Viviane Aparecida Alves
Helena Brandão Viana*
Levi Morgan
Alexandro Landim
Universitária da Faculdade Adventista de Hortolândia
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RESUMO
Este trabalho apresenta um estudo sobre o perfil da mulher empreendedora que lidera negócios empresariais. O objetivo geral do estudo foi analisar o perfil das mulheres empreendedoras, que estão à frente de seus negócios, quais suas características, seu estilo de gestão, escolaridade e formação profissional, entre outros fatores relacionados ao mundo empresarial. A metodologia utilizada teve abordagem qualitativa, com uso da pesquisa bibliográficas e de campo, aplicando um questionário criado para essa pesquisa. A pesquisa contou com a participação de 6 empresárias, visando identificar suas características mais relevantes e os fatores que as levaram a agir e empreender. O trabalho identificou o perfil das mulheres que estão à frente de seus negócios, revelando-as como apaixonadas pelo que fazem, proativas, persistentes, com controle sobre os conflitos no ambiente de trabalho e gestão democrática.
Palavras-chave: empreendedorismo, liderança, sensibilidade, desafios, participação.
FEMALE ENTREPRENEURSHIP: A PROFILE ANALYSIS OF WOMEN WHO OWN SMALL AND MEDIUM-SIZED BUSINESSES
ABSTRACT
This paper aims at presenting a study about the entrepeneurial woman´s profile who leads businesses. The general objective of this study was to analyze the entrepeneurial women´s profile who are ahead of their own businesses, what their characteristics are, their management style, graduation level and professional area of graduation among other factors related to the business world. The methodology was based on the qualitative approach, using bibliographical and field research, applying a questionnaire created for this research. Six businesswomen took part in the research, aiming at identifying their most relevant characteristics and the factors which led them to act and engage into business. The paper identified the women´s profile who are ahead of their own businesses, revealing how much they enjoy their work as well as their proactive and persistent style. Also, it showed they have control over conflicts within the work environment and their democratic management style.
Key-words: entrepreneurship; leadership; sensitivity; challenges; participation.
Para citar este artículo puede uitlizar el siguiente formato:
Viviane Aparecida Alves, Helena Brandão Viana, Levi Morgan y Alexandro Landim (2016): “Empreendedorismo feminino: uma análise do perfil de mulheres proprietarias de pequenas e médias empresas”, Revista Observatorio de la Economía Latinoamericana, Brasil, (noviembre 2016). En línea:
http://www.eumed.net/cursecon/ecolat/br/16/propietarias.html
http://hdl.handle.net/20.500.11763/br16propietarias
INTRODUÇÃO
Os fenômenos relacionados ao empreendedorismo têm conquistado importância e relevância junto aos meios empresarial e acadêmico acentuadamente nas últimas décadas (RIMOLI et al., 2004).
O vocábulo “empreendedorismo” deriva do francês entrepreneur, que se refere àquele que “assume riscos e tem a iniciativa de começar algo novo (DORNELAS, apud GIAROLA, 2013).
Esse crescimento tem se destacado entre as mulheres, chegando a ultrapassar o número de empreendedores do gênero masculino. Segundo uma pesquisa internacional da GEM – Global Entrepreneurship Monitor, no Brasil, pela primeira vez, as mulheres atingiram o índice de 53%, enquanto os homens não passaram de 47%. A justificativa para este estudo está apoiada em dois pontos: no predomínio feminino no desenvolvimento do empreendedorismo entre as mulheres, fenômeno que atribui importância ao tema (DAMASCENO, 2010), e pela contribuição que as mulheres empreendedoras oferem à sociedade à sociedade, estimulando o crescimento econômico (GIAROLA, 2013).
Os chamados empreendedores exercem a função de atender às necessidades mutantes da sociedade, auxiliando o crescimento do mercado. Os empreendedores “não são simplesmente provedores de mercadorias ou de serviços, mas fontes de energia que assumem riscos em uma economia em constante transformação e crescimento” (CHIAVENATO, 2007, p.18).
Segundo Schumpeter (apud CAMPOS; DUARTE, 2013, p. 3), “a função do empreendedor é produzir inovações dos meios de produção que são a força motriz do desenvolvimento econômico”. O requisito principal do empreendedor é a habilidade para saber como agir em momentos de incerteza, trabalhar com as preocupações do cotidiano, como, por exemplo, renda, tempo, resistência do contexto social no qual se pretende inovar. Partindo do exposto, o autor concebe o empreendedor como um profissional cujo trabalho demanda habilidades específicas para atuar em situações com objetivos incertos.
