular o índice.
3.1 Cálculo do ICV
Para o cálculo do índice, foi utilizado o índice de Laspeyres. O Índice de Preços de Laspeyres para um conjunto de mercadorias, num período t, é a média ponderada dos preços relativos dessas mercadorias, utilizando, como fatores de ponderação, os valores monetários das quantidades de cada mercadoria vendida no período base. Indicando por a quantidade da i-ésima mercadoria vendida no período-base, o seu valor monetário, considerando o preço nesse mesmo período, é. Então o índice ponderado de preços no período t, de acordo com o método de Laspeyres é dado como segue:
Que pode ser escrito do seguinte modo:
Logo,
Nesta última expressão (1), temos no denominador o valor total do mês base, dado pela soma do produto entre as quantidades (q) consumidas e preços (p) dos produtos envolvidos na época base (0) no período (i) e no numerador, temos os totais das quantidades da época base e os preços na época atual (t).
O índice de quantidades de Laspeyres é definido por:
Substituindo-se os termos envolvidos pelas respectivas definições, para simplificar a expressão:
Logo,
Como anteriormente, no denominador o valor total do mês base e no numerador temos os valores das quantidades da época base aos preços atuais. Farias (2005) destaca que no índice de preços, a variação no valor gasto é devida à variação de preços, enquanto no índice de quantidade, o valor total varia em função da variação nas quantidades.
A principal desvantagem em se aplicar o método de Laspeyres é o fato de este método não levar em conta as alterações na estrutura de ponderação que se mantem inalterada em toda a série.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF)
Para o cálculo do Índice do Custo de Vida para a cidade de Parintins do grupo de Alimentos e bebidas, foi utilizada o peso dos grupos de produtos os quais foram adquiridos mediante a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF). Com a realização da POF foi possível a identificação a estrutura dos orçamentos familiares do município de Parintins (aquisição de produtos, serviços e rendimentos) e conhecer os produtos adquiridos e os serviços utilizados bem como representar cada produto e serviços individualmente em relação ao total consumido pela família. Observou-se que dentre os nove grupos que compõem os gastos das famílias parintinense o grupo de alimentos e bebias tem o maior peso, ficando com 33,63% da fatia das despesas de consumo, evidenciando que este grupo tem o maior impacto nos orçamentos de consumo mensal das famílias parintinenses conforme mostra a Tabela 1.
4.2 Produtos que fazem parte da cesta de compras dos parintinenses
Para o grupo de alimentos e bebidas foi realizada a pesquisa de campo nas feiras e supermercados, durante oito meses em que foram levantados os preços de 97 itens da cesta de compras do grupo alimentos e bebidas. Os itens pertencentes ao grupo de alimentos e bebidas foram subdivididos em 16 subgrupos levando em consideração as características comuns dos itens pesquisados. Ainda, observa-se o peso de cada produto envolvido na pesquisa para determinação do índice local. No Gráfico 1, tem-se as informações (pesos) dos subgrupos.
4.3 Índice de Custo de Vida (ICV)
Durante a realização da pesquisa foi identificado o aumento dos preços de diversos itens do grupo analisado. O acumulado do índice de custo de vida no município de Parintins durante o período observado (janeiro/2016 a setembro/2016) foi de 8,57%. Deste modo, constata-se que o poder de compra das famílias residentes do município de Parintins diminuiu 8,57% com relação ao grupo de alimentos e bebidas. Vale observar que este grupo possui o maior peso dentre os nove grupos de consumo.
De acordo com os resultados obtidos na pesquisa de campo, tem-se o ICV local obtidos para os períodos de fevereiro de 2016 até setembro de 2016. Estes índices evidenciam aumento da inflação para o grupo de alimentos e bebidas, apresentando um impacto no poder de compra dos moradores locais, ou seja, tem sido mais dispendioso para o consumidor local manter o seu padrão de vida.
Para o período de janeiro/fevereiro verificou-se que o aumento do ICV foi de 4,35% em relação ao período anterior. Alguns dos itens de consumo do grupo de Alimentos e bebidas que tiveram aumento do preço foram: o mamão com aumento de 94,0%, a cenoura com alta de preço em 37,8%, o feijão carioca (rajado) com elevação do seu preço em 28,9% e a refeição fora de casa com aumento de 33,3%. Já os itens que tiveram a diminuição de preço foram: o mapará com queda de preço em -33,3%, o abacate com -19,0%, a sardinha com -25,0% e o biscoito com –14,3%.
Para o período de fevereiro/março verificou-se que o aumento do ICV foi de 0,1% em relação ao período anterior e pôde verificar que dentre os itens que obtiveram altas de preços estão: o Surubim com alta de 80,0%, o fubá de milho com 36,4% de aumento de preço, o açúcar refinado com alta de 27,5% e o bodó com a elevação de preço em 25,0%. Em contrapartida, dos itens pesquisados que obtiveram queda de preços foram: o tomate com queda de preço em -50,0%, a cenoura com queda de preço em -26,5% a cebola com diminuição de preço em -26,1% e o músculo com redução de preço em -25,0%.
