Jorge Thadew Moura de Souza
Heriberto Wagner Amanajás Pena
Benedito Evandro Barros da Silva
Universidade do Estado do Pará
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RESUMO
  A extração de substâncias de emprego  imediato na construção civil tem se intensificado no município de Ourém,  motivado sobre tudo pela grande demanda dessas substâncias por esta atividade  ao longo dos últimos anos e que tem levado a uma série de problemas ambientais,  principalmente em razão do grande índice de clandestinidade de empreendimentos  mineradores. Neste contexto, em termos gerais este artigo buscou analisar a  expansão das áreas de cavas de mineração de seixo e areia no município de  Ourém, nos anos de 1986, 2008 e 2014. A utilização de ferramentas  computacionais, a partir de sistemas de informações geográficas – SIG, e  pesquisa bibliográfica foram os recursos empregados na pesquisa para a geração  de mapas temáticos. Os procedimentos metodológicos adotados por esta pesquisa  mostram uma crescente expansão das áreas de extração de seixo e areia no  município de estudo, ao longo dos anos analisados, porém os avanços legais  pertinentes a essas atividades, isoladamente, não contribuíram para o aumento  no número de empreendimento minerador legalizado.
  PALAVRAS-CHAVE:  Ourém, Cavas de mineração, Seixo, Areia, SIG. 
Spatial analysis of mining activities : Expansion of areas of pebble and sand pits in the Municipality of Ourem, Pa .
ABSTRACT
  The  extraction immediate use of substances in construction has intensified in the  town of Ourem, motivated above all by the great demand for these substances for  this activity over the past few years and that has led to a number of  environmental problems, mainly because of the large underground index of mining  enterprises. In this context, in general terms this article seeks to analyze  the expansion of areas of pebble and sand mining pits in the town of Ourem, in  the years 1986, 2008 and 2014. The use of computational tools, from geographic  information systems - SIG, and literature were the resources used in research  to generate thematic maps. The methodological procedures adopted by this  research show an increasing expansion of pebble extraction areas and sand in  the study of the municipality over the years analyzed, but the relevant legal  advances to these activities alone did not contribute to the increase in the  enterprise 
  KEYWORDS: Ourém; Mining armholes; Pebble; Sand; SIG.
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 Jorge Thadew Moura de Souza, Heriberto Wagner Amanajás Pena y Benedito Evandro Barros da Silva (2016): “Análise espacial das atividades de mineração: expansão das áreas de Cavas de seixo e areia no município de Ourém, PA”, Revista Observatorio de la Economía Latinoamericana, Brasil, (enero 2016). En línea: http://www.eumed.net/cursecon/ecolat/br/16/ourem.html
1 INTRODUÇÃO
A  extração de substâncias de emprego imediato na construção civil, a exemplo os agregados  seixo e areia, tem se intensificado nos últimos anos no município de Ourém,  sobre tudo em razão da crescente expansão das obras de construção civil na  Região de Integração Guajará, atividade esta que depende fortemente desses  agregados, principalmente para a fabricação de concreto.  Está forte inter-relação entre essas regiões dar-se  fundamentalmente pelo fato de que o munícipio em estudo apresenta uma grande  disponibilidade desses materiais e está localizado em uma região próxima esse  centro consumidor.
   Porém,  a intensificação da exploração desses recursos naturais, no município de estudo,  ao longo dos anos, não tem ocorrido de modo organizado, tampouco em  conformidade legal. Com isso, as modificações oriundas das ações antrópicas  sobre o meio natural agravou-se com a exploração irregular dos recursos  naturais decorrentes do modelo de exploração proposto pelas atividades de  mineração associados a uma deficiente fiscalização e gestão territorial dos  entes públicos encarregados de gerir, fiscalizar e licenciar está atividade. 
   O  início da exploração das substâncias de emprego imediato na construção civil  data da década de 80 (MATOS, 2007), porém somente no final da década de 90  ocorreu a emissão da primeira licença mineral para exploração de seixo no município,  isto é, passaram-se aproximadamente 20 anos para que houvesse a primeira  regularização de um empreendimento deste setor, o que leva a supor-se que há uma  ausência e ineficiência do poder público quanto a fiscalização e controle  territorial, haja vista que o tempo entre o início da exploração e a data da  primeira regularização é significativamente longa (DNPM, 2015).
   A  Mesorregião Nordeste Paraense, onde está localizado o município de Ourém, é  caracterizada por apresentar a maior concentração de jazidas de agregados para  a construção civil do estado, onde se destaca a exploração de seixo, de areia e  a fabricação de materiais cerâmicos a partir da cerâmica vermelha (SEICOM, 2014). 
   Os  problemas ambientais ocasionados pelas atividades de mineração e a baixa  geração de dividendos (impostos) gerados para o município em razão do alto  índice de clandestinidade de empreendimentos mineradores são os principais  problemas associados a esta atividade, porém destaca-se que a mineração é a  atividade privada que apresenta o maior número de empregos formais dentro do  município, dados estes que poderiam ser ainda mais relevantes caso houvesse  regularização dos empreendimentos mineiros (GEOVANE; FURTADO; SOUZA, 2012).
   A  ausência de dados concretos acerca do número de empreendimentos minerários que  realizam a exploração destes agregados, a dimensão e a localização das áreas de  cavas de extração mineral e do avanço da mineração no município ao longo dos  anos assim como as informações sobre a situação legal dos empreendimentos  mineiros instalados constituem-se nos principais fatores que denunciam a  fragilidade institucional para o controle, fiscalização e monitoramento da  atividade. Nesse sentido, quais são as áreas de expansão da atividade mineraria  no município de Ourém? Qual o tamanho das áreas da atividade e a taxa de  crescimento? Qual o comportamento espacial da exploração?
   Provisoriamente,  este artigo defende que as áreas rurais com proximidade das vicinais estão  sendo usadas para expansão das atividades no município, e com o boom de  crescimento da construção civil, principalmente no município de Belém, as áreas  de extração cresceram em tamanho de exploração no mesmo empreendimento e  apresentaram elevadas taxas de crescimento.
   Dessa  forma, este artigo tem como objetivo analisar a expansão das áreas de cavas de  mineração de seixo e areia no município de Ourém, nos anos de 1986,2008 e 2014.  Especificamente pretende-se: Mapear os diferentes usos e ocupações do solo do  município de Ourém nos anos de 1986, 2008 e 2014; Detectar e quantificar as  áreas de cavas de mineração a partir dos mapas temáticos de uso e cobertura do  solo do município de Ourém nos anos de 1986, 2008 e 2014; Identificar  espacialmente as principais áreas de expansão da mineração de seixo e areia no  município de estudo, dos respectivos anos analisados; Identificar  geograficamente os empreendimentos mineradores de seixo e areia do município de  Ourém, no ano de 2014; Quantificar o quadro de empreendimentos mineradores que  no ano de 2014 realizavam a extração dos agregados seixo e areia no município  de Ourém, licenciados e não licenciados; e Verificar comparativamente se os  avanços legais ocorridos ao longo dos anos associados às descentralizações da  Gestão Ambiental do Município resultaram em um aumento no número de  empreendimentos mineradores de seixo e areia legalizados.