Para Dolabela (2006, p. 29) “O empreendedor é um ser social, produto do meio em que vive (época e lugar)”. A atividade empreendedora não é recente e inovar é parte da natureza humana. Dolabela (2006, p. 30) mostra ainda que “[...] o empreendedor é o responsável pelo crescimento econômico e pelo desenvolvimento social. Por meio da inovação, dinamiza a economia”.
Observa-se, na atualidade, uma significativa reestruturação da organização do trabalho decorrente de grandes transformações nos processos produtivos e na economia como um todo.
São tempos de mudança para as mulheres. No Brasil, o trabalho feminino tem aumentado significativamente, causando alterações no tamanho e na composição do mercado de trabalho brasileiro (BRUSCHINI, 1994).
Segundo Melo (2001), a taxa de emprego feminino em pequenas e médias empresas alcançou 44,53% nas áreas metropolitanas. Entre outras causas, o avanço nos números é resultado do aumento da participação feminina no setor de serviços, que recentemente aumentaram sua relevância no PIB brasileiro. O resultado dessa maior inserção das mulheres no mundo dos negócios é uma melhora na saúde financeira de muitas empresas e do desempenho da economia no País como consequência.
As mulheres reconhecem no empreendimento a opção de vida mais promissora, no que diz respeito à busca por crescimento profissional e realização pessoal. Os estudos dedicados à questão da mulher no mundo do trabalho e a leitura de periódicos e publicações especializadas contribuem para que se perceba a importância do gênero feminino na construção da dinâmica empreendedora do futuro nas micro e pequenas empresas (GRZYBOVSKI; BOSCARIM; MIGOTT, 2002; LIM; SMITH; BOTTOMLEY, 2003).
Partindo do exposto, este estudo, com base em Fernandes, Campos e Silva (2013), defende a seguinte hipótese: “O empreendedorismo feminino tem acrescentado uma multiplicidade de características à gestão empresarial que não eram valorizadas na época pré-expansão da presença feminina no mundo dos negócios, destacando-se a sensibilidade, inovação/criatividade, colaboração, comportamentos assumidos na economia doméstica, na administração do lar”.
O estudo sobre o empreendedorismo feminino visa focar seus conceitos e fundamentos, o contexto no cenário nacional, bem como identificar a existência de um perfil empreendedor em mulheres microempresárias, e apresentar as dificuldades que estas enfrentam. Os objetivos específicos propostos são: identificar as características pessoais de empreendedoras, considerando sua origem, trajetória educacional, experiência profissional e vida pessoal; analisar a motivação para o desenvolvimento do negócio; avaliar as dificuldades encontradas no desenvolvimento do processo produtivo/prestação de serviços e conhecer as estratégias utilizadas pela empreendedora para superar barreiras e dificuldades.
REFERENCIAL TEÓRICO
Origem, Evolução e Cconceituação do Empreendedorismo
O ato de empreender teve sua origem com o próprio homem, pois é inerente à natureza humana, uma vez que procura moldar a natureza às suas necessidades. Pode-se observar esse comportamento humano quando procura adaptar o contexto natural às suas necessidades e expectativas, fazendo mudanças e inovações. Essas transformações são possíveis à medida em que as técnicas e procedimentos se desenvolvem, facilitando as mudanças e execução dos objetivos propostos. Partindo dessa dinâmica transformadora da sociedade, à medida em que vão ocorrendo as mudanças, também vão sendo introduzidas inovações nos estilos de vida das pessoas, nos métodos de produção, na demanda de novas necessidades, emergindo uma pressão para o homem criar continuamente, o que o leva a aprimorar-se na sua formação de empreendedor (DAMASCENO, 2010).
No Brasil, o empreendedorismo passou a ser um tema bastante debatido a partir dos anos de 1990, quando começaram a ser criadas as pequenas empresas, que por sua vez, passaram ser pressionadas a inovar para enfrentar a concorrência. Essas pequenas empresas tiveram que encontrar alternativas para obter competitividade, reduzindo custos e eliminando desperdícios.