No período de março/abril foi de 0,5%. Observa-se que durante este período alguns dos alimentos responsável por este aumento foram: a matrixã com aumento de preço em 55,6%, a mortadela com aumento de preço em 26,7%, a cebola com aumento em 17,6% e a uva 17,6% mais cara. Já os itens do grupo de alimentos e bebidas que apresentaram diminuição de preços foram: o coentro ficando -50,0% mais barato, o leite longa vida com queda de preço em -28,1%, o limão com diminuição de preço em -27,3% e a farinha de trigo com 22,0% de queda.
No período de abril/maio foi realizada a pesquisa e se obteve o aumento de 0,7% de aumento do ICV. Cabe destacar que alguns dos itens que colaboraram para este aumento foram: a batata com aumento de 29,6%, o feijão carioca (rajado) com elevação de preço 24,3%, a cebola com alta de preço de 23,3% e a carne em conserva com alta de 22,2%. Já entre os itens que sofreram queda de preço estão: a laranja com diminuição de preço de -30,7%, a Banana prata com queda de preço de -22,9%, a manga com -21,4% e a mortadela com -20,3% de queda de preço.
No período de maio/junho obteve-se aumento de 1,2% do ICV em relação ao período anterior. Alguns dos produtos que corroboraram para este resultado foram: o curimatã com aumento de 42,9% de seu preço, o pacú com aumento de 33,3%, a maçã com alta de preço de % e a alcatra com aumento de 11,3%. Dentre os alimentos que sofreram queda de preços, estão: o mapará com queda de preço de -50,0%, a pescada com queda de preço de -37,5%, a cebola com queda de -27,0% e o abacate com queda de preço de -10,8%.
No período de junho/julho o ICV local foi de 0,29%. Os itens que mais contribuíram para a elevação de preços no município nos produtos do grupo de alimentos e bebidas foram: o biscoito com alta de 92,6%, a mortadela com aumento de 63,3%, a costela com aumento de 46,2% e o feijão preto com alta de 24,1%. Por outro lado os itens da cesta de alimentos que sofreram quedas foram: o pacú com queda de -37,5%, a abobora com queda de 33,3%, a couve com queda de -27,5% e a batata com queda de -22,9%.
O período de julho/agosto o ICV local teve uma aumento de 0,52% em relação ao período anterior. Os itens da cesta de compra que obtiveram as maiores variações foram: a pescada com alta de 33,3%, o matrixã com aumento de preço de 25,0%, a laranja com alta de 21,2% e a couve com alta de 20,7%. Já os itens que sofreram as maiores quedas de preço foram o mapará com queda de -44,4%, a azeitona com -23,8% de queda, o limão com -23,1% de queda e o ovo de galinha com queda de preço em 20,6%.
Por fim, o período de agosto/setembro deu-se um aumento de 0,94% no ICV local em relação ao período anterior. Os itens que tiveram as maiores altas de preço foram o óleo de soja com alta de 58,1%, o bodó com alta de 38,5%, a maionese com aumento de preço de preço de 23,5% e o limão com alta de preço de 17,0%. Por outro lado, os itens que obtiveram maiores quedas de preço foram a batata com -45,7% de queda, a laranja com queda de -30,8%, a margarina com queda de preço em 20,8% e a cenoura com -19,2% de queda de preço em relação ao período anterior.
5 Conclusão
Nesse trabalho foram calculados níveis de custo de vida para a região da cidade de Parintins/Am, no período de janeiro a setembro de 2016. Os níveis relativos ao custo de vida obtidos nesta pesquisa, foram de 8,57%.
As análises dos períodos de agosto a setembro evidenciam um acumulado no índice, com intervenção de variáveis como a inflação, apresentando um impacto no poder de compra dos moradores locais, ou seja, tem sido mais dispendioso para o consumidor local manter o seu padrão de vida.
Cabe salientar que a pesquisa aqui desenvolvida sempre considera níveis relativos de custo de vida para a população parintinense pertinente às compras em três estabelecimentos de mercado varejista, bem como em feiras locais.
Devido a inflação, o grau de poder de compra da população sofreu variação de mês para mês, em alguns pode adquirir maiores produtos, já em outros não, uma vez que a inflação induziu tal despendimento apresentando um grau de considerável mudança do poder de compra da população.
Assim, mesmo em uma situação de inflação alta, uma cidade pode experimentar redução no seu nível relativo de custo de vida. Tudo depende dos ritmos diferenciados da inflação nos diferentes períodos, levando ao consumidor a necessidade de maior atenção ao se tratar de compras mensais.
Os resultados aqui dispostos apresentam utilidade muito grande em estudos regionais, principalmente quando se trata de uma cidade no interior do estado, onde ocorreu tal estudo, posto que oferecem a possibilidade de estudar a variação dos índices de custos de vida da população. Isso proporciona uma melhor organização do bem estar da população da cidade de Parintins/Am.
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** Professor da Universidade Federal do Amazonas – UFAM/ICSEZ; Mestre em Estatística e Experimentação Agronômica pela Universidade de São Paulo – USP.
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