   Estes  dados representam uma importante fonte de informação para uma melhor gestão  territorial do município de Ourém, uma vez que o meio natural está passando por  grandes transformações ocasionadas pelas atividades de mineração ilegal,  expansão das conversões florestais, ausência de fiscalização e avanço de outras  atividades produtivas sem o licenciamento ambiental. Deste modo, o uso das  ferramentas do Sistema de Informações Geográficas pode oferecer uma alternativa  ao fortalecimento da gestão ambiental do município.
   E  de acordo com Souza, Ribeiro e Lobato (2009) o uso  desta técnica é fundamental para o acompanhamento das atividades de mineração, visto  que fornecem respostas rápidas, confiáveis e em um tempo relativamente rápido  aos órgãos municipais, para as entidades de controle ambiental e de extração  mineral acercar das áreas as quais vem ocorrendo extração, limites das jazidas,  análise histórica das áreas a qual estão inseridas e visão global do uso e  ocupação do solo da área de interesse.
   Além desta introdução este artigo está estruturado  em cinco capítulos. O segundo capital contém os objetivos gerais e específicos  deste artigo, o terceiro capítulo, refere-se de forma teórica e bibliográfica sobre  os principais pontos referentes à mineração de substâncias de emprego imediato  na construção civil. No quarto capítulo, discute-se a metodologia adotada para  a coleta e geração de dados. O penúltimo capítulo, os resultados são expostos,  analisados e discutidos. Por último,  apresentam-se as considerações finais do artigo.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 A MINERAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS DE EMPREGO IMEDIATO NA CONSTRUÇÃO CIVIL NO ESTADO DO PARÁ
As  substâncias de emprego imediato na construção civil são as areias, cascalhos,  granitos, saibros, e outros materiais, quando utilizados de modo in natura para o preparo de agregados,  argamassas e para outros devidos fins e que não são destinados como matéria  prima para a indústria de transformação, de acordo com o Art. 8º do Decreto nº  62.934, que dispõem sobre a regulamentação do Código de Mineração. Segundo  Pastana, 2012, essas substâncias podem ainda ser denominados de agregados para  a construção civil ou simplesmente de minerais sociais.
   Quando  se analisa a produção mineraria brasileira tendo como base o mercado interno,  os minerais sociais são o grande destaque, em especial os agregados: areia e  brita que somadas representaram um consumo de 631 milhões de toneladas, em  2011, onde gerou um faturamento de R$ 22,5 bilhões,  representando 0,6% do PIB brasileiro, e com expectativa do aumento do consumo  para ambos os minerais (SEICOM, 2014).
   O  Pará, segundo Silva e Rocha (2013), apresenta uma grande concentração de  jazidas minerarias de substâncias de emprego imediato na construção civil, onde  se destaca a extração dos agregados: areia, brita e cascalho. E de acordo com  dados obtidos junto a SEICOM (2014), a extração de agregados para a construção  civil ocorre formalmente em 94 municípios Paraenses,  geralmente nas periferias das sedes municipais, tanto de forma artesanal como
   industrial, contribuindo para geração de emprego e renda desses municípios.
   A região do estado que maior destaca-se pela  presença dessas jazidas e pela maior concentração de indústrias mineradoras é a  Mesorregião Nordeste Paraense, sendo responsável pela maior oferta desse  material para a Região de Integração do Guajará, em razão de suas  características geológicas favorecem a disponibilização desses agregados e  devido à proximidade entre as regiões (SILVA; ROCHA, 2013).
   De  modo genérico a principal metodologia adotada para o jazimento desses recursos  minerais, no estado do Pará, é o método de lavra a céu aberto com baixo emprego  de tecnologias, já que para o beneficiamento desses agregados é relativamente  simples. As jazidas minerais que compreendem essas substâncias são classificadas,  em sua grande maioria, como depósitos minerais de pequena escala, por essa  razão há um predomínio de empresas de pequeno e médio porte (PASTANA, 2012). 
2.2 A MINERAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS DE EMPREGO IMEDIATO NA CONSTRUÇÃO CIVIL NO MUNICÍPIO DE OURÉM
O  solo do município de Ourém é caracterizado por apresentar cobertura superficial  Cenozoica do Grupo de Barreiras. Esta característica geológica favorece a  formação de areias, cascalhos, argilas e depósitos de mangue (SGM, 2008).
   Devido a essas  características supracitadas o município apresenta inúmeras jazidas de  substâncias de emprego imediato na construção civil, onde o início da  exploração dos agregados deu-se nos primórdios da década de 80, de acordo com Matos  (2007), sendo que as principais substâncias exploradas foram os agregados seixo  e areia. 
   A  extração desses minerais inicialmente era realizada de forma totalmente  artesanal, com uso de pás e picaretas, a ilegalidade dos empreendimentos mineradores  marcou o início da exploração dessas substâncias, por isso é plausível  cogitar-se como está a razão para a  ausência de dados acerca da área inicialmente  explorada, do volume de minerais extraídos e da dimensão dos problemas  ambientais ocasionados por essa atividade, porém sabe-se que desde o  início  da exploração dessas substâncias o  principal mercado consumidor já era a Região de Integração Guajará (SAMPAIO et  al, 1998; SEICOM, 2015). 
   No  ano de 2006, o município de Ourém chegou a apresentar a maior produção de seixo  do estado do Pará, com uma média de extração diária de 700 m³ de minério, no  entanto, essa exploração gerou insignificativos dividendos para o município e  consecutivamente para população local, fato que ocorre ainda devido a uma  exploração indiscriminada e irregular dos minerais associados a deficientes  ações públicas locais de fiscalização e gestão territorial (FANEP, 2006).
   As  indústrias de agregados da construção civil, segundo Silva (2007), constituem  um setor peculiar da mineração por apresentarem forte relação com as áreas  urbanas, visto que os centros urbanos são as principais áreas consumidoras dos  seus produtos. Por essa razão, a exploração de substâncias de emprego imediato  na construção civil, no município de Ourém, apresenta grande vinculação com  crescimento da construção civil na Região de Integração Guajará, seja pela  grande oferta de agregados que o município disponibiliza, seja pela proximidade  com a capital, o que facilita o comércio e a logística dessas substâncias (SEICOM,  2014).
   Nesse  contexto, o crescimento da exploração dos agregados de emprego imediato na  construção civil no município de estudo está intimamente relacionada com o  aumento da construção civil na região de Integração Guajará, como mencionado  anteriormente, enfatizado por SEICOM ( 2014) apud Nogueira et al ( 2007) que constatou  que a grande maioria dos agregados graúdos utilizados na fabricação de concreto, em Belém, é constituída de seixos de quartzo  oriundos de 12 jazidas de agregados localizadas no município de Ourém.