O empreendedorismo passou a ter visibilidade no Brasil a partir da:
Criação do SEBRAE – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas e a SOFTEX – Sociedade Brasileira para Exportação de Software. Em 1997 foi criada a pesquisa internacional GEM – Global Entrepreneurship Monitor, que tinha inicialmente como propósito apenas levar para o ambiente acadêmico o melhor sobre o empreendedorismo e o crescimento econômico em vários países, mas em 2000 o Brasil pode participar e levantaram a questão do capital de risco “venture capital” em cada país participante (DAMASCENO, 2010, p.17 ).
O empreendedorismo foi uma atividade estritamente masculina até algumas décadas atrás, quando surgiu o fenômeno de feminização do trabalho. Segundo Fernandes, Campos e Silva (2013), esse fenômeno foi um dos principais fatores que possibilitaram o surgimento e desenvolvimento do empreendedorismo feminino no mundo dos negócios.
O primeiro e grande impulso recebido pelo empreendedorismo feminino foi dado pelos Estados Unidos nos anos de 1980. Antes da década de 80, havia uma limitação ao aceso à educação sobre gestão empresarial e ao capital de investidores. A partir de então, o desenvolvimento do empreendedorismo feminino passou por duas gerações, a saber: a primeira geração de empreendedoras era constituída por mulheres com um tipo de formação liberal influenciada pela área artística, sem base em finanças, marketing e operações e pouca experiência em negócio empresarial (MACHADO, 2012).
A segunda geração de mulheres empreendedoras teve início na década de 1980, avançando no campo dominado pelos homens, expandindo-se sobre “os setores financeiros, de seguros, de construção e manufatura”.
Segundo Moore & Buttner (apud MACHADO, 2012), os cargos mais ocupados pelas mulheres nesse período eram os de gestão organizacional, não gerenciando negócio próprio. Entretanto, essas mulheres, que já possuíam em média, entre 10 a 12 anos de experiência prática no mercado, procuravam empreender seus próprios negócios somando a experiência já adquirida a uma base maior de conhecimento sobre gestão empresarial.
Motivações que Levam as Mulheres a Tornarem-se Empreendedoras
Este tópico apresenta alguns estudos de autores que dedicaram-se a identificar fatores que têm sido percebidos como motivações para as mulheres a tornarem-se empreendedoras. Esses trabalhos mostram enfoques diferentes, fazendo emergir diferentes motivações, conforme o ponto de vista analisado. A seguir, são apresentados alguns autores e suas indicações sobre as motivações aqui em foco.
Segundo Fernandes, Campos e Silva (2013), os estudos sobre as motivações que levam as mulheres a enfrentarem as dificuldades impostas pelo empreendedorismo têm levado em consideração a multiplicidade de responsabilidades assumidas pelas mulheres, tanto na administração doméstica como profissional. No lar, a mulher cuida dos filhos, do orçamento doméstico, do marido, do funcionamento e manutenção da casa. Na atividade profissional, é freqüente a mulher sentir-se pouco valorizada pelo chefe, o que provoca descontentamento e um sentimento de que deve fazer mudanças para melhorar sua autoestima e autoconfiança. Esse descontentamento profissional e espírito criativo inerente às mulheres têm constituído o fator determinante para motivá-las a empreender.
Essas motivações são fortalecidas pela soma das características do otimismo e da liderança, que fazem parte do perfil do empreendedor (FERNANDES; CAMPOS; SILVA, 2013).
Para Fernandes, Campos e Silva (2013, p. 2), o talento feminino tanto se manifesta na produção das fábricas, na prestação de serviços quanto na área do empreendedorismo. Entre os fatores que têm contribuído para essa presença feminina no mercado de trabalho estão: a) “as mudanças estruturais da economia”; b) o nível de escolaridade cada vez mais alto” das mulheres; c) as necessidades; d) identificação de uma oportunidade de crescimento profissional.
Machado (2012) também estudou as motivações que impulsionam as mulheres para o empreendedorismo, destacando as seguintes: a) as barreiras existentes nas organizações que frequentemente impossibilitam o crescimento na carreira das mulheres profissionais; b) a possibilidade de autorealização da mulher empreendedora. O autor também reconhece que há razões próprias do contexto empresarial como a estabilidade econômica observada na última década, bem como, a aprovação da “Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, em 2007, e da Lei do Empreendedor Individual, em 2008”, que propiciam novos negócios (MACHADO, 2012, p. 2-3).
De acordo com Anderson e Woodcok (apud Fernandes, Campos e Silva, 2013, p. 3), os motivos que levam as mulheres a empreender são:
[...] sobrevivência, insatisfação com a liderança masculina, descoberta de um nicho de mercado, satisfação em fazer as próprias decisões, percepção do desafio que, em combinação com o prazer e o contentamento aí associados, constituiu o fator principal.