   Para atender essa  grande demanda, por agregados da construção civil, as indústrias mineradoras do  município necessitaram avançar tecnologicamente e passaram a adotar em seus  métodos de lavras caminhões, tratores e peneiras mecanizadas, para que houvesse  uma maior exploração dos recursos naturais e consequentemente uma maior  produção de agregados (LIMA et al, 2013)
   A demanda por mão  de obra para a execução das atividades ligadas a mineração se intensificou, e o  setor passou ter o maior número de empregos formais registrado no ano de 2013,  dentro do setor privado no município, com um total de 80 postos de trabalho,  sendo 70 vagas ocupadas por homens e os 10 restantes preenchidos por mulheres,  segundo dados do MTE (2015). 
   Como  já abordado anteriormente, o início da exploração dos agregados de emprego  imediato na construção civil foi marcada pela clandestinidade, porém outro fator  preocupante e que merece destaque é que até a atualidade não se tem registro de  se quer algum empreendimento minerador que realizou ou que realiza a  recuperação ambiental das áreas degradas pela abertura das cavas de mineração,  após o fechamento de mina.
   Sabe-se  que as indústrias mineradoras ocasionam graves impactos sobre o meio ambiente a  depender fundamentalmente de seu porte, localização, tecnologia empregada em  seu método de lavra e de suas ações tomadas no sentido de reduzir seus danos  provocados sobre meio ambiente, mas também são de grande importância para a  economia da região onde está inserida, sendo responsável pela fomentação da  economia local, com a geração de emprego e renda, desde que regularizada e com  adoções de medidas de mitigação dos danos ambientais (SILVA, 2007).
2.3 PRINCIPAIS IMPACTOS AMBIENTAIS OCASIONADOS PELA MINERAÇÃO DE AGREGADOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO MUNICÍPIO DE OURÉM
A  mineração é um importante setor da economia brasileira e paraense e é uma  atividade imprescindível para a economia mundial, no qual o homem extrai os  recursos naturais que alimentam grande parcela da economia e sem ela muitas  atividades subsequentes deixam de existir, porém o seu desenvolvimento acarreta  graves impactos negativos sobre o meio ambiente, e de acordo com SILVA (2007) a  localização do empreendimento e o método de lavra adotado são os principais  fatores que interferem na natureza e extensão dos impactos oriundos dessa  atividade, contudo para Lima et al (2013), a intensificação da ocorrência desses  impactos podem ser acentuado pela operação de empreendimentos clandestinos.  
   Na  Amazônia e no estado do Pará o desenvolvimento da atividade mineraria de  pequena escala, o qual também compreende a mineração de agregados da construção  civil, historicamente tem se desenvolvido de modo irregular, com ausências de  orientações técnicas, sem prévio conhecimento da geológica local, sem técnicas  de lavra adequadas, com disposição inadequada dos rejeitos, além da falta de  planos de recuperação das áreas degradadas. Todos esses fatores contribuem para  a intensificação dos impactos ambientais comumente relacionados a essa atividade  (LOBATO, 2014).
   Genericamente  os principais impactos ambientais oriundos da mineração podem ser contidos em  quatro categorias: poluição da água, poluição do ar, poluição sonora, e  subsidência do terreno (SILVA, 2012 apud CPRM, 2002). Não sendo diferente para  o município de Ourém os principais aspectos negativos relacionados a cadeia  produtiva dos agregados para a construção civil.
   Para  a extração do material bruto, composto por minerais de seixo, areia, argila,  raízes e outro materiais de diferentes formas e tamanho, o principal método de  lavra utilizado, no município, é o lavra a céu aberta. Neste tipo de jazimento  todas as etapas que envolvem a extração dos minerais é realizada por tratores e  escavadeiras, neste sentido a primeira etapa realizada para a extração dos  minerais é a remoção da cobertura vegetal da área objetivo de extração, em  seguida é retirada parte do solo que encontra-se sobre o material de interesse (LIMA  et al, 2013)
   A  degradação da paisagem, a erosão, a compactação do solo, a perda de micro e  macroorganismos, a exaustão dos nutrientes do solo e a poluição atmosférica são  os primeiros impactos ambientais sentidos, nas primeiras etapas para extração  dos minerais (LIMA et al, 2013), mas também pode-se observar os impactos  provocados sobre o regime hidrológico, com alterações nas precipitações, no  escoamento superficial e na infiltração de água no solo afetando negativamente  toda a bacia hidrográfica (FEARNSIDE, 2005).
   Segundo  Lima et al (2013) o material bruto retirado do solo é disposto em caminhões,  com auxílio de tratores e escavadeiras, que transportam o material bruto  retirado da área de extração para a área de beneficiamento dos minerais, fase  compreendida pela lavagem e classificação dos minerais. 
   O  trafego intenso de veículos, carregados com material bruto, nas áreas de  extração mineral e nas vias secundarias de acesso aos empreendimentos, além de  ocasionar depreciação das vias, em razão do alto trafego de caminhões com carga,  ocasionam inúmeros outros transtornos ao meio ambiente e a população local, principalmente  devido a poluição atmosférica ocasionada pela geração de ruídos, suspensão de poeiras  e partículas presentes no solo e pela geração de gases e partículas oriundos da  queima de combustíveis fosseis pelos veículos (SILVA, 2007).
   A lavagem do  material bruto compreende a primeira fase do beneficiamento dos minerais, nesta  etapa o material é despejado pelos veículos de carga em um recinto de madeira  inclinado, onde recebe fortes jatos de água para a retirada das impurezas como:  argila e outros fragmentos indesejados. No final desta etapa tem-se como  principal resíduo um material argiloso (LIMA et al, 2013).
   Ainda  de acordo com o mesmo autor, os rejeitos argilosos oriundo do processo de  lavagem são transportados por tubulações e acondicionados em grandes  reservatórios barreirados, caracterizados como aterro hidráulico, sem nenhuma  modificação em seu estado de agregação, onde lá permanecem e se acumulam, já  que nenhuma parte do resíduo produzido e reaproveitado.
   Após  a retirada das impurezas contidas no material bruto, na fase de lavagem, os agregados  são transportados por esteiras mecanizadas para um conjunto de peneiras  vibratórias de diferentes dimensões, agrupadas verticalmente, para a seleção  dos minerais de acordo com sua granulometria, de modo a distingui-los em:  areia, seixo fino, seixo médio, predisco e culhão, onde novamente são  transportados, porém para os pátios dos empreendimentos para comercialização (LIMA  et al, 2013).
   Devido  ao fato do agregado areia apresentar pouca ou nem uma comercialização, os  estoques dos empreendimentos acabam por se tornar saturados, desta maneira o  material torna-se um problema e passa a ser visto, pelos empresários do setor,  como um resíduo oriundo do processo de beneficiamento, já que gera grandes  volumes de material sem valor econômico imediato (LIMA et al, 2013).
   Os  resíduos oriundos do processo de beneficiamento dos agregados de emprego  imediato na construção são degradadores da paisagem local, já que as areais  formam grandes empilhamentos de material e o rejeito argiloso forma grandes  reservatórios de lama (água mais argila). Porém, os principais impactos  relacionados a esses fatores está relacionado ao fato desses materiais estarem  instáveis, o qual podem ser facilmente carreados pelas águas pluviais para os  cursos d’água, e assim vir a ocasionar assoreamento e alterações da qualidade  dos corpos hídricos próximos as áreas de extração (SILVA, 2007).
2.4 ASPECTOS LEGAIS SOBRE A MINERAÇÃO DE AGREGADOS DE EMPREGO IMEDIATO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Este tópico tem como objetivo realizar um levantamento dos principais aspectos legislativos pertinentes a mineração de agregados de emprego imediato na construção civil, a nível federal, estadual e municipal, de modo a identificar as competências e responsabilidades quanto a tomada de decisões e de ações de fiscalizações quanto a exploração dessas substâncias.
2.4.1 A Nível Federal
O Código de  mineração instituído pelo Decreto Lei n° 227, de 28 de fevereiro de 1967, foi o  principal marco legal brasileiro a apresentar de fato significativas  contribuições para o setor mineral brasileiro, já que regulamenta o direito de  exploração dos recursos minerais superficiais e subterrâneos, estabelece os  regimes de aproveitamentos dos minerais e seus respectivos órgãos de controle  minerário, além de criar o Departamento Nacional de Produção Mineral ( DNPM),  órgão federal responsável pela execução deste Código e dos diplomas legais  complementares.
   Posteriormente, no  dia 24 de setembro de 1978, foi sancionada a Lei nº 6.567, que dispõem sobre o  regime especial para exploração e o aproveitamento das substâncias minerais que  especifica e dá outras providencias. De acordo com esta Lei poderão ser  aproveitados em regime de licenciamento, de autorização ou concessão as areias,  os cascalhos e os saibros, desde que utilizados diretamente nas obras de  construção civil e que não sejam submetidos ao processo industrial de  beneficiamento nem se destine como matéria prima para a indústria de  transformação.
   Os interessados em explorar tais recursos  naturais deverão primeiramente solicitar o licenciamento ambiental da área onde  está localizada a jazida mineral junto a autoridade administrativa local, neste  caso o município, se o mesmo possuir condições de legiferar, se não, o  interessado deverá solicitar ao órgão ambiental estadual. Após essa etapa o  empreendedor deverá comprovar a existência da jazida mineral junto ao DNPM,  para posteriormente dar entrada na licença, ou na autorização, ou na concessão  da jazida. 
   A Lei nº 6.938, de  31 de agosto de 1981 que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente,  seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências, foi  a primeira Lei a tratar exclusivamente sobre o meio ambiente no Brasil. Seu  principal intuito é garantir a preservação, a recuperação e a melhoria continua  da qualidade de vida dos brasileiros em condições de desenvolvimento  socioeconômico equilibrado. Onde um dos seus principais instrumentos é o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou  potencialmente poluidoras.
   Já o Decreto nº 97.632  de 10 de abril de 1989 – dispõe sobre plano de recuperação de área degradada  pela mineração. De acordo com este Decreto todos as atividades minerarias  deverão possuir um plano de recuperação de área degradada de modo a reestabelecer  a utilização do solo degradado a uma condição de utilização e de estabilidade  do meio ambiente. 
2.4.2 A Esfera Estadual
A criação da  Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (SECTAM), através  do sancionamento da Lei estadual nº 5457 de 11 de maio de 1988, foi o primeiro grande  passo a nível estadual para que o Estado do Pará passasse a formular, coordenar  e executar sua própria política estadual de meio ambiente, bem como as atividades necessárias ao  controle da poluição, proteção aos recursos ambientais e desenvolvimento de  educação ambiental.
   Já a sanção da Lei  Estadual nº 5887, de 9 de maio de 1995, que dispõem sobre a Política Estadual  do Meio Ambiente e dá outras providências, foi outro importante passo para o  Estado do Pará, já que o mesmo passou a ter sua própria política em defesa do  meio ambiente, onde o uso e a exploração dos recursos naturais que integram o  patrimônio natural do estado deverá respeitar, observar o previsto nesta Lei e  dependerá de prévio licenciamento do órgão ambiental. Onde o controle ambiental  nos limites estadual será desempenhado pela SECTAM.  
   Considerando o  fato do estado do Pará poder exercer gestão ambiental compartilhada com os  municípios, foi criada no dia 3 de julho de 2014 a Resolução COEMA nº 116, que  dispõe sobre as atividades de impacto ambiental local de competência dos  Municípios, e dá outras providências. Os municípios que cumprirem as condições  para o exercício da gestão ambiental municipal poderão licenciar as atividades de  impacto ambiental local.
   E por fim, a Instrução  normativa nº 06, de 10 de novembro de 2014 que dispõe sobre procedimentos e  critérios, no âmbito da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará –  SEMA/PA, para o licenciamento ambiental referente à extração de minério  (areias, cascalhos e saibros) e beneficiamento associado, para utilização  imediata na construção civil, e dá outras providências, foi criada com intuito  de fornecer as secretarias municipais de meio ambiente e a secretária de Estado  de Meio Ambiente do Pará procedimentos técnicos e jurídicos necessários para o  licenciamento de empreendimentos mineradores de agregados da construção civil.
2.4.3-Quanto ao Âmbito Municipal
A primeira Lei Orgânica  do Município criada em 04 de abril de 1990 é considerado o primeiro instrumento  legal que tratou sobre meio ambiente a nível local, abordando temáticas específicas  sobre meio ambiente.
   Passados 23 anos  da criação da primeira Lei Orgânica, somente no ano de 2003, foi aprovada a  primeira lei ambiental do município de Ourém, a Lei nº 1.668 de 30 de dezembro  de 2003, que criou o sistema municipal de meio ambiente, compondo conselho e  fundo. Porém, até pouco tempo essas leis não representaram avanços no controle  da exploração insustentável de seixo e areia no Município de Ourém.
   Visando avançar na  Gestão Ambiental Municipal, no ano de 2013, o município solicita a Secretaria  de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS) apoio técnico para  conseguir a habilitação da gestão ambiental e consecutivamente a descentralização  da gestão. O apoio técnico solicitado foi correspondido.  O processo de Descentralização Ambiental no Estado do Pará era  normatizada través da Resolução 79/2009, do Conselho Estadual de Meio Ambiente  (COEMA), que definiu as atividades de impacto ambiental local e estabeleceu  critérios para fins do exercício da competência do licenciamento ambiental  municipal.