Para estes autores, o desafio que envolve o empreendedorismo, a necessidade de criar e controlar um negócio próprio, as dificuldades dessa opção, também podem ser entendidas como motivações para empreender, pois existe muitos obstáculos para a mulher progredir na carreira. Assim, elas estudam mais do que os homens, para vencer os problemas.
Características do Empreendedorismo Feminino
Segundo Fernandes, Campos e Silva (2013, p. 5), as mulheres, de maneira geral, “possuem como característica natural maior sensibilidade, maior empatia, comprometimento, vontade de ajudar”. Essas características facilitam o relacionamento com clientes, parceiros, comunidade, entre outros. As mulheres têm a capacidade de “executar várias atividades ao mesmo tempo e lidar com várias responsabilidades”, como lar, filhos, marido e trabalho.
Conforme Villas Boas (2010, p.51) “Existem importantes diferenças entre os estilos de empreender masculino e feminino. Elas têm uma ótima capacidade de persuasão e se preocupam com clientes e fornecedores, o que contribui para o progresso da empresa”, sendo esta uma característica que diferencia a atuação do empreendedor masculino e feminino.
Sintetizando o exposto nos dois parágrafos acima, Fernandes, Campos e Silva (2013, p. 5), identificaram como características do empreendedorismo feminino os seguintes atributos: “otimismo, força de vontade na perseguição dos objetivos, paixão pela atividade em que atua e o jeito de ser das mulheres”.
Dolabela (apud KUKI; KUKI; CALLEGARI, 2013) também analisou e identificou as seguintes características: é perseverante, incansável e otimista; tem iniciativa, autoconfiança e autonomia; trabalha sozinho, com perseverança; sente uma necessidade interior de realizar seus objetivos; aprende com os próprios erros e resultados insatisfatórios/negativos. É capaz de concentrar-se nas metas até atingi-las e opõe-se à imposição de padrões.
Perfil da Mulher Empreendedora
Segundo Dolabela (apud KUKI; KUKI; CALLEGARI, 2013), ao reconhecerem as dificuldades para abrir sua própria empresa, o empreendedor analisa todas as suas habilidades, capacidades, motivações e objetivos antes de tornar-se um empreendedor.
Para descobrir essas habilidades e motivações, as pesquisas procuraram identificar as “características de personalidade”, dos empreendedores, as quais aparecem durante o processo de gestão empresarial, contribuindo para a expansão do seu espaço na área dos (OLIVEIRA, 2014).
Com a identificação das muitas características, torna-se possível traçar um perfil da mulher empreendedora, assunto tratado a seguir.
Segundo Fernandes, Campos e Silva (2013), o perfil da mulher empreendedora pode ser descrito como o de uma pessoa que considera o fato de ter um negócio próprio como uma estratégia aplicada à forma de se viver e não apenas uma maneira de ganhar dinheiro ou uma ocupação. Ela está sempre procurando tornar o trabalho um meio de beneficiar a todos que estão à sua volta.
No perfil da mulher empreendedora pode-se incluir algumas habilidades sobremaneira femininas, tais como: grande facilidade em relação à formação de equipe; habilidade para cuidar de detalhes; possui certa dose de sentimentalismo nas tomadas de decisões; revela maior facilidade do que os homens para desenvolver atividades intelectuais; neste ponto, o homem revela-se mais ágil e prático. Conforme os autores, as características femininas, tradicionalmente associadas de forma preconceituosa às fragilidades, hoje, são valorizadas como vantagens no mercado empresarial. Nesse sentido, a sensibilidade feminina passou a representar o grande diferencial entre os perfis feminino e masculino.
Dificuldades e Desafios do Empreendedorismo Feminino
Os desafios a serem enfrentados pelos empreendedores são muitos, mas é preciso superá-los, para que os objetivos propostos sejam atingidos com sucesso. Da realização com sucesso dos objetivos depende o afastamento de sérios riscos, inclusive o de falência. Tanto os empreendedores masculinos quanto os femininos correm os mesmos riscos e enfrentam as mesmas dificuldades, variando apenas no que se refere às seguintes questões: “contexto econômico, legislativo, exportação/importação, a área e ramo de atividade, implantação, alcance das metas propostas, entre outros fatores, que interferem no desenvolvimento do negócio” (KUKI; KUKI; CALLEGARI, 2013, p. 7).