   Visando atender as  exigências da resolução 79/2009, o município adotou uma série de medidas, entre  elas: Aprovação da Lei Municipal nº 1.784, de 28 de novembro de 2013 que dispõe  sobre a Política Municipal de Meio Ambiente de Ourém, Estado do Pará, e dá  outras providencias; criação do Decreto nº 87, de 16 de dezembro de 2013, que regulamenta  o Fundo Municipal de Meio Ambiente de Ourém – FMMA, criado pela lei Nº 1.784,  de 28 de novembro de 2013; sancionamento do Decreto nº 88, de 16 de Dezembro de  2013, que  dispõe sobre nomeação dos  membros do conselho municipal de meio ambiente de Ourém e dá outras  providências, criado pela lei Nº 1.784, de 28 de novembro de 2013; criação da Lei  nº 1.788, de 20 de Dezembro de 2013, que dispõe sobre as taxas pelo exercício  regular do poder de polícia e as tarifas de competência da Secretaria Municipal  de Meio Ambiente de Ourém, PA; Elaboração do Plano Plurianual (PPA) ano 2013;  com várias ações a serem desenvolvidas pela Secretaria Municipal de Meio  Ambiente; e Criação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ano 2013; com  recursos aprovados para secretaria municipal de meio ambiente; 
   Avanços estes  consideráveis que levaram o município no ano de 2014 a receber a habilitação  para exercer a gestão ambiental local, assinada em 27/02/2014 e publicada no  diário oficial em 06/03/2014, onde a partir desta data o município estava apto  a licenciar e fiscalizar todos os empreendimentos geradores de impacto local,  dentre eles a extração e beneficiamento dos agregados de emprego imediato na  construção civil. 
3 ASPECTOS METODOLÓGICOS
Para elaboração do presente artigo, primeiramente foi realizado um levantamento bibliográfico a respeito da mineração de agregados no estado do Pará, e em especifico no município de Ourém, para que fosse possível a criação de um banco de dados especifico para se entender os desdobramentos da mineração de substâncias de emprego imediato na construção civil ao longo dos anos no município proposto. Esse banco de dados é entendido como um conjunto de dados inter-relacionados, representando informações sobre o meio ambiente, legislação e as atividade de mineração da área estudada. De acordo com Pena e Santos (2011) o objetivo principal desse banco de informações é possibilitar uma análise mais acurada e eficiente para a recuperação, armazenamento e geração de novas de informações.
3.1 FONTE DE DADOS CARTOGRÁFICOS
As informações vetoriais  utilizadas para a geração dos mapas temáticos foram coletadas no banco de dados  do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), devido ao fato deste  órgão ser responsável pela produção, interpretação e difusão das informações  geográficas, cartográficas e geodésicas relativas ao espaço geográfico  brasileiro e ao meio ambiente (PENA; SANTOS , 2011).
   Também foi consultado o banco de dados da Secretária Municipal de Meio Ambiente de Ourém (SEMMA),  onde foi adquirido as coordenadas geográficas de todos os empreendimentos  mineradores de seixo e areia, inseridos dentro do território municipal, e os  arquivos shapefile das estradas principais  e secundarias municipais.
   Já as informações raster foram obtidas no catálogo de imagens  do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). As imagens coletadas no  banco de dados do INPE são provenientes do Satélite Landsat 5 TM  (Thematic Mapper) e Landsat 8 OLI (Operational Land Imager) / TIRS(Thermal Infrared Sensor), orbitas/pontos 222/61  e 223/61, já que 54 % da área municipal é abrangida  pela orbita/ponto 223/61 e os 46% restantes é coberta pela orbita/ponto 222/61.  As bandas espectrais utilizadas foram a 3, 4 e 5, com resolução espacial de 30  metros.
   As imagens selecionados para que houvesse a analise multitemporal  do estudo proposto referentes aos anos de 1986,2008, são provenientes do Satélite Landsat 5 TM, já  a imagem referente ao 2014 foi obtida do satélite  Landsat  8 OLI/TIRS. A seleção de imagens destas respectivas  datas são em razão de que neste período é perceptível  as mudanças da paisagem ocorridas na área de estudo, principalmente para  analisar e quantificar aquelas relacionadas a extração de sustância de emprego  imediato na construção civil. O software utilizado para o processamento dos  dados foi o ArcGIS 10.1, já que de acordo com Pena e Santos (2011) o mesmo  permite a definição de estruturas para o armazenamento de informações além de  proporciona analises esperadas.
3.2 FONTE DE DADOS ACERCA DOS EMPREENDIMENTOS MINERÁRIOS
            As  informações acerca do status legal da situação ambiental dos empreendimentos  mineradores de agregados, localizados dentro dos limites municipais da área de  estudo, foram obtidos no sitio eletrônico da Secretaria de Estado de Meio  Ambiente e Sustentabilidade e junto a Secretaria Municipal Meio Ambiente de Ourém.
              No  entanto, os dados referentes ao status dos empreendimentos que realizam a  extração de substâncias de emprego imediato na construção civil, dentro do  território municipal de Ourém, junto ao Departamento Nacional de Produção  Mineral foram obtidos no Sistema Eletrônico de Acesso a Informação ao Cidadão  do Governo Federal.
   
   3.3 AREA DE ESTUDO
   A  área estudo deste artigo é o município de Ourém, figura 3, o qual possuí uma  área municipal de 562,387 Km², e abriga uma população de 16.311 habitantes, dos  quais 46% estão na área urbana e 54%, na área rural. O município dista  aproximadamente 182 km da cidade de Belém, capital do estado do Pará, está localizado  na Mesorregião Nordeste Paraense, e mais precisamente na Microrregião do Guamá.  É conhecido também como pérola do Guamá, rico em belezas naturais, população  acolhedora e possui belas manifestações culturais, como as festas de boi e  pássaros e o tradicional festival da canção (IBGE, 2010; IDESP 2014).
   Apesar  de não estar entre os municípios líderes do desmatamento na Amazônia, o  município de Ourém apresenta apenas 5,84 % de cobertura florestal remanescente,  com pequenos estoques de floresta situados próximos à fronteira com o município  de Capitão Poço. A redução da vegetação nativa foi intensa em toda a extensão  do território, principalmente, em torno da cidade e da malha de estradas não  oficiais e da PA 124, sobre tudo nas décadas de 70, 80 e 90 (GEOVANE; FURTADO;  SOUZA, 2012; INPE, 2014).
3.4 MÉTODOS
Nas subseções a seguir será apresentado as metodologias adotadas para que houvesse a geração dos mapas temáticos da área de estudo em função dos objetivos propostos por este artigo. Ressalta-se ainda que todos os dados vetoriais e raster utilizados neste trabalho foram primeiramente georeferenciados para o Datum SIRGAS 2000 (Sistema de Referencia Geocêntrico para as Américas), no sistema Projeção Universal Transversa de Mercator (UTM), zona 23 sul.
3.4.1-Ajuste dos Dados Vetorias e Raster
Para  que houvesse a análise multitemporal do estudo proposto, mediante o uso de  SIG’s, primeiramente as imagens coletadas no  banco de dados do INPE foram compostas no sistema RGB. A banda espectral 5 foi  inserida no canal de cor R, a banda espectral 4 introduzida no canal de cor G e  por último a banda espectral 3 foi inserida no cal de cor B. 
              A  escolha das bandas espectrais supracitadas nos referidos canais de cor foi em  razão da banda 3 identificar diferentes estágios de vegetação, solo exposto e  áreas urbanizadas, já a banda 4 foi utilizada em razão da mesma detectar áreas  de vegetação densa, corpos hídricos, geomorfologia, solos, geologias e áreas  agrícolas, e por final a banda 5 foi utilizada por apresentar sensibilidade ao  teor de umidade das vegetações (ROSA; SILVA, 2012 apud INPE, 2012).  
              Após  a composição das imagens, as mesmas passaram por modificações em seu histograma  a fim de encontrar os melhores padrões de cores que facilitassem a intepretação  das informações contidas nas mesmas, já que com essa técnica e possível  detectar os diferentes padrões de uso e ocupação da área de estudo, e assim  poder explorar e extrair as informações de interesse do usuário a fim de  alcançar seus objetivos (ALMEIDA; MENEZES, 2012).  
              Posteriormente  a essa etapa as imagens provenientes do satélite LandSat 5 TM, ano 1986 e 2008,  foram georrefenciadas.  Os pontos de controle utilizados tiveram como base referência  uma imagem de satélite LandSat 8 OLI/TIRS,  disponibilizada no catálogo de imagens do INPE, onde foram selecionados de 25 a  30 pontos de controle para retificação das imagens que apresentavam pequenas  distorções. Ressalta-se que não houve necessidade de georeferenciar a imagem  referente ao ano de 2014, já que a mesma já se encontrava georreferenciada. 
    Em seguida as imagens já georefenciadas foram  recortadas no algoritmo Extract by mask do ArcGIS 10.1 para a seleção da  área de estudo, neste caso o município de Ourém. Depois de delimitada a área de  estudo, foi efetuada a classificação supervisionada Maximum Likelihood (Máxima Verossimilhança) do utilitário ArcMap 10.1 das classes de interesse  fixadas neste artigo. As classes de interesse fixadas foram: cavas de mineração,  água, solo exposto, floresta primária, floresta secundária, nuvem e sombra de  nuvem.
   A classificação de imagens de acordo com o INPE (2008) é um  processo de reconhecimento de padrões e objetos homogêneos contidos nas  imagens, tem como objetivo a extração de informações contidas na superfície  terrestre. O resultado desta técnica é uma imagem temática representada por  cores ou símbolos associados à uma classe pré-definida pelo usuário.
   O classificador Máxima Verossimilhança é uma classificação supervisionada,  por isso requer conhecimentos prévios da área alvo estudo, a fim de classificar a imagem de acordo com as classes de  interesse pré-fixadas pelo usuário. Esta técnica e monitorada e controlada pelo  analista, já que o algoritmo classificador necessita de treinamento para poder  diferenciar as classes fixadas pelo usuário (ALMEIDA; MENEZES,  2012).  
   Para a execução deste processo o analista escolhe pequenas áreas  de amostragem na imagem, contendo pixels bem representativos, isto é, os pixels  que apresentarem padrões ou feições homogêneos serão agrupados na mesma classe,  desta forma é necessário que o usuário conheça os dados e as diversas classes  de objetos existentes na área de estudo, antes de iniciar-se o processo de classificação  (ALMEIDA; MENEZES, 2012). 
   Após  a classificação das imagens foi gerado a matriz de confusão para cada ano  analisado, através da tabela pivot do  software ArcGIS 10.1. A matriz de confusão é necessária para a obtenção do  índice Kappa, que é um valor estatístico que determina o índice de convergência  entre os valores esperados/gerados e os valores reais, e indicam a legitimidade  da interpretação do usuário a respeito de uma determinada área de estudo (CANDEIAS;  SUAREZ, 2012). Para a elaboração dos mapas temáticos do presente estudo foram  selecionados os mapas que apresentaram índice Kappa maior que 95%, isto é, de  cada 100 amostras 95 delas estão em consonância com a realidade da área de  estudo.
   As  imagens raster classificadas foram transformadas em vetor no utilitário ArcGIS  10.1, para que assim fosse possível quantificar os diferentes tipos uso e  ocupação do solo no município de estudo, nos diferentes anos analisados, sobre  tudo ao que se refere as áreas de extração de agregados, cerne deste artigo, e  assim poder analisar a evolução do crescimento da exploração dos agregados de  emprego imediato na construção civil, bem como identificar as principais áreas  de expansão desta atividade.
   Após  a classificação das imagens dos anos de 1986, 2008 e 2014, foram inseridos os  arquivos shapefiles contento as vias  principais e secundarias da áreas de estudo. No entanto, na imagem referente ao  ano de 2014 também foram inseridos as coordenadadas com a localização de todos  os empreendimentos mineradores de seixo e areia localizados dentro da área municipal  de Ourém.
               A partir dessas  etapas foi possível elaborar os mapas temáticos referentes ao uso e ocupação do  solo do município de Ourém, onde foi enfatizado a identificação e quantificação  das áreas de cavas de extração de seixo e areia, dos respectivos anos  analisados, a detecção das áreas de maior expansão dessa atividade e a  espacialização de geográfica todos os empreendimento mineradores de seixo e  areia.
3.4.2-  Ajuste dos dados acerca dos Empreendimentos Minerários 
              
   As informações  acerca de todos os empreendimentos mineradores que, no ano de 2014,  desenvolviam a atividade de extração de agregados de emprego imediato na  construção civil, dentro dos limites do município de Ourém, foram cruzados com  as dados acerca dos empreendimentos que possuem licença ambiental expedida pela  SEMAS-PA ou pela SEMMA-Ourém, e também com as informações sobre as empresas  mineradoras que possuem licença para extração de substância de emprego imediato  na construção civil obtidas junto ao DNPM.
   A partir desses  dados foi possível analisar as conformidades legais quanto a situação ambiental  e mineral de todos os empreendimentos mineradores de seixo e areia, localizados  dentro da área de estudo, identificando sobre tudo os empreendimentos que ainda  apresentam desconformidade legal.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Esta seção apresenta os resultados e discussões obtidos nesta pesquisa, e encontra-se subdividido em duas subseções. A subseção 4.1 apresenta os resultados dos mapas temáticos de uso e cobertura do solo do município de Ourém, para os anos de 1986, 2008 e 2014. Já a subseção 4.2 expõem a quantificação dos empreendimentos mineradores de seixo e areia, instalados no ano de 2014, dentro perímetro do município de Ourém, seus respectivos status legais, junto aos órgãos ambientais e mineral, além de uma discussão objetivando compreender se os avanços legais referentes a temática mineração e meio ambiente ocorridos ao longo dos anos associados às descentralizações da Gestão Ambiental, do Município de estudo, resultaram em um aumento no número de empreendimentos mineradores de seixo e areia legalizados.