Entretanto, Crameretal (apud KUKI; KUKI; CALLEGARI, 2013, p. 7) destaca algumas dificuldades que são especificamente do empreendedorismo feminino:
[...] jornada dupla de trabalho, devido aos afazeres domésticos, educação e cuidado dos filhos, preocupação com as pessoas do lar, enquanto trabalha como mulher de negócios, o que gera conflitos e sentimento de culpa.
Gómez Winkler e Medeiros (apud KUKI; KUKI; CALLEGARI, 2013, p. 9), acrescentam mais algumas dificuldades de ordem profissional que as mulheres enfrentam:
[...] falta de experiência gerencial, que segundo elas é bem menor do que a dos homens empreendedores” [...]; obtenção de recursos, principalmente financeiros, sobretudo os bancos que privilegiam a concessão de crédito para empresas criadas e dirigidas por homens.
Um estudo de Carter, Willians e Reynolds (apud KUKI; KUKI; CALLEGARI, 2013, p. 9), elaborou uma hipótese de que “há uma relação direta entre estratégia e recursos iniciais com a sobrevivência das empresas”. Esta hipótese defende a ideia de que a sobrevivência de uma empresa depende da estratégia adotada pelo gestor e dos recursos iniciais disponíveis.
Além das muitas dificuldades impostas aos empreendedores em geral, independentes de gênero, Fernandes, Campos e Silva (2013), destacam ainda, aquelas que recaem mais pesadamente, na gestão empresarial feminina. Para reforçar esse entendimento, pode-se complementar com o pensamento de Gomes (apud FERNANDES; CAMPOS; SILVA, 2013), que destaca as duas jornadas de trabalho da mulher, que procura conciliar a profissão às responsabilidades com a família, dificuldade que raramente atinge o universo masculino. Essa dupla jornada de trabalho é herança de uma cultura conservadora, que mantém a expectativa de mulher mãe, dona de casa e esposa, papeis que já não se adéquam à vida da mulher que está à frente de seus negócios. Para agravar as dificuldades, podem ser citados os fatores biológicos, como a gravidez; as diferenças de salário menor que o do marido, mesmo tendo mais escolaridade; a obrigação de estar arrumadinha e bonita à espera do marido, para atender uma sociedade machista.
As dificuldades e desafios variam conforme o local onde está localizada a empresa, o setor de atividade do negócio, as condições financeiras do país, a disponibilidade de verba do empreendedor, entre outras. Entretanto, há desafios mais gerais, que ocorrem em todas as empresas, como, por exemplo: dificuldades financeiras, problemas na implantação de um plano de negócio, obstáculos à realização das metas estabelecidas (GOMES apud FERNANDES; CAMPOS; SILVA, 2013).
Ainda conforme Gomes (apud FERNANDES; CAMPOS; SILVA, 2013), tratando-se de mulher, sendo ela dotada de maior sensibilidade na relação entre pessoas, enfrenta mais um desafio a vencer: um constante conflito em que se encontram, um sentimento de culpa por se dedicar tanto à empresa.
METODOLOGIA
A metodologia adotada neste estudo parte da abordagem qualitativa, com aplicação de pesquisa bibliográfica e exploração de campo. Os dados foram coletados por meio de entrevistas realizadas junto a seis empresárias que estão à frente de seus negócios, na localidade de Hortolândia. Os dados foram coletados por meio de fontes primárias, com questões apresentadas às entrevistadas via pesquisa de campo (DOXSEY, 2009).
Para a coleta de dados, os instrumentos mais utilizados são o questionário, a entrevista e a observação à entrevista pode ser elaborada a partir de um Roteiro para as perguntas e opções. No caso deste estudo, foi utilizada uma adaptação de instrumento já existente, de DAMASCENO (2010), com 9 questões abertas e 10 questões fechadas com quatro opções de resposta.
A partir do Roteiro, a Entrevista procurou obter dados que poderiam delinear o perfil de seis mulheres empreendedoras brasileiras da Região Metropolitana de Campinas (RMC).
Os negócios empreendidos pelas entrevistadas são: Contabilidade e Consultoria; Empresa de Pilates; Clínica Médica; Prestação de Serviços; Lojas de Departamentos; e produção de Doces e Bolos.
RESULTADOS
O quadro 1, traz a característica da amostra.