4. 1 MAPAS TEMÁTICOS DE USO E COBERTURA DO SOLO DO MUNICÍPIO DE OURÉM
Conforme já discutido na metodologia, a partir do uso de SIG’s, e suas ferramentas, aplicados em imagens do satélite Landsat 5 TM e Landsat 8 - OLI/TIRS, e uso de demais dados vetoriais referentes ao município de estudo e aos empreendimentos mineradores de seixo e areia, foi possível obter os mapas temáticos de uso e cobertura do solo do município de Ourém, dos respectivos anos analisados, para que fosse possível observar a expansão das cavas de mineração de seixo e areia, objetivo central deste artigo. A seguir será descrito e discutido as características de cada um dos mapas temáticos elaborados.
4.1.1 Mapa Temático 01-Uso e Cobertura do Solo do Município de Ourem – Ano 1986
A partir do mapa  temático 01, figura 02, é possível observar os diferentes usos e coberturas do  solo da área de estudo para o ano de 1986, por conseguinte e perceptível  visualizar as áreas ocupadas por cavas de mineração (detalhes em amarelo). Em  sequência, a tabela 01 apresenta a área correspondente a cada classe observada  na figura 2.
   Ainda observando a  figura 02, é possível identificar que as principais áreas de expansão das cavas  de mineração (detalhes em amarelo), identificadas no ano de 1986, estão  localizadas, sobretudo, na porção norte, sul e central do município de Ourém,  porém todas elas ao longo da PA 124, que segundo a FANEP( 2006) esta é a principal via de acesso do município com a BR  316, que por consequência é umas das principais vias de interligação entre o  Nordeste Paraense e a Região de Integração Guajará.
   Analisando a tabela  1, é possível visualizar que no ano de 1986 a área municipal ocupada por cavas  de mineração de agregados de emprego imediato na construção civil, neste caso  as substâncias areia e seixo, correspondia a uma área de apenas 0, 253 % da  área total municipal, isto é, 142, 390 ha da área municipal eram utilizadas  para a extração dessas substâncias.
4.1.2 Mapa Temático 02- Uso e Cobertura do Solo do Município de Ourém – ano 2008
Analisando o mapa temático 02, figura 03, é possível identificar os diferentes usos e ocupações do solo da área de estudo para o ano de 2008, logo observar-se a localização das áreas ocupadas por cavas de mineração de seixo e areia (detalhes em amarelo). Já a tabela 02, na sequência, expõem a áreas correspondente a cada classe observada na figura 03.
Na figura 03,  observa-se que as principais áreas de expansão das cavas de mineração de seixo  e areia (detalhes em amarelo), identificadas no ano de 2008, estão concentradas  principalmente na porção central do município, e ao longo da PA 124, principal  via de interligação do município com a BR 316, e também é possível identificar  algumas pequenas áreas de cavas de mineração na porção sul e sudoeste, agora ao  longo da PA 251, principal via de acesso do município com a BR 010.
   Visualizando a  tabela 02 é possível identificar que no ano de 2008 as áreas correspondente a  cavas de mineração dos agregados seixo e areia representava 0,773 % da área  total municipal, ou seja, 434,985 ha eram utilizadas para a extração de seixo e  areia.
   Desta forma, o período compreendido pelos anos  de 1986 à 2008 apresentou uma taxa de crescimento, das áreas de cavas de  mineração, de 205,53 %, crescimento este que pode ser atribuído principalmente a  expansão das obras de construção civil da região de Integração Guajará,  principal mercado consumidor dessas substâncias, já que segundo a SEICOM (  2014) apud Nogueira et al (2007), grande maioria dos agregados utilizados na  fabricação de concreto, em Belém, é constituída de  seixos de quartzo oriundos de 12 jazidas de agregados localizadas no município  de Ourém.
4.1.3 Mapa Temático 03- Uso e Cobertura do Solo do Município De Ourém – Ano 2014
Observando o mapa  temático 03, figura 04, identifica-se várias tipologias de uso e ocupação do  solo do município de Ourém, entre elas as cavas de mineração de seixo e areia  (detalhes em amarelo), objeto de análise deste artigo, logo é possível  observar, geograficamente, as principais áreas de extração desses agregados no  ano de 2014.  Complementarmente a tabela  03, apresenta a quantificação das áreas correspondentes a cada classe analisada  na figura 04. 
   Conforme observado  na figura 04, as áreas de cavas de mineração, no ano de 2014, ainda  encontram-se concentradas na porção central do município, e ao longo da PA 124,  importante via de interligação entre o município de Ourém e a BR 316, no  entanto, também se identificou algumas pequenas áreas de exploração de seixo e  areia ao longo da PA 251 e próximas ao Rio Guamá. 
   Foi possível observar  na imagem acima a localização geográfica de 11 (onze) empreendimentos  mineradores de seixo e areia encontrados no perímetro da área de estudo, de  acordo com informações coletados do banco de dados da Secretária Municipal de  Meio Ambiente de Ourém (2014), entre eles estão os empreendimentos possuidores  de licença ambiental e mineral e os quais não apresentam qualquer licença de  funcionamento junto aos órgãos ambientais e minerais.
   De acordo com a  tabela 03, a área de exploração dos agregados seixo e areia, no ano de 2014, já  correspondia a uma área de 470, 701 ha, o que equivale a 0,837 % da área total  do município de Ourém. A taxa de crescimento das áreas de extração dessas  substâncias no período que vai de 2008 à 2014 apresentou um crescimento de  8,21%. Valor este muito ínfimo quando comparado com a taxa de crescimento entre  os anos de 1986 a 2008.
   Os motivos que podem ter influenciado na  diminuição da taxa de crescimento das áreas de exploração de seixo e areia, localizada  dentro do perímetro da área de estudo são: surgimento de novas áreas de extração  de agregados na áreas mais próximas à região de Integração Guajará e sobre  tudo, diminuição da demanda por matéria prima para as obras de construção civil  da região de Integração Guajará, já que segundo o SINDUSCOM (2015) houve uma  grande desaceleração do crescimento das obras de construção civil no município  de Belém no ano de 2014, quando comparado com os anos anteriores.
4.2 EMPREENDIMENTOS MINERADORES
Após  aplicação dos procedimentos metodológicos já mencionados, chegou-se ao número  total de empreendimentos mineradores que exerciam a atividade de extração dos  agregados seixo e areia, localizados dentro do perímetro da área de estudo, no  ano de 2014. O total de empreendimento mineradores encontrado, conforme já  citado no tópico anterior, foi 11 (onze).