Quadro 1 – Identificação das Mulheres Empreendedoras
Empresária |
Característica |
Área de atuação |
1 |
Casada, Curso Superior Completo, 38 anos |
Contabilidade e Consultoria |
2 |
Solteira, Pós- Graduada, 33 anos. |
Empresa de Pilates |
3 |
Casada, Superior Completo, 29 anos. |
Clínica Médica |
4 |
Casada, Escolaridade Superior, 51 anos. |
Prestação de Serviços |
5 |
Casada, Superior Completo, 64 anos |
Lojas de Departamentos |
6 |
Casada, Pós-Graduada, 25 anos. |
Produção de doces e bolos |
Quadro 2 – Perfil das Mulheres Empreendedoras
Áreas |
Perfil |
Contabilidade e Consultoria |
É proativa, pois toma todas as iniciativas necessárias nas tomadas de decisão. |
Empresa de Pilates |
É proativa na tomada de decisões. |
Clínica |
É proativa na tomada de decisões. |
Prestação de Serviços |
É proativa na tomada de decisões. |
Lojas de Departamentos |
É proativa na tomada de decisões. |
Produção de doces e bolos |
É proativa na tomada de decisão. Toma todas as iniciativas necessárias. |
Fonte: Elaboração da Autora.
Quadro 3 - Pontuação de autoconceito das entrevistadas
Área |
Autoconceito |
Contabilidade e Consultoria Empresarial |
É proativa na tomada de decisão; tem disciplina e dedicação; mantém a persistência diante de problemas; procura adquirir conhecimento profundo sobre as necessidades do cliente e satisfazê-lo; analisa tudo antes de agir, correndo riscos apenas quando bem calculados; tolera, controla e ameniza o estresse e os conflitos; aplica suas habilidades na solução de problemas; tem a mentalidade aberta às inovações e à flexibilidade; tem autoconfiança, iniciativa, bem como reconhece suas forças e fraquezas; adota o trabalho em equipe e a gestão empresarial democrática - B. |
Empresa de Pilates |
É proativa na tomada de decisão; E; tem disciplina e dedicação – Bom; mantém a persistência diante de problemas – E; procura adquirir conhecimento profundo sobre as necessidades do cliente e satisfazê-lo – E; analisa tudo antes de agir, correndo riscos apenas quando bem calculados – B; tolera, controla e ameniza o estresse e os conflitos – B; aplica suas habilidades na solução de problemas – E; tem a mentalidade aberta às inovações e à flexibilidade – E; tem autoconfiança bem como reconhece suas forças e fraquezas. “Tenho essas qualidades em determinadas situações” – B; adota o trabalho em equipe e a gestão empresarial democrática – B. |
Clínica Médica |
É proativa na tomada de decisão – E; tem disciplina e dedicação – E; mantém a persistência diante de problemas – E; procura adquirir conhecimento profundo sobre as necessidades do cliente e satisfazê-lo (“Acredito que já conheço meus clientes e ofereço um atendimento padrão, sem muitas alterações”) – B; analisa tudo antes de agir, correndo riscos apenas quando bem calculados (“Os riscos nem sempre são analisados”) – R; tolera, controla e ameniza o estresse e os conflitos – B; aplica suas habilidades na solução de problemas – E; tem a mentalidade aberta às inovações e à flexibilidade (“Tenho mentalidade aberta sobe alguns assuntos, mas faço restrições a outros pontos (sou rígida em relação à pontualidade, freqüência, comportamentos no ambiente de trabalho, etc.”) – B; tem autoconfiança, iniciativa, bem como reconhece suas forças e fraquezas (“Tenho essas características em determinadas situações, mas há momentos em que sinto insegurança”) – B; adota o trabalho em equipe e a gestão empresarial democrática – E. |
Prestação de Serviços |
É proativa na tomada de decisão – E; tem disciplina e dedicação – B; mantém a persistência diante de problemas – E; procura adquirir conhecimento profundo sobre as necessidades do cliente e satisfazê-lo – E; analisa tudo antes de agir, correndo riscos apenas quando bem calculados – E; tolera, controla e ameniza o estresse e os conflitos – B; aplica suas habilidades na solução de problemas – E; tem a mentalidade aberta às inovações e à flexibilidade – E; tem autoconfiança, iniciativa, bem como reconhece suas forças e fraquezas – E; adota o trabalho em equipe e a gestão empresarial democrática – B. |
Loja de Departamentos |
É proativa na tomada de decisão – E; tem disciplina e dedicação – E; mantém a persistência diante de problemas – E; procura adquirir conhecimento profundo sobre as necessidades do cliente e satisfazê-lo – E; analisa tudo antes de agir, correndo riscos apenas quando bem calculados – E; tolera, controla e ameniza o estresse e os conflitos – E; aplica suas habilidades na solução de problemas – E; tem a mentalidade aberta às inovações e à flexibilidade – E; tem autoconfiança, iniciativa, bem como reconhece suas forças e fraquezas – E; adota o trabalho em equipe e a gestão empresarial democrática – B. |
Empresa: |
É proativa na tomada de decisão – E; tem disciplina e dedicação – B; mantém a persistência diante de problemas – E; procura adquirir conhecimento profundo sobre as necessidades do cliente e satisfazê-lo – E; analisa tudo antes de agir, correndo riscos apenas quando bem calculados – E; tolera, controla e ameniza o estresse e os conflitos – B; aplica suas habilidades na solução de problemas – E; tem a mentalidade aberta às inovações e à flexibilidade – E; tem autoconfiança, iniciativa, bem como reconhece suas forças e fraquezas – E; adota o trabalho em equipe e a gestão empresarial democrática – E. |
Fonte: Elaboração da Autora.