   De  posse dos dados acerca de todos os empreendimentos mineradores que no ano de  2014 realizavam a extração mineral de seixo e areia, no município de Ourém, foi  feito uma busca no sitio eletrônico da SEMAS-PA e foram encontrados apenas 4 (quatro  ) empreendimentos com licença de operação válida. Para esse mesmo ano foi  consultado o banco de dados da SEMMA-Ourém e não foram encontrados se quer um  empreendimento minerador, de seixo e areia, com licença expedida por esta  secretária, mesmo ela já possuindo poder para licenciar e fiscalizar os  empreendimentos mineradores. 
              No  entanto, com as informações coletadas junto ao Sistema Eletrônico de Acesso a  Informação ao Cidadão do Governo Federal, referente aos empreendimentos  mineradores regularizados, encontrados dentro da área de estudo, foi observado  que existia apenas 5 (cinco) empreendimentos com licença para a extração de  seixo e areia expedida pelo DNPM, dentro do prazo de validade. 
              Cruzando  as informações dos empreendimentos licenciados junto à SEMAS-PA e ao DNPM,  observou-se que apenas 2 (dois) deles possuíam ambas as licenças, isto é, 3 (três)  mineradoras possuíam apenas licença ambiental, expedida pela SEMAS-PA, e 4(  quatro) possuíam apenas a licença mineral para a extração dos agregados junto  ao DNPM.
   Desta forma,  acredita-se que os inúmeros avanços legais ocorridos ao longo dos anos, a  saber: a criação do Código de Mineração instituído pelo Decreto Lei n° 227, de  28 de fevereiro de 1967; a Lei nº 6.567, de 24 de setembro de 1978, que dispõem  sobre o regime especial para exploração e o aproveitamento das substâncias  minerais que especifica e dá outras providencias; a Lei nº 6.938, de 31 de  agosto de 1981- que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente; Lei  estadual nº 5457 de 11 de maio de 1988 que cria Secretaria de Estado da  Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente; e sobre tudo a descentralização da Gestão  Ambiental das atividades geradoras de impacto ambiental local para o Município  de Ourém, possibilitada pela Resolução COEMA Nº 79, que dispõem sobre o  programa estadual de Gestão Ambiental Compartilhada; pouco contribuiu para um  aumento no número de empreendimentos mineradores legalizados no ano de 2014.
   Visto que, cerca  de 54 % dos empreendimentos mineradores de seixo e areia não detinham licença  para extração de mineral junto ao DNPM e aproximadamente 64 % não possuíam  licença ambiental de funcionamento, expedido pela SEMMA-Ourém ou pela SEMAS-PA,  ficando claro que a ilegalidade de empreendimentos deste setor no município  ainda e marcante e ocasiona graves prejuízos, seja econômico ou ambiental. 
   Se todos os  empreendimentos identificados no ano de 2014 possuíssem licença ambiental e  mineral para a extração dos agregados, o município poderia arrecadar um número  ainda maior de  tributos que poderia ser  destinado em melhorias para a população local, sem falar que os impactos  ambientais ocasionados por essas atividades, citados anteriormente no capitulo  3.3,  seriam melhormente controlados  visto que para a liberação do funcionamento das atividades seria exigido um  rígido controle ambiental, minimizando o máximo possível os impactos ambientais  ocasionados por essa atividade.  
CONCLUSÃO 
   O  uso de sistemas de informações geográficas mostrou-se eficiente e viável para o  acompanhamento das atividades de mineração de seixo e areia do município de  estudo, mediante a geração de mapas temáticos dos anos de 1986,2008 e 2014,  visto que com esta técnica foi possível obter respostas rápidas, confiáveis e  em um tempo relativamente rápido das áreas de extração desses agregados. 
   No  primeiro ano de análise, as áreas de cavas de mineração correspondiam 0, 253 %  da área total municipal, isto é, a 142,390 ha. Observou-se também neste ano que  as áreas de exploração dos agregados estavam concentradas, sobretudo nas  proximidades da PA 124, principal via de interligação entre o município de  estudo e a BR 316.
   Passados  22 anos da primeira análise, já no ano de 2008, o surgimento de novas áreas de  exploração de agregados, tanto ao longo da PA 125 quanto ao longo da PA 251. As  áreas de cavas de mineração deste ano mostraram-se 205,53% maior em relação ao observado  no ano de 1986, crescimento este atribuído principalmente ao aumento da demanda  por agregados com o boom da construção civil da região de Integração Guajará.
   Já  no ano de 2014, o crescimento das áreas de cavas de mineração já exploradas  anteriormente, onde o surgimento de novas áreas de extração foram ínfimas  quanto comparada com o ano de 2008. Nesse mesmo ano a área de extração desses  agregados era de 470, 701 ha, o que representa um aumento de 8,21% quando equiparado  com o ano de 2008, a pesar de ainda ter ocorrido uma aumento das áreas de cavas  mineração esse crescimento foi baixo, onde pode ser justificado principalmente  pelo surgimento de novas áreas de exploração em municípios mais próximos ao  principal mercado consumidor e também devido desaceleração economia, o que  impactou diretamente as obras de construção civil da região de Integração  Guajará, que consecutivamente diminuíram a demanda por agregados. 
   Ainda  no ano de 2014, observou-se que existiam 11 empreendimentos mineradores que  realizavam a extração dos agregados seixo e areia na área municipal de Ourém,  destes apenas 4 possuíam licença de operação emitida pela SEMAS-PA e 5 tinham  licença para extração mineral expedida pelo DNPM, no entanto apenas 2  empreendimentos apresentavam ambas as licenças.
   O  grande avanço legal referente a temática mineração de agregados de emprego  imediato na construção civil e a descentralização da gestão ambiental das  atividades geradoras de impacto ambiental local para o município de Ourém,  estes isoladamente não foram suficientes para que houvesse um aumento no número  de empreendimentos mineradores legalizados, já que aproximadamente 54% dos  empreendimentos mineradores não possuíam licença mineral e 64 % eram  desprovidos de licença de operação no ano de 2014. A clandestinidade de  empreendimentos mineradores de seixo e areia é um fator marcante e preocupante,  por isso merece destaque, visto que conforme já explanado os impactos  ambientais gerados por empreendimentos ilegais são intensificados em razão de  não existir controle dos aspectos ambientais gerados nas várias fases da cadeia  produtiva de mineração destes agregados, tampouco recuperação ambiental das  áreas degradadas, além de não gerar tributos em forma de impostos para o  município onde estão localizadas, deixando apenas uma série de problemas  ambientais e sociais para toda a circunvizinhança de onde estão inseridos.
   Desta  forma, acredita-se que as ações de fiscalização e de controle associadas a  programas de educação ambiental que demonstram os ganhos econômicos, sociais e  ambientais que o licenciamento ambiental e mineral, das atividades de  mineração, representam são de grande importância quando desenvolvidos em  atendimento as leis ambientais e minerais vigentes. 
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