DISCUSSÃO
Analisando os perfis das mulheres empreendedoras que responderam ao questionário deste trabalho e estabelecendo uma comparação com os dados coletados na fundamentação teórica, foi observado um dos pontos que mais colocam em evidência uma afirmação de Fernandes, Campos e Silva (2013), que relata que o empreendedorismo feminino mostrou uma multiplicidade de atributos ou características do gênero feminino que não eram valorizadas no mundo dos negócios durante o período da pré-expansão do espaço feminista empreendedor, destacando-se a sensibilidade, o espírito inovador e flexível, a criatividade, os comportamentos adotados na administração e economia doméstica.
Partindo do exposto no parágrafo anterior, pode-se complementar com a afirmação de Schumpeter (apud CAMPOS; DUARTE, 2013, p. 3), quando destaca que “a função do empreendedor é produzir inovações dos meios de produção”. Isto confirma a valorização das características femininas, pois um dos requisitos principais do empreendedor é a habilidade de agir em situações de incerteza, que demandam iniciativa e inovação, ações frequentemente citadas nos questionários das entrevistadas.
Considerando que no momento atual as organizações estão passando por uma reestruturação devido às grandes transformações nos processos produtivos, inclusive nas relações de trabalho, tais mudanças têm aumentado a presença da mulher nas atividades fora do lar. Assim, conforme Bruschini (1994), o aumento de possibilidades de trabalho para a mulher alterou a composição de homens e mulheres no mercado de trabalho brasileiro.
Esse contexto justifica a iniciativa da maioria das empresárias entrevistadas, as quais reconheceram os momentos propícios para abrir um empreendimento, quando perceberam que era preciso tomar uma iniciativa, conforme respostas obtidas durante as entrevistas.
Pode-se observar que cada entrevistada teve um motivo para empreender, mas havia um ponto em comum: a percepção do momento propício para o negócio.
Para Grzybovski, Boscarim e Migott (2002), e Lim, Smith e Bottomley (2003), as mulheres reconhecem no empreendimento a opção de vida mais promissora, no que diz respeito à busca por crescimento profissional e realização pessoal, entendimento, de fato, confirmado pelas respostas obtidas.
As respostas que as empresárias entrevistadas deram à questão sobre a motivação que as levou a empreender confirmam as diversas razões citadas por Machado (2012) e são elas: as barreiras existentes nas organizações que frequentemente impossibilitam o crescimento na carreira das mulheres profissionais e a possibilidade de auto realização da mulher empreendedora.
Em relação às características do empreendedorismo feminino, Fernandes, Campos e Silva (2013, p. 5), entendem que as mulheres, de maneira geral, “possuem como característica natural maior sensibilidade, maior empatia, comprometimento, vontade de ajudar”. De fato, pelas respostas, as empresárias evidenciaram a valorização pelo conhecimento às necessidades de seu público-alvo, para melhor atendê-los. O fato de cinco entrevistadas serem casadas, sendo apenas uma solteira, também pode-se dizer que as mulheres têm a capacidade de “executar várias atividades simultaneamente, bem como, desempenhar várias responsabilidades, como responsabilidades domésticas, filhos, marido e trabalho.
Fernandes, Campos e Silva (2013, p. 5) identificaram como características do empreendedorismo feminino os seguintes atributos: “otimismo, força de vontade na perseguição dos objetivos, paixão pela atividade em que atua e o jeito de ser das mulheres”.
Analisando as respostas das empresárias entrevistadas, foram encontradas as características apontadas pelos autores citados, e mais outras: pró-atividade, disciplina, dedicação, persistência, valorização do conhecimento sobre o cliente, analisa e calcula muito bem os riscos, controla e ameniza os conflitos, aplica suas habilidades na solução de problemas, mentalidade aberta e flexível, autoconfiança e iniciativa, amor pela atividade em que atua, trabalho em equipe, gestão democrática e reconhece suas forças e fraquezas.
Dolabela (apud KUKI; KUKI; CALLEGARI, 2013) também analisou e identificou as seguintes características: é perseverante, incansável e otimista; tem iniciativa, autoconfiança e autonomia; trabalha sozinho, com perseverança; sente uma necessidade interior de realizar seus objetivos; aprende com os próprios erros e resultados insatisfatórios/negativos. É capaz de concentrar-se nas metas até atingi-las e opõe-se à imposição de padrões.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho foi desenvolvido para analisar o perfil de mulheres empreendedoras, que estão à frente de seus negócios, bem como, responder ao problema e aos objetivos propostos.
O problema está centrado na necessidade de se conhecer melhor o perfil das empresárias que enfrentam os desafios para desenvolver suas empresas com sucesso, quais suas características, seu estilo de gestão, escolaridade e formação profissional, entre outros fatores relacionados ao mundo empresarial.
O objetivo geral do estudo foi atingido ao serem analisados os conceitos e fundamentos relacionados ao tema deste estudo, com destaque aos seguintes pontos: o contexto no cenário nacional, a identificação de um perfil empreendedor em mulheres empresárias; a identificação e descrição das dificuldades que a mulher empreendedora enfrenta; as suas características, as quais traçam o perfil da mulher empreendedora, que atua à frente de seu negócio
Este estudo possibilitou compreender melhor as atitudes e comportamentos das mulheres empreendedoras. Agora, depois deste estudo é possível reconhecer que elas estão procurando capacitação, profissionalização e especialização, por reconhecer que somente através do conhecimento será possível entrar para o mercado de trabalho mais rapidamente. As que são dotadas do comportamento empreendedor, preferem enfrentar o desafio de abrir sua própria empresa, não se limitando a trabalhar para os empresários.
As pesquisas também possibilitaram identificar os principais desafios e dificuldades com os quais as mulheres empreendedoras se deparam durante a implantação e desenvolvimento de um negócio empresarial: o primeiro e mais difícil de superar é não dispor de tempo para ficar junto da família. Ficar longe do lar, dos filhos, não ter tempo para a vida pessoal é um dos obstáculos que devem ser superados. A segunda dificuldade é a falta de experiência para locar o financiamento inicial necessário à abertura do negócio. Em terceiro lugar e seguintes, estão a dupla jornada de trabalho, demora na abertura da empresa e outras.
Para superar tantos desafios, a mulher empreendedora aplica a dedicação ao trabalho, busca conhecimento e satisfação ao cliente, não desanima, tornando-se forte pela paixão em fazer o que faz.
Em relação à hipótese defendida por este estudo, os resultados obtidos confirmam e validam a afirmação nela contida, pois, de fato, o empreendedorismo feminino tem acrescentado uma multiplicidade de características à gestão empresarial, as quais não eram valorizadas na época pré-expansão da presença feminina no mundo dos negócios, pois eram elementos inerentes à natureza feminina, como, por exemplo, a sensibilidade, inovação/criatividade, colaboração. Esses eram comportamentos assumidos apenas na economia doméstica, mas, com o empreendedorismo, passaram a ser valorizados na gestão empresarial.
Acredita-se que os resultados da pesquisa são relevantes, contribuindo para o aprofundamento do conhecimento em relação ao empreendedorismo feminino, pois apresentam as mulheres que abrem seus negócios com autoconfiança, mesmo com a evidência das dificuldades que terão que superar enquanto autônomas.
Como sugestão para estudos futuros, seria de grande relevância pesquisas sobre empreendedorismo feminino, com o objetivo de identificar os conhecimentos necessários para a formação de gestoras empresariais, onde fossem incluídas disciplinas sobre financiamento bancário, contratos com fornecedores e legislação comercial.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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